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5 CONSIDERAÇÕESFINAIS

No documento CEB: complexo estudantil Benfica (páginas 83-90)

CONCLUSÃO

Se o conforto através de técnicas passi- vas é possível ou não, parece não ser uma preocupação muito grande das constru- toras atualmente. A obtenção de lucro a qualquer custo acaba conduzindo ao desenvolvimento de edificações genéri- cas, capazes de serem reproduzidas in- diferentes ao local de implantação, sem nenhuma preocupação com o ambiente urbano ou impactos resultantes desse adensamento.

Com a elaboração desse projeto, constou- -se que para a obtenção de conforto atra- vés da utilização de técnicas passivas, não foi preciso o emprego de sistemas inova- dores. Os materiais propostos, responsá- veis diretos para a solução do problema de desconforto, são facilmente encontra- dos no mercado, e o sistema de resfria- mento por condução para o solo, embora pareça novidade, é amplamente utilizado pelo arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé) na rede de hospitais Sarah Kubitschek. Verificou-se que a NBR 15575/2013 e a NBR 15220/2005, apresentam limitações, no entanto, a sua utilização de forma aná- loga para a obtenção de conforto térmico não apresentou prejuízo para a escolha das soluções. Porém, quando o assunto é o conforto acústico, as normas brasileiras não se apresentam atualizadas nem com boa aplicabilidade. As limitações da NBR 12179/92 e da NBR 10152/87 justificam a elaboração de novas normas de conforto

acústico.

Conclui-se, portanto, que a resolução do problema arquitetônico não pode passar apenas pela esfera financeira ou estéti- ca. A atual situação de crise aliada ao de- senvolvimento de normas reguladoras de desempenho ressaltam a necessidade de soluções alternativas no desenvolvimento das edificações, consolidando o processo multidisciplinar que é a elaboração de um projeto. Dessa forma, o profissional de arquitetura deve sempre estar atento às mudanças, acompanhando as transfor- mações sociais e tecnológicas. Uma boa arquitetura considera diversos fatores, não existindo assim, um modelo genérico a ser adotado. O desenvolvimento das fer- ramentas de simulação e projeto já pos- sibilitam a previsão do desempenho das edificações, e o arquiteto, que não pode ignorar esse avanço, possui agora uma grande responsabilidade: gerenciar re- cursos em prol de um espaço de qualida- de para o usuário e para a cidade.

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No documento CEB: complexo estudantil Benfica (páginas 83-90)

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