• Nenhum resultado encontrado

22 Essa cooperação é o objetivo precípuo deste estudo, onde se pretende apurar quais as razões,

benefícios e implicações para a criação de uma cooperação interorganizacional entre o Centro Hospitalar da Cova da Beira e a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, através do modelo de análise proposto.

3.3.2

Instrumentos de Recolha de Dados

De acordo com Brunheira (s/d), no processo de recolha de dados, o estudo de caso recorre a várias técnicas próprias da investigação qualitativa, nomeadamente a entrevista, análise documental e a observação, e quantitativa, os questionários. A utilização destes diferentes instrumentos constitui uma forma de obtenção de dados de diferentes tipos, os quais proporcionam a possibilidade de cruzamento de informação (triangulação de dados).

Considerando os objetivos para este estudo, optou-se pela realização de entrevistas semiestruturadas, e aplicação de um questionário, como instrumentos de recolha de dados. Como refere (Yin, 2005), a adoção de várias fontes de recolha de dados é relevante, pois permite aumentar a validade do constructo e a confiabilidade de um estudo de caso.

Numa investigação o processo de recolha de dados é extremamente demorado, pois, no caso das entrevistas, o investigador depara-se com a necessidade de transcrever auscultações realizadas aos participantes, bem com transcrever integralmente as gravações áudio das entrevistas realizadas. Seguidamente os textos resultantes das transcrições são transformados em formato eletrónico tendo em vista a sua exploração. No caso dos questionários, é necessário uma amostra relevante, o que implica um maior esforço no tratamento dos dados obtidos.

Neste sentido, a tabela seguinte sumaria os métodos de recolha de dados utilizados de forma a concretizar os diferentes objetivos da investigação, bem como a identificação dos seus destinatários.

Tabela 3 - Métodos de recolha de dados utilizados

Objetivos da Investigação Método de Recolha de dados Destinatários

Entrevista semiestruturada

1 – Qual a importância que assume hoje em dia,

para uma faculdade, a possível cooperação com outras organizações? Acha importante, ou mesmo indispensável?

2 – Quais são os contornos da cooperação entre o

Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) e a Faculdade de Ciências da Saúde da UBI (FCS)?

23

Contornos, Motivos e Benefícios da Cooperação do ponto de vista da FCS

3 – Até que ponto esta cooperação se tornou

indispensável? Existe dependência de alguma das partes?

4 – A nível financeiro, existe alguma vantagem

para as instituições envolvidas?

5 – Existem protocolos com outros hospitais,

nomeadamente ao nível de estágios. Que hospitais são esses?

6 – Quais acha que foram os principais benefícios

que a população local retirou da criação da FCS, e posteriormente da sua cooperação com o CHCB?

7 – Tenho conhecimento de uma ferramenta de

natureza pedagógica, existente para os alunos da FCS, a INTRANET, que permite a comunicação entre os alunos e os docentes, e ainda torna possível o acesso dos alunos a literatura do hospital, bem como a exames. Existe uma ligação entre esta ferramenta e o CHCB?

8 – Está neste momento em curso a

implementação do Polo de Saúde da Beira Interior, que tem como objetivo a cooperação entre as 3 principais instituições de saúde da região, a Unidade Local de Saúde da Guarda, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) e o CHCB. De que forma a existência da FCS na região teve algum peso na criação deste Pólo de Saúde? Qual o papel da mesma no desenvolvimento deste projeto?

9 – Está em curso a construção da UbiMedical,

que será a maior infraestrutura científica do país e uma das mais evoluídas da Europa a nível tecnológico. Na altura em que este projeto foi lançado, houve várias cidades a concorrer, nomeadamente Coimbra e Aveiro. O que terá sido determinante na escolha da Covilhã para implementação deste projeto? Qual a associação desta infraestrutura com o Polo de Saúde?

Presidente da FCS:

Professor Dr. Luís Taborda Barata

04 de Junho de 2012

Entrevista semiestruturada

1 – Qual a importância que assume hoje em dia,

24

Contornos, Motivos e Benefícios da Cooperação do

ponto de vista do CHCB

cooperação com outras empresas?

2 - Há quanto tempo se iniciou a cooperação

existente entre o Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) e a Faculdade de Ciências da Saúde da UBI (FCS)? Qual o motivo da construção da FCS no mesmo perímetro do CHCB?

3 – Até que ponto esta cooperação se tornou

indispensável? Existe dependência de alguma das partes?

4 – Existem alguns protocolos da FCS com outras

entidades hospitalares, nomeadamente ao nível de estágios. Este processo foi de alguma forma desencadeado pela parceria com o CHCB?

5 – Esta cooperação teve implicações a nível

económico para a região? E de que forma a população local beneficiou, ao nível da saúde e dos seus profissionais?

6 – Como docente da FCS, como é que acha que a

mesma beneficia da ligação ao CHCB?

7 – Tenho conhecimento de uma ferramenta de

natureza pedagógica, existente para os alunos da FCS, a INTRANET, que permite a comunicação entre os alunos e os docentes, e ainda torna possível o acesso dos alunos a literatura do hospital, bem como a exames. Existe uma ligação entre esta ferramenta e o CHCB?

8 – Para finalizar, gostaria de abordar o relatório

do grupo técnico para a reforma hospitalar apresentado em Novembro de 2011 e que compreende a construção do Polo de Saúde da Beira Interior, que está neste momento em curso. Este Polo tem como objetivo a cooperação entre as 3 principais instituições de saúde da região, a Unidade Local de Saúde da Guarda, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) e o CHCB. Li recentemente que já foi assinado um protocolo de cooperação entre o CHCB e a ULSCB. Na sua opinião, este era um projeto necessário? De que forma isto vem permitir reforçar ainda mais a colaboração com a UBI?

9 – A concretização deste projeto na Covilhã

passa de alguma forma pela importância da Universidade enquanto potenciadora de

Presidente do CHCB:

Professor Dr. Miguel Castelo Branco

25

desenvolvimento e conhecimento?

Contornos, Motivos e Benefícios da Cooperação do ponto de vista dos alunos da

FCS

Aplicação do questionário - Índice do Nível de

Perceção da Cooperação e Benefícios Retirados Alunos da FCS da UBI

Caracterização da Amostra

Aplicação de questionário (Ver Anexo)

Quanto ao questionário aplicado aos alunos da FCS, o objetivo foi perceber de que forma a cooperação da FCS com o CHCB veio contribuir para a vivência dos estudantes desta faculdade, nomeadamente para a sua aprendizagem e evolução no curso onde estão inseridos. Foram colocadas diversas questões relacionadas com a cooperação, de forma a aferir, entre outros, o nível de conhecimento dos estudantes sobre a dita cooperação e sobre o CHCB, e a sua opinião sobre os possíveis benefícios provenientes da mesma para a FCS. O questionário foi dirigido a alunos de ambos os sexos, sem restrições de faixa etária nem em relação ao curso frequentado, dentro daqueles que são lecionados na FCS da UBI (Medicina, Ciências Farmacêuticas, Ciências Biomédicas, Optometria, Gerontologia e Biomedicina). Foram obtidas 86 respostas, num universo de 1500 estudantes. Uma breve caracterização desta amostra será feita no ponto 5.2.

3.3.3

Organização, análise e interpretação dos dados

Tendo em conta os objetivos propostos e para que se possa proceder à investigação dos benefícios e motivos para a criação de uma cooperação interorganizacional, procedeu-se à descrição dos seguintes procedimentos:

i. Recolha de informação sobre a importância do ramo de investigação a ser realizada, bem como dos objetivos e contributo que a investigação possa fornecer à Universidade, à região e a outros investigadores;

ii. Estabelecimento de contacto pessoal com as organizações em causa (visita presencial e contactos telefónicos). Contacto com os responsáveis das organizações, e com o respetivo secretariado administrativo para a marcação das entrevistas e divulgação dos questionários aos alunos da FCS.

iii. Realização das entrevistas com o Presidente do CHCB, Prof. Dr. Miguel Castelo Branco e com o Presidente da FCSUBI, Prof. Dr. Luís Taborda. A transcrição das entrevistas baseou-se nas gravações utilizadas. Paralelamente às entrevistas presenciais, disponibilizaram-se online, através de um site de inquéritos, os questionários aos

26

Documentos relacionados