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Contextualização da Prática Supervisionada no 1º Ciclo

Capítulo I – Enquadramento teórico

3. Caraterização do contexto educativo

3.1. Contextualização da Prática Supervisionada no 1º Ciclo

Logo no início do semestre, o professor supervisor da prática pedagógica informou-nos de qual a escola, qual a turma e qual a professora cooperante que ia acolher cada um dos pares pedagógicos. Nós ficámos na escola E.B.I. C/JI Cidade Castelo Branco, na turma do 3º A, com a professora Idalina Rodrigues como responsável. Após estas informações iniciais, introdutórias à prática supervisionada, fizemos a nossa apresentação nas instituições de acolhimento e iniciámos a nossa prática.

As apresentações foram feitas no dia 15 de outubro de 2013, data em que também se iniciou o período de observação que teve a duração de duas semanas. A nossa apresentação correu muito bem e desde o primeiro minuto que nos sentimos acolhidas e bem recebidas por toda a comunidade educativa. Na turma fomos recebidas com muito entusiamo e com muita alegria e fomos imediatamente acolhidas e acarinhadas por todos os alunos e pela professora cooperante que se mostrou sempre disponível para qualquer dúvida e qualquer apoio ao longo de toda a nossa prática pedagógica.

Estas duas semanas de observação foram muito importantes para nós para conseguirmos fazer um estudo mais aprofundado do meio envolvente destas crianças, da instituição em questão bem como da própria turma para que pudéssemos conhecer melhor cada um dos alunos. Para além disso foram também importantes para ganharmos confiança e percebermos a dinâmica das aulas desta turma, assim como todo o funcionamento das atividades letivas. Perceber quais os horários, quais as rotinas e qual o funcionamento base das aulas foi essencial para a nossa prática. Conseguimos também nesta fase fazer observações do comportamento dos alunos e ainda observações ao nível das aprendizagens de cada um.

Em suma, todas estas questões constituíram aspetos importantes para o desenvolvimento da nossa prática pedagógica.

Durante estas duas semanas fomos fazendo pequenas tarefas com os alunos que nós mesmas propusemos à professora cooperante. Tínhamos vontade de interagir, de estar mais próximas de cada um dos alunos, de começar a ganhar a sua confiança e de facto conseguimos atingir estes objetivos.

Passadas estas duas semanas de observação, iniciaram-se as semanas de trabalho prático, começando com uma semana em par pedagógico. Esta semana foi igualmente importante para nos apoiarmos mutuamente enquanto par pedagógico e para superarmos as nossas maiores dificuldades para que pudéssemos chegar à

semana seguinte mais confiantes e com melhor desempenho enquanto futuras professoras do 1º ciclo.

Em seguida iniciaram-se as semanas individuais de cada elemento do par pedagógico, sempre intercaladas. A nossa colega iniciou as semanas individuais porque assim foi estipulado pelo professor supervisor.

Em dezembro de 2013, no dia 17, que foi o último dia de aulas do 1º período, tivemos mais um dia em conjunto precisamente por ser apenas um dia de estágio e por ser um dia mais livre em que trabalhámos mais à base de jogos e novas experiências na área de estudo do meio para que os alunos pudessem descontrair um pouco.

É importante referir que as três últimas semanas de prática (semanas 9, 11 e 13) foram as semanas em que fizemos intervenções no âmbito deste projeto de investigação. Em cada uma das semanas trabalhámos uma lenda diferente como mais à frente poderemos ver.

Para cada uma das semanas de prática tínhamos de realizar uma planificação, uma reflexão da nossa prática e ainda tínhamos de preencher uma grelha de autoavaliação relativa a essa semana. No que respeita à planificação, esta visa o ensino integrado em que todas as áreas curriculares se relacionam entre si e funcionam como um todo em que cada um dos conteúdos de uma dada área se relaciona com os conteúdos das restantes áreas do saber. Para isto socorremo-nos do tema integrador e também do elemento integrador que se revelaram ser uma mais-valia. De acordo com Pais (2010), o elemento integrador representa o elemento de transversalidade que assegura a coesão metodológica dos diferentes percursos de ensino e aprendizagem. As nossas planificações tinham como base um modelo específico de organização em unidades didáticas (anexo A), já nosso conhecido, que este ano letivo apenas sofreu ligeiras alterações devido à introdução das metas de aprendizagem:

A designação unidade didática remete (…) para uma realidade técnico-didática baseada num conjunto de opções metodológico-estratégicas que apresentam como fundamentos técnicos de base: uma forma específica de relacionar a seleção do conteúdo programático (…); a aposta na coerência metodológica interna, a partir da seleção de uma unidade temática e da definição de um elemento integrador; a consideração de que todos os elementos que intervêm no processo se articulam em percursos (…) (Pais, 2010).

Para que pudéssemos realizar as nossas planificações a professora cooperante indicava-nos sempre na semana anterior os conteúdos que deveríamos apresentar e desenvolver com a turma na nossa semana.

No que diz respeito às reflexões, seguimos sempre o modelo SWOT que contempla quatro questões essenciais: os pontos fracos e pontos fortes da semana e ainda as ameaças e oportunidades, ou seja, aquilo que não devemos repetir, pelo menos da mesma forma, e aquilo que achamos que correu bem a todos os níveis e que constitui por isso um bom recurso para potenciar as aprendizagens dos alunos.

Por fim, apenas referir que a grelha de autoavaliação foi-nos dada pelo professor supervisor e que nos avalia ao nível das planificações, da execução, da reflexão e ao nível da responsabilidade e integração.

Em seguida, apresenta-se um esquema com a apresentação das semanas de prática pedagógica e com os respetivos temas de cada uma delas.