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5 ESTRATÉGIA DE PESQUISA

6.8 CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO

Com a verificação independente dos fluxos de informação via IFC, contribuições podem ser estudadas e organizadas, a fim de se montar um roteiro em que não hajam problemas com retrabalho nos sistemas apresentados para projeto arquitetônico e estrutural.

É importante salientar que as considerações sobre facilidade de modelagem ou ferramentas de ilustração dos modelos com maior perfeição, não foram levadas em consideração.

Em nenhum dos fluxos da sequência de experimentos criados no Grupo 1 e ampliado com os carregamentos do Grupo 2, com exceção das validações no Grupo 4, as informações textuais foram repassadas ao modelo por meio do arquivo IFC e poderiam em um âmbito geral serem deixadas de lado para qualquer opção de fluxo de trabalho.

Após catalogação de praticamente todas as informações estruturais para todos os elementos modelados em dois ambientes distintos de concepção arquitetônica de proposta BIM, os resultados são claramente conflitantes entre os geradores do IFC de cada software, com os leitores dessas informações em outra plataforma.

Existe uma diferenciação nas entidades de cada sistema para a geração dos arquivos IFC e cada unidade arquitetônica apresenta uma listagem de entidades diferentes da outra, ou seja, em cada gerador IFC uma entidade pode ser responsável por guardar certa informação, que em outro sistema alguma outra entidade seria utilizada para essa função.

Isso pode gerar um problema de identificação das informações devido à utilização de entidades diferentes e até mesmo essa entidade IFC, pode não existir cadastrada em seu banco gerador do arquivo.

Para os sistemas de validação das informações analisados, praticamento todo o formato IFC foi lido, com pequenas exceções em pontos isolados, caracterizando o arquivo com dados de informação importantes para as continuidades estruturais para o decorrer na cadeia.

Após a validação do IFC a partir do Fluxo 5 de informações, os conflitos são mais visíveis na identificação do conteúdo repassado ao software estrutural, até para fabricantes de software de uma mesma empresa, como é o caso do Fluxo 6 onde é recomendado o uso do próprio formato do fabricante, mesmo não se encaixando no conceito BIM e tomado o uso do RVT para considerar integralmente as ampliações do Revit Structure.

Grande parte de facilidade em optar por um ou outro programa do Grupo 1 está no fato de existir um sistema em que se possa ampliar as características estruturais com maior facilidade, fato reconhecido na questão de usar o mesmo fabricante para o Fluxo 6.

Para o Fluxo 5 existe uma grande quantidade de retrabalhos e os benefícos são nulos em se tratando da sequência das informações.

Um importante fator a ser salientado na questão dos fluxos é a inoperância dos carregamentos no arquivo IFC. Dentro do Revit Structure existe um sistema de opções em IFC para a indicação de entidades responsáveis pelo recebimento de informações da modelagem, no entanto a edição desses itens não vem alterando significativamente os resultados observados no arquivo final gerado.

7 CONCLUSÃO

Após uma verificação geral sobre o uso de arquivo no formato IFC como elemento de comunicação entre sistemas que propõem a difusão do BIM para troca de informação entre softwares, foram identificadas muitas inconformidades que prejudicam uma operação completa de implementação dessa metodologia com uso corrente em ambientes de trabalho de projeto para a construção civil, principalmente nos quesitos analisados no trabalho apresentado aqui.

Foi simulada a atividade de projeto de arquitetura conciliada com o projeto estrutural numa análise de concepção de edificações, carregamento de estruturas, dimensionamento dos elementos estruturais para construção e finalizando com a compatibilização do ciclo, retornando aos sistemas de origem na arquitetura, por meio de IFC, auxiliando adequações de esquadrias, acabamentos e qualquer outro elemento da construção que dependa das dimensões das estruturas para sua realização.

Seguindo a revisão sobre o assunto e tomando os resultados obtidos mais recentemente dentro desse estudo, é possível observar que ainda não existe um consenso entre quais informações introduzir para o elemento estrutural e quais aquelas que realmente serão usadas pelo próximo participante da cadeia de modelagem.

O IFC2X3 é uma realidade dentro dos programas atuais de mercado e sua participação dentro de ambientes de modelagem BIM está cada vez maior. No entanto, sua eficácia vem sendo avaliada com o passar do tempo e ainda vem mostrando ter muita fragilidade no quesito de garantia de acesso às informações em diferentes ambientes de projeto.

Apesar dessa condição de instabilidade na garantia de proporcionar agilidade nos trabalhos da construção, deve ser ressaltado que o uso do IFC ainda é prática de aplicação em constante desenvolvimento e com possibilidade de melhorar com o tempo e estudo direcionado ao seu aperfeiçoamento.

Pesquisas relacionadas à interoperabilidade e testes para reduzir o tempo da etapa de projetos provam que essa é uma necessidade clara dos profissionais da gestão da construção civil.

Futuramente, muitos problemas encontrados em um estudo como esse apresentado, poderão deixar de existir com a evolução dos padrões neutros IFC2X4, juntamente com o melhoramento ou padronização das questões de criação do IFC dentro do software e leitura dos IFC, a partir de sistemas diferentes de exportação.

Com essa rotina de testes com fluxos de informação, auxiliados pelo arquivo IFC, foi possível gerar sugestões práticas dos melhores rumos a se tomar no uso BIM entre o responsável pela arquitetura e o projetista estrutural de concreto armado, dando opção de identificar algumas possibilidades de maior compatibilidade entre sistemas e direcionar os pesquisadores interessados em promover maiores estudos com a quantidade de ferramentas existente e outras que possam existir futuramente.

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