• Nenhum resultado encontrado

CORRELAÇÕES ENTRE A COMPOSIÇÃO DA BIOMASSA E O RENDIMENTO

Uma matriz de correlação Pearson incluindo todas as variáveis estudadas foi feita visando obter dados que elucidassem algumas tendências observadas. Essa matriz consta no apêndice C deste trabalho. No entanto, apresenta-se na Tabela 4.6 uma matriz reduzida, mostrando apenas as correlações consideradas mais importantes para a análise dos dados, que incluem as variáveis rendimento em gases condensáveis totais, teor de holocelulose, teor de cinzas, teor de materiais voláteis e teor de extrativos.

16,16 15,25 12,09 8,63 13,71 9,97 11,88 17,41 15,58 17,6 9,93 10,26 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Bagaço de cana Bambu Capim elefante Casca de pinhão-manso Eucalipto Casca de arroz R e n d im e n to ( % b .s .) ² Gases não- condensáveis¹ Água Líquidos orgânicos Sólido

34

Tabela 4.6. Correlação Pearson para as variáveis rendimento em condensáveis totais (RC), teor de holocelulose (HOL), teor de cinzas (CZ), teor de materiais voláteis (MV) e teor de

extrativos (EXT) das biomassas analisadas.

RC (%)¹ HOL (%) CZ (%) MV (%) EXT (%) RC¹ (%) 1 0,825 * -0,642 0,631 0,629 HOL (%) 1 -0,895 * 0,886 * 0,804 CZ (%) 1 -0,965 * -0,574 MV (%) 1 0,554 EXT (%) 1

Em que * = significativo a 5% de probabilidade. ¹base seca.

Observa-se pela tabela 4.6, que o rendimento em gases condensáveis só apresentou correlação significativa com o teor de holocelulose (R=0,83), refletindo provavelmente o efeito do teor de hemiceluloses das biomassas. Esta correlação positiva era esperada, uma vez que na faixa de temperatura da torrefação, as hemiceluloses, principais fontes de voláteis, são os polímeros mais degradados (Bergman et al. 2005a; Prins et al., 2006; Arias

et al., 2008). Apesar dessa correlação significativa, o modelo de regressão para as duas

variáveis não é satisfatório (Figura 4.4). O coeficiente de determinação é apenas 0,68, o que do ponto de vista estatístico, significa que 68% da variação no rendimento em condensáveis totais pode ser explicada pela variação no teor de holocelulose e os outros 32% são oriundos de outros fatores.

Figura 4.4. Relação entre o rendimento em condensáveis totais e o teor de holocelulose das biomassas de rápido crescimento analisadas. ¹ b.s.: base seca.

Casca de arroz Eucalipto Casca de pinhão manso Capim elefante Bagaço de cana Bambu y = 0,519x - 9,3914 R² = 0,6811 15 20 25 30 35 53 58 63 68 73 78 C ondens áv ei s tot ai s ( % b.s) ¹ Teor de holocelulose (%)

35

Apesar de não significativa, foi registrada uma correlação negativa moderada entre o rendimento em condensáveis e o teor de cinzas das biomassas e correlação positiva da mesma magnitude entre o rendimento em condensáveis e os teores de voláteis e extrativos das biomassas. Oasmaa et al. (2010) também encontraram correlação negativa entre o rendimento em condensáveis e o teor de cinzas e uma correlação positiva deste subproduto com o teor de voláteis ao estudar a pirólise rápida de doze tipos de biomassa.

Ao analisar apenas as biomassas não lenhosas, excluindo-se o eucalipto, verificou- se que a correlação entre o rendimento em condensáveis e o teor de holocelulose mostra-se ainda mais significativa, com coeficiente de correlação igual a 0,89 (Tabela 4.7). As correlações entre o rendimento em condensáveis e os teores de cinzas e voláteis são acentuadas, tornando-se significativas, com coeficientes de correlação iguais a -0,94 e 0,93, respectivamente para os dois parâmetros. Os modelos de regressão para essas variáveis, considerando apenas biomassas não lenhosas são mostrados nas Figuras 4.5, 4.6 e 4.7.

Tabela 4.7. Correlação Pearson para as variáveis rendimento em condensáveis totais (RC), teor de holocelulose (HOL), teor de cinzas (CZ), teor de materiais voláteis (MV) e teor de

extrativos (EXT) das biomassas não-lenhosas analisadas.

RC (%)¹ HOL (%) CZ (%) MV (%) EXT (%) RC¹ (%) 1 0,890 * -0,937 * 0,925 * 0,614 HOL (%) 1 -0,982 * 0,972 * 0,827 CZ (%) 1 -0,956 * -0,749 MV (%) 1 0,727 EXT (%) 1

36

Figura 4.5. Relação entre o rendimento em condensáveis totais e o teor de holocelulose das biomassas não-lenhosas analisadas. ¹ b.s.: base seca.

Figura 4.6. Relação entre o rendimento em condensáveis totais e o teor de cinzas das biomassas não-lenhosas analisadas. ¹ b.s.: base seca.

Casca de arroz casca de pinhão-manso Capim elefante Bagaço de cana Bambu y = 0,5308x - 9,5762 R² = 0,7924 15 20 25 30 35 53 58 63 68 73 78 C ondens áv ei s t ot ai s ( % b.s) ¹ Teor de holocelulose (%) Casca de arroz Casca de pinhão-manso Capim elefante Bagaço de cana Bambu y = -0,4463x + 31,808 R² = 0,8775 15 20 25 30 35 0 5 10 15 20 25 30 C ondens áv ei s t ot ai s ( % b.s) ¹ Teor de cinzas (%)

37

Figura 4.7. Relação entre o rendimento em condensáveis totais e o teor de materiais voláteis das biomassas não-lenhosas analisadas. ¹ b.s.: base seca.

Avaliando globalmente as biomassas estudadas, incluindo o eucalipto, observa-se que o rendimento em condensáveis esteve associado em maior grau ao teor de holocelulose, porém com influência moderada do teor de cinzas, voláteis e extrativos. Assim, estudos futuros poderiam investigar a existência de regressão múltipla entre esses fatores e o rendimento em condensáveis. A Figura 4.8 resume as tendências observadas em relação às correlações entre a composição da biomassa e o rendimento em condensáveis.

Figura 4.8. Relações entre o rendimento em condensáveis totais e os teores de holocelulose, materiais voláteis e cinzas das biomassas.¹ b.s.:base seca.

Casca de arroz

Casca de

pinhão-manso Capim elefante

Bagaço de cana Bambu y = 0,4463x - 4,8197 R² = 0,8553 15 20 25 30 35 50 55 60 65 70 75 80 C ondens áv ei s t ot ai s (% b.s) ¹

38

Em função da composição das biomassas estudadas e de suas correlações com o rendimento em condensáveis da torrefação, pode-se afirmar que o bambu é a biomassa mais promissora para produção de condensáveis entre as analisadas, uma vez que reúne os três fatores favoráveis à produção desse subproduto: altos teores de holocelulose e voláteis e baixo teor de cinzas.

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 CONCLUSÕES

 O teor de holocelulose apresentou correlação positiva e significativa com o rendimento

em gases condensáveis do processo de torrefação.

 O teor de cinzas apresentou correlação negativa, porém não significativa, com o

rendimento em gases condensáveis, enquanto o teor de voláteis mostrou uma correlação positiva, também não significativa, com este subproduto da torrefação.

 Entre as biomassas não-lenhosas, verificou-se que as correlações entre o rendimento

em condensáveis e os teores de holocelulose, materiais voláteis e cinzas são nitidamente acentuadas, passando a ser significativas para esses dois últimos.

 O bambu é a biomassa mais promissora para a produção de condensáveis entre as

analisadas, uma vez que reúne os três fatores favoráveis à produção desse subproduto: altos teores de holocelulose e materiais voláteis e baixo teor de cinzas.

5.2 RECOMENDAÇÕES

 A influência dos teores de cinzas e materiais voláteis, se confirmada em trabalhos

futuros, poderá permitir a utilização desses parâmetros como indicadores de fácil obtenção para estimar o rendimento em condensáveis do processo de torrefação.

 É necessário ampliar o número de espécies estudadas, visando aumentar a variação nas

propriedades analisadas, e assim confirmar as tendências observadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABU BAKAR, M.S.; TITILOYE, J.O. Catalytic pyrolysis of rice husk for bio-oil production. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, no prelo, 2012

39

ALMEIDA, G.; BRITO, J. O.; PERRÉ, P. Alterations in energy properties of eucalyptus wood and bark subjected to torrefaction: The potential of mass loss as a synthetic indicator. Bioresource Technology, v. 101, n. 24, p. 9778-9784, 2010.

ANEEL - AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Atlas de energia elétrica do Brasil, 2005, 2. ed. Brasília, DF: ANEEL. Disponível em: http://www3.aneel.gov.br/atlas/atlas_2edicao/apresentacao/apresentacao.htm. Acesso em 12/04/2010.

ARIAS, B.; PEVIDA, C.; FERMOSO, J.; PLAZA, M.G.; RUBIERA, F.; PIS, J.J. Influence of torrefaction on the grindability and reactivity of woody biomass. Fuel Processing Technology, v. 89, n. 2, p. 169-175, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8112/83 – Carvão vegetal – análise imediata, 1983, 6 p.

BERGMAN, P.C.A.; BOERSMA, A.R.; KIEL, J.H.A.; PRINS, M.J.; PTASINSKI, K.J.; JANSSEN, F.G.G.J. “Torrefied biomass for entrained-flow gasification of biomass”, Report ECN-C--05-026, ECN, Petten, 2005a.

BERGMAN, P.C.A.; BOERSMA, A.R.; ZWART, R.W.H.; KIEL, J.H.A. Torrefaction for biomass co-firing in existing coal-fired power stations, ECN-C--05-013, 2005. BERGMAN, PCA; KIEL, JHA. Torrefaction for biomass upgrading. In: Proceedings of

14th European Biomass Conference and Exhibition, 2005.

BRITO, J. O.; BARRICHELO, L. E. G. Características do eucalipto como combustível: análise química imediata da madeira e da casca. IPEF, n.16, p. 63-70, 1978.

BRITO, J. O.; BARRICHELO, L. E. G. Considerações sobre a produção de carvão vegetal com madeiras da Amazônia. Série Técnica IPEF, Piracicaba, v. 2, n. 5, p. 1-25, 1981.

BRITO, J. O.; BARRICHELO, L. E. G. Correlações entre características físicas e químicas da madeira e a produção de carvão vegetal: densidade e teor de lignina da madeira de eucalipto. IPEF, n.14, p. 9-20, 1977.

BUTLER, E.; DEVLIN, G.; MEIER, D.; MCDONNELL, K. A review of recent laboratory research and commercial developments in fast pyrolysis and upgrading. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v.15, n. 8, p. 4171-4186, 2011.

CHEN, H.; WANG, Y.; XU, G.; YOSHIKAWA, K. Fuel-N Evolution during the Pyrolysis of Industrial Biomass Wastes with High Nitrogen Content. Energies, v. 5, p. 5418- 5438, 2012.

CHEN, W.-H., CHENG, W.-Y., LU, K.-M., HUANG, Y.-P. An evaluation on improvement of pulverized biomass property for solid fuel through torrefaction. Applied Energy, v. 88, n. 11, p. 3636–3644, 2011.

40

CHEN, W-H, KUO, P-C. Torrefaction and co-torrefaction characterization of hemicellulose, cellulose and lignin as well as torrefaction of some basic constituents in biomass. Energy, v. 36, p. 803-811, 2011).

CORTEZ, L.A.B; LORA, E.E.S.; GOMEZ, E.O. Caracterização da biomassa. In: CORTEZ, L.A.B; LORA, E.E.S.; GOMEZ, E.O. (org). Biomassa para energia. Campinas, São Paulo: Editora da UNICAMP, 2008.

COUHERT, C.; COMMANDRE, J. M.; SALVADOR, S. Is it possible to predict gas yields of any biomass after rapid pyrolysis at high temperature from its composition in cellulose, hemicellulose and lignin? Fuel, v. 88, p. 408–417, 2009.

DI BLASI, C. Modeling and simulation of combustion processes of charring and non- charring solid fuels. Progress in Energy and Combustion Science, v. 19, p. 71 104, 1993.

DI BLASI, C.; BRANCA, C., D’ERRICO, G. Degradation characteristics of straw and washed straw. Thermochimica Acta, v. 364, p. 133-142, 2000.

EHRMAN T. Laboratory Analytical Procedure: Determination of Acid-Soluble Lignin in Biomass. Laboratory Analytical Procedure 004. Midwest Research Institute, Kansas,1996.

FELFLI, F. E. F.; LUENGO, C. A.; SOLER, P. B. Torrefação de Biomassa: Características, Aplicações e Perspectivas. In: Encontro de Energia no Meio Rural – AGRENER 2000. 2000, 5p.

FENGEL, D.; WEGENER, G. Wood: chemistry, ultrastructure, reactions. Berlin: Walter de Gruyter, 613 p., 1989.

GOMIDE, J. L.; R. C. OLIVEIRA; J. L. COLODETTE. Influência da idade do Bambusa

vulgaris nas suas características químicas e anatômicas visando a produção de

polpa celulósica, In: 14º Congresso Anual da ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel, 1981, v. 1, pgs 05-29.

GRAY, M. R.; CORCORAM, W. H.; GAVALAS, G. R. Pyrolysis of a Wood-Derived Material. Effects of Moisture and Ash Content. Industrial & Engineering Chemistry Process Design and Development, v. 24, p.646-651, 1985.

GUERRERO, M., RUIZ, M.P., ALZUETA, M.U., BILBAO, R., MILLERA, A. Pyrolysis of eucalyptus at different heating rates: studies of char characterization and oxidative reactivity. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, v. 74, p. 307- 314, 2005.

HAKKOU, M.; PÉTRISANS, M.; GERARGIN, P.; ZOULALIAN, A. Investigations of the reasons for fungal durability of heat-treated beech wood. Polymer Degradation and stability, v. 91, p. 393-397, 2006.

HUANG, Y.F.; CHEN, W.R.; CHIUEH, P.T.; KUAN, W.H.; LO, S.L. Microwave torrefaction of rice straw and pennisetum. Bioresource Technology, v. 123, p. 1–7. 2012.

41

ISA, K.M. ; DAUD, S. ; HAMIDIN, N. ; ISMAIL, K. ; SAAD, S.A. ; KASIM, F.H. Thermogravimetric analysis and the optimisation of bio-oil yield from fixed-bed pyrolysis of rice husk using response surface methodology (RSM). Industrial Crops and Products, v. 33, p. 481-487, 2011.

JAIN, A.; RAJESWARA RAO, T.; SAMBI, S.S.; GROVER, P.D. Energy and chemicals from rice husk. Biomass and Bioenergy, v.7, p. 285-289, 1994.

KUMAR, G. ; PANDA, A. C. ; SINGH, R. K. Optimization of process for the production of bio-oil from eucalyptus wood. Journal of Fuel Chemistry and Technology, v. 38, n. 2, p.162-167, 2010.

LEWANDOWSKI, I; KICHERER, A. Combustion quality of biomass: practical relevance and experiments to modify the biomass quality of Miscanthus x giganteus. European Journal of Agronomy, v. 6, p. I63 – 177, 1997.

LIMA, M. S. O.; REBELATTO, D. A. N.; SOUZA E SAVI , E. M. 2006. O papel das fontes renováveis de energia na mitigação da mudança climática, In: XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006.

MANSARAY, K.G.; GHALY, A.E. Thermal degradation of rice husks in nitrogen atmosphere. Bioresource Technology, v. 65, p.16–20, 1998.

MEDIC, D.; DARR, M.; POTTER, B.; SHAH, A. Effect of Torrefaction Process Parameters on Biomass Feedstock Upgrading, In: ASABE Annual International

Meeting, (Ed.) ASABE, Vol. Paper Number: 1009316, ASABE. David L.

Lawrence Convention Center, Pittsburgh, Pennsylvania, 2010, 20 a 23 de junho. MEDIC, D.; DARR, M.; SHAH, A.; RAHN, S. The Effects of Particle Size, Different

Corn Stover Components, and Gas Residence Time on Torrefaction of Corn Stover. Energies, v. 5, p. 1199-1214, 2012.

MME - MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Balanço energético nacional – BEN 2012. Ano base 2011: Rio de Janeiro, EPE, 2012. Disponível em: http://ben.epe.gov.br/. Acesso em 01/11/12.

MORAIS, R. F.; SOUZA, B.J.; LEITE, J.M;, SOARES, L.H.B. Elephant grass genotypes for bioenergy production by direct biomass combustion. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 44, n. 2, 2009.

NEVES, D.; THUNMAN, H.; MATOS, A.; TARELHO, L.; GÓMEZ-BAREA, A. Characterization and prediction of biomass pyrolysis products. Progress in Energy and Combustion Science, v. 37, p. 611-630, 2011.

NIK-AZAR, M.; HAJALIGOL, M.R.; SOHRABI, M.; DABIR, B. Mineral matter effects in rapid pyrolysis of beech wood. Fuel Processing Technology, v. 51, p. 7-17, 1997.

OAS AA, A.; SOLANTA STA, .; AR IAINEN, .; O ALA, E.; SI IL , K. Fast Pyrolysis Bio-Oils from Wood and Agricultural Residues. Energy & Fuels, v. 24, n. 2, p. 1380-1388, 2010.

42

ONAY, O., KOCKAR, O.M., Slow, fast and flash pyrolysis of rapeseed. Renewable Energy, v. 28, p. 2417-2433, 2003.

PEREZ, J. M. M., CORTEZ, L. A. B.; GOMEZ, E. O. Pirólise lenta unidimensional de uma grande partícula de capim elefante e bagaço de cana-de-açúcar em um reator de leito fixo. In: Encontro de energia no meio rural 4, 2002, Campinas. Proceedings

online. Disponível em:

<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC000000 0022002000200038&lng=en&nrm=abn>. Acesso em 15 de julho de 2012.

PRINS, M. J. Thermodynamic analysis of biomass gasification and torrefaction. 2005.

150 p. Tese (Doutorado)  Eindhoven : Technische Universiteit Eindhoven.

PRINS, M. J.; PTASINSKI,K.J.; JANSSEN, F.J.J.G. Torrefaction of wood: Part 2. Analysis of products. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, v. 77, n. 1, p. 35-40, 2006.

RAMOS E PAULA, L. E.; TRUGILHO, P. F.; NAPOLI, A.; BIANCHI, M. L. Characterization of residues from plant biomass for use in energy generation. Cerne, v. 17, n. 2, p. 237-246, 2011.

RAVEENDRAN, K.; GANESH, A.; KHILAR, K.C. Pyrolysis characteristics of biomass and biomass components. Fuel, v. 75, n. 8, p. 987–998, 1996.

RAVEENDRAN, K.; GANESH, A.; KHILART, K. C. Influence of mineral matter on biomass pyrolysis characteristics. Fuel, v. 74, n. 12, p. 1812-1822, 1995.

RODRIGUES, T.O.; ROUSSET, P. Effects of torrefaction on energy properties of Eucalyptus grandis wood. Cerne, v. 15, n. 4, p. 446-452, 2009.

ROUSSET, P. ; AGUIAR, C. ; LABBÉ, N. ; COMMANDRÉ, J-M. Enhancing the combustible properties of bamboo by torrefaction. Bioresource Technology, v. 102, n. 17, p. 8225–8231, 2011.

ROUSSET, P.; MACEDO, L.; COMMANDRÉ, J. M.; MOREIRA, A. Biomass torrefaction under different oxygen concentrations and its effect on the composition of the solid by-product. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, v. 96, p. 86–91, 2012.

ROWELL, R. M.; PETTERSEN, R.; HAN, J. S.; ROWELL, J. S.; TSHABALALA, M.A. Cell wall chemistry. In: Rowell, R.M. (ed), Handbook of Wood Chemistry and Wood Composites. Boca Raton: CRC Press, p. 35-72, 2005.

SANTOS, E. A.; SILVA, D. S.; QUEIROZ FILHO, J. L. Composição Química do Capim- Elefante cv. Roxo Cortado em Diferentes Alturas. Revista Brasileira de zootecnia, v. 30, n. 1, p. 18-23, 2001.

SCHWOB, Y.; BOURGEOIS, J. P. Le bois torréfié, réducteur d'avenir? Economie et forêt, v. xxxiv-6, p. 419-427, 1982.

43

SEYE, O.; CORTEZ, L. A. B.; GÓMEZ, E. O. Estudo cinético da biomassa a partir de resultados termogravimétricos. In: Proceedings of the 3º Encontro de Energia no Meio Rural, 2003, Campinas, Brasil.

SJÖSTRÖM, E. Wood chemistry: fundamentals and application. London: Academic Press, 293 p., 1993.

STREZOV, V.; EVANS, T. J.; HAYMAN, C. Thermal conversion of elephant grass (Pennisetum Purpureum Schum) to bio-gas, bio-oil and charcoal. Bioresource Technology, v. 99, p. 8394–8399, 2008.

TAPPI – TECHNICAL ASSOCIATION OF THE PULP AND PAPER INDUSTRY. Ash in Wood, Pulp, Paper and Paperboard: Combustion at 525 °C. T-211 om-93. TAPPI Test Methods. Atlanta: TAPPI Press,1996c.

TAPPI – TECHNICAL ASSOCIATION OF THE PULP AND PAPER INDUSTRY. Preparation of Wood for Chemical Analysis. T-264 om-88. TAPPI Test Methods. Atlanta: TAPPI Press, 1996a.

TAPPI – TECHNICAL ASSOCIATION OF THE PULP AND PAPER INDUSTRY. Solvent Extractives of Wood and Pulp. T-204 om-88. TAPPI Test Methods. Atlanta: TAPPI Press, 1996b.

TEMPLETON, D; EHRMAN, T. Determination of Acid-Insoluble Lignin in Biomass. Chemical Analysis and Testing Task. Laboratory Analytical Procedure 003. Midwest Research Institute, Kansas, 1995.

TUMULURU, J. S; SOKHANSANJ, S., CHRISTOPHER; WRIGHT, T; KREMER, T. GC Analysis of Volatiles and Other Products from Biomass Torrefaction Process, Advanced Gas Chromatography - Progress in Agricultural, Biomedical and Industrial Applications, 2012, Dr. Mustafa Ali Mohd (Ed.), ISBN: 978-953-51- 0298-4, InTech, Disponível em: http://www.intechopen.com/books/advanced-gas- chromatography-progress-in-agricultural-biomedical-and-industrial-

applications/gc-analysis-of-volatiles-and-other-products-from-biomass- torrefaction-process.

TUMULURU, J.S., SOKHANSANJ, S., HESS, R.J., WRIGHT, C.T. AND BOARDMAN, R.D. A review on biomass torrefaction process and product properties for energy applications. Industrial Biotechnology, v. 7, n. 5, p. 384-401, 2011.

VALE, A. T.; MENDES, R. M.; AMORIM, M. R. S.; DANTAS, V. F. S. Potencial energético da biomassa e carvão vegetal do epicarpo e da torta de pinhão manso (Jatropha curcas). Cerne, v. 17, n. 2, p. 267-273, 2011.

VAMVUKA, D.S.; SFAKIOTAKIS, V.T. Evaluation of production yield and thermal processing of switchgrass as a bio-energy crop for the Mediterranean region. Fuel Processing Technology, v. 91, p. 988–996, 2010.

VAN DER STELT, M.J.C.; GERHAUSER, H.; KIEL, J.H.A.; PTASINSKI, K.J. Biomass upgrading by torrefaction for the production of biofuels: A review. Biomass and Bioenergy, v. 35, p. 3748 – 3762, 2011.

44

VYAS, D.K.; SINGH, R.N. Feasibility study of Jatropha seed husk as an open core gasifier feedstock. Renewable Energy, v. 32, p. 512–517, 2007.

WANG, M.J.; HUANG, Y.F; CHIUEH, P.T.; KUAN, W.H.; LO, S.L. Microwave-induced torrefaction of rice husk and sugarcane residues. Energy, v. 37, p. 177-184, 2012. WANG, S.; GUO, X.; WANG, K.; LUO, Z. Influence of the interaction of components on

the pyrolysis behavior of biomass. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, v. 91, p. 183–189, 2011.

WANNAPEERA, J., FUNGTAMMASAN, B., WORASUWANNARAK, N. Effects of temperature and holding time during torrefaction on the pyrolysis behaviors of woody biomass. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, v. 92, p. 99-105, 2011.

WILD, P.J.; DEN UIL, H.; REITH, J.H.; KIEL, J.H.A.; HEERES, H.J. Biomass valorisation by staged degasification: A new pyrolysis-based thermochemical conversion. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, v. 85, p. 124–133, 2009.

YAMAN, S. Pyrolysis of biomass to produce fuels and chemical feedstocks. Energy Conversion and Management, v. 45, p. 651– 671, 2004.

YANG, H.; YAN, R.; CHEN, H.; ZHENG, C.; LEE, D. H.; LIANG, D. T. Influence of mineral matter on pyrolysis of palm oil wastes. Combustion and Flame, v. 146, p. 605–611, 2006a.

YANG, H.P.; YAN, R.; CHEN, H. P; ZHENG, C.G.; LEE, D. H. LIANG, D.T. In-depth investigation of biomass pyrolysis based on three major components: hemicellulose, cellulose and lignin. Energy Fuels, v. 20, n. 1, p. 388–393 , 2006. YOKOYAMA, S.; MATSUMURA, Y. (eds). The Asian Biomass Handbook – A guide

for biomass production and utilization. The Japan Institute of Energy, 326 p., 2008.

45

46

A ANÁLISE ESTATÍSTICA DA TABELA 4.4 (ANOVA)

A.1. Rendimentos dos subprodutos da torrefação (base seca) de seis biomassas de rápido

crescimento.

Biomassa

Rendimento em condensáveis

totais

Rendimento sólido Rendimento em gases não-condensáveis¹ Média DP CV (%) Média DP CV (%) Média DP CV (%) Bambu 32,66 d 1,56 4,76 46,27 d 1,73 3,74 21,07 bc 1,32 6,25 Bagaço de cana 28,04 c 1,26 4,51 50,59 bc 2,55 5,04 21,37 b 2,45 11,4 7 Capim elefante 27,67 c 1,30 4,68 54,19 b 1,93 3,56 18,14 cd 0,74 4,07 Casca de Pinhão-manso 26,23 c 1,28 4,87 47,46 cd 1,28 1,14 26,31 a 1,73 6,56 Eucalipto 23,64 b 0,99 4,19 62,42 a 2,58 4,13 13,94 e 1,78 12,79 Casca de arroz 20,23 a 0,73 3,62 63,15 a 1,40 2,21 16,63 de 1,09 6,58 ¹ Obtido por diferença. Médias seguidas pela mesma letra em cada coluna não diferem estatisticamente a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

DP: desvio padrão; CV: coeficiente de variação.

A.2. Anova do rendimento em condensáveis.

A.3. Anova do rendimento sólido.

A.4. Anova do rendimento em gases não-condensáveis

47

B ANÁLISE ESTATÍSTICA DA TABELA 4.4 (TESTE DE TUKEY)

B.1. Teste de Tukey para rendimento em condensáveis.

B.2. Teste de Tukey para rendimento sólido e rendimento em gases não condensáveis.

Em que * = contraste entre as médias significativo a 5% de probabilidade (P-valor<0,05). CA: casca de arroz; VM: eucalipto; PM: casca de pinhão-manso; CE: capim elefante; BC:

48

C MATRIZ DE CORRELAÇAO PEARSON COM TODAS AS VARIÁVEIS ANALISADAS

RC¹ CZ MV CF C H N O O/C LIG EXT HOL

RC¹ 1 -0,642 0,631 0,070 0,258 0,024 -0,190 -0,165 -0,215 -0,490 0,629 0,825* CZ 1 -0,965* -0,177 -0,766 0,163 0,384 0,511 0,648 -0,089 -0,574 -0,895* MV 1 -0,087 0,608 -0,365 -0,499 -0,313 -0,465 0,030 0,554 0,886* CF 1 0,631 0,753 0,415 -0,765 -0,718 0,227 0,100 0,075 C 1 0,319 0,036 -0,903* -0,973* 0,352 0,545 0,601 H 1 0,889* -0,680 -0,522 -0,294 0,340 0,015 N 1 -0,458 -0,266 -0,476 0,269 -0,124 O 1 0,978* -0,111 -0,592 -0,475 O/C 1 -0,229 -0,584 -0,548 LIG 1 -0,421 -0,341 EXT 1 0,804 HOL 1

Em que * = significativo a 5% de probabilidade.

RC: Rendimento em condensáveis totais (%); CZ: teor de cinzas (%); MV: materiais voláteis (%), CF: carbono fixo (%); C: carbono (%); H: hidrogênio (%); N: nitrogênio; O: oxigênio; O/C: razão O/C; LIG: lignina total (%); EXT: extrativos solúveis em etanol tolueno (%); HOL: holocelulose (%) Teor de Holocelulose;

49

D MATRIZ DE CORRELAÇAO PEARSON COM TODAS AS VARIÁVEIS ANALISADAS (SEM A MADEIRA

DE EUCALIPTO)

RC¹ CZ MV CF C H N O O/C LIG EXT HOL

RC¹ 1 -0,937* 0,925* 0,079 0,521 -0,156 -0,476 -0,246 -0,371 -0,426 0,614 0,890* CZ 1 -0,956* -0,190 -0,696 -0,072 0,171 0,483 0,584 0,606 -0,749 -0,982* MV 1 -0,107 0,488 -0,187 -0,327 -0,257 -0,363 -0,730 0,727 0,972* CF 1 0,724 0,867 0,516 -0,777 -0,762 0,389 0,105 0,074 C 1 0,749 0,460 -0,954* -0,985* -0,166 0,753 0,670 H 1 0,854 -0,899* -0,842 0,224 0,295 0,046 N 1 -0,704 -0,605 -0,006 0,208 -0,115 O 1 0,991* 0,099 -0,650 -0,475 O/C 1 0,132 -0,704 -0,568 LIG 1 -0,506 -0,705 EXT 1 0,827 HOL 1

Em que * = significativo a 5% de probabilidade.

RC: Rendimento em condensáveis totais (%); CZ: teor de cinzas (%); MV: materiais voláteis (%), CF: carbono fixo (%); C: carbono (%); H: hidrogênio (%); N: nitrogênio; O: oxigênio; O/C: razão O/C; LIG: lignina total (%); EXT: extrativos solúveis em etanol tolueno (%); HOL: holocelulose (%) Teor de Holocelulose;

Documentos relacionados