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CONTRATAÇÃO IRREGULAR POR ENTES PÚBLICOS

RECURSO DO RECLAMADO Competência DA JUSTIÇA DO TRABALHO. É competente a Justiça do Trabalho para conciliar e julgar os dissídios individuais

entre trabalhadores regidos pela CLT e os entes da administração pública direta e indireta dos Estados e da União, em face do que dispõe expressamente o art. 114 da CF/88. Para reforçar tal entendimento, encontramos o art. 109 da Carta Magna, que diz ser da competência da Justiça Federal processar e julgar as causas em que a União, entidades autárquicas ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidente de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. CONTRATO DE TRABALHO - NULIDADE - EFEITOS. O provimento de cargos ou empregos na administração pública pressupõe prévio ato de investidura ou admissão. O contrato realidade não pode se sobrepor à ordem constitucional consubstanciada na exigência de concurso público. Desatendida esta exigência o contrato é nulo e os efeitos decorrentes desta nulidade são ex-tunc. Revista parcialmente provida. RECURSO DE REVISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Prejudicado. (RR - 349622-23.1997.5.02.5555, Relator Juiz Convocado: Domingos Spina, Data de Julgamento: 01/12/1999, 1ª Turma, Data de Publicação: DJ 18/02/2000)

CONTRATO NULO. EFEITOS. CONTINUIDADE DA PRESTAÇÃO LABORAL APÓS A APOSENTADORIA DO SERVIDOR. NOVO CONTRATO DE TRABALHO SEM PRÉVIA APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO. DIREITO APENAS AO PAGAMENTO DA CONTRAPRESTAÇÃO PACTUADA, EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE HORAS TRABALHADAS, RESPEITADO O SALÁRIO MÍNIMO/HORAA continuidade da prestação laboral após a aposentadoria espontânea do servidor, implica novo contrato de trabalho, o qual está sujeito à prévia aprovação em concurso público, a teor do disposto no artigo 37, inciso II, da Constituição da República de 1988, sob pena de ser considerado nulo de pleno direito, não gerando nenhum efeito trabalhista, salvo quanto ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o salário mínimo/hora. Aplicação do Enunciado nº 363 do TST e do item nº 177 da Orientação Jurisprudencial da SBDI 1. Recurso de Revista da Reclamante não conhecido. Recurso de Revista da Reclamada conhecido e provido. (E-RR - 589342- 85.1999.5.04.5555, Relator Ministro: Rider de Brito, Data de Julgamento: 07/05/2003, 5ª Turma, Data de Publicação: DJ 08/08/2003)

RECURSO DE REVISTA. "COMPETÊNCIA MATERIAL. JUSTIÇA DO TRABALHO. ENTE PÚBLICO. CONTRATAÇÃO IRREGULAR. REGIME ESPECIAL. DESVIRTUAMENTO. (Nova redação, DJ 20/4/2005.) I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho dirimir dissídio individual entre trabalhador e ente público se há controvérsia acerca do vínculo empregatício. II - A simples presença de lei que disciplina a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37, inciso IX, da CF/1988) não é o bastante para deslocar a competência da Justiça do Trabalho se se alega desvirtuamento em tal contratação, mediante a prestação de serviços à Administração para atendimento de necessidade permanente e não para acudir a situação transitória e emergencial." Item 205 da Orientação Jurisprudencial da SBDI1 do TST. Recurso de Revista não conhecido. CONTRATO NULO. EFEITOS. ART. 37, II E § 2.º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SÚMULA N.º 363 DO TST. A Súmula n.º 363 desta Corte dispõe que "a contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2.º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS". O Recurso deve ser parcialmente provido a fim de que se ajuste ao comando emanado da Súmula em questão. Recurso de Revista conhecido e provido em parte. ( RR - 53200-27.2004.5.19.0001 , Relatora Ministra: Maria de Assis Calsing, Data de Julgamento: 13/08/2008, 4ª Turma, Data de Publicação: DJ 29/08/2008)

RECURSO DE REVISTA. CONTRATO NULO - EFEITOS. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA. AUSÊNCIA DE PRÉVIO CONCURSO PÚBLICO. O provimento de empregos dos quadros dos entes que compõem a Administração Pública Direta e Indireta imprescinde da realização de prévio concurso público de provas ou de provas e títulos, sob pena de nulidade do relacionamento travado (Constituição Federal, art. 37, inciso II e § 2º). Não se pode, por nenhum fundamento, negar a literalidade da Constituição Federal, sem se lançar por terra a básica garantia do Estado de Direito. A nulidade exige a reposição das partes ao "status quo ante". Sendo impossível a restituição do trabalho prestado, o tomador dos serviços deve ao trabalhador apenas a contraprestação ao labor de que se aproveitou, segundo o que se tiver pactuado, em relação ao número de horas

trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, como indenização, além dos depósitos referentes ao FGTS. Desmerecidas quaisquer outras parcelas de cunho trabalhista. Inteligência da Súmula nº 363/TST, com a redação dada pela Resolução nº 121/2003, e do art. 19-A da Lei nº 8.036/90. Recurso de revista conhecido e parcialmente provido. (RR - 772468-62.2001.5.11.0008, Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 30/05/2007, 3ª Turma, Data de Publicação: DJ 22/06/2007)

MENOR

ACORDO DE DÍVIDA - MENOR INCAPAZ - NULIDADE CONTRATUAL - VERBAS RESCISÓRIAS DEVIDAS. É nulo o acordo firmado entre a empresa e o menor de 14 anos que lhe prestou serviço, com fins de quitação dos dias trabalhados. No entanto, a fim de evitar o enriquecimento sem causa do empregador, uma vez que não podem voltar as partes ao status quo ante, pois a força de trabalho despendida pelo obreiro não lhe pode ser restituída, deve a empresa ser compelida ao pagamento das verbas rescisórias, como se válido fosse o contrato, o qual, inclusive, deve ser registrado na CTPS. (TRT-20 - RO: 1895008420095200003 SE 0189500-84.2009.5.20.0003, Data de Publicação: 19/05/2011).

“Conforme previsão constitucional, o trabalho deste menor era proibido, o que torna seu contrato nulo de pleno direito, impossibilitando o reconhecimento do vínculo neste período”, fundamentou o Juiz Lorival. Por outro lado, como a fazenda não pode restituir a prestação de serviços, deverá pagar todos os direitos assegurados na legislação trabalhista, evitando-se, assim o enriquecimento ilícito do fazendeiro. Dentre as obrigações, a fazenda também deverá pagar aviso prévio, 13º salário, férias e FGTS, inclusive com a multa de 40%. Foi arbitrado o valor de 10 mil à condenação. (TRT 15ª Região. 01027-2004-120-15-002. (ROPS).

“Trabalho de menor de 12 anos. Conquanto proibido, não se presta a ensejar enriquecimento ilícito do empregador. Devidas são as parcelas retributivas e demais haverespleiteados” (Ac. TRT 3ª. Região, 2ª. T., Rec. Ord. 428/86, Rel. Juiz Ildeu do C. Baldino, DJ 15/08/86)