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Coordenação dos Cursos Profissionais

Quadro 47 – Áreas de Intervenção

3. Coordenação dos Cursos Profissionais

Toda a informação apresentada relativa à Coordenação dos Cursos Profissionais consta do relatório do departamento respetivo, apresentado à Diretora, dele constando outros dados não considerados pertinentes neste contexto. Esse relatório foi elaborado com base nos trabalhos desenvolvidos nas reuniões do departamento e no balanço efetuado pelos diretores de curso, no final do ano letivo, em relatório próprio e na reunião de encerramento das atividades do departamento.

O departamento dos Cursos Profissionais integrou seis diretores de curso, correspondentes ao número de Cursos Profissionais existentes, este ano letivo, na escola. Os alunos distribuíram-se por dezasseis turmas, cinco no primeiro ano, cinco no segundo ano e seis no terceiro ano.

Ao longo do ano letivo efetuaram-se três reuniões ordinárias, destinadas a coordenar as atividades e estabelecer as formas de atuação dos diversos elementos do departamento, nomeadamente na direção de curso, na implementação e orientação da Formação em Contexto de Trabalho (FCT) e da Prova de Aptidão Profissional (PAP) e na cooperação com os diretores de turma.

O departamento colaborou na divulgação da oferta formativa da escola, fundamentalmente, através das seguintes iniciativas:

- Participação na Feira das Profissões em que vários professores se mobilizaram para organizar o espaço de exposição, prestar esclarecimentos aos visitantes e acompanhar alunos dos vários cursos profissionais presentes; alunos participaram no “Fórum”, ação em que apresentaram aos alunos das escola básicas os respetivos cursos e as suas experiências;

- Participação da coordenadora em duas sessões e de alunos dos diversos cursos em três sessões de divulgação da oferta formativa, realizadas na Malveira (para alunos da Venda do Pinheiro), Ericeira e EB23 de Mafra.

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Os alunos dos Cursos Profissionais participaram em diversas atividades do Plano de Anual de Atividades, representando os seus cursos e desempenhando tarefas relacionadas com a sua área de formação.

Neste ano letivo, a escola desenvolveu várias ações junto das escolas básicas em articulação com os seus Serviços de Psicologia e Orientação, muito importantes para a divulgação da informação sobre a oferta educativa. Pela primeira vez, estendeu estas ações aos encarregados de educação, realizando uma sessão na escola, na qual, para além da sessão informativa foi possível visitar as instalações. No âmbito do processo de inscrição nos Cursos Profissionais, os alunos candidatos e os seus encarregados de educação foram chamados à escola, tendo sido recebidos em sessões de informação e orientação, num trabalho de articulação entre o Centro para a Qualificação e Ensino Profissional e o Serviço de Psicologia e Orientação, com a colaboração dos diretores de curso. Estas ações que constituem, em muitos casos, o primeiro contacto com a nossa escola, devem continuar no próximo ano letivo, mantendo um esforço particular no contacto com os encarregados de educação.

No final do ano letivo foram aprovados e implementados critérios de seriação e desempate a aplicar nos casos em que o número de candidatos ultrapasse o número de vagas do curso. A equipa de trabalho que implementou estes procedimentos deverá fazer um balanço do trabalho realizado e das dificuldades sentidas, a fim de se proceder à avaliação de exequibilidade dos critérios propostos bem como das metodologias de aplicação, nomeadamente na calendarização do processo e na informação a recolher relativamente aos alunos candidatos.

Chamado a pronunciar-se sobre dois aspetos a rever na regulamentação constante do Regulamento Interno, designadamente a calendarização das reuniões de conselho de turma dos Cursos Profissionais e o quadro de mérito, o departamento dos Cursos Profissionais deliberou que os conselhos de turma de avaliação dos Cursos Profissionais devem ter lugar no final de cada período letivo, à semelhança do que acontece com os restantes cursos. Sempre que se justifique, poderão ser convocados outros conselhos de turma, para discutir / analisar situações que não estejam relacionadas com a avaliação dos alunos. Em relação ao quadro de mérito, o departamento não defende a criação de regulamentação específica nesta matéria para os Cursos Profissionais; assim, se estiverem reunidas as condições, os alunos dos Cursos Profissionais integrarão os quadros de mérito, tal como os restantes alunos da escola.

O departamento dos Cursos Profissionais refletiu sobre alguns aspetos que afetam o seu próprio funcionamento, registando os seguintes, particularmente relacionados com o desempenho do(a) cargo/função de diretor de curso, orientador da Formação em Contexto de trabalho e orientador da Prova de Aptidão Profissional:

 As funções do diretor de curso têm vindo a agregar um conjunto acrescido de tarefas, algumas das quais muito complexas e exigentes no domínio da gestão de tempo de trabalho, nomeadamente o contacto com entidades de acolhimento de Formação em Contexto de Trabalho bem como a organização e implementação desta formação. Por outro lado, os

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percursos escolares de muitos alunos não são lineares, havendo necessidade de acompanhar cada aluno e refletir sobre as soluções mais adequadas. Assim sendo, alguns cursos, nomeadamente o curso de Técnico de Turismo, pelo número de alunos envolvidos, a frequentar as aulas e a frequentar a Formação em Contexto de Trabalho, pelo número de entidades de acolhimento envolvidas, entre outros aspetos, requer uma revisão do modelo de coordenação, seja pela nomeação de mais do que um diretor de curso, seja pela atribuição de um apoio ao desempenho destas funções. Outros cursos, de acordo com as especificidades de cada ciclo poderão justificar igual atenção.

 A sobrecarga de trabalho que constitui a acumulação do cargo de diretor de curso com a direção de turma;

 A sobrecarga de trabalho sentida no final do ano letivo, com a acumulação do serviço atribuído nesse momento e as tarefas de direção de curso, que também se intensificam (término de Formação em Contexto de Trabalho, apresentações de Prova de Aptidão Profissional e inúmeras tarefas burocráticas);

 A necessidade de haver maior responsabilidade, por parte de todos os professores das turmas, no que se refere ao lançamento atempado das classificações dos alunos nos diversos documentos, permitindo o normal decurso das reuniões, em tempo útil e com o rigor que a todos é exigido;

 A necessidade de a nomeação de orientador de Formação em Contexto de Trabalho e de Prova de Aptidão Profissional, ter em consideração o número de alunos a orientar;

 A necessidade de, no terceiro ano de formação do curso de Técnico de Turismo (PT3A e PT3B), ser atribuída a função de orientador(a) de Formação em Contexto de Trabalho e de Prova de Aptidão Profissional, aos mesmos professores, facilitando o processo de orientação e possibilitando o desenvolvimento, no caso da Prova de Aptidão Profissional, de temas em estreita ligação com os contextos de trabalho;

 A necessidade de se proceder à eliminação e/ou simplificação dos diversos documentos utilizados nos registos da Formação em Contexto de Trabalho e Prova de Aptidão Profissional.

O departamento dos Cursos Profissionais, considerando que no ano letivo 2016/2017 abrirão dois novos cursos – Curso Profissional de Técnico de Gestão e Curso Profissional de Técnico de Desporto –, que se procederá à reestruturação dos cursos de acordo com a Circular n.º 1/ANQEP/2016, de 10 de março, e se implementará um terceiro modelo de calendarização da Formação em Contexto de trabalho (no primeiro ano a formação é realizada no final do ano letivo, e no segundo ano é realizada ao longo do ano) apresenta um conjunto de sugestões, seguidamente enunciadas:

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 Continuar a reforçar os mecanismos de apoio à capitalização dos módulos durante o ano letivo, com trabalho mais individualizado dos professores com os alunos. Para que esta estratégia tenha sucesso, é necessário motivar professores e alunos, assim como, envolver os encarregados de educação;

 No que concerne às Provas de Aptidão Profissional deve constar, quer no horário dos alunos, quer no do(s) professor(es) orientador(es), um segmento por semana, para que seja possível efetuar um maior acompanhamento dos alunos ao longo do ano letivo. Não sendo de presença obrigatória, cabe ao professor orientador motivar os alunos para a comparência e a estes serem responsáveis e empenhados, solicitando a orientação do professor, nos moldes em que ela é proporcionada na escola. Esta estratégia tem sido utilizada com sucesso em vários cursos;

 Atribuir salas de informática às aulas das disciplinas da formação técnica dos Cursos Profissionais. Com efeito, para além do software específico de algumas disciplinas, o acesso a salas de informática permite desenvolver com os alunos atividades mais práticas e interativas, potenciando a sua motivação e aprendizagens.

Nos questionários de satisfação foram apresentadas as seguintes opiniões/sugestões de melhoria em relação aos Cursos Profissionais: diminuição da carga burocrática (1 professor); a parte administrativa dos cursos ser realizada pela secretaria (1 professor); no ensino profissional não haver reuniões de cinco horas (1 professor); para combater a falta de assiduidade dos alunos fazer com que eles, no primeiro dia assinassem um termo de responsabilidade, com comprometimento de honra, sendo chamados à direção se não cumprissem (1 professor); aplicar critérios de seleção (1 professor); a formação dos alunos ser o mais prática possível (1 professor); a Formação em Contexto de Trabalho ser o mais aproximada possível com a realidade profissional ao nível da assiduidade e pontualidade (1 professor) e as provas de aptidão profissional devem ter mais qualidade, devendo constar horas letivas para os alunos e professores responsáveis (1 professor).

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