II – A Família do doente em fim de vida (DFV) e a prestação de cuidados de enfermagem
4- OS CSP e o cuidar da família do DF
A OMS, tem vindo a evidenciar a importância da implementação da metodologia de trabalho que promova a atenção na família, assente na efetividade, integralidade e na acessibilidade aos serviços de saúde.
Na sua opinião, qual o papel do enfermeiro de saúde familiar /CSP nos cuidados prestados à família, e na parceria dos cuidados prestados por este, ao DFV, no domicílio?
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Documento de Recolha de dados
Guião da Entrevista
I – Caracterização sócio demográfica dos entrevistados
6. Sexo Masculino Feminino x 7. Idade 31 8. Habilitações académicas Bacharelato Licenciatura x Especialização designação __________________________ Mestrado designação __________________________ Doutoramento designação __________________________ 9. Formação em Cuidados Paliativos
Sim designação ______________________ Não x
10. Tempo de exercício profissional em CSP 0 – 9 x
10 – 19 20 – 29 30
II – A Família do doente em fim de vida (DFV) e a prestação de cuidados de
enfermagem
167 Tendo como premissa a definição de Família, segundo a CIPE (2002), « conjunto de seres humanos considerados como unidade social ou todo coletivo composto de membros unidos por consanguinidade, afinidades emocionais ou relações legais, incluindo pessoas significativas» :
1 – A Família como prestadora de cuidados, no domicílio
Como vê o papel da família, nos cuidados prestados ao DFV?
A família tem um papel fulcral na prestação de cuidados ao doente terminal, mas sobretudo há que compreender e avaliar também as necessidades sentidas pelas famílias, devendo esta ser entendida como uma unidade receptora de cuidados, para que ela própria desempenhe eficazmente a sua função fulcral de prestadora de cuidados. Há que ter em conta: a forma como a doença afecta os membros da família; relação entre membros da família; relação da família com a equipa de saúde; Informação dada ao sistema familiar; decisão sobre cuidados de saúde dos outros membros familiares; nível de instrução dos membros da família; informação que a família precisa ou quer; membros envolvidos na tomada de decisões; respostas do sistema familiar, reacções da família; influência do comportamento da família no doente e do doente na família.
2- Intervenções de enfermagem no Cuidar a família
Na sua Opinião, quais as intervenções do enfermeiro, no acompanhamento da família do DFV, no domicílio?
Encorajamento das interacções entre enfermeiro – família com uma relação de confiança, para que estas saibam, em situação de crise, a quem poderão recorrer; Fomentar a aptidão da família para obter informação através do próprio familiar, bem como do profissional de saúde, levando esta a uma melhor aceitação da doença; Escutar os sentimentos, preocupações e perguntas da família mostrando disponibilidade para uma escuta activa;
Responder às perguntas da família ou ajudá-la a obter respostas, devem também ser explicadas as causas, consequências e evolução da situação, bem como os procedimentos e técnicas para que a família cuide do seu familiar;
Informar regularmente sobre a situação de saúde do doente, caso este concorde com tal facto, mas ter sempre em atenção que não se deve dar informação precipitada. Na informação é necessário que o enfermeiro e a restante equipa, incluído a família não façam uma “conspiração de silêncio” em redor do doente, pois muitas vezes o silêncio
168 é a confirmação das suspeitas do doente em relação ao diagnóstico, aumentando o seu receio face ao que não lhe é transmitido verbalmente;
Promover estratégias para normalizar a vida da família, incluído sentimentos e emoções de forma a encontrar o melhor processo de adaptação e assim ter uma maior disponibilidade para o doente;
Valorizar os pontos fortes da família como cuidadora, assumindo o reforço positivo como um incentivo a uma continuidade e qualidade dos cuidados;
Mostrar disponibilidade total para o contacto aquando necessário, através do fornecimento do número de telefone, muitas vezes o recurso mais útil para a resolução de problemas no imediato.
3- Identificação de Necessidades/ dificuldades na prestação de cuidados à família do DFV
Quais são para si, as necessidades/ dificuldades que sente, ao prestar cuidados à família do DFV?
Nesta área, o enfermeiro deve ter em conta as crenças e valores da família sobre a saúde, bem como, as limitações financeiras e os recursos disponíveis para prestar cuidados à família.
Mas, para mim o factor emocional é, sem dúvida, o factor primordial.
Sinto necessidade de formação nesta área para poder então, estar preparada e
progredir na minha actuação, pois o enfermeiro tem um papel fundamental no apoio e seguimento do luto, em que este não é apenas uma reacção emocional, é também uma experiência física, intelectual, social e espiritual.
4- OS CSP e o cuidar da família do DFV
A OMS, tem vindo a evidenciar a importância da implementação da metodologia de trabalho que promova a atenção na família, assente na efectividade, integralidade e na acessibilidade aos serviços de saúde.
Na sua opinião, qual o papel do enfermeiro de saúde familiar /CSP nos cuidados prestados à família, e na parceria dos cuidados prestados por este, ao DFV, no domicílio?
O enfermeiro assume aqui um papel muito importante, pois tem a responsabilidade de potenciar a comunicação e as relações interpessoais existentes, com a finalidade de procurar compreender a pessoa/família, para os auxiliar a obter uma adaptação mais eficaz, face aos recursos de que dispõem.
169 Uma correcta e completa avaliação das necessidades da família do doente em fase terminal, em contexto domiciliário é fulcral para uma adequada intervenção, em que o enfermeiro assume o papel de pivot nesta equipa, sendo ele muitas vezes o elemento mais próximo da família, tendo em conta a sua globalidade de cuidados.
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