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CONTROLE E AVALIAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

1 INTRODUÇÃO

2.16 CONTROLE E AVALIAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

A função do controle e avaliação no processo de planejamento estratégico é conduzir o desempenho do sistema, comparando as situações alcançadas com as planejadas, principalmente quanto aos objetivos, desafios e metas, como também, a avaliação das

estratégias e políticas adotadas pela empresa. Isto quer dizer que o papel do controle e avaliação é assegurar o alcance dos padrões que foi estabelecido, a partir do desempenho real (OLIVEIRA, 2014).

Controle é definido como: “a função do processo administrativo que, mediante a comparação com padrões previamente estabelecidos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações” (OLIVEIRA, 2014, p.268). Ainda, tem como finalidade realinhar os tomadores de decisões, para que sejam capazes de melhorar os processos administrativos, com o desejo de cumprir as metas, desafios e objetivos estabelecidos. Além disso, o resultado final do controle é a informação. Portanto, o gestor precisa ter um bom sistema de informações, capaz de avaliar frequentemente os objetivos, desafios, metas, estratégias e projetos.

Antes de iniciar a avaliação dos itens do planejamento estratégico, a equipe precisa estar motivada, saber se os objetos, desafios e metas foram bem aceitos e se a premiação e punição estão baseados nos desempenhos individuais. Deve-se conhecer também a capacitação, tanto da empresa como dos funcionários, se ambos estão aptos para realizar o processo de avaliação e controle. Necessita-se ainda, verificar se todos os dados necessários ao controle foram devidamente comunicados a todos os interessados, bem como averiguar se todos os executivos tem o tempo adequado para se dedicarem à função do controle e avaliação (OLIVEIRA, 2014). Compreende-se assim, que o planejamento estratégico não é a solução para todos os problemas da empresa, é uma ferramenta muito importante para a determinação de estratégias e possibilita a organização ter uma visão futura.

Conforme o autor, a função controle e avaliação possuem algumas finalidades, como identificar problemas com a intenção de corrigi-los; fazer com que os resultados estejam o mais próximo do alcance dos objetivos; verificar se as estratégias e políticas estão proporcionando resultados; e proporcionar informações gerenciais periódicas. A partir das finalidades é possível utilizar o controle e a avaliação como instrumento administrativo para corrigir o desempenho, informar sobre a necessidade de alterações em varias áreas, proteger os ativos da empresa, garantir o aumento da eficiência e eficácia, informar se os programas estão sendo desenvolvidos corretamente, bem como, se os recursos estão sendo utilizados da melhor maneira possível.

Para um adequado controle e avaliação do planejamento estratégico é necessário avaliar alguns aspectos sobre os tipos das informações, a frequência das informações, a qualidade e as fontes das informações (OLIVEIRA, 2014). Compreende-se que as informações são fundamentais para uma correta avaliação. A fase de controle e avaliação são

tão importantes quanto às demais, idealiza uma interação com as diversas funções da empresa, que muitas vezes são de difícil análise.

O controle e a avaliação podem ser aplicados em três momentos, Oliveira (2014) menciona o controle preliminar ou prévio, onde ambas as análises podem ser realizadas antes da ocorrência do evento que se pretende controlar. Destaca-se também o controle corrente ou em tempo real, referente às atividades que podem ser efetuadas ao mesmo tempo da ocorrência do fato que se pretende controlar. Aponta-se, ainda, o pós-controle ou posterior, refere-se às ações desenvolvidas após a ocorrência do evento que se pretende controlar. São várias possibilidades de controle e avaliação que podem ser aplicados em qualquer estágio, no entanto, o executivo precisa ter instrumentos eficazes para realizar tais funções.

O administrador pode efetuar o controle de desempenho de toda a empresa ou em relação a cada uma das áreas funcionais. Sobre o controle estratégico, decorre do planejamento estratégico, e envolve principalmente a relação da empresa com o ambiente, é o controle empresarial como um todo. A respeito do controle tático, o controle e avaliação são estabelecidos a partir dos objetivos setoriais dos departamentos, para avaliar cada área. Em relação ao controle operacional, essas investigações são realizadas pelas execuções das operações, isto quer dizer, a realização das atividades do dia a dia (OLVEIRA, 2014).

Após todo o controle e avaliação do planejamento estratégico é necessário verificar a consistência, tanto interna quanto externa à empresa, antes de iniciar a implementação. A consistência interna é um ponto importante, pois analisa a interação do planejamento com a capacidade da empresa, com os recursos, a cultura organizacional. A consistência externa permite observar os consumidores, fornecedores, concorrentes, legislação, etc. Os riscos envolvidos investigam riscos financeiros, sociais, econômicos, entre outros. O horizonte de tempo considera impactos a curto, médio e longo prazo e a sua interação. A praticabilidade do planejamento estratégico é possível averiguar (OLIVEIRA, 2014). Todo esse estudo permitirá ao gestor compreender e ajustar ainda mais o planejamento, tendo em vista que não é fácil o controle e avaliação devido a diversos aspectos. Entretanto, são essenciais as revisões do planejamento estratégico, para rever e reparar sempre que necessário.

O executivo precisa estar atento a aspectos relacionados às possíveis resistências ao processo de controle e avaliação. Os controles existentes podem gerar cooperação quando bem aceitos e, gerar resistências e conflitos quando impossíveis de aplicar. Essa resistência tem como base o planejamento estratégico, que considera toda a empresa e de maneira sistêmica, e isso pode criar uma situação em que falhas em uma área repercutem em outras áreas. Assim sendo, os vários administradores sentem-se vulneráveis e apresentam, na maioria

das vezes, atitude agressiva com os controladores ou total indiferença com os resultados apresentados. Também podem apresentar rejeição por falta de conhecimento, padrões inadequados, avaliações incorretas e ações corretivas com críticas pessoais (OLIVEIRA, 2014). Tendo em vista esses aspectos, o executivo deve preparar-se, muito bem, para sensibilizar todos os envolvidos e que o processo de controle e avaliação seja operacionalizado conforme o planejamento estratégico.

2.17 SUGESTÕES PARA MELHOR UTILIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO

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