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Capítulo 5: Neste capítulo, a partir dos resultados obtidos, é feita uma discussão, interpretação, análise e resumo das principais conclusões, de forma a mostrar que as hipóteses foram

VI) ESTADOS UNIDOS

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.8 Contextualização das empresas revendedoras/distribuidoras de agrotóxicos

4.8.1 Determinação do número de empresas a serem entrevistadas

Com base em dados fornecidos pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE, 2016), a Bacia Hidrográfica do Jaguaribe possuía até aquele momento 16 lojas com licença vigente para a comercialização de agrotóxicos. A distribuição dessas lojas e os municípios a que correspondem estão mostrados na Quadro 8.

Devido ao número reduzido de lojas, optou-se por aplicar questionários em todas elas (tamanho amostral = 16). Caso contrário, o cálculo amostral para determinar a quantidade de questionários a serem aplicados seria feito de forma semelhante ao cálculo amostral do número de irrigantes.

Quadro 8 - Empresas licenciadas pela Semace para comercialização de Agrotóxicos. Bacia Hidrográfica do Jaguaribe-CE.

Município Empresas

Quixelô Casa do Produtor Rural

Depósito da construção

Iguatu

Agroterra Agromil iguatu

Terra Fértil

Casa veterinária Arca do Noé

Limoeiro do Norte Cidagro Cultivar Agrícola Agrovale SC Tec Agreste Agrícola Terra Fértil

Morada Nova Casa do Campo

Quixeramobim Casa do Campo

Mombaça Provet

Veterinário Sto. Inácio

4.8.2 Contextualização do compromisso dessas lojas com o recebimento, armazenamento e destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos

Assim como os postos de recebimento, os estabelecimentos comerciais licenciados devem receber embalagens vazias devolvidas pelos agricultores, destinando-as posteriormente para os postos ou central de recebimento.

Segundo o InpEV, as devoluções das embalagens nos estabelecimentos comerciais licenciados podem ser feitas no prazo máximo de um ano após a data da compra, mediante a apresentação da nota fiscal. Caso a empresa não possua um depósito, ela deve estar credenciada junto a algum posto de recebimento devidamente reconhecido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV).

Resultados obtidos das entrevistas apontam que alguns estabelecimentos comerciais armazenam as embalagens vazias recolhidas em galpões cobertos e ventilado, conforme estabelece a Norma (Figura 43).

Figura 43 – Galpão de armazenamento de embalagens vazias de agrotóxicos - Morada Nova, Ceará.

Fonte: Autor (2018).

Outros, no entanto, afirmaram armazenar suas embalagens vazias na parte externa do estabelecimento (Figura 44), sendo posteriormente enviadas ao posto ou central de recebimento mais próximo.

Figura 44 – Galpão de estabelecimento comercial de agrotóxicos - Limoeiro do Norte, Ceará.

Fonte: Autor (2018).

4.8.3 Contextualização dos dados das empresas entrevistadas

No total, foram entrevistadas 16 empresas que possuíam licenças vigentes para comercialização de agrotóxicos na Bacia Hidrográfica do Jaguaribe, como mostra o Quadro 8. A pesquisa foi direcionada a questões que visavam saber sobre o tempo de atuação dessas empresas, a venda, o recebimento das embalagens vazias, o armazenamento e a disposição final dessas embalagens pelas referidas empresas.

4.8.4 Contextualização do tempo de atuação dessas empresas no setor de venda de agrotóxicos na Bacia Hidrográfica do Jaguaribe

Questionando os representantes dessas empresas sobre a quantos anos o estabelecimento vem atuando no setor da venda de agrotóxicos, 13% dos entrevistados afirmaram ter menos de 5 anos, 56% afirmaram ter entre 5 e 10 anos, 25% afirmaram ter mais de 10 anos e 6% não responderam esse questionamento, achando se tratar de uma fiscalização, ou alegando que as informações são confidencias e reservadas à empresa (Figura 45).

13% 56% 25% 6% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

<5 Anos 5-10 Anos >10 Anos Não respondeu

A quantos anos a empresa vem atuando no setor de venda de agrotóxicos no município?

Figura 45 – Contextualização da atuação (duração em anos) das empresas revendedoras de agrotóxicos. Bacia Hidrográfica do Jaguaribe-CE.

Fonte: Autor (2018).

4.8.5 Contextualização da quantidade de agrotóxicos que são vendidas mensamelnte

Para se ter uma noção da quantidade de embalagens de agrotóxicos que saem dessas lojas, foi questionado aos entrevistados sobre a quantidade de agrotóxicos vendida por mês. Com isso, 19% dos entrevistados afirmaram vender menos de 100 litros de agrotóxicos por mês, 63% afirmaram vender entre 100-500 Litros, 13% afirmaram chegar a vender mais de 500 Litros de agrotóxicos no período de maior consumo, e 6% não responderam ao questionamento (Figura 46).

Figura 46 – Contextualização da quantidade de agrotóxicos que são vendidos mensalmente na Bacia Hidrográfica do Jaguaribe-CE.

Fonte: Autor (2018).

4.8.6 Contextualização do posicionamento dessas empresas revendedoras de agrotóxicos em relação ao recebimento das embalagens vazias de agrotóxicos

Objetivando verificar o funcionamento do processo de logística reversa de embalagens vazias, entre o agricultor e as empresas revendedoras de agrotóxicos, foi questionado a esses estabelecimentos sobre qual a sua posição em relação ao recebimento das embalagens vazias devolvidas pelos agricultores, e os resultados obtidos não foram favoráveis.

Tais fatos podem ser observados na Figura 47, onde, dos 16 estabelecimentos entrevistados, 5 deles (31%) afirmaram que não recebem embalagens vazias, por não possuírem espaços para armazenamento e por outros motivos não mencionados. Por outro lado, 3 estabelecimentos (19%) afirmaram que raramente recebem e 6 estabelecimentos (38%) afirmaram receber sempre todo e qualquer tipo de embalagem. Os restantes (13%) não responderam ao questionamento.

Analisando cuidadosamente esses resultados, onde 31% dos estabelecimentos afirmam não receber embalagens vazias, é possível constatar que há um descumprimento da Lei 9.974/00 e Resolução Conama 465/2014, que atribuiram responsabilidades compartilhadas e obrigam os estabelecimentos comercias a receberem embalagens vazias de agrotóxicos e afins. 19% 63% 13% 6% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

<100 Litros 100-500 Litros >500 Litros Não respondeu

31% 19% 38% 13% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

Não recebe Raramente recebe Recebe sempre Não respondeu Recebe as embalagens vazias devolvidas pelos agricultores?

Figura 47 – Contextualização do posicionamento das empresas revendedoras em relação ao recebimento das embalagens vazias de agrotóxicos. Bacia Hidrográfica do Jaguaribe-CE.

Fonte: Autor (2018).

4.8.7 Contextualização da destinação final das embalagens vazias recebidas dos agricultores

Também foi questionado a essas empresas sobre a disposição final das embalagens vazias recebidas, e 38% dos entrevistados afirmaram devolver as suas embalagens vazias junto á central de recebimento de Mossoró, devido a sua proximidade e fácil acesso. 19% afirmaram que costumam armazenar as embalagens nos depósitos, aguardando o período da coleta itinerante e apenas 6% afirmaram que devolvem as suas embalagens vazias junto ao posto de recebimento de Ubajara. Os restantes 13% não responderam ao questionamento, como mostrado na Figura 48.

Figura 48 – Contextualização da destinação final das embalagens vazias recebidas pelas empresas revendedoras de agrotóxicos. Bacia Hidrográfica do Jaguaribe-CE.

Fonte: Autor (2018).

4.9 Contextualização das unidades de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos