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1 INTRODUÇÃO

2.6 Controles na Administração pública

2.6.4 Controle Externo

O controle externo é o instituído e exercido por órgãos (Casa legislativa ou Comissão Permanente ou de Inquérito), membro do Poder Legislativo ou por órgãos

ou membro do Tribunal de Contas da União, dos Estados, dos Municípios ou do Distrito Federal.

Bocaccio menciona que:

O Controle externo é o exercido no âmbito do Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete desde a apreciação das contas do Presidente da República até o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta – art. 71, CF/88. Compreende, além do mais:

I – a apreciação as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório´[...] (BOCACCIO, 2002, p. 345),

Ainda, continuando a exposição sobre as competências do controle externo, a Constituição Federal em seu art. 71, diz que:

[...]IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas”. VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. (CF/88, art. 71)

Por sua vez, a Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei nº 101/2000 (que tem como premissas o planejamento, a transparência e o controle), dispõe, em seu art. 59, que o Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio do Tribunal de Contas, e o sistema de controle interno do Poder Executivo fiscalizarão o cumprimento das normas nela estabelecidas, com ênfase no que se refere a:

I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias; II - limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar;

III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23;

IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites;

V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições constitucionais e as desta Lei Complementar;

VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver. (Lei 101/2000, art. 59)

A citação anterior demonstrou algumas das normas estipuladas pela legislação, com a finalidade de melhorar a utilização do dinheiro público.

Conforme o esclarecido neste tópico controle externo é aquele exercido por órgãos externos que fiscalizam as ações da administração pública e o seu funcionamento, analisando se a legislação vigente está sendo seguida.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho teve como tipo de pesquisa a descritiva, ou seja, procurar descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade. Com relação à abordagem será uma pesquisa quali-quanti, ou seja, primeiramente pretende-se fazer uma descrição interpretativa das coisas e dando seguimento serão quantificadas as escalas de conhecimento sobre o assunto.

Como afirma Demo (1995, p. 133) “Em termos quantitativos, as ciências sociais já dispõem de bagagem apreciável de pesquisa empírica e, por mais que existam vícios, limitações e também mistificações, é um produto de particular significado metodológico”. Para Neves (1996, p. 1) a pesquisa qualitativa é: “[...] um conjunto de diferentes técnicas interpretativas que visam a descrever e a decodificar os componentes de um sistema complexo de significados. Tendo por objetivo traduzir e expressar o sentido dos fenômenos do mundo social [...]”. Alguns autores acreditam ser de grande valia para a ciência o agrupamento das duas abordagens (quantitativa x qualitativa), como é o caso de Demo (1995, 231) quando diz que “Embora metodologias alternativas facilmente se unilateralizem na qualidade política, destruindo-a em conseqüência, é importante lembrar que uma não é maior, nem melhor que a outra. Ambas são da mesma importância metodológica”.

A metodologia empregada utilizará documentos, observações, relatos e questionário como principais fontes de coleta de dados, sendo que estes meios também caracterizam uma pesquisa descritiva.

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