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A aplicação do modelo se deu em unidades de gestão do Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), localizado em Natal/RN. Fundada no ano de 1958, a UFRN foi constituída inicialmente como uma instituição estadual, sendo federalizada ao final da mesma década.

Atualmente a instituição conta com mais de 37 mil alunos, 3 mil servidores técnicos- administrativos e 2 mil docentes efetivos distribuídos entre os 84 cursos de graduação presencial, 9 cursos de graduação a distância e 86 cursos de pós-graduação. Existem 8 pró-reitorias, 4 secretarias, 6 institutos, 3 superintendências, 10 núcleos, dentre outras unidades, como centros, departamentos, museus, escolas e hospitais. Estas unidades estão divididas em cinco campi, contudo, esta pesquisa se limitará ao Campus Central, localizado em Natal, Rio Grande do Norte, onde se concentra a vasta maioria das unidades.

A decisão pela UFRN foi devido à facilidade de acesso às informações e pelo fato de possuir uma unidade que atua como um PMO, a Secretaria de Gestão de Projetos (SGP), cujos gestores atuaram como decisores para a construção do suporte metodológico proposto. A SGP teve início no ano de 2016, tendo como função transformar conhecimento científico em valor para a sociedade, disseminando boas práticas em gestão de projetos.

Inicialmente foram levantadas trinta unidades institucionais onde seria importante mensurar a maturidade em gerenciamento de projetos. Foi definida uma amostra entre as principais unidades para a aplicação do modelo.

Há uma resolução do Conselho de Administração da UFRN (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2016) que classifica os projetos acadêmicos quanto à natureza, que podem ser:

I - projeto de ensino: projeto com o objetivo de desenvolver cursos voltados para atender necessidades específicas de instituições parceiras ou para uma oferta não regular em atendimento às demandas da sociedade, com tempo determinado.

II - projeto de pesquisa: projeto desenvolvido com o objetivo de gerar conhecimentos e/ou soluções de problemas científicos específicos, além do domínio dos saberes, mediante análise, reflexão crítica, síntese e aprofundamento de ideias a partir da colocação de um problema de pesquisa e do emprego de métodos científicos.

III - projeto de extensão: projeto executado por meio da interação com os diversos setores da sociedade, com a participação de docentes, servidores técnicos e alunos, visando ao intercâmbio e ao aprimoramento do conhecimento, bem como à atuação da Universidade na realidade social por meio de ações de caráter educativo, social, artístico, cultural, científico e tecnológico e que tratem de temáticas como meio-ambiente, direitos humanos,

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saúde, trabalho, comunicação, extensão tecnológica para transferência e difusão de tecnologia, dentre outras.

IV - projeto de desenvolvimento institucional: programas, projetos, atividades e operações especiais, inclusive de natureza infraestrutural, material e laboratorial, que levem à melhoria mensurável das condições da Universidade, para cumprimento eficiente e eficaz de sua missão, conforme descrita no Plano de Desenvolvimento Institucional, vedada, em qualquer caso, a contratação de objetos genéricos, desvinculados de projetos específicos (art. 1º, §1º, da Lei 8.958/94, incluído pela Lei 12.349/10).

V - projeto de desenvolvimento científico e tecnológico: projeto desenvolvido com o objetivo de fomentar e promover atividades científicas e tecnológicas nas diversas áreas do conhecimento humano, bem como realizar estudos de ciência, tecnologia e inovação (estudos de CT&I) em áreas estratégicas visando ao progresso do conhecimento técnico- científico.

VI - projeto de fomento à inovação: projeto desenvolvido com o objetivo de introduzir novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou processos ou que compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho, podendo abranger riscos tecnológicos.

A avaliação de maturidade envolveu unidades de gestão que envolvem os seis tipos de projetos desenvolvidos. Em cada unidade de gestão, foi entrevistado o gestor da área ou o responsável por projetos.

A avaliação foi realizada das seguintes unidades de gestão:

a) Instituto Metrópole Digital: Unidade institucional criada em 2011, visando a formação de alunos nos níveis técnico, superior e pós-graduação. A ênfase do Instituto é na área de TI, não somente no ensino. Pesquisa, inovação tecnológica e incentivo à cultura empreendedora são importantes frentes, que culminaram na criação da incubadora de empresas de base tecnológica, a Inova Metrópole.

b) Pró-Reitoria de Extensão: Órgão vinculado à Reitoria da UFRN, cuja responsabilidade é viabilizar as transformações sociais por meio da interação e envolvimento de professores, estudantes e técnicos. Todas as ações de extensão são abarcadas por esta Pró-Reitoria, que lida com diversos tipos de projetos, das mais diversas áreas, níveis complexidade e orçamento.

c) Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas: Unidade de gestão responsável pelas políticas de gestão de pessoas da UFRN. É uma área que contempla grande número de processos, mas que também desenvolve projetos voltados para a comunidade da universidade, com ênfase nos servidores.

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d) Secretaria de Educação à Distância: Criada em 2003, a secretaria tem como objetivo incentivar a educação a distância e expandir o ensino e a aprendizagem com a utilização de ferramentas de comunicação e TI. A unidade trabalha com uma estrutura de porte considerável, sob projetos de melhoria das demandas emergentes da educação a distância.

Entre as unidades, algumas vezes o valor da gestão de projetos não é devidamente reconhecido, o que será exposto na seção 5.3. Entretanto, o advento da SGP se deu como desdobramento do PDI da UFRN. O valor do gerenciamento é reconhecido pela alta gestão da universidade e pela literatura, como discutido na seção 2.3.2.

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4 ESTRUTURAÇÃO DO PROBLEMA

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