Mapa 8 – Susceptibilidade à desertificação
4 OS SISTEMAS AMBIENTAIS DA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIACHO
4.5 Cristas residuais e inselbergs
Menor unidade representativa dos sistemas ambientais da sub-bacia. Esta unidade compreende as cristas resíduas e inselbergs, com uma área de 5,9 km² (0,8%).
Esse sistema ambiental é caracterizado pela ocorrência de níveis altimétricos mais elevados, a destacar a Serra da Santa Marta, inselberg que rompe a monotonia da depressão sertaneja e as cristas residuais que se situam no extremo oeste da bacia.
Os níveis altimétricos nessas áreas estão em torno 240 metros, com a ocorrência de Neossolos Litólicos associados aos afloramentos rochosos. A vegetação é composta predominantemente por uma caatinga arbustiva aberta.
Pelo difícil acesso e as condições ambientais desfavoráveis em relação aos sistemas ambientais anteriores, este último é pouco utilizado, apresentando limitações para as atividades agroextrativistas.
Figura 38: Inselberg representado pela Serra da Santa Marta, município de Morada Nova.
Características naturais
dominantes Capacidade de suporte Impactos e ricos de ocupação
Depressão Sertaneja com predominância de rochas metamórficas do Pré- Cambriano representadas pelo Complexo Jaguaretama. Superfície moderadamente dissecada, com ocorrência de sulcos de erosão nas áreas de maior declividade. Padrão de drenagem subdendrítico e dendrítico, com rios intermitentes sazonais. Há ocorrência de associação de Neossolos Litólicos, Planossolos, Luvissolos, Neossolos Regolíticos e Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico com vegetação de caatinga arbustiva aberta.
Potencialidades Limitações Ecodinâmica Áreas susceptíveis ao
avanço da desertificação em decorrência dos condicionantes naturais e de
uso e ocupação; riscos de processos erosivos em detrimento de técnicas rudimentares no trato do solo; degradação intensa dos
solos e da cobertura vegetal. Agropecuária;
pecuária extensiva; extrativismo vegetal
controlado; agricultura irrigada com
baixa intensificação ao solo. Solos rasos; afloramentos rochosos frequentes; irregularidade pluviométrica; escassez de recursos hídricos; susceptibilidade a desertificação. Ambiente de transição com tendência à instabilidade.
Quadro 7: Sistema ambiental: sertões moderadamente dissecados de Jaguaretama
Características naturais
dominantes Capacidade de suporte Impactos e ricos de ocupação
Depressão Sertaneja esculpida em rochas metamórficas do Pré- Cambriano representadas pelo Complexo Jaguaretama e graníticas na suíte granitoide itaporanga. Superfície aplainada por processos de pediplanação, com caimento topográfico para os fundos de vale. Padrão
de drenagem
subdendrítico e dendrítico, com rios intermitentes sazonais. Associação dos Neossolos Litólicos e
Planossolos com
vegetação de caatinga arbustiva aberta.
Potencialidades Limitações Ecodinâmica Áreas susceptíveis ao
avanço da desertificação em decorrência dos condicionantes naturais e de uso e ocupação; riscos de processos erosivos em
detrimento de técnicas rudimentares no trato do solo; degradação intensa
dos solos e da cobertura vegetal.
Agropecuária; pecuária extensiva; extrativismo vegetal
controlado; agricultura irrigada com
baixa intensificação ao solo. Solos rasos a medianamente profundos; afloramentos rochosos frequentes; irregularidade pluviométrica; escassez de recursos hídricos; susceptibilidade a desertificação. Ambiente de transição com tendência a instabilidade. Quadro 8: Sistema ambiental: sertões pediplanados de Morada Nova
Características naturais
dominantes Capacidade de suporte Impactos e ricos de ocupação
Áreas onde prepondera o acúmulo de sedimentos aluviais. Calhas fluviais com ocorrência de associação de Neossolos Flúvicos e Planossolos com fertilidade média natural à alta, favorecendo a instalação da agricultura de subsistência.
Susceptíveis a
inundações sazonais são caracterizadas pelas matas ciliares de carnaubais (Copernicia prunifera).
Potencialidades Limitações Ecodinâmica Degradação da mata ciliar
de carnaúba, desencadeando processos erosivos e assoreamento do leito dos
rios; poluição dos recursos hídricos; Inundações em períodos de cheias excepcionais. Agroextrativismo; agropecuária; recursos hídricos; mineração controlada; agricultura irrigada; atividades de lazer.
Restrições legais, com implicações para a preservação da mata ciliar; drenagem imperfeita dos solos; encharcamento sazonal; salinização dos solos e expansão urbana.
Ambiente de transição com tendência a
instabilidade.
Quadro 9: Sistema ambiental: Planícies ribeirinhas e áreas de inundação sazonal
Características naturais
dominantes Capacidade de suporte Impactos e ricos de ocupação
Superfície plana e suave ondulada, composta de sedimentos argilo- arenosos e areno- argilosos do Cenozoico (Tércio-quaternário). Padrão de drenagem subdendrítico, onde predomina o Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico, fertilidade natural média a baixa com ocorrência de caatinga arbustiva arbórea e vegetação de tabuleiro, com destaque para o cajueiro (Anacardium occidentale).
Potencialidades Limitações Ecodinâmica Alta descaracterização da
vegetação subcaducifólia de tabuleiro; riscos de poluição dos recursos hídricos; mineração descontrolada. Agroextrativismo; expansão urbana; agropecuária; mineração controlada; agricultura irrigada; águas subterrâneas.
Baixa fertilidade dos solos; deficiência hídrica
na estação seca.
Ambiente estável com tendência à instabilidade.
Quadro 10: Sistema ambiental: Tabuleiros interiores com coberturas colúvio-eluviais detríticas
Características naturais
dominantes Capacidade de suporte Impactos e ricos de ocupação
Superfície dissecada, resultante dos processos de erosão diferencial com
ocorrência de
afloramentos rochosos associados aos Neossolos Litólicos.
Potencialidades Limitações Ecodinâmica Áreas com pouco
desenvolvimento de solos (alta morfogênese); riscos de movimentos de massa com ocupações desordenadas; baixa disponibilidade de recursos hídricos. Áreas de proteção
ambiental; Ecoturismo. produtividade; declives Áreas com baixa acentuados; solos com pouco desenvolvimento.
Ambientes instáveis
Fonte: Lira e Costa (2013). rosa
5 OCUPAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA REGIÃO