• Nenhum resultado encontrado

Segundo Arnold (1999), administrar o controle de estoque, faz parte do planejamento desde o primeiro estágio da matéria prima, até o produto final entregue ao cliente. O estoque resulta da produção portanto os dois devem ser administrados e planejados em conjunto.

Dias (1993, p. 23) considera que, “A função da administração de estoques é justamente maximizar este efeito lubrificante no feedback de vendas não realizadas e o ajuste do planejamento da produção”.

O controle de estoque da Indústria de Madeiras De Lazari, é realizado de forma visual pelos diretores da empresa que buscam manter um nível de estoques coerente com o nível de demanda estimado e realizado pela área de vendas permitindo realizar as entregas dentro do prazo aos clientes.

5.3.1 Normas orientativas de controle

Conforme Arnold (1999, p. 268), “Se o suprimento satisfizesse exatamente a demanda, haveria pouca necessidade de manter estoques. As mercadorias poderiam ser produzidas na mesma velocidade da demanda e nenhum estoque iria se acumular”.

A empresa busca seguir normas em suas compras, buscando manter um estoque com qualidade e demanda suficiente para atender seus clientes, as compras de insumos são realizadas nas seguintes maneiras:

a) A matéria prima “toras” é realizada de duas maneiras: por uma análise do reflorestamento do produtor rural, conferindo suas espécies e qualidade, medindo suas circunferências médias é possível ter uma base de quanta madeira poderá ser retirada, após é realizada uma proposta. Se for concretizada é realizado o pagamento e as toras são derrubadas. A outra maneira é quando o produtor rural prefere vender e romanear as toras derrubadas, medindo circunferência e comprimento.

b) A compra da matéria prima em “toras”, também é realizada através de fornecedores de terceiros, onde a empresa não efetua a extração, apenas confere as medidas.

c) O controle no recebimento das madeiras nobres ou produtos acabados, é realizado manualmente no dia da descarga se possível, ou nos próximos dias, verificando se todas medidas do romaneio, e a qualidade conferem com o pedido, entrando em contato com o fornecedor.

5.3.2 Critérios utilizados no controle dos materiais

De acordo com Dias (2011, p. 16), “Toda gestão de estoques está pautada a previsão do consumo do material. A previsão de consumo ou da demanda estabelece estimativas futuras dos produtos acabados comercializados e vendidos”.

Conforme comentado acima a empresa realiza o controle dos materiais recebidos manualmente. Os critérios para o controle dos materiais em processamento se tornam extremamente complexos, pois possui um grande mix de produtos, sendo as matérias primas brutas possíveis de transformação em diversos produtos finais de características e dimensões variadas, permitindo apenas obter uma estimativa da produção total a partir do estoque bruto.

As madeiras nobres que entram na empresa são informadas e controladas através do sistema do Ibama, a conferência na entrada e saída de produtos ajuda a empresa a ter melhor controle do estoque de madeiras, repassando as transformações dos produtos, que tornam-se resíduos (retalhos, serragem, maravalha), atualizando o sistema.

5.3.3 Organização do controle de estoques

Segundo Chiavenato (2014), a organização do armazenamento dos materiais varia conforme as características e necessidade dos materiais para a escolha correta do sistema de estoque. Devem ser avaliados critérios como de espaço necessário, tipos de materiais, quantidade, tipo de embalagem e demanda do produto.

O estoque da empresa é dividido em estoque interno nos pavilhões da empresa onde estão os produtos acabados e as madeiras nobres, e estoque externo no pátio da empresa onde estão as matéria prima em toras e as madeiras que não foram para o processo de beneficiamento e estão no processo de secagem natural. A empresa sofre com a dificuldade da organização dos materiais no estoque por conter

um grande mix de produtos e necessitar de um grande espaço físico. Os principais responsáveis pela organização dos estoques são os diretores da empresa.

Conforme a Figura 27 demonstra como é organizado o estoque da Indústria de Madeiras De Lazari:

Figura 27 - Organização do estoque em pátio externo e estoque interno em pavilhões

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

5.3.4 Sistema de codificação dos materiais

Para Dias (1993, p. 189), “O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa”.

A Indústria de Madeiras De Lazari, não possui um sistema de codificação dos materiais em seu estoque, entretanto toda a matéria-prima está estocada de uma maneira organizada, e os produtos transformados estão separados conforme suas espécies, modelos, qualidades, e tamanhos.

5.3.5 Controle de custos relacionados à aquisição de materiais

Para Francischini e Gurgel (2010, p. 162), “O custo de aquisição é o valor pago pela empresa compradora pelo material adquirido. Esse custo está relacionado com o poder de negociação da área de compras, em que buscará minimizar o preço pago por unidade adquirida”.

A empresa busca avaliar o custo das mercadorias de diversos consumidores, antes de definir onde será realizado o negócio, os pedidos realizados e os orçamentos dos fornecedores são guardados em pastas para possíveis novas avaliações de compras de materiais.

5.3.6 Índice de rotação dos estoques

Segundo Francischini e Gurgel (2010, p. 161), “Giro ou rotatividade de estoque é definido como o número de vezes em que o estoque é totalmente renovado em um período de tempo, geralmente anual”.

A empresa não possui um controle de gerenciamento dos estoques, a aquisição de materiais é realizada conforme as estimativas de vendas de cada produto da empresa, em uma média de renovamento a cada 15 meses, e o estoque é renovado assim que seu nível baixa.

5.3.7 Organização do almoxarifado

Conforme Arnold (1999, p. 352), “Em uma fábrica, os “almoxarifados” desempenham as mesmas funções dos depósitos e contém matérias-primas, estoques de produtos em processo, produtos acabados, suprimentos e, possivelmente, peças de reposição”.

Almoxarifado é o local físico onde estão armazenados as matérias primas em toras e madeiras serradas a serem beneficiadas no pátio da empresa. Elas estão organizadas por tábuas, pranchas, vigas, barrotes e colunas, sendo identificadas com a data que foram serradas e ficaram por um tempo até sua secagem ideal para o processo de beneficiamento e transformação.

5.4 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

5.4.1 Pontos fortes

a) Conferência no recebimento dos materiais;

b) Aquisição de matéria-prima conforme a demanda;

c) Fidelização da empresa com os principais fornecedores; d) Alto índice de aproveitamento dos materiais;

e) Estoque de madeiras nobres informado e controlado ao Ibama.

5.4.2 Pontos fracos

a) Falta de espaço para separações do grande mix de produtos; b) Layout do estoque com pouca área para crescimento futuro; c) Materiais não codificados;

6 ÁREA DE PRODUÇÃO

Conforme Davis, Aquilano e Chase (2001, P. 24), “A partir de uma perspectiva corporativa, a administração da produção pode ser definida como o gerenciamento dos recursos diretos que são necessários para a obtenção dos produtos e serviços de uma organização”.

A área de produção é uma das mais importantes das organizações, é neste setor que serão transformados a matéria prima em produtos e os métodos que irão definir a qualidade dos produtos e a capacidade produtiva da empresa, a Indústria de Madeiras De Lazari acredita que o elemento humano é essencial para gerir este processo, por isso a empresa preza a segurança do funcionário estando adequada as normas de trabalho NR-12, NR 10 nos processos de fabricação. A seguir serão mostrados os principais processos produtivos da empresa.

Documentos relacionados