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Coordenação de proteção de alimentadores na presença de GD

4.7 ANÁLISE DE PROTEÇÃO DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

4.7.6 Coordenação de proteção de alimentadores na presença de GD

Nas redes de média tensão (MT) a filosofia de proteção normalmente utilizada se baseia em dois princípios: Proteção Seletiva e Proteção Coordenada.

A proteção é definida como seletiva quando o ajuste da proteção de retaguarda é feito de maneira a permitir que o dispositivo de proteção mais próximo da falta opere para qualquer tipo de defeito a jusante, tanto transitório quanto permanente. Para circuitos urbanos, é a filosofia mais adotada em função da necessidade de expor os consumidores ao menor número possível de desligamentos. Além disso, como o esquema de proteção seletiva é pouco afetado pela conexão de GD, não será aprofundado nesse estudo. O coordenograma da filosofia de proteção seletiva é mostrado na Figura 4.31. Essa filosofia também pode ser adotada para outro dispositivo de proteção tal como religadores.

Figura 4.31 – Coordenograma para proteção seletiva. Fonte: [37]

Já a filosofia de proteção coordenada utilizada em circuitos rurais, se baseia principalmente na coordenação entre religadores e chaves fusíveis, tal como mostrado na Figura 4.32.

Religador

S Fusível

Na Figura 4.32 o religador está alocado no alimentador principal enquanto o fusível encontra-se no circuito lateral. A correta operação desses equipamentos baseia-se no critério de só haver abertura do fusível para os casos de faltas permanentes, enquanto falhas temporárias devem ser eliminadas pelo religador. Como as faltas temporárias constituem 70% a 80% das falhas que ocorrem no sistema de distribuição, este arranjo melhora a confiabilidade e reduz custos de manutenção, ainda mais em circuitos longos e de difícil acesso. [44]

Para atender o critério citado acima, o tempo mínimo de fusão do elo fusível deve ser maior que o tempo de abertura rápida do religador multiplicado por um fator K, que varia em função do número de operações e do tempo de religamento do circuito, em todas as condições de falta no trecho protegido pelo fusível.

No entanto, se o curto-circuito permanecer após fechamento do religador, o problema passará a ser considerado permanente, levando a necessidade de rompimento do fusível. Nesse caso, o tempo total de interrupção do elo deve ser menor que o tempo mínimo de abertura do religador em sua curva “lenta”. Caso o fusível não interrompa o curto-circuito dentro desse tempo, o religador irá abrir novamente, mas dessa vez bloqueando, evitando assim novos fechamentos. O cumprimento dessas condições resulta em um gráfico de coordenação religador- fusível mostrado na Figura 4.33.

Caso exemplo 6

Com a inserção de GD nos alimentadores, os valores de curto-circuito considerados para operação do fusível e religador serão alterados. O caso exemplo 6, mostrado na Figura 4.34, irá ilustrar as alterações a que a rede estará submetida durante um curto-circuito, dependendo do ponto de falta e da posição da GD em relação aos equipamentos de proteção.

F4 F2

F1

F3

Figura 4.34 – Caso Exemplo 6: Impacto da GD na proteção de MT

Curto-circuito em F1: Curtos-circuitos no ponto F1 devem ser eliminados somente pela abertura do religador 2. No entanto, principalmente em situações de recusa de abertura do religador 2, a contribuição das GDs para a falta somada à ausência de direcionalidade do religador 1 (R1) e à corrente de carga pode levar à abertura indevida de R1. A abertura de R1, além de interromper o atendimento de consumidores ou ocasionar ilhamentos indesejáveis, dificulta a localização da falta, aumentando o tempo da interrupção e o custo de manutenções.

Curto-circuito em F2: Considerando a filosofia de proteção coordenada, a primeira tentativa de eliminação de faltas em F2 cabe ao religador 1 (R1) . Todavia, o fato da contribuição do terminal R1 não ser igual à corrente que passa pelo fusível 1 (FS1), em função da contribuição das PCHs e das demais cargas, pode fazer com que a coordenação

desejada entre R1 e FS1 não seja verificada. Assim pode haver ruptura do elo FS1 mesmo para faltas temporárias. Essa condição é indesejada já que também aumenta o tempo da interrupção e o custo de manutenções.

Curto-circuito em F3: Curtos-circuitos no ponto F3 devem ser eliminados pela abertura do religador 1 e pela desconexão de todas as PCHs, mas a contribuição da PCH Y pode fazer com que o religador 4 (R4) abra indevidamente, provocando descoordenação. A abertura de R4, além de interromper o atendimento de consumidores ou ocasionar ilhamentos indesejáveis, dificulta a localização da falta, aumentando o tempo da interrupção e o custo de manutenções.

Curto-circuito em F4: Considerando a filosofia de proteção coordenada, a primeira tentativa de eliminação de faltas em F4 cabe ao religador 4 (R4). Todavia, o fato da contribuição do terminal R4 não ser igual à corrente que passa pelo fusível 3 (FS3), em função da contribuição da PCH Y, a coordenação desejada entre R4 e FS3 pode não ocorrer. Assim, o elo FS3 pode romper antes da abertura de R4, fazendo com que uma falta passível de ser temporária se torne de resolução demorada. Essa condição é indesejada já que também aumenta o tempo da interrupção e o custo de manutenções.

Vários estudos vêm sendo elaborados com a finalidade de permitir a identificação de situações de descoordenações causadas pela inserção de GD. Em [45] foi concluído que a coordenação na presença de GD pode ser alcançada através da utilização de religadores microprocessados com direcionalidade já disponíveis no mercado. O problema dessa solução é a requisição de que todas as unidades de GD desconectem antes da realização da primeira tentativa de fechamento, para evitar danos ao acessantes devido à falta de sincronismo.

Já em BRAHMA [46] a solução passa pela divisão dos circuitos em zonas separadas por disjuntores, onde haja equilíbrio entre geração e a carga. Nessas zonas, pelo menos uma das unidades de GD deve possuir a capacidade de controle de frequência. Os disjuntores utilizados, além de possuírem a função de verificação de sincronismo, devem ser interligados a um relé principal, localizado na subestação. Esse relé deve ser capaz de armazenar informações, identificar a falta e sua localização, solicitando a abertura do disjuntor correspondente. Embora eficiente na solução do problema proposto, o custo envolvido na implantação de um esquema tão complexo pode ser inviável em se tratando de alimentadores.

CHILVER [43] propõe a utilização de relés digitais com unidades de distância e unidades direcionais nas redes de MT. Nessa proposta a polarização dos relés seria feita através de sua conexão direta ao lado de BT dos transformadores de distribuição, o que iria dispensar a utilização de TP, tal como mostrado na Figura 4.35.

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ão apenas uma pequena parte do que vem sendo pacto da GD para o sistema. Provavelmente n particularidades de cada distribuidora. A adoção assar pela conciliação da necessidade sistêmica e final pode ser a equação mais difícil de ser resolvid

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