• Nenhum resultado encontrado

No setor de contas médicas são realizadas análises, controles e fiscalização dos procedimentos médicos realizados na região da grande Dourados, sejam em clínicas particulares, ambulatórios ou hospitais com o intuito de garantir um correto desempenho. Consiste em basicamente conferir a documentação do procedimento descrita pelo médico, enfermeiro ou até mesmo as secretárias dos mesmos, a fim de corrigir falhas e perdas.

É basicamente igual ao setor contas médicas intercâmbio, que realiza conferências de procedimentos, a diferença está na área de atuação que, no caso desse setor, se dá somente na região da cidade de Dourados.

5.3.1 Percentual da Variação Valor Pago Beneficiário Dourados

O objetivo desse indicador é monitorar os valores que a Operadora gasta por beneficiário, fazendo uma comparação com o valor que a Operadora paga aos prestadores.

Grádico 7: Percentual da Variação Valor Pago Beneficiário Dourados Fonte: Sigquali, (2017).

Sendo que o mesmo é obtido através da fórmula:

Numerador: Valor total pago da competência atual

Denominador: Valor total pago do Beneficiário competência atual

Cálculo: Dividir numerador pelo denominador menos 1 e multiplicar por 100

Através desse indicador é possível acompanhar e controlar os gastos mensais dos beneficiários da região da Grande Dourados – MS. Ele existe para verificar o que ocasionou esses gastos e se realmente eram necessários como, por exemplo, um paciente que possui o plano de saúde e está internado no hospital, gerando gastos para o Plano de Saúde; dependendo do caso, pode ser retirado do leito e fazer seu tratamento em casa, reduzindo os custos da Operadora e trazendo melhor qualidade de vida ao paciente.

Por isso são imprescindíveis o setor de Auditoria de enfermagem, pois a auditoria verifica o processo de internação do paciente e se pode ser retirado ou não do hospital, e o setor de Medicina Preventiva que faz um trabalho de prevenção aos seus beneficiários, analisando possíveis doenças dos pacientes, assim evitando que o paciente fique em um estado mais grave, levando-o até a internação.

Todos os indicadores do setor de contas médicas são entregues à diretoria/presidência, para que assim seja feita a análise e depois as tomadas de decisões e, dependendo do caso, é feita uma reunião com o Conselho Administrativo da empresa.

5.3.2 Percentual da Variação Valor de Consulta Entre Competências Utilização em Dourados

O objetivo desse indicador é monitorar o aumento no faturamento das Consulta da Rede Local.

Gráfico 8: Percentual da Variação de Consulta entre Competências Utilização em Dourados Fonte: Sigquali, (2017).

Sendo que o mesmo é obtido através da fórmula:

Numerador: Valor total pago da competência atual Denominador: Valor total pago da competência anterior

Cálculo: Dividir numerador pelo denominador menos 1 e multiplicar por 100

Também informado à diretoria, é verificado o percentual de utilização de consultas por mês das empresas de custo operacional (empresas que pagam por utilização e não pagam nada no ato da consulta ou da realização dos procedimentos, efetuam o pagamento posteriormente via fatura), e de usuários do plano que se encaixam na categoria ‘pessoa jurídica’ (empresas que pagam fatura de valor fixo) ou ‘pessoa física’ (valor fixo do plano com reajuste anual). Através desse indicador, é verificada a possibilidade de reajuste no valor da consulta dos beneficiários locais, verificação esta que também é realizada pela diretoria/presidência, para que assim seja feita a análise e depois as tomadas de decisões, assim, dependendo do caso, é feita uma reunião com o Conselho Administrativo da empresa.

5.3.3 Percentual da Variação Valor de Honorário Médico Entre Competências Utilização em Dourados

Objetivo desse indicador é monitorar o aumento no faturamento dos Honorários da Rede Local.

Gráfico 9: Percentual da Variação de Honorário Medico entre Competências Utilização em Dourados Fonte: Sigquali, (2017).

Sendo que o mesmo é obtido através da fórmula:

Numerador: Valor total pago da competência atual Denominador: Valor total pago da competência anterior

Cálculo: Dividir numerador pelo denominador menos 1 e multiplicar por 100

Também é repassado para diretoria o controle de cirurgia por meses realizados nos hospitais, em seguida, quando constatados aumentos de procedimentos realizados, é feita investigação para saber que tipo de cirurgia está sendo mais realizada e qual prestador. É feito um levantamento detalhado realizado pelo setor T.I, repassando os dados à diretoria e, se necessário, é realizada reunião do Conselho Administrativo para discussão e tomadas de decisão.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso de indicadores exige por parte dos administradores alguns cuidados, por exemplo, perceber a real necessidade do indicador como ferramenta da administração, sem que seja um encargo a mais e desnecessário para a empresa.

De maneira geral, os aspectos de melhoria nos processos fizeram com que a empresa pesquisada implementasse a gestão de indicadores para medir o desempenho das atividades realizadas pelos setores escolhidos. Sob esta perspectiva, durante a pesquisa, houve a demissão de 12 colaboradores na empresa, por motivos de contenção de gastos e isso afetou o andamento da pesquisa, pois os resultados e mudanças de alguns indicadores poderiam ser melhores, com mais detalhes e informações, porém pela falta de colaboradores, consequentemente, houve atrasos na elaboração desses indicadores.

As principais mudanças ocorreram nos indicadores de Adimplência da Carteira Pessoa Física do setor financeiro e Percentual de Glosas Realizadas à Operadora de Dourados, Pelas Singulares e Federações Nacional do setor de contas médicas intercâmbio que através dos resultados obtidos por essa ferramenta, foi possível averiguar as possíveis causas dos problemas e assim implantando novos instrumentos de trabalho no cotidiano e até mesmo apenas regularizando a forma como o trabalho é feito, sendo mais rígido, com maior fiscalização.

O uso dos indicadores para os setores ‘financeiro’ e ‘contas médicas intercâmbio’ foi eficaz para acompanhar e comparar os resultados mensais obtidos e, assim, identificar as causas raízes do problema para realizar melhorias nos setores. As mudanças ocorreram, porém não houve comparações após a intervenção dos processos, devido ao pouco tempo da implantação dessa ferramenta.

Com o uso dessa ferramenta foi possível identificar as falhas nos processos, para que posteriormente os responsáveis dos setores fizessem um plano de ação para que elas não ocorressem novamente, porém para o setor de ‘contas médicas’ o uso dos indicadores serviu apenas como uma forma de controle das atividades, sem mudança de processo algum, sendo estes utilizados apenas para mostrar os resultados à diretoria e, assim, quando há alterações bruscas nesses indicadores, ocorre a reunião do Conselho de Administração para discutir o porquê dessas alterações e o que fazer para mudá-las, reunião esta à qual não tivemos acesso.

Cada setor e situação possui uma análise específica e não há uma mesma fórmula a ser aplicada para todos os tipos de empresa, visto que é necessário investigar a situação, o

negócio e os possíveis problemas. O conceito é o mesmo, porém a aplicação é diferente e específica para cada ramo atividade da empresa.

Para futuros estudos seria interessante ampliar os setores pesquisados e fazer um acompanhamento de longa duração para identificar se as mudanças de processos realizadas estão causando o retorno esperado.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, A.; ROCHA, P. Sincronismo Organizacional. São Paulo: Saraiva, 2006. BOND, E. Medição de desempenho para um cenário de empresas de uma cadeia de suprimentos integrado por sistemas de gestão. Dissertação (Mestrado). Escola de Engenharia de São Carlos. São Carlos, Universidade de São Paulo, 2002. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18140/tde-04022003-160321/.../bond.pdf Acesso em: 29 mai. 2017

CADERNOS DE EXCELÊNCIA. Gestão por Processos no MEG. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 25 Abr. 2017. Artigos. Qualidade. Disponível em: < http://fnq.org.br/informe-se/noticias/gesta-o-por-processos-no-meg>. Acesso em: 26 jun. 2017.

CADERNOS DE EXCELÊNCIA. Para que servem os sistemas de indicadores? São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2017. Disponível em: < http://www.fnq.org.br/informe-se/noticias/para-que-servem-os-sistemas-de-indicadores>. Acesso em: 29 mai. 2017.

CADERNOS DE EXCELÊNCIA. Processos. Fundação Nacional da Qualidade. São Paulo:

Fundação Nacional da Qualidade, 2008. Disponível em:

<http://app1.sefaz.mt.gov.br/aplicativos/pqsp.nsf/b62337ef449075da04256c4000479b87/490 b745a24e358f1842577ac006c1f39/$FILE/07_FASCICULO_CRITERIO_PROCESSOS.pdf>. Acesso em: 28 mai. 2017.

CADERNOS DE EXCELÊNCIA. Qualidade Total e Gestão de Processos: Convergência e Alinhamento. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 31 Mar. 2008. Artigos.

Qualidade. Disponível em: <

http://www.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/artigos/qualidade-total-e-gestao-de-processos-convergencia-e-alinhamento>. Acesso em: 05 jun. 2017.

CAMARGO, L. L. Uso de indicadores da qualidade para o gerenciamento estratégico de empresas do ramo comercial. 2000. 109p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de

Santa Catarina, Florianópolis, 2000. Disponível em: <

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/78947/177321.pdf?sequence=1> Acesso em> 26. Jun. 2017.

CARVALHO, M. M.; PALADINI, E. P. Gestão da Qualidade. 2. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 2. Ed. São Paulo, Atlas, 2006.

DRUCKER, P.F. Administrando para Obter Resultados. São Paulo: Pioneira, 1998.

ESMERALDI, R. M. G. S. L.; LOPES, J. F. S. Sistema suplementar de saúde: anotações sistematizadas. Botucatu: Tempo e Saber Editora, 2011.

FILHO, E. R. Avaliação do desempenho logístico de fornecedores de medicamentos: um estudo de caso nos hospitais paranaenses. 2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal

de Santa Catarina, Florianópolis, 2000. Disponível em: <

https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/78237/172570.pdf?sequence=1 &isAllowed=y> Acesso em: 18 fev. 2017.

FILHO, L. T. P. Iniciativa Privada e Saúde. São Paulo: Scielo, 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141999000100011>. Acesso em: 17 fev. 2017.

GRATERON, I. R. G. Auditoria de gestão: utilização de indicadores de gestão no setor

público. São Paulo: Scielo, 1999. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-92511999000200002>. Acesso em: 14 mar. 2017.

HAMMER, M. Sob um mesmo guarda-chuva. In: HSM Management, set/out 2002.

HANSEN, D. R.; MOWEN, M. M. Gestão de Custos: Contabilidade e Controle. São

Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2001.

ITTNER, C. D.; LARKER, D. F. Coming up short on nonfinancial performance measurement. Havard Business Review, Boston, v.81, n.11, nov. 2003.

JUNIOR, I; CIERCO, A; ROCHA, A; MOTA, E; LEUSIN; S. Gestão da Qualidade. 10 Ed. Rio de Janeiro: FGV, 2010.

KING, N.C. O.; LIMA, E. P.; COSTA, S. E. G.. Produtividade Sistêmica. Paraná: Scielo, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141999000100011>. Acesso em: 15 mar. 2017.

LANTELME, Elvira. M. V; TZORTZOPOULOS, Patrícia.; FORMOSO, Carlos. T. Indicadores de Qualidade e Produtividade para a Construção Civil. Porto Alegre: Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001. (Relatório de Pesquisa)

MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração e interpretação de dados. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1996.

MARTINS, R. A. (1998). Sistemas de medição de desempenho: um modelo para estruturação do uso. Tese (Doutorado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. MULLER, C. J. Modelo de gestão integrando planejamento estratégico, sistemas de avaliação de desempenho e gerenciamento de processos (Meio – Modelo de estratégia, indicadores e

operações). Tese (Doutorado), Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil,

NASCIMENTO, A. F. G. A Utilização Da Metodologia Do Ciclo Pdca No Gerenciamento Da Melhoria Contínua. 2011. 2p. Faculdade Pitágoras - Núcleo De Pós Graduação/Mg Instituto Superior De Tecnologia - Icap/Mg, São João Del Rei, 2011.

NEELY, A., GREGORY, M. E PLATTS, K. Projeto De Sistema De Medição De

Desempenho - Uma Revisão De Literatura E Agenda De Pesquisa. International Journal Of Operations & Production Management, Bradford, V. 15, N. 4, Págs. 80-116, 1995.

NETTO, A. A. O. Metodologia da Pesquisa Científica. 2º ed., Florianópolis: Visual Books, 2006.

OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento Estratégico: Conceitos, Metodologia e Práticas. São Paulo: Atlas, 2004.

PAIM, J.; TRAVASSOS, C.; ALMEIDA, C.; BAHIA, L.; MACINKO, J. O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. The Lancet, [online] 2011. Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/artigo_saude_brasil_1.pdf>. Acesso em: 10 Jul. 2017. PETERS, T. O círculo da renovação. São Paulo: Harbra, 1998.

PORTER, M. E. A vantagem competitiva das Nações. 10º edição, Rio de Janeiro: Campus, 1989.

ROBERTO FERNANDES, Djair. Uma contribuição sobre a construção de indicadores e sua importância para a gestão empresarial. Curitiba: Rev. Fae, 2004. Disponível em: <https://revistafae.fae.edu/revistafae/article/view/430>. Acesso em: 27 Jun. 2017.

RUMMLER. Geary A. & BRACHE, Alan P. Melhores desempenhos das empresas. São Paulo, Makron Books, 1994. p. 170.

SEBRAE. O ciclo PDCA. Disponível em:

<http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/49B28 5DDC24D11EF83257625007892D4/$File/NT00041F72.pdf> Acesso em: 09 nov. 2017. SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23ª. ed. São Paulo: Cortez, 2007. SINK, D. S.; TUTTLE, T. C. Planejamento e medição para a performance. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1993.

VALLE, R.; OLIVEIRA, S. B.. Análise de modelagem de processos de negócio: foco na notação BPMN (Business Process Modeling Notation). São Paulo, Atlas , 2009.

Documentos relacionados