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CORRELAÇÃO DOS OUTROS SCORES COM O SFS

No documento Paralisia facial periférica : (páginas 45-63)

ANÁLISE ESTATÍSTICA

CORRELAÇÃO DOS OUTROS SCORES COM O SFS

Para procurar saber se existe uma associação entre os scores de função social e os outros scores, utilizamos o coeficiente de correlação de Spearman (1-tailed), uma vez que assumimos que quanto pior a pontuação nos outros scores, menor a pontuação do score de função social.

RESULTADOS

Do total de 90 doentes identificados nos registos, obtivemos resposta de 70, o que corresponde a uma taxa de resposta de 77,8%. As causas de não obtenção de resposta foram:

Tabela 5 Questionários não respondidos

A idade dos participantes que responderam ao questionário estava compreendida entre os 8 e os 89 anos (M = 48,49; SD= 22,8). Quanto ao género dos participantes, 26 (37,1%) eram do sexo masculino e 44 (62,9%) do sexo feminino. Relativamente ao ano em que recorreram ao HSM pela primeira vez com PFP, 31 (44,3%) fizeram-no em 2006, 25 (35,7%) em 2007 e 14 (20%) em 2008.

Causas

Engano no nº de telefone 7

Óbito 4

Não atenderam o telefone 4

Recusa 3

Sem contacto telefónico 2

Tabela 6 Resultados do Questionário FaCE

Recuperados Não Recuperados

M Mdn M Mdn Conforto Facial 100,00 100,00 57,29 66,67 Movimento Facial 99,78 100,00 55,99 54,17 Função Oral 100,00 100,00 77,34 100,00 Conforto Ocular 100,00 100,00 65,63 75,00 Controlo Lacrimal 100,00 100,00 65,63 87,50 Função Social 100,00 100,00 90,43 100,00 Total 98,30 100,00 70,21 78,33 M-Média, Mdn-Mediana

Figura 4 Resultados do Questionário FaCE

R-Recuperados; NR- Não recuperados 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%

Tabela 6 Resultados do Questionário FaCE

Recuperados Não Recuperados

M Mdn M Mdn Conforto Facial 100,00 100,00 57,29 66,67 Movimento Facial 99,78 100,00 55,99 54,17 Função Oral 100,00 100,00 77,34 100,00 Conforto Ocular 100,00 100,00 65,63 75,00 Controlo Lacrimal 100,00 100,00 65,63 87,50 Função Social 100,00 100,00 90,43 100,00 Total 98,30 100,00 70,21 78,33 M-Média, Mdn-Mediana

Figura 4 Resultados do Questionário FaCE

R-Recuperados; NR- Não recuperados

Tabela 6 Resultados do Questionário FaCE

Recuperados Não Recuperados

M Mdn M Mdn Conforto Facial 100,00 100,00 57,29 66,67 Movimento Facial 99,78 100,00 55,99 54,17 Função Oral 100,00 100,00 77,34 100,00 Conforto Ocular 100,00 100,00 65,63 75,00 Controlo Lacrimal 100,00 100,00 65,63 87,50 Função Social 100,00 100,00 90,43 100,00 Total 98,30 100,00 70,21 78,33 M-Média, Mdn-Mediana

Figura 4 Resultados do Questionário FaCE

R-Recuperados; NR- Não recuperados

R

NR

RECUPERADOS VS NÃO RECUPERADOS

Os utentes que recuperaram completamente (Mdn=100) têm scores de função social significativamente superiores relativamente aos que não recuperaram (Mdn=100), U=361,00, p<0,01(1-tailed), r = -0,051.

Tabela 7 Diferença entre SFS dos Recuperados e Não Recuperados

N M Min Max Mdn U Z Valor de p

R 38 100,00 100 100 100,00

361,00 -4,30 0,00

NR 32 90,43 25 100 100,00

R: Recuperados; NR: Não recuperados; N: nº; M: média; Min: mínimo; Max: máximo; Mdn: mediana; | Teste de U-Mann-Whitney: U, Z e valor de p

ANALISE SUBGRUPAL NOS NÃO RECUPERADOS

Tabela 8 Analise Subgrupal nos Não Recuperados

N M Min Max Mdn U Z Valor de p

S Masculino 11 96,591 75 100 100,00 76,00 1,767 0,082 Feminino 21 87,202 25 100 93,75 I <65anos 18 91,319 50 100 100,00 123,00 -0,128 0,911 ≥65anos 14 89,286 25 100 100,00 TR <24meses 7 86,607 25 100 100,00 86,50 -0,051 0,963 ≥24 meses 25 91,500 50 100 100,0 0

S: sexo; I: idade; TR: tempo de recuperação; N: nº; M: média; Min: mínimo; Max: máximo; Mdn: média | Teste de U-Mann-Whitney: U, Z e valor de p (2-tailed)

Utilizou-se novamente o teste não-paramétrico de U-Mann-Whitney para avaliar a hipótese de haver diferença estatisticamente significativa nos scores de função social com a variação da idade, do tempo de recuperação e do sexo.

 Sexo: Masculino vs Feminino

Os NR do sexo feminino (Mdn=93,750) não diferem significativamente nos scores de função social relativamente aos do sexo masculino (Mdn=100), U=76.00, p=0.082, r = -0.31.

 Tempo de recuperação: < 24 meses vs ≥ 24 meses

Os NR com tempo de recuperação inferior a 24 meses (Mdn=100) não diferem significativamente nos scores de função social relativamente aos com idade igual ou superior a 24 meses (Mdn=100), U=86.50, p=0.963, r = -0.09

 Idade: < 65 anos vs ≥ 65anos

Os NR com idade inferior a 65 anos (Mdn=100) não diferem significativamente nos scores de função social relativamente aos com idade igual ou superior a 65 anos (Mdn=100), U=128.00, p=0.911, r = -0.023

CORRELAÇÃO DA IDADE COM O SFS

Tabela 9 Correlação da Idade com o SFS IDADE Spearman`s rho 0,05

Valor de p 0,980

A idade não está relacionada significativamente com o SFS (p>0,05).

CORRELAÇÃO DOS OUTROS SCORES COM O SFS

Tabela 10 Correlação dos outros scores com o SFS

SFM SCF SFO SCO SCL ST

Spearman`s rho 0,354 0,335 0,318 0,464 0,265 0,534 Valor de p 0,023 0,030 0,038 0,004 0,072 0,001

Exceptuando o SCL, todos os scores estão relacionados significativamente com o SFS (p<0,05). Como era de esperar o ST é o mais relacionado, seguindo-se por ordem decrescente de correlação o SCO, SFM, SCF, SFO.

DISCUSSÃO

Os movimentos da expressão facial são reconhecidos universalmente e garantem a efectividade da comunicação entre indivíduos, sendo portanto muito importantes no processo de socialização. Os músculos faciais além de estarem envolvidos na expressão, estão também envolvidos na sensação e experimentação das emoções (43).

Os vários estudos sobre o tema deformação facial têm demonstrado consistentemente que os indivíduos que apresentam desfiguração da face experimentam problemas psicológicos e sociais (6). Estes problemas são provocados não só pela estigmatização social mas pela sua própria auto-estigmatização. Existem factores que medeiam a resposta individual à desfiguração como a resiliência, apoio familiar e social e o desenvolvimento de estratégias adequadas para lidar com a situação (6).

Os doentes com paralisia facial demonstram sentimentos de depressão (5). Van Swearingen et al (1999) descobriram que a severidade dos sintomas depressivos nas doenças neuromusculares estava relacionada com a afectação da capacidade de sorrir (44).

Embora actualmente já se reconheça que a PFP provoca efeitos secundários debilitantes como incompetência oral, dificuldades de comunicação, irritação ocular, lacrimação excessiva, dor facial, estigmatização social, as escalas de avaliação de PFP geralmente não os têm em conta (8).

Um instrumento que pretenda avaliar correctamente a disfunção provocada pela PFP deve avaliar não só a deficiência como também a incapacidade. A deficiência refere-se às anormalidades anatómicas e fisiológicas do movimento facial, a incapacidade engloba os aspectos funcionais como o desconforto físico, dificuldades nas actividades

quotidianas e aspectos sociais e emocionais (8).

A escala FaCE é um instrumento válido, confiável e de fácil aplicação para ser utilizado na avaliação da paralisia facial de longa duração. Auxilia o clínico na classificação da disfunção do nervo facial uma vez que fornece informação sobre a percepção do paciente (8) .

Existem poucos estudos na literatura que façam a avaliação da qualidade de vida na PF, os estudos existentes são praticamente todos pós-cirúrgicos em doentes com neurinoma do acústico (7,10,39-42). É complicado tirar conclusões definitivas baseadas nestes estudos, uma vez que foram utilizadas escalas de avaliação da qualidade de vida diferentes. De referir que na literatura nacional existe apenas um estudo português, de 2008, em que é avaliado o impacto da PF na qualidade de vida dos doentes com SRH, usando igualmente o questionário FaCE(45).

Apesar do interesse crescente na avaliação da qualidade de vida é também crescente a consciência de que é uma tarefa bastante difícil e defeituosa .

O primeiro passo do nosso estudo foi tentar saber se a PFP provoca de facto um impacto na qualidade de vida do doente. Os nossos resultados mostram que o grupo dos não recuperados apresenta um SFS significativamente inferior ao dos recuperados (tabela 7). Como foi esclarecido na metodologia optámos por centrar a nossa análise estatística no SFS. Ao analisar a tabela 6 é de salientar que o SFS dos NR é o mais elevado dos domínios avaliados no questionário FaCE. Os outros domínios do questionário centram-se mais na deficiência fisiológica do nervo facial. Desta forma confirmam-se os resultados de outros estudos que concluem que o impacto na qualidade de vida não está

relacionado com severidade da PF (7,10) .

Relativamente ao género, embora as mulheres tenham tido scores percentuais ligeiramente mais baixos, não foram encontradas diferenças significativas entre os scores de ambos os sexos (tabela 8). A sociedade ocidental está a evoluir e embora continue a haver uma focalização acrescida na beleza feminina, cada vez mais o homem é igualmente pressionado. Talvez por isso não sejam surpreendentes os resultados do nosso estudo. Outra explicação possível para os nossos resultados é o facto de os participantes serem residentes no distrito da Guarda, região do interior de Portugal, onde a valorização da aparência possa ser diferente relativamente a zonas mais cosmopolitas, nomeadamente no que diz respeito ao sexo feminino. Na literatura os estudos pós-cirúrgicos realizados apontam resultados contraditórios relativamente ao papel do sexo na função social (7,10). Mais uma vez a definição da zona ou ambiente cultural onde se realizam esses estudos possa ter alguma influência na repercussão social da PF.

No que diz respeito ao tempo de recuperação, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nos NR conforme o TR era superior ou inferior a 24 meses

(tabela 8). O tempo mínimo de recuperação foi 18 meses, alguns estudos apontam para uma melhor aceitação com o tempo (7,10). Talvez a diferença de 6 meses entre os grupos não seja suficiente para se encontrar este efeito.

Relativamente à idade, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre o grupo dos idosos relativamente ao grupo dos não idosos(tabela 8). A idade dos nossos participantes não estava relacionada significativamente com a sua função social (tabela 9). Tal como relativamente ao sexo os estudos são contraditórios

(7,10). É importante não estereotipar e ter sempre presente que os idosos podem ser gravemente afectados psico-socialmente.

Exceptuando o SCL, todos os scores estão relacionados significativamente com o SFS, contudo nenhum apresenta uma forte correlação (tabela 10). Como era de esperar o ST é o mais relacionado, seguindo-se por ordem decrescente de correlação o SCO, SFM, SCF, SFO.

As escalas de avaliação da qualidade de vida na doença representam informação importante do ponto vista do doente, contudo apresentam grandes desvantagens em vários estudos de eficácia clínica (46). O grau de participação do doente no seu ambiente e a medição do cumprimento do seu papel social não podem ser observados directamente e depende não só da incapacidade funcional mas também de traços de personalidade e ambiente social. Isto explica porque em vários estudos a correlação entre a severidade da incapacidade e a qualidade de vida na doença é fraca (7,46).

Limitações do estudo

O facto das entrevistas serem telefónicas pode, sob alguns pontos de vista, dificultar, ou pelo contrário, favorecer a sinceridade das respostas à entrevista. Como, por exemplo, as perguntas envolvidas no SFS eram as mais íntimas e pessoais, é provável que muitos participantes tivessem respondido de maneira diferente se o questionário fosse preenchido por escrito e de maneira anónima.

Não foram tidas em conta as condições psicológicas prévias à PFP.

Não foi feito o acompanhamento desde o início dos doentes e a maioria deles demonstrava ignorância acerca da causa de PFP. É lógico admitir que a maioria dos casos

do nosso estudo sejam de PB, pois é altamente improvável, dada a evolução registada, que sejam de PFP secundária.

A tradução do questionário para português não está validada.

Sugestões

Idealmente a escala FaCE deveria ser aplicada nas fases aguda, intermédia e numa altura em que a possibilidade de recuperação espontânea seja praticamente nula. Os doentes poderiam ser acompanhados nomeadamente no que diz respeito ao tratamento e complicações que sofreram, desta forma poderíamos relacionar mais adequadamente a função social com a PFP ao longo da evolução da doença.

A informação do doente acerca da origem da doença, do seu tratamento, dos cuidados a ter e do seu prognóstico, poderá reduzir a ansiedade e contribuir para uma melhor aceitação da situação. Neste sentido foi elaborada uma proposta de folheto, a fornecer aos pacientes (Anexo B).

CONCLUSÕES:

A PFP é uma condição relativamente comum, a sua incidência anual ronda os 20-25 casos por 100.000 habitantes (19-21). Na maioria dos casos não tem uma causa conhecida. O impacto cosmético para o doente é óbvio, assim como as dificuldades na comunicação. Mas os seus efeitos na visão, mastigação, e ingestão de bebidas são frequentemente desprezados. A soma de todos estes efeitos, aliado à pressão social para manter uma imagem atraente pode ter efeitos psico-sociais devastadores nos doentes que não recuperam completamente. Embora a maioria dos doentes recuperem totalmente, existem cerca de 15-20% que permanecem afectados (3,4).O médico pode subestimar os consequências adversas que a doença provoca na qualidade de vida do doente. É importante que os aspectos que dizem respeito à qualidade de vida sejam abordados na consulta médica. A identificação destes factores causadores de stress permite que sejam implementadas medidas adequadas e assim proporcionar uma melhoria do bem-estar do doente e consequentemente potenciar o processo de reabilitação. Devem ser evitados os estereótipos e não considerar apenas merecedores de atenção os doentes mais novos, particularmente se forem do sexo feminino. Por último cada vez mais estudos apontam para o facto do impacto na qualidade de vida dos doentes não ser proporcional à severidade da PF, portanto todos os doentes com PFP estão em risco psico-social. Não devemos desistir de procurar técnicas que melhorem a abordagem da PFP e devem ser desmistificados mitos sobre o tratamento.

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ANEXO A

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