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¾ anterior a 3000 a. C. - Trabalhos com tingimento natural na China antiga.

¾ 3000 a.C. - Uso de madder (Rubia tinctória – planta perene da família das Rubiáceas de origem asiática da qual se extrai corante vermelho) identificado em trajes de algodão na Índia.

¾ 2640 a.C. - A descoberta da seda pela imperatriz chinesa Hish-Ling-Shi, ocasionou o desenvolvimento de técnicas de tingimento desta fibra.

¾ 2500 a.C. - A Índia já domina a tinturaria e a estamparia. O índigo (Indigofera tinctória – planta da família das leguminosas que produz corante azul) colore roupas em Tebas, no Egito.

¾ 2000 a.C. - Egípcios alquimistas já combinam sais metálicos para usa-los como fixador, a fim de tornar suas cores permanentes. No Peru, a civilização Chavin, que deu origem ao povo Inca, já utiliza lãs de alpacas, lhamas, vicunhas e possuem um vasto conhecimento sobre o uso de corantes naturais.

¾ 1600 – 1450 a.C. - É utilizado o corante púrpura extraído de um caracol do mar mediterrâneo (Murex sp), na ilha de Creta.

¾ 1500 – 638 a.C. - O corante púrpura, Tyrian Purple, é extraído pelos fenícios de um caracol marinho (gastrópode), o Murex sp, do mediterrâneo, sendo necessárias dez mil conchas para produzir um grama de corante púrpura. Foi o mais caro de todos os corantes da antiguidade.

¾ 331 a.C. - Alexandre magno conquista Susa, capital da Pérsia e encontra na câmara do tesouro do palácio real uma grande quantidade de fardos de tecidos tintos com uma luminosa cor púrpura.

¾ 100 a.C. - Tecidos Egípcios em linho estampado representam Ísis e seu esposo Osíris (deus da fertilidade e pai de Hórus, o deus sol) nas cores negro, roxo e verde, obtidas de raízes, óxidos e malaquita.

¾ 1 – 100 d.C. - Afrescos das cavernas de Ajanta, na Índia, mostram o uso de corantes naturais.

¾ 300 - Numa lista de preços pertencente ao Imperador Diocleciano é possível constatar que o preço dos tecidos tingidos em púrpura é 20 vezes mais alto que o preço dos tecidos não tintos.

¾ 300 – 700 - Pode ser encontrada em várias regiões do mundo uma notável coleção de tecidos com muitas cores e freqüentemente enriquecidos com fios de ouro e prata.

¾ 1170 - Fundado em Londres o grêmio dos tintureiros.

¾ 1400 - Inicia-se o transporte regular de corantes da Ásia para Europa por rotas terrestres.

¾ 1480 - Vasco da Gama contorna a África por mar e chega até a Índia, consolidando a rota marítima do comércio de corantes naturais.

¾ 1500 - Espanhóis chegam á América e encontram entre os Astecas, Maias e Incas, produtos têxteis de alta qualidade tingidos com o vermelho extraído da cochonilha.

¾ 1548 - O escritor Giaventura Rosetti, de Veneza, Itália, publica o primeiro livro completo sobre corantes naturais, chamado Plictha De L´arte De Tentori Che Insegne Tenget Pani

Telle Bambasi Et Sede Si per L´arta Magiore Come Per La Comune.

¾ 1678 - Criado em Amersfort, nos países baixos, uma instituição para estudo dos corantes naturais e tingimento do algodão.

¾ 1700 - Registra-se a existência de aproximadamente 20 corantes utilizados nos tingimentos, entre os quais rúbia, cochonilha, açafrão, urucum, lírio dos tintureiros, pau- brasil, curcuma, pau-campeche e índigo.

¾ 1750 - Uma fazendeira norte-americana, Eliza Lucas Pinckney, da Carolina do Sul, organiza a produção de índigo natural, chegando a exportar 600 toneladas para Europa no ano de 1773.

¾ 1800 – 1900 Cultiva-se índigo na Índia, do qual são exportados aproximadamente 19 mil toneladas entre 1896 e 1897.

¾ 1856 - O químico inglês Sir William Perkin (1838-1907) descobre o primeiro corante sintético, a malveína, obtida por oxidação da anilina com bicromato de potássio, base de novas investigações que levaram ao crescimento da indústria de compostos orgânicos.

¾ 1856-1897 - Os químicos alemães Karl Graebe e Karl Liebermann, criaram em 1869, a alizarina sintética, cristais laranja avermelhados, componente usado para produzir corantes. O químico Adolf Von Bayer, em colaboração com a BASF (Badische Aniline

Soda Fabrik), produz o índigo sintético. O produto é introduzido no mercado em 1897.

¾ 1900 -Os corantes sintéticos dominam o mercado das indústrias têxteis no século XX.

¾ 1968 - Os movimentos ecológicos começam a questionar o uso indiscriminado de corantes sintéticos e produtos auxiliares químicos.

¾ 1990 - Estados unidos, Inglaterra e França criam lei proibindo o uso de corantes químicos em alimentos e cosméticos. Dinamarca, Japão, Estados Unidos e França

o sistema de qualidade total na indústria mundial, o qual se inclui o código ISO 14000 para classificar produtos e processos de produção ecologicamente corretos. Na Europa e Estados Unidos são adotados selos verdes para diferenciar tais produtos.

¾ 1992 - É realizada no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas para o Meio- Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável (ECO 92).

A história dos corantes naturais é bastante antiga e podemos afirmar que o declínio começou a partir de 1900 quando se constatou que os corantes sintéticos dominavam a indústria têxtil, porém segundo (Lobato; Maldonado; Peréz, 2001) nos últimos 10 anos o uso dos corantes naturais foi incrementado em âmbito mundial de forma quase explosiva, devido a exigência do seu uso nas industrias alimentícias, farmacêuticas e cosméticas.

Santos; Rodrigues; Santos (2000) extraíram o corante das sementes de urucum utilizando éter etílico e posterior lavagem do corante com hexano, obtendo-se assim em torno de 4% do corante em pó finamente dividido. O corante em pó foi aplicado no tingimento de malha de algodão 100%, em banho maria agitado (Komak), utilizando-se uma solução com o corante, carbonato de sódio e cloreto de sódio a ebulição por 25 minutos. As amostras tintas foram submetidas à análise para verificação da solidez do corante a lavagem doméstica e industrial segundo a norma da American Association of Textile Chemist and Colorist (AATCC) Test Method 61. O resultado foi solidez 4, o que corresponde a uma solidez muito boa em se tratando de um corante natural.

Chagas et al. (2002) tingiram malha de algodão 100%, em Shaker (Dubnoff modelo 304) a 60oC, utilizando uma solução 0,1 mol/L de NaOH contendo 0,18g/l de norbixina. Neste processo a mordentagem com aluminato de sódio (NaAlO4) foi prévia e simultânea, e os tempos de tingimento foram 0,5, 2,0 e 5,0 horas. Segundo os autores, a mordentagem simultânea foi a que proporcionou a maior exaustão no banho e não houve alteração de cor pelo uso do mordente.

Ferreira (2001) extraiu o corante das sementes de urucum utilizando uma solução 1,25% de hidróxido de potássio KOH, sob agitação, a 65oC por 45 minutos. Após filtração foi obtido um extrato alcalino de norbixato de sódio, que foi neutralizado com solução de ácido clorídrico 1N, resultando numa solução aquosa de norbixina. A esta solução foram adionados 10% P/V de ácido cítrico e realizados vários tingimentos de fibras de curauá, que em seguida foram submetidas a fotodegradação e posteiror quantificação da bixina retida. A autora concluiu que a utilização do ácido cítrico retarda a degradação do corante sobre a fibra.

CAPÍTULO 4

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