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O Curso Técnico Integrado de Comércio na Modalidade EJA do IFRN Campus Natal Zona Norte

No documento Dissertação de mestrado. (1.493Mb) (páginas 33-37)

1.2 CONSTRUTO DA PESQUISA: O LÓCUS, OS SUJEITOS E O CURSO INVESTIGADO

2.3.3 O Curso Técnico Integrado de Comércio na Modalidade EJA do IFRN Campus Natal Zona Norte

Cabe contextualizar preliminarmente que os cursos técnicos integrados na modalidade EJA no âmbito do IFRN são organizados de forma a promover a elevação da escolaridade do estudante, conforme preconiza o decreto de criação do PROEJA. Nesse sentido, o art. 39 da Organização Didática do IFRN dispõe que os cursos técnicos de nível médio na modalidade EJA sejam destinados a portadores de diploma de Ensino Fundamental completo com idade mínima de 18 anos, tendo como objetivo promover uma formação ao cidadão que contribua para a verticalização do ensino e que também o qualifique para o mundo do trabalho.

O Curso de Técnico Integrado em Comércio na Modalidade EJA começou a ser ofertado no Campus Natal Zona Norte no ano de 2008, tendo sua primeira entrada no segundo semestre letivo daquele ano. A nomenclatura desse curso naquela época era Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Operações Comerciais na Modalidade EJA sob a égide do primeiro Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (2008). No período de 2008 a 2011, o curso tinha uma matriz curricular com uma distribuição de disciplinas ao longo dos semestres que não contemplava de forma significativa as disciplinas do núcleo tecnológico ao longo dos períodos. Isso era apontado como ponto fraco no curso, pois os alunos só tomavam conhecimento do que era o curso já próximo ao seu final. Com a mudança no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (2012), que está organizado por eixos tecnológicos, a matriz curricular do Curso de Comércio mudou para se adequar a essa nossa realidade, nesse período foi feita uma discussão que resultou na redistribuição das disciplinas ao longo dos semestres de maneira que contemplasse disciplinas técnicas ao longo de todo o curso desde o seu primeiro período.

Foi, então, que a partir do ano de 2012 o curso passou a ser ofertado sob a égide de um novo PPC, conforme Projeto aprovado pela Resolução Nº 38/2012-CONSUP/IFRN, de 26/03/2012, com essas alterações em seu bojo. Trouxe, em sua estrutura, o que o PPP e a Organização Didática do IFRN orientam, a saber: apresentação, justificativa, objetivos, requisitos e forma de acesso, perfil profissional de conclusão do curso, organização curricular do curso, diretrizes curriculares e procedimentos pedagógicos indicadores metodológicos, critérios de avaliação da aprendizagem, critérios de aproveitamento de estudos e certificação de conhecimentos, instalações e equipamentos, biblioteca, pessoal docente e técnico- administrativo e certificados e diplomas, além de anexos contendo os programas das disciplinas e o acervo bibliográfico básico.

A matriz curricular desse novo PPC está estruturada em eixos tecnológicos do CNCT, visando favorecer a essa última etapa da educação básica uma articulação com o mundo do trabalho, com a ciência, com a cultura e com a tecnologia, de maneira que possibilite a integração da educação básica com a educação profissional, operando na perspectiva do currículo integrado. Seguem a seguinte estrutura:

Núcleo Fundamental – relativo a conhecimentos de base científica, essenciais ao desenvolvimento acadêmico dos ingressantes;

Núcleo Estruturante – diz respeito aos conhecimentos do ensino médio, abrangendo conteúdos de base científica e cultural basilares para a formação humana integral;

Núcleo Articulador – traz conhecimentos concernentes ao ensino médio e à educação profissional, traduzido em conteúdos que promovem a articulação com o curso; e

Núcleo Tecnológico – aborda conhecimentos da formação técnica específica de acordo com o campo de conhecimentos do eixo tecnológico, com a atuação profissional e as regulamentações do exercício da profissão.

A dissertação está organizada em quatro capítulos, sendo cada um deles precedido por uma sinopse, com a finalidade de proporcionar ao leitor uma visão geral das discussões que fazem parte de cada capítulo.

Este primeiro capítulo traz uma breve introdução na qual é apresentada a pesquisa, as motivações para o estudo, a problemática e os seus objetivos. E trata também dos caminhos da pesquisa, o percurso teórico-metodológico trilhado na pesquisa, quais estratégias e técnicas utilizadas, o lócus da pesquisa, os sujeitos e o curso investigado, o tratamento dos dados e as dimensões de análise.

O segundo capítulo, denominado Das Concepções sobre Currículo ao Currículo Integrado, está dividido em três partes e aborda, na primeira parte, uma breve discussão sobre as abordagens conceituais e concepções do currículo e os diferentes olhares lançados sobre ele; a segunda discute o termo currículo, a partir da relação entre as ideologias curriculares e os tipos de currículo: o prescrito, o real e o oculto; a última parte remete à discussão acerca da formação humana integral, do currículo integrado, do trabalho como princípio educativo e a interdisciplinaridade explicitando a interdependência entre trabalho e educação e de como essas duas categorias desde a sua origem já vêm marcadas pela dicotomia.

O capítulo terceiro, A Implantação do PROEJA no Contexto da Educação Profissional, está disposto em três tópicos. O primeiro traz um breve histórico da EJA no Brasil e o cenário de criação do Programa Nacional de Educação Profissional Integrada à Educação Básica na

Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA. No segundo tópico, aborda-se o panorama de implantação do PROEJA no IFRN: um olhar para o Campus Natal Zona Norte. Por fim, o último tópico trata da educação e diversidade: os sujeitos da EJA e o perfil dos alunos PROEJA IFRN – Campus Natal Zona Norte.

O último capítulo, intitulado Contextualizando o Currículo do PROEJA do IFRN – Campus Natal Zona Norte, analisa como primeiro ponto currículo do Curso de Comércio e sua efetividade nas turmas do Proeja daquele Campus. Na sequência, almeja identificar se ocorre a integração entre a Educação Básica e a Educação Profissional no contexto de vivência do Currículo PROEJA – Curso de Comércio e, no ponto três, analisa se há articulação entre teoria e prática no contexto de vivência do Currículo do Proeja – Curso de Comércio.

No final, apresentam-se as “considerações finais: a transitoriedade das conclusões”, etapa em que se retomam as descobertas e as conclusões alcançadas na pesquisa, na perspectiva mesmo transitória, de forma a responder às questões iniciais da investigação.

Concluído o percurso que será trilhado nesta pesquisa, no capítulo seguinte se busca contextualizar e compreender os conceitos e concepções sobre o currículo como forma de fundamentar a investigação sobre o referente ao Curso de Comércio EJA, buscando dialogar com os autores que tratam dessa temática.

SINOPSE 2

O segundo capítulo tem como proposta trazer as abordagens conceituais e concepções sobre o currículo e os diferentes olhares lançados sobre ele. Discute o termo currículo a partir da relação entre as ideologias curriculares e os tipos de currículo: o prescrito, o real e o oculto, e a última parte trata da formação humana integral, do currículo integrado, da interdisciplinaridade e do trabalho como princípio educativo, explicitando a interdependência entre trabalho e educação, de como essas duas categorias, desde a sua origem, já vêm marcadas pela dicotomia. Para tanto, conta com o aporte teórico de Apple (2006), Giroux (1997), Silva (2002), Moreira e Silva (2006), Sacristán (2000), Pacheco (2001) na área de currículo. Com relação ao currículo integrado, se baseia em Ciavatta (2005), Ramos (2005). Para discutir a interdisciplinaridade, utiliza os estudos de Fazenda (1997, 1991), Santomé (1998). Para discutir o trabalho como princípio educativo e a relação trabalho e educação, dialoga com as ideias de Frigotto (2005), Manacorda (2007), Gramsci (2000) e Saviani (2003).

No documento Dissertação de mestrado. (1.493Mb) (páginas 33-37)