3.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS
3.6.1 Consumo de Concreto
Com base na análise do Gráfico 1, percebe-se que fazendo o uso de vigotas protendidas o consumo de concreto é menor ao consumo se utilizar vigotas pré-moldadas.
Gráfico 1 – Consumo de Concreto.
Fonte: Elaboração da Autora, 2018.
A diferença de consumo ao optar-se pelo uso de vigotas pré-fabricadas protendidas é de 15,30m³ de concreto em relação às vigotas pré-moldadas, gerando uma economia de 18,41%, como mostra o Gráfico 2. Esta diferença de volume entre os dois casos se dá pelos tamanhos distintos de vigas e pilares.
Gráfico 2 – Custo do Concreto.
3.6.2 Consumo de Aço
Igualmente ao volume de concreto, a solução com vigotas pré-fabricadas protendidas apresenta menor consumo de aço em comparação ao uso de vigotas pré-moldadas, como exibe o Gráfico 3.
Gráfico 3 – Consumo de Aço.
Fonte: Elaboração da Autora, 2018.
Enquanto com o uso de vigotas pré-moldadas o consumo é de 7.827,40 kg, com vigotas protendidas o consumo é de 5.694,20 kg, tendo, assim, uma diferença de 2.133,20 kg.
Portanto, fazendo uso de vigotas protendidas, a economia é de 29,82%, apresentado no Gráfico 4.
Gráfico 4 – Custo do Aço.
3.6.3 Consumo de Vigotas
Analisando os dados, tem-se que o consumo de laje utilizando vigotas pré- fabricadas protendidas foi maior em relação às lajes pré-moldadas. A diferença de 4,87m², conforme o Gráfico 5, se dá pelo fato de haver menor quantidade de vigas no sistema usando vigotas protendidas.
Gráfico 5 – Consumo da Laje.
Fonte: Elaboração da Autora, 2018.
Como previamente esperado, o custo das lajes com vigotas protendidas foi 33,47% mais caro em comparação às lajes com vigotas pré-moldadas, como mostra o Gráfico 6.
Gráfico 6 – Custo da Laje.
3.6.4 Consumo de Formas
Com a análise do Gráfico 7, percebe-se que o tipo de laje que apresenta maior consumo de formas é a laje com vigotas pré-moldadas. Tal fato se dá porque ao usar laje pré- moldada, é necessário maior quantidade de vigas, aumentando assim o consumo de formas.
Gráfico 7 – Consumo da Forma.
Fonte: Elaboração da Autora, 2018.
Utilizando vigotas pré-fabricadas protendidas o consumo foi de 15,79m³, enquanto utilizando vigotas pré-moldadas o consumo foi de 18,77m³.
A diferença entre o consumo das duas lajes é de 2,97m³, havendo economia 15,84% se utilizar vigotas pré-fabricadas protendidas, conforme o Gráfico 8.
Gráfico 8 – Custo de Forma.
3.6.5 Consumo de Escoras
Por fim, por apresentar maior necessidade de escoramento, o sistema de vigotas pré-moldadas apresentou consumo de 2.549 unidades, comparando às vigotas pré-fabricadas protendidas que apresentou consumo extremamente menor, resultando em 771 unidades, conforme o Gráfico 9.
Gráfico 9 – Consumo de Escoramento.
Fonte: Elaboração da Autora, 2018.
Portanto, fazendo uso de vigotas pré-fabricadas protendidas, haverá uma economia de 69,75% comparando ao uso de vigotas pré-moldadas, de acordo com o Gráfico 10.
Gráfico 10 – Custo do Escoramento.
3.6.6 Custo Percentual
Percebe-se, seguindo a análise dos gráficos, que no sistema construtivo que faz uso de vigotas pré-moldadas, o material que apresentou maior consumo foi o aço (39%), seguido do concreto (26%), escoramento e laje (ambos 13%) e por fim as formas (9%), conforme o Gráfico 11.
Gráfico 11 – Percentual Material Usando Vigota Pré-moldada.
Fonte: Elaboração da Autora, 2018.
Ao utilizar vigotas pré-fabricadas protendidas, material que apresenta maior consumo, conforme o Gráfico 12, permanece sendo o aço (35%), seguido do concreto (27%), laje (24%), forma (9%) e por fim o escoramento (5%).
Gráfico 12 – Percentual Material Usando Vigota Pré-fabricada Protendida.
Nota-se a diferença entre os dois sistemas referente a laje, onde, com o uso de vigotas pré-moldadas representa 13% do consumo total, enquanto com o uso de vigotas pré- fabricadas protendidas representa 24%. No escoramento também houve significativa diferença, representa 13% com o uso de vigotas pré-moldadas e 5% com o uso de vigotas pré-fabricadas protendidas.
3.6.7 Custo Total
Após as análises e cálculos dos custos por material, tem-se o custo total de acordo com o tipo de laje escolhido. O Gráfico 13 abaixo apresenta os dados.
Gráfico 13 – Custo Total Por Material.
E finalmente, o Gráfico 14 apresenta a comparação do custo total de cada sistema construtivo.
Gráfico 14 – Custo Total.
Fonte: Elaboração da Autora, 2018.
A diferença dos custos é de R$16.942,79. A economia total gerada utilizando vigotas pré-fabricadas protendidas é de 20,81%.
4 CONCLUSÃO
Conforme apresentado neste estudo, o atual mercado da construção civil oferece uma variedade de produtos, com destaque neste trabalho em especial: as lajes pré-fabricadas e as lajes pré-moldadas protendidas.
Através da análise dos dois modelos propostos foi possível avaliar as vantagens econômicas do emprego das vigotas pré-fabricadas protendidas de concreto em comparação às vigotas pré-moldadas convencionais.
Conforme pode ser visto nos gráficos de custo apresentados, a economia obtida pela escolha do material mais nobre é evidente em todos os critérios analisados, exceto o custo direto da aquisição do produto propriamente dito.
Ao final obteve-se uma economia agregada de aproximadamente 21% no custo final da estrutura.
Porém, fato que merece destaque, é que tal economia só será possível ser alcançada caso o projeto estrutural já contemple essa opção em sua concepção. Maiores vãos e cargas lineares diretamente apoiadas nos panos de laje fizeram com que a quantidade de vigas da referida obra sofressem consideráveis diminuições, o que ocasionou uma economia dos insumos de concreto e aço em todo modelo estrutural, e consequente redução de custo.
Importante frisar que em uma solução estrutural deve-se analisar o todo, e não apenas um ou outro custo de forma isolada. Isso é o que ocorre na maioria dos casos onde o cliente, na maioria das vezes leigo, opta por uma solução com custo isolado mais atrativo deixando de obter uma economia agregada deveras vantajosa.
Desta forma, entende-se que cabe ao profissional de engenharia responsável pelo cálculo estrutural orientar seu cliente para que o mesmo possa visualizar o todo, permitindo que novas tecnologias, que vem de encontro com uma engenharia superior, possam realmente passar a fazer parte da rotina das construções brasileiras, no que tange aos cálculos estruturais.