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Controle do leme

No documento Cockpit adaptado para veleiro dingue (páginas 56-62)

2 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS

2.12 Pesquisa de Similares

2.12.9 Controle do leme

O controle do leme acontece por meio de um sistema de alavanca (joystick) que fica posicionado entre as pernas do usuário, na linha de centro e fixado na parede da caixa de bolina (figura 33). O movimento realizado pelo usuário é congruente com o movimento resultante da embarcação, ou seja, se o leme é movido para boreste, o barco irá girar na direção de boreste. Diferente do Dingue, o Hansa Lyberty possui dois lemes, o que permite que o usuário tenha maior controle da embarcação nos momentos em que esta se encontra adernada pela ação do vento. O controle se dá por um sistema de passagem de cabos similar ao 2.4mR.

2.12.10 Controle da vela

O controle da vela é feito da mesma forma que no 2.4, puxando e soltando cabos regulados e direcionados por moitões e mordedores. Porém as ferragens da escota da vela mestra são posicionadas ao contrário, ficando o ponto de carga mais perto do mastro. Porém pelo diâmetro e espessura do perfil da retranca, e o método de fixação da mesma no barco, podemos assumir que está projetada para receber menos esforço mecânico do que no Dingue e no 2.4mR.

2.12.11 Postura

O convés do Hansa Liberty acomoda o tripulante de forma similar ao 2.4mR, sentado com as costas retas, perpendicular à linha d´água do barco (Figura 34). Ele precisará ficar com as pernas estendidas e abertas passando ao redor do controle do leme e a caixa de bolina que ficam tangentes à linha de centro. O espaço é aberto e seu corpo fica acima da linha do convés a partir da altura do peito aproximadamente. Os elementos de controle da navegação encontram-se embaixo da linha dos ombros.

Figura 34. Postura no Hansa Liberty. Fonte https://degrouster.nl/sport 2.12.12 Segurança.

Para evitar ter problemas de estabilidade, o barco é equipado com uma bolina retrátil cujo peso junto ao casco é de 150kg, além de um sistema de regulagem da área velica, podendo reduzir drasticamente a captação de vento em casos em que força do mesmo for além do comportado pelo barco.

À venda no site do fabricante, encontramos algumas implementações de cinto de segurança usando tiras de velcro fixada no próprio assento (figura 35). Isto confirma a necessidade de evitar movimentos involuntários no corpo do usuário durante a velejada.

Figura 35. Cintos de segurança disponíveis para o Hansa Liberty. Fonte: https://hansasailing.com

A análise destes similares apontou princípios de solução muito eficientes que serviram de referência para o posterior desenvolvimento do produto. Principalmente nos sistemas de controle do leme e vela. Já na postura, as restrições dimensionais no Dingue não permitem que o usuário fique sentado do jeito convencional e nos obriga a realizar uma terceira pesquisa de similares, para identificar produtos que acomodem o corpo em uma postura compatível com as necessidades do projeto. Em termos de segurança, os dois barcos são projetados visando eliminar o risco de virar e vale lembrar que no Dingue, virar é parte normal da velejada. Consequentemente, se faz muito difícil aproveitar, no contexto deste projeto, os princípios de solução encontrados nos aspectos referentes à estabilidade. Porém a implementação do cinto de segurança confirma a necessidade deste tipo de elementos.

2.12.13 Posturas similares

Antes de procurar por produtos similares, foi necessário definir uma possível postura a ser adotada como referência. Como resultado da busca por esta postura foi criada uma relação entre três elementos que estabeleceram as diretrizes da pesquisa posterior.

O primeiro deles é o cockpit do barco 2.4mR analisado anteriormente (Figura 36). O segundo é uma postura indicada por (LEHMANN apud IIDA, 2005, p.151) como de máximo relaxamento de um corpo flutuando na água (figura 37). E o terceiro é o cockpit dos carros de Fórmula 1 (Figura 38). A postura do corpo semideitado permitiria que o usuário controlasse a embarcação com os braços mantendo o rosto orientado na direção da proa, e longe da passagem da retranca.

Figura 36. Postura no cockpit do veleiro 2.4. fonte Regra da classe

Figura 38. Postura condutor formula 1. Fonte https://motorsport.tech/formula-1

A partir desta relação foram procurados produtos que comportassem as pessoas em uma postura similar aos pilotos de Fórmula 1. Dentro de esta nova restrição enquadramos:

• Handbike. • Cockpit Gamer.

2.12.14 Handbike

Procurando entre os esportes praticados por atletas sem mobilidade nos membros inferiores encontramos o Handbike, um triciclo com duas rodas traseiras onde o usuário realiza a propulsão da bicicleta pelo acionamento manual de um sistema de manivela. Analisamos o modelo Racebike 2017 da fabricante Wolturnus e observamos que para evitar o atrito aerodinâmico, o atleta fica quase deitado, com uma inclinação na articulação do pescoço que possibilita enxergar o caminho à frente. A Figura 35 apresenta uma análise visual dos princípios de solução apontados como interessantes ao projeto. Entre eles estão:

• Revestimento acolchoado para apoio de cabeça • Regulagem de inclinação para apoio de cabeça • Cinto de segurança usando fitas de velcro • Apoio para os pés com posição regulável

Apesar de apresentar soluções interessantes, a postura do corpo na Handbike se distancia do parâmetro estabelecido como referência neste projeto.

Figura 39. Análise visual de princípios de solução HandBike. Fonte: https://wolturnus.dk/en/ products/sports-wheelchairs/racebike/

2.12.15 Cockpit Gamer

Os assentos de carros de Fórmula 1 são peças personalizadas e as características do seu Design não ficam disponíveis para consulta. Porém, há simuladores de esta atividade que tentam recriar o ambiente das corridas e as sensações do piloto. Esses simuladores apresentam ajustes são de grande interesse para nosso projeto, assim como as curvas do perfil das cadeiras no plano sagital de simetria (IIDA, 2005).

No documento Cockpit adaptado para veleiro dingue (páginas 56-62)

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