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O primeiro modo domina as correntes paralelas, nos três níveis amostrados e as correntes normais, nos dois primeiros níveis, explicando mais do que 77% da variância observada

Em P1, o primeiro modo chega a explicar quase 72% da variância das correntes normais,

no nível mais profundo. Esse modo tem caráter barotrópico, com pequenas variações em

direção ao fundo. As correntes normais do nível mais profundo, em V1, O1 e I1, são

dominadas pelo primeiro e segundo modos. Este último se assemelha ao primeiro modo

baroclínico. Em V2, 66% da energia dessas correntes é explicada pelo primeiro modo e a

Capítulo 3 – Análise dos Resultados

porcentagem restante, fica dividida entre o segundo e terceiro modos, sendo este,

semelhante ao segundo modo dinâmico baroclínico. Para cada componente, somando-se as

contribuições do primeiro e segundo modos empíricos, mais do que 95% da energia

associada aos níveis de 30 e 91 m pode ser explicada e mais do que 89%, para o nível de

58 m, pois o terceiro modo tem maior importância nessa profundidade, relativamente às

outras.

3.4.2 Fundeio C2

Neste fundeio, não foi considerado o nível mais raso no inverno/93, devido à ausência de

dados e o nível de 127 m, na primavera/93, em razão da predominância de lacunas. A

porcentagem de variância explicada por cada um dos modos e as amplitudes dos

autovetores, para as quatro profundidades amostradas neste fundeio estão nas Figuras 3.45

a 3.49.

Para a componente V da velocidade de corrente, paralela à isobatimétrica, o primeiro modo

domina a variância dos dados originais nos três primeiros níveis. A porcentagem dessa

variância explicada por aquele modo é maior que 78%, em cada um dos três níveis. Sendo

esse modo ligeiramente mais importante para a profundidade de 74 m, onde explica mais

do que 90% da variabilidade. O segundo modo explica a maior parte da variância dos dados

do nível mais profundo, em V1, P1 e V2, contribuindo para mais de 61% da energia deste

nível. Em O1 e I1, a influência do segundo modo é um pouco menos destacada; ele explica,

respectivamente, 34% e 39% da variância da maior profundidade, nessas estações. A

contribuição do terceiro modo é notável no nível de 127 m, mas ele não explica mais do

que 12% da variabilidade. Em P1, estação na qual esse nível não foi estudado, o terceiro

modo explica a maior parte da variância da menor profundidade. O quarto modo não está

representado nas figuras e contribui com menos de 2% da variância de todos os registros da

velocidade paralela.

Capítulo 3 – Análise dos Resultados

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Figura 3.45 – Funções empíricas ortogonais (EOF) para os dados correntográficos do fundeio C2

no período do verão de 1993 (V1). As figuras da esquerda são para a componente do vetor

velocidade paralela à batimetria (V) e as da direita, para a componente normal (U). As figuras

superiores indicam a porcentagem da variância explicada por cada um dos modos (M1, M2, M3) e

as inferiores, a amplitude do autovetor em unidades arbitrárias.

Capítulo 3 – Análise dos Resultados

Figura 3.46 – Funções empíricas ortogonais (EOF) para os dados correntográficos do fundeio C2

no período do outono de 1993 (O1). As figuras da esquerda são para a componente do vetor

velocidade paralela à batimetria (V) e as da direita, para a componente normal (U). As figuras

superiores indicam a porcentagem da variância explicada por cada um dos modos (M1, M2, M3) e

as inferiores, a amplitude do autovetor em unidades arbitrárias.

Capítulo 3 – Análise dos Resultados

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Figura 3.47 – Funções empíricas ortogonais (EOF) para os dados correntográficos do fundeio C2

no período do inverno de 1993 (I1). As figuras da esquerda são para a componente do vetor

velocidade paralela à batimetria (V) e as da direita, para a componente normal (U). As figuras

superiores indicam a porcentagem da variância explicada por cada um dos modos (M1, M2, M3)

e as inferiores, a amplitude do autovetor em unidades arbitrárias.

Capítulo 3 – Análise dos Resultados

Figura 3.48 – Funções empíricas ortogonais (EOF) para os dados correntográficos do fundeio C2

no período da primavera de 1993 (P1). As figuras da esquerda são para a componente do vetor

velocidade paralela à batimetria (V) e as da direita, para a componente normal (U). As figuras

superiores indicam a porcentagem da variância explicada por cada um dos modos (M1, M2, M3) e

as inferiores, a amplitude do autovetor em unidades arbitrárias.

Capítulo 3 – Análise dos Resultados

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Figura 3.49 – Funções empíricas ortogonais (EOF) para os dados correntográficos do fundeio C2 no

período do verão de 1994 (V2). As figuras da esquerda são para a componente do vetor velocidade

paralela à batimetria (V) e as da direita, para a componente normal (U). As figuras superiores

indicam a porcentagem da variância explicada por cada um dos modos (M1, M2, M3) e as inferiores,

a amplitude do autovetor em unidades arbitrárias.

Capítulo 3 – Análise dos Resultados

As amplitudes do modo 1, em geral, diminuem com a profundidade. Em P1 e V2 sua

amplitude aumenta entre 31 e 74 m, para depois diminuir. Em O1, há um aumento entre 74

e 127 m. O primeiro modo não muda de sinal entre os quatro níveis amostrados. As

amplitudes do segundo modo são máximas, em módulo, no nível mais profundo, em todas

as estações sazonais. Essas amplitudes sofrem uma mudança de sinal entre os níveis de 74 e

127 m. O terceiro modo tem maiores amplitudes na profundidade de 127 m. Em cada

estação, nas profundidades extremas amostradas, as amplitudes do terceiro modo

apresentam o mesmo sinal, que é oposto aquele do nível de 127 m. As amplitudes do

terceiro modo, portanto, trocam de sinal duas vezes: em V1 e O1, entre 31 e 74 m e depois

entre 127 e 190 m; em I1, entre 74 e 127 m e depois entre esta profundidade e 190 m; em

P1, entre 31 e 74 m e entre esta profundidade e 190 m e em V2, entre 74 e 127 m e

novamente entre 127 e 190 m.

Em relação às correntes normais à batimetria, a contribuição do primeiro modo é mais

importante para a variância dos dados dos dois níveis mais rasos, com exceção de I1. Nas

outras estações, aquele modo explica mais do que 83% da energia de cada um desses

níveis. O primeiro modo também explica a maior fração da variância no nível de 127 m,

nessas estações, contribuindo com 69% a 77% da variância dos dados originais. O segundo

modo é mais importante no nível mais profundo, explicando mais do que 66% da energia

deste nível, em O1 e V2 e mais do que 38%, em V1 e P1. A contribuição do terceiro modo

para a variabilidade das correntes normais é destacada à 74 m, em P1 e à 127 m, nas demais

estações. A porcentagem da variância explicada por esse modo é maior que 10% em todas

elas, sendo superior a 55% em I1. Nesta estação, o padrão apresentado pelos dois primeiros

modos e diferente daquele das outras estações: o primeiro modo é mais importante no nível

mais profundo, explicando mais de 94% da variância e o segundo modo contribui para mais

de 56% da energia do nível de 74 m, quase todo o restante da energia deste nível é

explicado pelo primeiro modo. O quarto modo não está representado e explica no máximo

4% da variância de todos os registros de velocidade.

O comportamento das amplitudes dos três modos é semelhante àquele observado para a

componente paralela. As exceções ocorrem em I1. Nesta estação, a amplitude do modo 1

Capítulo 3 – Análise dos Resultados

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