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4.9 Análise de Órgãos de Apoio da Universidade Federal de Lavras

4.9.2 Coordenadoria de Assuntos para Diversidade e Diferenças

Além do grupo de apoio Coletivo de Mulheres da UFLA, a Universidade possui a Ou- vidoria Geral recentemente conta com a Coordenadoria para Assuntos de Diversidade e Dife- renças, que de acordo com o website da Diretoria de Comunicação da Universidade (DCOM), foi criada a partir de proposta apresentada pela então representante da comunidade de Lavras no Conselho Universitário (CUNI) Maria de Fátima Ribeiro, em reunião do dia 9 de Junho de 2016, tendo sido a proposta acolhida e aprovada pelo presidente, professor José Roberto Soares

Scolforo, e pelos demais conselheiros. O professor Renato dos Santos Belo, que está à frente da Coordenadoria ressalta que se trata de uma estrutura que partiu de propostas e reivindica- ções da própria comunidade. O nome inicial foi Coordenadoria de Direitos Humanos, mas uma alteração quanto à vinculação da Coordenadoria foi apresentada na reunião do CUNI de 29 de Junho de 2016, o nome proposto foi alterado por sugestão do representante dos estudantes de pós-graduação no CUNI Vinícius Lucas de Carvalho. (DCOM – Diretoria de Comunicação da UFLA, 2016).

Assim, em linhas gerais, as propostas apresentadas pela Coordenadoria de Assuntos para Diversidade e Diferenças contemplam diferentes frentes, como a capacitação e formação dos membros da comunidade universitária para o trato de questões relacionadas a diversidades e diferenças; a estruturação de formas diferenciadas de acolhimento das questões apresentadas pela comunidade no que se refere à temática; o incentivo e apoio à promoção de eventos que discutam o tema e colaborem para a difusão da informação no meio universitário, apoio e auxilio às vítimas que sofreram preconceito, violências de gênero raciais e homofóbicas (DCOM – Diretoria de Comunicação da UFLA, 2016).

Em entrevista com o Técnico Administrativo da Pró Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (PRAEC), Rossano Wagner de Lima Botelho explica que os canais que a UFLA possui para dar suporte a vítimas de assédios é a Ouvidoria Geral, que recebe a comunicação e encaminha para Pró Reitoria de Graduação, quando o assédio ocorre entre alunos. Já quando ocorre assédios entre Professores/Alunos/Técnicos Administrativos os casos são encaminhados para os departamentos onde ocorreram o assédio, e/ou onde a vítima e agressor fazem parte.

Quando assédios ocorrem entre comunidade acadêmica e funcionários terceirizados é encaminhado para a Pró Reitoria de Planejamento e Gestão, e quando ocorrem no alojamento estudantil é enviado para a Pró Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários. Sendo assim, é perceptível que há diferentes encaminhamentos, com vários órgãos envolvidos dependendo de onde e com quem ocorreu o assédio.

Rossano salienta que após um movimento intitulado “Saiaço” que ocorreu na Universi- dade em 2016, quando um aluno tentou entrar vestido de saia e foi barrado pela administração, houve a criação da Coordenadoria para Assuntos de Diversidades e Diferenças, que possui o intuito de atender às vítimas dando apoio, procurando os envolvidos, fazendo a conscientização e instruindo para que se tome procedimentos legais e policiais caso a vítima queira. Além disso é uma forma de possuir um órgão específico para atender esses casos, como 19,4% das alunas

durante essa pesquisa salientaram que a Universidade possui a necessidade de uma ouvidoria ou órgão específico, especializado para atender às vítimas, diferente da Ouvidoria Geral.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no histórico do movimento feminista no Brasil e no mundo, e da resposta do Estado para com as demandas feministas, as políticas públicas em relação a violência de gênero tem avançado, bem como a preocupação em inserir melhor essas políticas dentro das Universidades brasileiras.

O presente estudo foi realizado com o objetivo de analisar a percepção das alunas de gra- duação da Universidade Federal de Lavras em relação a violência de gênero contra as mulheres dentro do ambiente acadêmico da UFLA. Dentre os objetivos específicos busquei identificar os tipos de violências sofridas, as situações e locais em que frequentemente ocorrem os assédios, o que as alunas pensam sobre isso, e sugestões sobre o que precisa ser melhorado nos méto- dos de prevenir e intervir nos casos de violências contra a mulher por parte das alunas e da Universidade.

Para tanto, além de uma revisão histórica das políticas públicas para mulheres, dos tipos de violências existentes e da literatura dos casos e estudos de violência de gênero nas Univer- sidades, foram enviados 5.184 questionários para as alunas através de e-mail institucional, a partir de um roteiro com base nos objetivos específicos traçados. obteve-se 752 respostas em retorno.

O perfil das alunas que responderam aos questionários são em maioria de 18 à 28 anos, possuem em predominância a cor/raça branca (62,9%) e parda (25,5%). O nível de escolaridade foram graduandas e a maioria delas cursam Direito, Engenharias ABI e Ciências Biológicas.

Os resultados obtidos mostraram inicialmente que grande parte das alunas conhecem o que é assédio (99,6%), bem como possuem conhecimento de como e onde buscar ajuda (55%). Esse dado vai de encontro a outra questão, que posteriormente no tópico 4.7 dos resultados e discussões, 65% das alunas declararam não conhecer as medidas protetivas existentes,um embate com a questão que afirmaram conhecer como e onde buscar ajuda, refletindo que quando aprofunda-se no tema de assédios, elas declaram por fim que realmente não conhecem onde buscar ajuda (medidas protetivas), e afirmam que também não utilizaram nenhum dos órgãos existentes (96%). Uma parcela menor das alunas já sofreu algum tipo de assédio dentro da Universidade Federal de Lavras (23%), e quase metade das alunas conhecem alguém que sofreu (46%), o que reflete uma percepção onde muitas alunas conhecem alguém que sofreu assédio, porém poucas sofreram, ou admitem ter sofrido, não reconhecendo ou assimilando que podem ter passado por algum assédio.

Dentre os tipos de assédios listados no questionário, os tipos predominantes que as alu- nas afirmam ter sofrido são assédio sexual, agressão moral/psicológica e desqualificação inte- lectual, tanto nas repostas de alunas que afirmam conhecer alguém que sofreu esses tipos de assédios (Assédio sexual – 80%, Agressão moral/psicológica – 65%, e desqualificação intelec- tual – 63%), como nas respostas em que afirmam elas próprias terem sofrido assédios (Assédio sexual – 68%, Agressão moral/psicológica – 49%, e desqualificação intelectual – 55%).

Posteriormente coletou-se os dados sobre onde as alunas frequentemente sofrem os as- sédios, e constatou-se que a maioria dos assédios ocorrem nas ruas do campus da Universidade, dentro das salas de aula, e entre professores e funcionários da Universidade.

Em relação ao sentimento de ameaça das alunas, visando entender se estas se sentem com medo e/ou ameaçadas dentro da Universidade Federal de Lavras a maior parte das alunas afirmaram se sentirem ameaçadas.

As políticas para mulheres no Brasil tiveram um marco importante com a criação da Lei Maria da Penha em 2006, e da Secretaria Especial de Política para Mulheres em 2003 pelo então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva onde esta, possui medidas protetivas e órgãos espe- cializados em atendimento à violência contra as mulheres, na busca de desenvolvimento social, econômico, político e cultural do país. Sendo assim, foi questionado se as alunas conhecem as medidas existentes para proteger as mulheres quando assediadas, e 65% das alunas não conhe- cem as medidas. Em seguida, foi apresentado os tipos de medidas existentes para proteger as mulheres assediadas se as alunas já utilizaram algum dos órgãos e podendo marcar mais de uma opção, a maior parte das alunas disseram conhecer a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a Central de Atendimento à Mulher em situação de Violência (180), os Juiza- dos/varas especializadas de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, e a Ouvidoria da Mulher, e os órgãos que as alunas afirmaram pouco conhecer são a Promotoria Especializada do Ministério Público e Núcleo Especializado da Defensoria Pública.

Na cidade de Lavras existe a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), e a Central de Atendimento à Mulher (180), e dentro da Universidade Federal de Lavras pos- sui a Ouvidoria Geral, que não trata de assuntos específicos em relação à violência de gênero. Pode-se verificar que 35% das alunas conhecem as medidas e órgãos existentes, 23% das alunas já sofreram assédios e um número alto de alunas não utilizaram nenhum dos órgãos de apoio (96%), o que leva a entender que há uma ausência de informações ou de acesso para que as mulheres possam procurar auxílio e apoio jurídico, criminal e psicológico.

Nas perguntas abertas, as alunas responderam se a Universidade Federal de Lavras pos- sui medidas efetivas e suficientes para proteger as mulheres de assédios, e 78,3% disseram não possuir. Na Universidade há o Coletivo Mulheres da UFLA e também a recente Coordenadoria para Assuntos de Diversidade e Diferenças vinculada a Pro Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários, além da Ouvidoria Geral, e mesmo assim na opinião das alunas a instituição ainda carece de maiores medidas e apoio às mulheres assediadas. Dentre as formas opinadas pe- las alunas, de como a Universidade deve intervir para dar apoio, suporte e proteção estas alegam que conscientizações por parte da Universidade seria uma forma de prevenir e tratar a questão de assédios, seguido por maior investigação e órgãos especializados dentro da instituição seriam ideais, e maior monitoramento e policiamento dentro do campus universitário.

Em seguida e por fim foi questionado como as alunas acham que podem colaborar para amenizar os possíveis assédios na Universidade Federal de Lavras, boa parte das respostas fo- ram através de conscientização com mais divulgações sobre o assunto, grupos de apoio, campa- nhas, palestras e cursos. Além disso as alunas salientaram que denunciar e interferir nos casos podem tornar as leis mais efetivas e as investigações mais rígidas.

De acordo com Virgínia Barros (2014), presidenta da União Nacional dos Estudantes e estudou Letras na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), as universidades brasileiras não possuem de fato uma estatística sobre o tema de violência contra as mulheres, mas os casos se repetem pelos próprios estudantes, pessoas de fora do campus, funcionários e professores, tornando as universidades também res- ponsáveis por proteger e prevenir tais atos. Não foram encontrados documentos ou relatórios que reportem denúncias ou casos de violências. Através dessa pesquisa foi possível visualizar a percepção das alunas sobre os assédios que ocorrem na Universidade, os lugares que frequen- temente são assediadas, os tipos de violências sofridas, e em que a instituição deve melhorar e apoiar as alunas.

A falta de dados e documentos por parte da instituição não significa que não haja violên- cia de gênero, pelo contrário, a violência velada tende a persistir e prejudicar muitas graduandas e até mesmo funcionárias e professoras. Os dados levantados podem ser uma diretriz para aná- lises mais profundas do contexto, bem como para tomadas de decisões a respeito de realização de palestras, cursos, eventos e rodas de discussão dentro do cotidiano da Universidade Federal de Lavras que insiram os homens e mulheres.

É sugerido estudos futuros aprofundando as relações de violências de gênero na Uni- versidade e entre os atores membros da instituição. Dados com o corpo docente (Professoras), as Técnicas Administrativas e as funcionárias terceirizadas da Universidade poderão ser ana- lisadas, a fim de perceber o quanto a violência de gênero está presente e mesmo enraizada na própria cultura da Universidade.

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Essa pesquisa tem como objetivo analisar a percepção das mulheres da Universidade Federal de Lavras sobre os assédios existentes dentro da UFLA, além de fazer um levantamento dos assédios que ocorrem com as mulheres. Com o intuito de contribuir para coleta de dados e posteriormente tomada de medidas para proteger e prevenir os assédios presentes. É de suma importância a sua sinceridade e contribuição para este trabalho, já que somente nós mulheres entendemos o que vivemos. Caso não se sinta confortável em responder, não se preocupe, os dados são sigilosos e o questionário é totalmente anônimo. A união de todas nós irá gerar uma sociedade melhor e igualitária, não duvide disso. Desde já agradeço de coração a sua colaboração.

1. Qual a sua idade? o Entre 18 e 28 o Entre 29 e 39 o Entre 40 e 50 o 50 em diante 2. Qual sua cor/raça? o Não Declarada o Indígena o Amarela o Preta o Branca o Outra

3. Qual seu nível atual de escolaridade? o Ensino Médio Completo o Graduação

o Mestrado o Doutorado o Pós Doutorado o Outra

4. Se estuda atualmente ou já estudou, qual é o seu curso de graduação? 5. Você tem conhecimento sobre o que é assédio?

o Sim o Não

6. Se você tem conhecimento sobre o que é assédio, sabe como e onde buscar ajuda? o Sim

o Não

7. Você conhece alguém que sofreu algum tipo de assédio na Universidade Federal de Lavras?

o Sim o Não

8. Se você conhece alguém que já sofreu algum tipo de assédio na Universidade

Federal de Lavras, que tipos de assedios? (É possível marcar mais de uma opção)

o ASSÉDIO SEXUAL Comentários com apelos sexuais indesejados / Cantada ofensiva / Abordagem agressiva

o COERÇÃO Ingestão forçada de bebida alcoólica e / ou drogas / Ser drogada sem conhecimento / Ser forçada a participar em atividades degradantes (como leilões e desfiles)

álcool / Ser tocada sem consentimento / Ser forçada a beijar veterano o VIOLÊNCIA FÍSICA Sofrer agressão física

o DESQUALIFICAÇÃO INTELECTUAL Desqualificação ou piadas ofensivas, ambos por ser mulher

o AGRESSÃO MORAL/PSICOLÓGICA Humilhação por professores e alunos / Ofensa / Xingada por rejeitar investida / Músicas ofensivas cantadas por torcidas acadêmicas / Imagens repassadas sem autorização / Rankings (beleza, sexuais e outros) sem autorização

9. Você já sofreu algum tipo de assédio dentro da Universidade Federal de Lavras? o Sim

o Não

10.Se você já sofreu algum assédio dentro da Universidade Federal de Lavras, onde

ocorreu? (É possível marcar mais de uma opção)

o Sala de aula

o Festas na Universidade o Repúblicas

o Reuniões

o Eventos Acadêmicos (Palestras, cursos, feiras) o Cantina

o Biblioteca o Laboratórios

o Nas ruas do Campus

o Grupos de Estudos ou empresas juniores o Entre colegas de trabalho

o Entre professores ou funcionários da Universidade o Outros _____________________

11.Quais os tipos de assédio você já sofreu dentro da Universidade Federal de

Lavras? (É possível marcar mais de um opção)

o ASSÉDIO SEXUAL Comentários com apelos sexuais indesejados / Cantada ofensiva / Abordagem agressiva

o COERÇÃO Ingestão forçada de bebida alcoólica e / ou drogas / Ser drogada sem conhecimento / Ser forçada a participar em atividades degradantes (como leilões e desfiles)

o VIOLÊNCIA SEXUAL Estupro / Tentativa de abuso enquanto sob efeito de álcool / Ser tocada sem consentimento / Ser forçada a beijar veterano o VIOLÊNCIA FÍSICA Sofrer agressão física

o DESQUALIFICAÇÃO INTELECTUAL Desqualificação ou piadas ofensivas,

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