• Nenhum resultado encontrado

1 INTRODUÇÃO

5.3 CONTROLE DO PESO DOS ANIMAIS

Os animais foram pesados diariamente por 22 dias (do primeiro dia de privação de sono ao primeiro dia de testes), sendo que os dados relativos ao dia 9 foram desconsiderados por perdas na coleta. Observa-se um curva de ganho de peso dos

animais (Figura 13) em que se observa a ocorrência de diferenças significativas para os fatores tratamento [F(8,61)=2,657; P<0,01], peso [F(20,12)=104,8; P<0,0001] e interação [F(160,12)=1,80; P<0,0001]. P eso ( g ) 2 5 0 3 0 0 3 5 0 4 0 0 D M S O P R IV A D O D M S O R E B O T E D M S O C O N T R O L E R E B O T E R O T E N O N A P R IV A D O R O T E N O N A R E B O T E R O T E N O N A C O N T R O L E R E B O T E Z IC A M D M S O C O N T R O L E R O T E N O N A C O N T R O L E 1 2 3 4 5 6 7 8 1 0 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7 1 8 1 9 2 0 2 1 2 2 D ia s

FIGURA 13. Peso em gramas dos animais do primeiro dia de privacao ao primeiro dia de teste, o dia 9 foi

desconsiderado. Grupo Zicam n= 7, DMSO Controle n= 7, DMSO privado n=7, DMSO rebote n=7, DMSO Controle Rebote n=7, Rotenona Controle n=7, Rotenona Privado n=7, Rotenona Rebote n=7, Rotenona Controle Rebote n=7. ANOVA de duas vias com medidas repetidas seguido pelo teste post hoc Bonferroni.

5.4 IMUNO-HISTOQUÍMICA PARA TIROSINA HIDROXILASE

A quantificação da densidade de neurônios TH-ir na SNpc (Figura 14), produzida pela neurotoxina rotenona, revelou ter ocorrido uma redução significativa (P<0,001) na densidade desses neurônios no grupo DMSO controle rebote em comparação aos demais grupos experimentais, conforme indicado pelos fatores lesão [F(1,34)=16,32; P=0,0003], privação de sono [F(1,34)=4,29; P=0,04] e interação [F(1,34)=17,98; P=0,0002].

D e n s id a d e n e u r o n a l ( % ) D M S O R O T E N O N A D M S O R O T E N O N A 0 2 5 5 0 7 5 1 0 0 1 2 5 1 5 0 P S T R E B O T E C O N T R O L E R E B O T E # # #

FIGURA 14. Porcentagem da densidade de neurônios TH-ir na SNpc DMSO Controle Rebote (n= 11),

Rotenona Controle Rebote (n=6), DMSO PST Rebote (n=10), Rotenona PST rebote (n=11). ANOVA de duas vias seguido pelo teste post hoc Bonferroni. ###P<0,001 vs. DMSO Controle Rebote.

6 DISCUSSÃO

No presente estudo, observou-se que houve um prejuízo olfatório produzido pelo grupo Zicam, indicando ter havido a inibição da atividade do epitélio olfatório dos animais, produzindo assim um controle positivo para o prejuízo olfatório, tal qual já demonstrado por estudos anteriores de nosso grupo (Rodrigues et al. 2014, Ilkiw et al. 2018). O Zicam promove citotoxicidade ao epitélio olfatório, provavelmente atuando de modo irreversível (Chioca, Antunes, Ferro, Losso, & Andreatini, 2013). Com esta perspectiva, observamos ter ocorrido um prejuízo significativo de desempenho olfatório nos animais do grupo DMSO PST, em comparação ao seu controle não privado de sono, sugerindo ter havido uma associação entre a restrição crônica de sono total e a função olfatória dos ratos. Este resultado se relaciona, de maneira interessante, com outros, recentemente publicados, que demonstraram impactos negativos, advindos do protocolo de restrição de sono, aqui testado, tanto num contexto de geração de efeitos pró-nociceptivos quanto de deterioração de memórias do tipo declarativas (Sardi et al. 2018, Fagotti et al. 2019). Somando-se a essas observacoes, vimos que a lesão dopaminérgica, induzida por rotenona, também foi capaz de gerar semelhante piora na capacidade olfatória dos animais, entretanto, sem ter havido um, até aguardado, sinergismo com a condição de restrição crônica de sono. Porém, destaca-se aqui uma diminuição no tempo de exploração do odor familiar, bem como aumento desse tempo, para o odor não familiar, apenas no grupo rotenona PST, em comparação ao grupo DMSO controle, sugerindo algum grau de prejuízo olfatório, mais evidenciado por este grupo. Em complementação, descrevemos recentemente que a privação aguda de sono REM pôde produzir efeitos olfatórios compensatórios, quantificados pela mesma tarefa aqui testada, mediante a

lesão da via nigroestriatal induzida por rotenona (Rodrigues et al. 2019). Observou-se também que nenhuma das manipulações realizadas impactou negativamente no crescente ganho de peso dos animais ao longo dos dias de experimento, afastando assim a influência de outros fatores relacionados à sobrevivência dos animais quanto aos parâmetros avaliados.

A análise do desempenho olfatório após o período de sono rebote revelou ter havido uma restauração dessa função em todos os grupos experimentais testados, haja vista ter ocorrido uma significativa discriminação entre os odores apresentados na tarefa. Dessa forma, é plausível pensar que a reversibilidade dos efeitos advindos da restrição crônica de sono possam se dar, em parte, pelo mecanismo de supersensibilidade dopaminérgica (Tufik et al. 1978, Tufik 1981, Nunes et al. 1994, Lima et al. 2008b), classicamente descrito após eventos de privação de sono REM, podendo assim impactar em tarefas dependentes do sistema dopaminérgico. Como já descrito na literatura, a olfação apresenta uma dependência bastante singular da neurotransmissão dopaminérgica nas sinapses glomerulares, principalmente frente ao seu papel inibitório (associado à ativação do receptor D2), portanto, regulando a ativação sináptica à jusante na via olfatória principal (Hoglinger et al. 2015). Deste modo, é possível propor que a restrição crônica de sono, por nós testada, poderia gerar um crescente déficit de sono REM, ao longo dos dias de restrição, produzindo algum grau de supersensibilidade D2 que se expressaria numa piora olfatória, podendo ser restaurada pelo sono rebote.

Além disso, a administração de um agonista D2, piribedil, associado com a supersensibilidade D2, aumenta o efeito inibitório gerado pelos receptores D2, e, portanto, promovendo déficit olfatório (Rodrigues et al., 2014). Quando os receptores D2

estão ativados, a capacidade de discriminar odores é reduzida por alterar a sensibilidade de neurônios bulbares. Pela administração de agonistas e antagonistas de receptores D1 e D2, é sugerida que, primordialmente, é a modulação do receptor D2, e não de D1, que impacta na tarefa de discriminação de olfatória (Escanilla, Yuhas, Marzan, & Linster, 2009).

Em contrapartida, a restauração do desempenho olfatório, após o rebote, no grupo submetido apenas à lesão dopaminérgica, não pode ser, satisfatoriamente, explicada por essa hipótese, uma vez que a lesão, tal como já descrevemos em outras oportunidades, é um processo perene e de impactos bastante amplos (Lima et al. 2006, Lima et al. 2007, Moreira et al. 2012) embora, por vezes, compensados plasticamente pelos neurônios remanescentes (Ilkiw et al. 2018, Targa et al. 2018, Rodrigues et al. 2019). Por outro lado, os resultados da avaliação histológica não conseguiram observar reduções na densidade dos neurônios TH-ir presentes na SNpc dos animais submetidos à neurotoxina rotenona, tornando qualquer discussão baseada num efeito olfatório compensatório, pelos neurônios ainda presentes, meramente especulativa. Entretanto, cabe aqui uma ressalva metodológica que põe em xeque a reprodutibilidade dos dados histológicos produzidos. Verificou-se que os cortes obtidos a partir de coordenadas para o mesencéfalo, incluindo a SNpc, não foram homogeneamente coletados de forma a produzir uma reconstrução representativa da área de interesse. Portanto, será necessária a realização de uma replicação desse experimento de quantificação de extensão da lesão, haja vista que o processo cirúrgico utilizado é altamente padronizado, tendo sido reproduzido, inclusive com resultados histológicos de lesão de 40-50% dos neurônios TH-ir, em muitos outros trabalhos de nosso grupo (Lima et al. 2006, Lima et

al. 2007, Reksidler et al. 2007, Lima et al. 2008a, Lima et al. 2012, Dos Santos et al. 2013, Noseda et al. 2014, Rodrigues et al. 2014, Targa et al. 2016, Ilkiw et al. 2018, Targa et al. 2018, Fagotti et al. 2019, Ilkiw and Lima 2019, Rodrigues et al. 2019).

Outro ponto relevante para reflexão diz respeito ao próprio protocolo do teste olfatório utilizado em que é conduzido apenas um treinamento de 2 minutos com os animais. Tong e colaboradores (2014) levantaram a hipótese de que tarefas de discriminação olfatória com métricas relativamente não intuitivas como odor específico do lado direito ou esquerdo, como foi realizado em nosso experimento, necessite de centenas de treinamentos, enquanto tarefas com métricas mais intuitivas para o animal, como cavar por sinais de odores, requer menos do que 20 treinamentos para atingir o objetivo (Tong, Peace, Cleland, & Harley, 2014). Com isso, não podemos descartar uma eventual limitação do método utilizado, sendo salutar a necessidade de constante aperfeiçoamento, que por sua vez é foco de padronização em outro projeto em andamento em nosso laboratório.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

- Observamos que animais com lesão intranigral por rotenona apresentaram prejuízo olfatório na TDO. Os animais lesionados que passaram pelo processo de

restrição crônica de sono tiveram um menor tempo de exploração do odor familiar, em comparação ao grupo controle sem lesão, evienciando um intenso prejuízo olfatório. Entretanto, não correu sinergismo entre lesão e a restrição crônica de sono.

- Os animais controle do grupo restrição crônica de sono, apresentaram um prejuízo olfatório significativo, sugerindo uma associação entre a privação de sono e o desempenho olfatório. Provavelmente a restrição promova uma supersensibilidade de receptores D2, de natureza inibitória, responsáveis pela neurotransmissão dopaminergica nas sinapses glomerulares.

- O sono rebote restaurou a função olfatória de todos os grupos. Contudo, devido a coleta histológica não homegenea, não foi possivel observar a redução na densidade de neuronios TH-ir em nenhum dos grupos tratados com rotenona, tornando qualquer discussão baseada num efeito olfatório compensatório, pelos neurônios ainda presentes, meramente especulativa.

REFERÊNCIAS

Ã, S. D., & Maclean, R. R. (2007). Neurobiological mechanisms for the regulation of mammalian sleep – Reinterpretation of historical evidence and inclusion of contemporary cellular and molecular evidence, 31, 775–824. https://doi.org/10.1016/j.neubiorev.2007.02.004

Abbott, R. D., Ross, G. W., White, L. R., Abbott, R. D., Ross, G. W., White, L. R., … Masaki, K. H. (2012). Excessive daytime sleepiness and subsequent development of

Excessive daytime sleepiness and subsequent development of Parkinson disease. https://doi.org/10.1212/01.wnl.0000183056.89590.0d

Adler, C. H., & Beach, T. G. (2016). Neuropathological Basis of Nonmotor Manifestations of Parkinson ’ s Disease, 00(00), 1–6. https://doi.org/10.1002/mds.26605

Albers, J. A., Ph, D., Chand, P., Anch, A. M., & Ph, D. (2017). SC. Sleep Medicine, 15. https://doi.org/10.1016/j.sleep.2017.03.026

Baba, M., Nakajo, S., Tu, P., Lee, V. M., Trojanowski, J. Q., & Iwatsubo, T. (1998). Short Communication Sporadic Parkinson ’ s Disease and Dementia with, 152(4).

Beaulieu, J., & Gainetdinov, R. R. (2011). The Physiology , Signaling , and Pharmacology of Dopamine Receptors, 63(1), 182–217. https://doi.org/10.1124/pr.110.002642.182 Behavioral , Neurochemical and Histological Alterations Promoted by Bilateral Intranigral Neurochemical and Histological Alterations Promoted by Bilateral Intranigral Rotenone https://doi.org/10.1007/s12640-011-9278-3

Behr, T. M., Oertel, W. H., Mayer, G., Doerr, Y., & Mo, J. C. (2005). Combination of ‘ idiopathic ’ REM sleep behaviour disorder and olfactory dysfunction as possible indicator for a -synucleinopathy demonstrated by dopamine transporter FP-CIT-SPECT, 128(1), 126–137. https://doi.org/10.1093/brain/awh322

Belluscio, L., Gold, G. H., Nemes, A., & Axel, R. (1998). Mice Deficient in G olf Are Anosmic, 20, 69–81.

Benincasa, D. (2007). Prodromal non-motor symptoms of Parkinson ’ s disease, 3(1), 145–151.

Betarbet, R., Sherer, T. B., Mackenzie, G., Garcia-osuna, M., Panov, A. V, & Greenamyre, J. T. (2000). Chronic systemic pesticide exposure reproduces features of Parkinson ’ s disease, 26, 1301–1306.

Boostani, R., Karimzadeh, F., & Nami, M. (2017). Computer Methods and Programs in Biomedicine A comparative review on sleep stage classification methods in patients and healthy individuals. Computer Methods and Programs in Biomedicine, 140, 77–91. https://doi.org/10.1016/j.cmpb.2016.12.004

Braak, H. B. E. (2000). Pathoanatomy of Parkinson ’ s disease, 3–10.

Braak, H., & Tredici, K. Del. (2017). Neuropathological Staging of Brain Pathology in 7. https://doi.org/10.3233/JPD-179001

Brunet, L. J., Gold, G. H., & Ngai, J. (1996). General Anosmia Caused by a Targeted Disruption of the Mouse Olfactory Cyclic Nucleotide – Gated Cation Channel, 17, 681– 693.

Bundlie, S. R. (1996). movement sleep behavior disorder.

Depression Associated with Parkinson ’ s Disease, 17(3), 445–454. https://doi.org/10.1002/mds.10114

Carr WJ, Yee L, Gable D Marasco E. "Olfactory recognition of conspecifics by domestic Norway rats." J Comp Physiol Psychol (1976) 90(9): 821-828.

Calabrese, V., Santoro, A., Monti, D., Crupi, R., Di, R., Latteri, S., … Franceschi, C. ammaging , neuroin fl ammation and biological remodeling as key factors in

pathogenesis, 115(September 2017), 80–91.

https://doi.org/10.1016/j.freeradbiomed.2017.10.379

Chioca, L. R., Antunes, V. D. C., Ferro, M. M., Losso, E. M., & Andreatini, R. (2013). Anosmia does not impair the anxiolytic-like effect of lavender essential oil inhalation in mice. Life Sciences, 92(20–21), 971–975. https://doi.org/10.1016/j.lfs.2013.03.012

Datta, S. (2010). Cellular and chemical neuroscience of mammalian sleep. Sleep Medicine, 11(5), 431–440. https://doi.org/10.1016/j.sleep.2010.02.002

Dexter, D. T., Carter, C. J., Wells, F. R., Agid, Y., Lees, A., Jenner, P., & Marsden, T. C. D. (1989). Basal Lipid Peroxidation in Substantia Nigra Is Increased in Parkinson ’ s Disease.

Doty, R. L. (2007). Olfaction in Parkinson ’ s Disease, 13, 225–228.

Doty, R. L. (2012). Neurobiology of Disease Olfaction in Parkinson ’ s disease and related

disorders. Neurobiology of Disease, 46(3), 527–552.

https://doi.org/10.1016/j.nbd.2011.10.026

Doty, R. L., Deems, D. A., & Stellar, S. (1988). Olfactory dysfunction disease duration, (August).

Dos Santos AC, Castro MA, Jose EA, Delattre AM, Dombrowski PA, Da Cunha C, Ferraz AC Lima MM. "REM sleep deprivation generates cognitive and neurochemical disruptions in the intranigral rotenone model of Parkinson's disease." J Neurosci Res (2013) 91: 1508-1516.

Duda, J. E. (2010). Journal of the Neurological Sciences Olfactory system pathology as a model of Lewy neurodegenerative disease. Journal of the Neurological Sciences, 289(1–2), 49–54. https://doi.org/10.1016/j.jns.2009.08.042

Eder, D. N., Zdravkovic, M., & Wildschiødtz, G. (2003). Selective alterations of the first NREM sleep cycle in humans by a dopamine D1 receptor antagonist ( NNC-687 ), 37, 305–312. https://doi.org/10.1016/S0022-3956(03)00007-4

Ennis, M., Puche, A. C., Holy, T., & Shipley, M. T. (2015). The Olfactory System. The Rat Nervous System (Fourth Edition). Elsevier Inc. https://doi.org/10.1016/B978-0-12- 374245-2.00027-9

Escanilla, O., Yuhas, C., Marzan, D., & Linster, C. (2009). Dopaminergic Modulation of Olfactory Bulb Processing Affects Odor Discrimination Learning in Rats, 123(4), 828–833. https://doi.org/10.1037/a0015855

Fagotti, J., Targa, A. D. S., Rodrigues, L. S., Noseda, A. C. D., Dorieux, F. W. C., Scarante, F. F., … Pennings, J. L. A. (2019). Chronic sleep restriction in the rotenone Parkinson ’ s disease model in rats reveals peripheral early-phase biomarkers, (December 2018), 1–16. https://doi.org/10.1038/s41598-018-37657-6

Fantini, M. L. (2002). REM sleep behavior disorder and REM sleep without atonia in Parkinson ’ s disease. https://doi.org/10.1212/WNL.59.4.585

Ferri, N., & Introduction, I. (1991). The dopamine D 1 receptor is involved in the regulation of REM sleep in the rat, 194, 189–194.

Gabellec, M., Moigneu, C., Chaumont, F. De, & Lledo, P. (2014). Franc, 34(43), 14430– 14442. https://doi.org/10.1523/JNEUROSCI.5366-13.2014

Garcia-ruiz, P. J., Espay, A. J., & Garcia-ruiz, P. J. (2017).

evolutionary Perspective, 8(May), 1–5. https://doi.org/10.3389/fneur.2017.00157

Gelders, G., Baekelandt, V., & Perren, A. Van Der. (2018). Review Article Linking Neuroinflammation and Neurodegeneration in Parkinson ’ s Disease, 2018.

Gorell, J. M., Johnson, C. C., Rybicki, B. A., Peterson, E. L., & Richardson, R. J. (1998). The risk of Parkinson ’ s disease with exposure to pesticides , farming , well water , and rural living, 1346–1351.

Hawkes, C. H., Del, K., & Braak, H. (2010). Parkinsonism and Related Disorders A timeline for Parkinson ’ s disease q , qq Parkinson ’ s Disease Timeline. Parkinsonism and Related Disorders, 16(2), 79–84. https://doi.org/10.1016/j.parkreldis.2009.08.007

Herrera-morales, W. (2017). Dopaminergic Modulation of Sleep-Wake States, 380–386. https://doi.org/10.2174/1871527316666170320145429

Hoglinger GU, Alvarez-Fischer D, Arias-Carrion O, Djufri M, Windolph A, Keber U, Borta A, Ries V, Schwarting RK, Scheller D Oertel WH. "A new dopaminergic nigro-olfactory projection." Acta Neuropathol (2015) 130(3): 333-348.

Hoyt, B. D. (2005). Sleep in Patients with Neurologic and Psychiatric Disorders, 32, 535– 548. https://doi.org/10.1016/j.pop.2005.02.013

Hughes, A. J., Daniel, S. E., Kilford, L., & Lees, A. J. (1992). Accuracy of clinical diagnosis -pathological study of 100 cases, 181–184. Huisman, E., & Hoogland, P. V. (2004). A 100 % Increase of Dopaminergic Cells in the Olfactory Bulb May Explain Hyposmia in Parkinson ’ s Disease, 19(6), 145–148. https://doi.org/10.1002/mds.10713

Hyacinthe, C., Barraud, Q., Tison, F., Bezard, E., & Ghorayeb, I. (2014). Neurobiology of Disease D1 receptor agonist improves sleep – wake parameters in experimental

parkinsonism. Neurobiology of Disease, 63, 20–24.

https://doi.org/10.1016/j.nbd.2013.10.029

Ilkiw JL, Kmita LC, Targa ADS, Noseda ACD, Rodrigues LS, Dorieux FWC, Fagotti J, Dos Santos P Lima MMS. "Dopaminergic Lesion in the Olfactory Bulb Restores Olfaction and Induces Depressive-Like Behaviors in a 6-OHDA Model of Parkinson's Disease." Mol Neurobiol (2018).

Ilkiw JL Lima MMS. "Perspectives for the association between olfactory disturbances and depression in Parkinson’s disease." Neural Regeneration Research (2019) 14(4): 591- 592.

Johnson, A., & Service, T. N. (1975). OLFACTORY FUNCTION PARKINSON ’ S IN PATIENTS DISEASE, 28, 493–497.

–120. https://doi.org/10.1007/s00441-004-0975-6

elucidating an enigma. Sleep Medicine Reviews, 28, 46–54. https://doi.org/10.1016/j.smrv.2015.08.005

Lau, L. M. L. De, & Breteler, M. M. B. (2006). Epidemiology of Parkinson ’ s disease, 5(June), 525–535.

Lim, J. H., Davis, G. E., Wang, Z., Li, V., Wu, Y., Rue, T. C., & Storm, D. R. (2009). Zicam- Induced Damage to Mouse and Human Nasal Tissue, 4(10), 1–10. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0007647

Lima MM, Andersen ML, Reksidler AB, Ferraz AC, Vital MA Tufik S. "Paradoxical sleep deprivation modulates tyrosine hydroxylase expression in the nigrostriatal pathway and attenuates motor deficits induced by dopaminergic depletion." CNS Neurol Disord Drug Targets (2012) 11(4): 359-368.

Lima MM, Andersen ML, Reksidler AB, Silva A, Zager A, Zanata SM, Vital MA Tufik S. "Blockage of dopaminergic D(2) receptors produces decrease of REM but not of slow wave sleep in rats after REM sleep deprivation." Behav Brain Res (2008a) 188(2): 406- 411.

Lima MM, Andersen ML, Reksidler AB, Vital MA Tufik S. "The role of the substantia nigra pars compacta in regulating sleep patterns in rats." PLoS One (2007) 2(6): e513.

Lima MMS, Andersen ML, Reksidler AB, Silva A, Zager A, Zanata SM, Vital MA Tufik S. "Blockage of dopaminergic D(2) receptors produces decrease of REM but not of slow wave sleep in rats after REM sleep deprivation." Behav Brain Res (2008b) 188(2): 406- 411.

Lima MMS, Braga Reksidler A, Marques Zanata S, Bueno Machado H, Tufik S Vital MA. "Different parkinsonism models produce a time-dependent induction of COX-2 in the substantia nigra of rats." Brain Res (2006) 1101(1): 117-125.

Liu, Y., Sun, J., Song, L., Li, J., Chu, S., Yuan, Y., & Chen, N. (2015). Environment- contact Administration of Rotenone: A New Rodent Model of Parkinson’s Disease. Elsevier B.V. https://doi.org/10.1016/j.bbr.2015.07.058

Lozano, A. M., Lang, A. E., Hutchisonj, W. D., & Dostrovsky, J. (n.d.). New developments in understanding the etiology of Parkinson ’ s disease and in its treatment.

prevalence and impact on daily life, 76–82. https://doi.org/10.1007/s10286-005-0253-z Marcílio, S., Natume, P. S., Watanabe, T. C., & De, M. (2018). Chronic sleep restriction increases pain sensitivity over time in a periaqueductal gray and nucleus accumbens dependent manner. Neuropharmacology. https://doi.org/10.1016/j.neuropharm.2018.06.022

Mombaerts, P. (2004). GENES AND LIGANDS FOR, 5(April). https://doi.org/10.1038/nrn1365

Moreira CG, Barbiero JK, Ariza D, Dombrowski PA, Sabioni P, Bortolanza M, Cunha CD, Vital MA Lima MM. "Behavioral, Neurochemical and Histological Alterations Promoted

by Bilateral Intranigral Rotenone Administration: A New Approach for an Old Neurotoxin." Neurotox Res (2012) 21(3): 291-301.

Müller, A., Reichmann, H., Livermore, A., & Hummel, T. (2002). Olfactory function in idiopathic Parkinson ’ s disease ( IPD ): results from cross-sectional studies in IPD patients and long-term follow-up of de-novo IPD patients, 805–811.

Neurology, T. L. (2006). Refl ection and Reaction Neuroprotection in Parkinson ’ s 5(December), 990–991.

Noseda AC, Rodrigues LS, Targa AD, Aurich MF, Vital MA, Da Cunha C Lima MM. "Putative role of monoamines in the antidepressant-like mechanism induced by striatal MT2 blockade." Behav Brain Res (2014) 275C: 136-145.

Nunes GP, Tufik S Nobrega JN. "Autoradiographic analysis of D1 and D2 dopaminergic receptors in rat brain after paradoxical sleep deprivation." Brain Res Bull (1994) 34(5): 453-456.

Ordon, C., & Luquin, M. (2013). Reduced cholinergic olfactory centrifugal inputs in patients with neurodegenerative disorders and MPTP-treated monkeys. https://doi.org/10.1007/s00401-013-1144-3

Paxinos G Watson C. "The Rat Brain in Stereotaxic Coordinates " (2005) 5th edition San Diego: Academic Press.

Prediger RD, Batista LC Takahashi RN. "Caffeine reverses age-related deficits in olfactory discrimination and social recognition memory in rats. Involvement of adenosine A1 and A2A receptors." Neurobiol Aging (2005a) 26(6): 957-964.

Prediger RD, Fernandes D Takahashi RN. "Blockade of adenosine A2A receptors reverses short-term social memory impairments in spontaneously hypertensive rats." Behav Brain Res (2005b) 159(2): 197-205.

Psicobiologia, D. De, & Borucaru, R. (1981). Increased responsiveness to apomorphine

35 , 732–733.

Rascol, O., Goetz, C., Koller, W., Poewe, W., & Sampaio, C. (2002). Treatment 359, 1589–1598. Raza, C., Anjum, R., & Shakeel, A. (2019). US. Life Sciences. https://doi.org/10.1016/j.lfs.2019.03.057

Reich, S. G. (2018). Parkinson Disease Parkinsonism Parkinson disease Tremor Levodopa Dyskinesias. Medical Clinics of NA. https://doi.org/10.1016/j.mcna.2018.10.014

Reksidler, A. B., Lima, M. M. S., Zanata, S. M., Machado, H. B., Andreatini, R., Tufik, S., & Vital, M. A. B. F. (2007). The COX-2 inhibitor parecoxib produces neuroprotective effects in MPTP-lesioned rats, 560, 163–175. https://doi.org/10.1016/j.ejphar.2006.12.032

Remy, P., Doder, M., Lees, A., Turjanski, N., & Brooks, D. (2005). Depression in system, 1314–1322. https://doi.org/10.1093/brain/awh445

Rocha, E. M., Miranda, B. De, & Sanders, L. H. (2018). Neurobiology of Disease Alpha- s disease, 109, 249–257. https://doi.org/10.1016/j.nbd.2017.04.004

Rodrigues, L. S., Targa, A. D. S., Noseda, A. C. D., Aurich, M. F., Cunha, C. Da, & Lima, M. M. S. (2014). Olfactory impairment in the rotenone model of Parkinson ’ s disease is associated with bulbar dopaminergic D2 activity after REM sleep deprivation, 8(December), 1–11. https://doi.org/10.3389/fncel.2014.00383

Rodrigues LS, Noseda ACD, Targa ADS, Aurich MF Lima MMS. "Olfaction in female Wistar rats is influenced by dopaminergic periglomerular neurons after nigral and bulbar lesions." Behav Pharmacol (2019) 30(4): 343-350.

Salazar, I., Barrios, A. W., & Sánchez, P. (n.d.). Revisiting the Vomeronasal System from an Integrated Perspective, 1–14.

Sardi NF, Lazzarim MK, Guilhen VA, Marcilio RS, Natume PS, Watanabe TC, Lima MMS, Tobaldini G Fischer L. "Chronic sleep restriction increases pain sensitivity over time in a periaqueductal gray and nucleus accumbens dependent manner." Neuropharmacology (2018) 139: 52-60.

Sauerbier, A., Rosa-grilo, M., & Qamar, M. A. (n.d.). Nonmotor Subtyping in Parkinson ’ s Disease. Non-motor Parkinson’s: The Many Hidden Faces (1st ed.). Elsevier Inc. https://doi.org/10.1016/bs.irn.2017.05.011

presentation , diagnosis and management, 14–15.

Shao, Z., Liu, S., Zhou, F., Puche, A. C., & Shipley, M. T. (2019). Reciprocal Inhibitory Glomerular Circuits Contribute to Excitation – Inhibition Balance in the Mouse Olfactory Bulb, 6(June), 1–11.

Sharma, M., Goyal, D., Pv, A., & Acharya, U. R. (2018). SC. Computers in Biology and Medicine. https://doi.org/10.1016/j.compbiomed.2018.04.025

Siegel, J. M. (2009). inactivity, 10, 747–753. Retrieved from http://dx.doi.org/10.1038/nrn2697

Soffié M Lamberty Y. "Scopolamine effects on juvenile conspecific recognition in rats: possible interaction with olfactory sensitivity." Behav Process (1988) 17: 181-190.

Storstein, O. T. A. (2017). Epidemiology of Parkinson ’ s disease Diagnosis of PD. Journal of Neural Transmission, (1). https://doi.org/10.1007/s00702-017-1686-y

Targa AD, Rodrigues LS, Noseda AC, Aurich MF, Andersen ML, Tufik S, da Cunha C Lima MM. "Unraveling a new circuitry for sleep regulation in Parkinson's disease." Neuropharmacology (2016).

Targa ADS, Noseda ACD, Rodrigues LS, Aurich MF Lima MMS. "REM sleep deprivation and dopaminergic D2 receptors modulation increase recognition memory in an animal model of Parkinson's disease." Behav Brain Res (2018) 339: 239-248.

Tissingh, G., Berendse, H. W., Bergmans, P., & Dewaard, R. (2001). Loss of Olfaction in 16(1), 41–46.

Tong, M. T., Peace, S. T., Cleland, T. A., & Harley, C. (2014). Properties and mechanisms of olfactory learning and memory, 8(July), 1–16. https://doi.org/10.3389/fnbeh.2014.00238

Troynikov, O., Watson, C., & Nawaz, N. (2018). Author ’ s Accepted Manuscript Sleep https://doi.org/10.1016/j.jtherbio.2018.09.012

Tufik S. "Increased responsiveness to apomorphine after REM sleep deprivation: supersensitivity of dopamine receptors or increase in dopamine turnover?" J Pharm Pharmacol (1981) 33(11): 732-738.

Tufik S, Lindsey CJ Carlini EA. "Does REM sleep deprivation induce a supersensitivity of dopaminergic receptors in the rat brain?" Pharmacology (1978) 16(2): 98-105.

Wong, S. T., Trinh, K., Hacker, B., Chan, G. C. K., Lowe, G., Gaggar, A., … Storm, D. R.

Documentos relacionados