E ADOLESCENTES”
No ano de 2006, o curso de formação constituiu-se de uma etapa a distância, composta por uma carga horária de 60 horas, e outra presencial, composta por uma carga de no mínimo 20 e no máximo 40 horas, nos 96 municípios participantes do projeto. A etapa a distância foi desenvolvida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o apoio da Coordenação Nacional do projeto.
Após a distribuição das vagas e o processo de inscrição, coordenados pela UFSC, cada aluno recebeu o material didático em formato impresso e digital. O material foi constituído por um livro intitulado “Formação de Educadores(as) – subsídios teórico- conceituais para compreensão da violência contra crianças e adolescentes” e por uma fi ta VHS.
A UFSC foi responsável por encaminhar os relatórios de acompanhamento do curso à Coordenação Nacional e às universidades conveniadas, bem como pela articulação com as Pró-Reitorias de Extensão das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) e Universidades Estaduais (UE), a fi m de subsidiá-las na execução da formação presencial.
Para o desenvolvimento da formação presencial, as universidades federais e estaduais conveniadas encaminharam seus Projetos de Curso à Secad/MEC, os quais continham a base teórica da proposta pedagógica, a ementa dos conteúdos a serem ministrados, a proposta metodológica e o planejamento didático das unidades.
Os conteúdos foram desenvolvidos conforme a particularidade das linhas de pesquisa de cada universidade, consideradas as especifi cidades geográfi cas e culturais locais, contemplando campos de estudo de diferentes áreas: Psicologia, Direito, Serviço Social, Direitos Humanos, Ciências Sociais, entre outras. O curso previu, ainda, um instrumental específi co para que os cursistas pudessem realizar o mapeamento da Rede de Proteção Local e se familiarizar com os procedimentos de notifi cação e encaminhamento dos casos suspeitos ou confi rmados de violência.
Após aprovar os projetos, a Secad/MEC repassou o recurso previsto para cada universidade para produção e reprodução de material didático-pedagógico oferecido às turmas presenciais, as quais deveriam conter, no máximo, 30 alunos.
RESULTADOS
De outubro de 2004 a outubro de 2005, foi desenvolvida a fase piloto do projeto, que contemplou três capitais – Recife (PE), Fortaleza (CE) e Belém (PA) – e foi realizada em parceria com a organização não-governamental Hathor.
Em 2006, o Projeto foi expandido para 12 estados conveniados com o Programa de Ações Integradas Referenciais de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual Comercial (Pair), além de 5 estados que, junto com o Distrito Federal, desenvolvem o Programa Escola Aberta, totalizando 18 Unidades Federadas e 96 municípios conforme o quadro abaixo:
Estados contemplados Municípios
atingidos Universidades parceiras
Conveniados com o Pair
AM 1 Univ. Federal do Amazonas AC 1 Univ. Federal do Acre AP 1 Univ. Federal do Amapá CE 1 Univ. Federal do Ceará MA 1 Univ. Federal do Maranhão
PA 1 Univ. Federal do Pará PB 2 Univ. Federal da Paraíba
Univ. Estadual da Paraíba PR 5 Univ. Federal do Paraná RN 1 Univ. Federal do Rio Grande do Norte
Conveniados com o Escola Aberta
DF Univ. de Brasília
ES 5 Univ. Federal do Espírito Santo MG 8 Univ. Federal de Minas Gerais
PE 22 Univ. Federal de Pernambuco Univ. Estadual de Pernambuco RJ 18 Univ. Federal do Rio de Janeiro RS 22 Univ. Federal do Rio Grande do Sul
Conveniados com o Pair e o
Escola Aberta
BA 3 Univ. Federal da Bahia Univ. de Feira de Santana MS 2 Univ. Federal do Mato Grosso do Sul
Univ. Estadual do Rio Grande do Sul RR 2 Univ. Federal de Roraima
A formação ocorreu entre maio e dezembro de 2006, com a inscrição de 7.197 cursistas. Destes, 4.416 concluíram o curso, o que representa o aproveitamento real e desempenho satisfatório de 61%, benefi ciando a, aproximadamente, 88.200 alunos.
Como forma de possibilitar o aperfeiçoamento do modelo e a sustentabilidade do Projeto, a formação realizada em 2006 foi objeto de um processo de avaliação conduzido pela Secad/MEC. Entre os objetivos dessa avaliação estava a análise do desenho e de sua implementação, tendo por referência as necessárias mudanças no trabalho das escolas em relação à temática. As conclusões desse estudo permitirão o redesenho do curso para as suas próximas versões, a fi m de que sejam alcançados patamares cada vez mais elevados de desempenho, otimizando sua efi cácia e efetividade.22
22 O relato desse processo está descrito de forma detalhada no livro Diversidade na Educação: experiências de formação continuada de professores (MENDONÇA; TELES, no prelo).
Anotações
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