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3. Trabalhos Relacionados

3.8. Considerações sobre trabalhos relacionados

As considerações finais são apresentadas na Tabela 3, que é um quadro comparativo das abordagens dos trabalhos relacionados.

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Abordagem Objetivo Representação da variabilidade Problema

BPMN (OMG 2011) Prover uma notação que seja entendida por todos os usuários de negócio.

Através da utilização de símbolos de “gateways” - exclusivo, inclusivo, paralelo

e complexo. Estes tipos de abordagem, tradicionais, para modelagem de processo de negócio têm como objetivo principal mapear o fluxo de trabalho de processos estruturados, assim sendo, não são adequadas para representar a gama de opções de fluxos de eventos que podem ocorrer em cada instância de um PIC. UML (OMG 2013)

Fornecer à arquitetos, engenheiros e desenvolvedores de software, uma ferramenta para análise, projeto e implementação de software, bem como a modelagem de processos de negócio ou processos similares.

Através de símbolos que representam decisão ou caminhos alternativos,

Framework i* (YU, 1995 e 1997)

Possibilitar a modelagem intencional de software em contextos organizacionais, com base nos relacionamentos de dependência entre os atores participantes.

Através do modelo SR que representa as opções de ações e tarefas a serem executadas pelos atores para se atingir as metas e as metas flexíveis.

Estas propostas foram definidas para área de engenharia de requisitos com o intuito de proporcionar a modelagem intencional para softwares, Framework i*, e modelagem de requisitos não funcionais, NFR Framework. Não é o objetivos destas propostas tratarem processos ou as características de um PIC.

NFR Framework (CHUNG et all., 2000)

Prover a representação e análise de requisitos não funcionais

Através dos grafos SIG que representam as metas flexíveis e as diferentes formas de sua operacionalização.

CMMN (OMG 2014)

Prover aos usuários de Gestão de Casos uma notação, um modelo e uma semântica operacional.

Através da definição de tarefas discricionária, que são um conjunto de tarefas a serem escolhidas em tempo de execução.

O modelo gerado na notação CMMN representa um plano e a variabilidade é representada pela possibilidade de, em tempo de execução, se incluir ou excluir itens deste plano. Não existe um diagrama que permita ao leitor do modelo perceber a variabilidade do processo, ou seja, obter o entendimento sobre a sua variabilidade analisando apenas os modelos produzidos por esta notação.

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Abordagem Objetivo Representação da variabilidade Problema

ConDec (PESIC e VAN DER AALST, 2006)

Prover uma modelagem de processos que não seja imperativa.

Representada por um conjunto de tipos de restrições, que devem ser satisfeitas ao longo da execução.

O ConDec, através da ferramenta DECLARE possibilita a visualização de restrições entre as atividades de um processo, e se estas restrições ocorreram ou não em tempo de execução. Esta forma de representar não apoia a percepção clara sobre a variabilidade, pois não permite a visualização e comparação entre as instâncias. Para entender a variabilidade é necessária uma análise da execução de algumas instâncias do modelo em separado.

EPCs (VAN DER AALST, 1999)

Mapear EPCs em redes Petri, atraves de uma abordagem semântica formal.

Através de um modelo de referência formado por um conjunto de atividades destinadas a apoiar as diferenças das versões dos processos.

O gerenciamento da variabilidade se dá por um conjunto de atividades destinadas a apoiar as diferenças das versões dos processos.No entanto, esta abordagem não resolve a questão de como representar a variabilidade de um PIC, pois estes não são estruturados e não é possível garantir a existência de padrões.

KMDL (GRONAU e WEBER, 2004)

Preencher a lacuna existente de modelegame de processos intensivos em conhecumento através da proposição de uma linguagem.

Através do símbolo “imprevisto” que indica uma opção de variação do processo

O KMDL tem seu foco no registro da transição do conhecimento e, como o conhecimento está em constante evolução acaba representando a variabilidade decorrente dos PICs, desta forma a característica da variabilidade é representada no processo através do símbolo “imprevisto” que indica uma opção de variação do processo. Sem que haja um diagrama que representa a variabilidade em si.

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Abordagem Objetivo Representação da variabilidade Problema

Modelagem de papeis através da extensão do MAP (DENECKERE et al., 2011)

Propor uma notação para modelagem de processo que represente a variabilidade dos papeis de execução dentro dos sistemas de informação.

A variabilidade está representada pela navegação entre os diversos níveis dos mapas de intenções definidos na proposta. A descida para um dos níveis do mapa só pode ocorrer quando as estratégias representadas no nível anterior são consideradas executadas com sucesso.

Esta proposta tem seu foco na representação da variação dos papéis que podem executar uma atividade do processo e na representação das opções de estratégias a serem escolhidas como execução destas atividades. Desta forma, existe a representação da variação do processo, mas esta está representada em diversos mapas, dentro dos níveis definidos na modelagem de cada processo usando esta proposta. Não há a representação em um diagrama único da variação do processo como um todo

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Neste capítulo de trabalhos relacionados, foram descritas as propostas encontradas na literatura que, de alguma forma, se preocupavam com a representatividade da variabilidade de processos, principalmente aqueles que são intensivos em conhecimento e que foram consolidadas na Tabela 3.

As abordagens tradicionais de BPMN (OMG 2011) e UML(OMG 2013) representam a variabilidade através de símbolos que representam opções de caminhos alternativos dentro dos próprios diagramas de processos. A abordagem da KMDL (GRONAU e WEBER, 2004) segue a mesma linha, representando a variabilidade através de um símbolo. Na área de engenharia de requisitos a variabilidade é representada pelos modelos intencionais através dos Frameworks i* e NFR que possuem diagramas para representação do contexto organizacionais para modelagem das intensões para softwares, i*, e para representação dos requisitos não funcionais, NRF. O CMMN (OMG 2014) e o ConDec (PESIC e VAN DER AALST, 2006) possuem um conjunto de definições que em tempo de execução podem ser incluídas ao processo gerando a representação da variabilidade durante a execução das instâncias.

Por fim, também foi analisada a proposta de modelagem de papéis através da extensão do MAP (DENECKERE et al., 2011), que é a proposta que mais se aproxima da solução apresentada nesta dissertação. No entanto esta proposta não resolve o problema proposto por esta pesquisa por não representar a variação diretamente, em um diagrama único que permita aos leitores do processo terem a percepção do conceito de variabilidade que o PIC possui.

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