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Constituem agravantes da responsabilidade do aluno: a premeditação, o conluio, a acumulação de infracções disciplinares e a reincidência, em especial se no decurso do

Disposições Gerais dos Elementos da Comunidade Educativa

3. Constituem agravantes da responsabilidade do aluno: a premeditação, o conluio, a acumulação de infracções disciplinares e a reincidência, em especial se no decurso do

mesmo ano lectivo.

Artigo 179º Medidas Correctivas

1. As medidas correctivas têm finalidades pedagógicas, dissuasoras e de integração, nos termos do nº 1 do artigo 24.º da Lei 39/2010, de 2 de Setembro, assumindo uma natureza eminentemente preventiva.

a. A advertência;

b. A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho lectivo;

c. A realização de tarefas e actividades de integração escolar; d. A apreensão de materiais e equipamentos;

e. O condicionamento no acesso a espaços ou utilização de materiais e equipamentos;

f. A não participação em actividades extracurriculares; g. A mudança de turma.

3. A advertência consiste numa chamada verbal de atenção ao aluno perante um comportamento perturbador do funcionamento normal das actividades escolares ou das relações entre os presentes no local onde elas decorrem, com vista a alertá-lo para que deve evitar tal tipo de conduta e a responsabilizá-lo pelo cumprimento dos deveres como aluno.

4. Na sala de aula, a repreensão é da exclusiva competência do professor, enquanto que fora da sala de aula, qualquer professor ou membro do pessoal não docente, tem competência para advertir o aluno, confrontando-o verbalmente com o comportamento perturbador do normal funcionamento das actividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, alertando-o de que deve evitar tal tipo de conduta.

5. A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar, é da exclusiva competência do professor respectivo e implica a permanência do aluno na escola, competindo àquele determinar o período de tempo durante o qual o aluno deve permanecer fora da sala de aula, se a aplicação de tal medida correctiva acarreta ou não a marcação de falta e, se for caso disso, quais as actividades que o aluno deve desenvolver no decurso desse período de tempo.

6. A aplicação das medidas correctivas previstas na alínea c), d) e e) do n.º 2, é da competência do director do agrupamento que, para o efeito, pode ouvir o director de turma ou o professor titular da turma a que o aluno pertença.

7. A aplicação, e posterior execução da medida correctiva prevista na alínea e) do nº 2, não pode ultrapassar o período de tempo correspondente a um ano lectivo.

8. São consideradas actividades de integração escolar: a. Apoio à Jardinagem;

c. Inventariação dos Serviços Escolares; d. Apoio aos Serviços da Escola;

e. Manutenção/reparação de equipamentos danificados; f. Limpeza, conservação e decoração dos espaços escolares;

9. Compete ao Conselho de turma propor as actividades, o local e o período de tempo em que as mesmas deverão ocorrer bem assim, definir as competências e procedimentos a observar, tendo em vista a aplicação e posterior execução, da medida correctiva prevista na alínea b) do n.º 2.

10. Obedece igualmente ao disposto no número anterior, com as devidas adaptações, a aplicação e posterior execução das medidas correctivas, previstas nas alíneas d), e) e f) do n.º 2.

11. A aplicação das medidas correctivas previstas nas alíneas b), d), e) e f) do n.º 2 é comunicada aos pais ou ao encarregado de educação, tratando -se de aluno menor de idade.

Artigo 180º

Medidas Disciplinares Sancionatórias

1. As medidas disciplinares sancionatórias, traduzem uma sanção disciplinar imputada ao comportamento do aluno, devendo a ocorrência dos factos susceptíveis de a configurarem ser participada de imediato, pelo professor ou funcionário que a presenciou, ou dela teve conhecimento, à direcção do agrupamento com conhecimento ao director de turma. 2. Tendo em conta a gravidade da infracção praticada, prosseguem, para além dos objectivos

referidos no nº 1 do artigo 182º, finalidades punitivas. 3. São medidas disciplinares sancionatórias:

a) A repreensão registada; b) A suspensão por um dia;

c) A suspensão da escola até 10 dias úteis; d) A transferência de escola.

Artigo 181º

Cumulação de Medidas Disciplinares

1. As medidas correctivas previstas nas alíneas b) e e), do nº 1, do artigo 184º (artigo 26.º da Lei 39/2010), são cumuláveis entre si.

2. A aplicação de uma ou mais das medidas correctivas é cumulável apenas com a aplicação de uma medida disciplinar sancionatória.

3. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, para cada infracção apenas pode ser aplicada uma medida disciplinar sancionatória.

Artigo 182º

Ordem de Saída da Sala de Aula

1. A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar é uma medida correctiva aplicável ao aluno que aí se comporte de modo a que impeça o prosseguimento do processo de ensino e aprendizagem dos restantes alunos, destinada a prevenir esta situação. Compete ao professor determinar o período de tempo durante o qual o aluno deve permanecer fora da sala de aula, se a aplicação da medida correctiva acarreta ou não marcação de falta e, se for caso disso, quais as actividades que o aluno deve desenvolver no decurso desse período de tempo.

2. A actividade ou actividades atribuídas ao aluno expulso da sala de aula devem ser realizadas até ao final da aula, na Biblioteca da escola ou outro espaço escolar com recursos apropriados para gestão e resolução deste tipo de situações.

a) Caso o professor assim o entenda, o aluno deve ser acompanhado por um auxiliar de acção educativa.

b) No caso do 2º e 3º ciclos e ensino Secundário, o professor, ao expulsar o aluno, deve obrigatoriamente, participar por escrito ao director de turma, num prazo máximo de 24 horas lectivas, que informará e encarregado de educação.

c) O não cumprimento do estabelecido na alínea b) implica a anulação da falta pelo director de turma.

Artigo 183º

Actividades de Integração na Escola

1. A execução de actividades de integração na escola deverá contemplar a realização de actividades e tarefas de carácter pedagógico, que contribuam para o reforço da formação cívica e cumprimento dos deveres do aluno, com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua personalidade e da relação com os outros.

2. As tarefas, a que se refere o número anterior, deverão ser executadas fora do horário normal do aluno, nunca excedendo o prazo limite de quatro semanas.

3. As tarefas supra mencionadas incluem: Apoio à Jardinagem; Apoio às actividades da Biblioteca; Inventariação dos Serviços Escolares; Apoio aos Serviços da Escola;

Manutenção/reparação de equipamentos danificados: Limpeza, conservação e decoração dos espaços escolares;

4. Em caso de danos provocados pelo aluno a tarefa deve compreender a reparação dos mesmos.

5. O director de turma/ o director, ao tomar conhecimento da infracção, por participação do professor/ director de turma decide da medida a aplicar ao aluno, atendendo ao estipulado no artigo 183º e comunica ao respectivo encarregado de educação.

6. O incumprimento das actividades previstas determina a aplicação de uma medida disciplinar sancionatória.

Artigo 184º

Apreensão de Material e Equipamentos

1. A utilização, em sala de aula, de materiais/equipamentos electrónicos, é um elemento perturbador do processo de ensino aprendizagem incorrendo em incumprimento do presente regulamento pelo que constitui uma infracção disciplinar.

2. A utilização/manuseamento dos equipamentos consignados no ponto anterior, no decorrer de qualquer actividade lectiva resultará na apreensão dos mesmos por parte do respectivo professor.

3. O professor deverá comunicar, num período máximo de 24 horas, a ocorrência ao director de turma.

4. O director de turma informa o encarregado de educação da infracção disciplinar e do período de vigência da correspondente medida correctiva.

5. A aplicação da medida correctiva não pode ultrapassar o período de tempo correspondente a um ano lectivo.

6. Os materiais confiscados ficam guardados no cofre da escola, sendo apenas entregues ao respectivo encarregado de educação.

Artigo 185º

Condicionamento no Acesso a Espaços, Equipamentos ou Actividades Extracurriculares 1. O condicionamento no acesso a certos espaços escolares ou na utilização de certos materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontram afectos a actividades lectivas, é uma medida correctiva que visa o cumprimento dos deveres do aluno e a sua responsabilização perante atitudes desajustadas.

2. Os espaços/equipamentos supra mencionadas incluem: a) Campos de jogos;

b) Material desportivo;

c) Material audiovisual e informático.

d) Espaços afectos a actividades extracurriculares;

3. A aplicação e posterior execução da medida, a que se refere o presente artigo, não pode ultrapassar o período de tempo correspondente a um ano lectivo.

4. O director de turma/ o director, ao tomar conhecimento da infracção, por participação do professor/director de turma, decide da medida a aplicar ao aluno, atendendo ao estipulado no artigo 183º e comunica ao respectivo encarregado de educação.

Artigo 186º

Não participação em actividades extra-curiculares

1 - A não participação em actividades extra-curriculares acontece se o aluno demonstrar problemas de comportamento sob proposta do conselho de turma e/ou do Director.

Artigo 187º Mudança de Turma

1. A medida correctiva - mudança de turma - visa a dissuasão de comportamentos perturbadores e conflitos interpessoais no seio da turma.

2. Esta medida aplica-se quando se verifica uma das seguintes situações: a) Conflitos graves entre aluno e professor(es) da turma;

b) Problemas graves e persistentes de integração do aluno na turma; c) Outras situações excepcionais, a avaliar pelo conselho de turma.

3. A aplicação desta medida é da responsabilidade do director depois de ouvido o director de turma.

4. A mudança de turma, após comunicação ao encarregado de educação, tem como período de aplicação o tempo correspondente até ao final do ano lectivo.

Artigo 188º Repreensão Registada

1. A repreensão registada configura uma censura escrita ao aluno, por comportamentos e atitude inadequados ocorridos dentro ou fora da sala de aula, visando responsabilizá-lo pelo cumprimento dos seus deveres.

2. A aplicação desta medida é precedida de participação, do professor ou funcionário, ao respectivo director de turma, para efeitos de posterior comunicação ao Director.

3. A aplicação desta medida é da competência:

b) Do director nas restantes situações.

4. A repreensão, elaborada nos termos do ponto três, do artigo 27, da lei 39/2010, deverá ser averbada no processo individual do aluno, com a identificação do autor do acto decisório, a data em que o mesmo foi proferido e a fundamentação, de facto e de direito, que norteou tal decisão, devendo do facto ser dado conhecimento aos pais e encarregados de educação.

Artigo 189º Suspensão por um dia

Em casos excepcionais e enquanto medida dissuasora, a suspensão por um dia pode ser aplicada pelo director do agrupamento, garantidos que estejam os direitos de audiência e defesa do visado e sempre fundamentada nos factos que a suportam.

Artigo 190º

Suspensão da Escola até 10 dias úteis

1. A suspensão da escola consiste em impedir o aluno, com idade não inferior a 10 anos, de entrar no estabelecimento de ensino, em virtude de ter desenvolvido comportamentos considerados graves e ser a única medida apta a responsabilizá-lo, no sentido do cumprimento dos seus deveres como aluno.

2. A medida disciplinar de suspensão da escola pode, de acordo com a gravidade e as circunstâncias da infracção disciplinar, ter a duração de um a dez dias.

3. A decisão sobre a aplicação desta medida é precedida da audição em processo disciplinar do aluno visado, do qual constam, em termos concretos e precisos, os factos que lhe são imputados, os deveres por ele violados e a referência expressa, não só da possibilidade de se pronunciar relativamente àqueles factos, como da defesa elaborada.

4. A aplicação da medida de suspensão é da competência do director, que pode, previamente, ouvir o conselho de turma.

5. Compete ao director, ouvidos os pais ou encarregados de educação, quando menor de idade fixar os termos e condições em que a aplicação desta medida disciplinar sancionatória será executada, garantindo ao aluno um plano de actividades pedagógicas, corresponsabilizando-os pela sua execução e acompanhamento, podendo, se assim o entender, e para aquele efeito, estabelecer eventuais parcerias ou celebrar protocolos ou acordos com entidades públicas ou privadas.

6. No caso de o respectivo encarregado de educação não comparecer, o aluno menor de idade pode ser ouvido na presença de um docente que integre a comissão de protecção de

crianças e jovens com competência na área de residência do aluno ou, no caso de esta não se encontrar instalada, na presença do director de turma.

7. Complementarmente às medidas previstas no nº 3 do artigo 186º, compete ao director do agrupamento decidir sobre a reparação dos danos provocados pelo aluno no património escolar.

Artigo 191º Transferência de Escola

1. A aplicação da medida disciplinar sancionatória de transferência de escola reporta-se à prática de factos notoriamente impeditivos do prosseguimento do processo ensino aprendizagem, por parte dos restantes alunos, ou do normal relacionamento com algum dos membros da comunidade educativa.

2. A medida supra citada só pode ser aplicada caso esteja assegurada a frequência de um outro estabelecimento de ensino e, no caso de alunos dentro da escolaridade obrigatória, se esse outro estabelecimento de ensino se situar na mesma localidade ou na mais próxima, servida por transporte público ou escolar.

3. Esta medida sancionatória aplica-se a alunos com idade não inferior a dez anos.

Artigo 192º

Competências Disciplinares e Tramitação Processual Procedimento Disciplinar 1. A competência para a instauração de procedimento disciplinar por comportamentos

susceptíveis de configurarem a aplicação de alguma das medidas previstas nas alíneas d) e e) do artigo 186º é da competência do director do agrupamento, devendo o despacho instaurador ser proferido no prazo de um dia útil, a contar do conhecimento da situação. 2. No mesmo prazo, o director notifica os pais ou encarregados de educação do aluno,

quando este for menor, pelo meio mais expedito, designadamente electrónico, telefónico ou via postal simples para a morada constante do seu processo.

3. Tratando-se do aluno maior de idade, a notificação é feita ao próprio pessoalmente. 4. O director do agrupamento deve notificar o instrutor da sua nomeação no mesmo dia em

que profere o despacho de instauração do procedimento disciplinar.

5. Os interessados são convocados com a antecedência de um dia útil para a audiência oral, não constituindo a falta de comparência motivo do seu adiamento, embora, se for apresentada justificação da falta até ao momento fixado para a audiência, esta possa ser adiada.

6. As funções de instrutor, do professor que para o efeito é nomeado, prevalecem relativamente às demais, devendo o processo ser remetido para decisão do director regional de educação, no prazo de oito dias úteis, após a nomeação do instrutor.

7. Finda a instrução, no decurso da qual a prova é reduzida a escrito, o instrutor elabora, no prazo de um dia útil e remete ao director do agrupamento, um documento do qual constam, obrigatoriamente, em de forma articulada e em termos concretos e precisos, os factos cuja prática é imputada ao aluno, devidamente circunstanciados em termos de tempo, modo e lugar e deveres por ele violados, com referência expressa aos respectivos normativos legais ou regulamentares, seus antecedentes que se constituem como circunstâncias atenuantes ou agravantes nos termos do artigo 25º da Lei nº 39/2010 e a proposta de medida disciplinar sancionatória aplicável.

8. Do documento atrás referido, é extraída cópia que, no prazo de um dia útil, é entregue ao aluno no momento da sua notificação, sendo, de tal facto, e durante o mesmo período de tempo informados os pais ou o respectivo encarregado de educação, quando o aluno for menor de idade.

9. No caso da medida disciplinar sancionatória ser a de transferência de escola, a mesma é comunicada para decisão do director regional de educação, no prazo de um dia útil. 10. A decisão referida no número anterior é passível de recurso hierárquico, de acordo com o

estipulado no artº 50º da Lei nº 39/2010.

11. Finda a fase da defesa, é elaborado um relatório final, do qual consta, a correcta identificação dos factos que haviam sido imputados ao aluno que se consideram provados e a proposta da medida disciplinar sancionatória a aplicar, ou do arquivamento do processo, devendo a análise e valoração de toda a prova recolhida ser efectuada ao abrigo do disposto no artigo 25.º da Lei 3/2008.

12. Depois de concluído, o processo é entregue ao director que convoca o conselho de turma para se pronunciar, quando a medida disciplinar sancionatória proposta pelo instrutor for a transferência de escola.

Artigo 193º Participação

1. O professor ou funcionário da escola que, fora da sala de aula, entenda que o comportamento presenciado é passível de ser qualificado de grave ou muito grave participa-o ao director de turma/professor titular de turma, para efeitos de procedimento disciplinar.

2. A participação ao director de turma/ professor titular de turma deve ser realizada num prazo máximo de 24 horas lectivas, por escrito, em documento próprio.

Artigo 194º

Instauração e tramitação do Procedimento Disciplinar

1. Presenciados que sejam ou participados os factos passíveis de constituírem infracção disciplinar, o director tem competência para instaurar o procedimento disciplinar, devendo fazê-lo no prazo de um dia útil, nomeando logo o instrutor, que deve ser um professor da escola, salvo qualquer impedimento.

2. A instrução do procedimento disciplinar é reduzida a escrito e concluída no prazo máximo de cinco dias úteis contados da data de nomeação do instrutor, sendo obrigatoriamente realizada, para além das demais diligências consideradas necessárias, a audiência oral dos interessados, em particular do aluno e, sendo menor, do respectivo encarregado de educação.

3. Para a audiência oral, os interessados são convocados com a antecedência mínima de dois dias úteis, não constituindo motivo de adiamento a falta de comparência, a não ser que seja apresentada justificação da falta até ao momento fixado para a audiência. Na audiência podem ser apreciadas todas as questões com interesse para a decisão, nas matérias de facto e de direito, dela sendo lavrada acta, da qual consta o extracto das alegações feitas pelos interessados, podendo estes juntar quaisquer alegações escritas, durante a diligência ou posteriormente. Aplica -se à audiência o disposto no artigo 102.º do Código do Procedimento Administrativo, sendo os interessados convocados com a antecedência mínima de dois dias úteis (Artigo 46.º, nº2 Lei 3/2008).

4. Finda a instrução, o instrutor elabora relatório fundamentado, de que conste a qualificação do comportamento, a ponderação das circunstâncias atenuantes e agravantes da responsabilidade disciplinar, bem como a proposta de aplicação da medida disciplinar considerada adequada ou, em alternativa, a proposta de arquivamento do processo.

5. O relatório do instrutor é remetido ao director, que, de acordo com a medida disciplinar a aplicar e as competências para tal, exerce por si o poder disciplinar ou convoca, para esse efeito, o conselho de turma disciplinar, que deve reunir no prazo máximo de dois dias úteis.

6. Se o procedimento disciplinar envolver um professor como parte interessada, este não pode fazer parte do Conselho Disciplinar.

7. O procedimento disciplinar inicia-se e desenvolve-se com carácter de urgência, tendo prioridade sobre os demais procedimentos correntes da escola.

Artigo 195º

Suspensão Preventiva do Aluno

1. No momento da instauração do procedimento disciplinar, mediante decisão da entidade que o instaurou, ou no decurso da sua instrução, por proposta do instrutor, o aluno pode ser suspenso preventivamente da frequência da escola, mediante despacho fundamentado a proferir pelo director, sempre que:

e) a sua presença na escola se revelar gravemente perturbadora do funcionamento normal das actividades da escola;

f) Tal seja necessário e adequado à garantia da paz pública e da tranquilidade da escola; ou

g) A sua presença na escola prejudique a instrução do procedimento disciplinar. 2. A suspensão preventiva tem a duração que o director considerar adequada na situação em concreto, sem prejuízo de, por razões devidamente fundamentadas, poder ser prorrogada até à data da decisão do procedimento disciplinar, não podendo em qualquer caso, exceder dez dias úteis.

3. Os efeitos decorrentes da ausência do aluno no decurso do período de suspensão preventiva, no que respeita à avaliação das aprendizagens, são determinados em função da decisão que vier a ser proferida no procedimento disciplinar, nos termos estabelecidos no Regulamento Interno da escola.

4. Os dias de suspensão preventiva cumpridos pelo aluno são descontados no cumprimento da medida disciplinar sancionatória prevista na alínea da alínea c) do artigo 186º a que o aluno venha a ser condenado na sequência do procedimento disciplinar previsto no artigo não sendo consideradas no respectivo processo de avaliação ou registo de faltas.

5. O encarregado de educação é imediatamente informado da suspensão preventiva aplicada ao seu educando e, sempre que a avaliação das circunstâncias o aconselhe, o director deve participar a ocorrência à respectiva comissão de protecção de crianças e jovens.

6. Ao aluno suspenso preventivamente é também fixado, durante o período de ausência da escola, um plano de actividades, elaborado pelos professores da turma, de acordo com as planificações para as actividades lectivas a decorrer durante o período de suspensão.

7. A suspensão preventiva do aluno é comunicada, por via electrónica, pelo director do agrupamento ao Gabinete Coordenador de Segurança Escolar do Ministério da Educação e à

Direcção Regional de Educação do Alentejo, sendo identificados sumariamente os intervenientes, os factos e as circunstâncias que motivaram a decisão da suspensão.

Artigo 196º

Decisão Final do Procedimento disciplinar