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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.2 CURVAS DE POLARIZAÇÃO

Nesta secção serão analisados os resultados obtidos decorrentes dos ensaios de polarização realizados. Os métodos eletroquímicos utilizado para determinar a resistência à corrosão dos materiais em análise se limitaram as curvas de polarização catódicas e anódicas, no qual foi possível obter os seguintes parâmetros: a taxa de corrosão, o potencial de corrosão ( ), e a resistência à polarização.

5.2.1 Aço inoxidável austenítico AISI 304

Na Figura 21 verifica-se o comportamento das curvas de polarização com as regiões catódicas e anódicas da amostra na condição como recebido.

Figura 21 - Curva de polarização da amostra de aço inóxidável austenitico AISI 304, como recebido

Fonte: Autoria Própria, 2018

A curva observada na Figura 20 é formado pela corrente (A) versus o potencial (V). A região catódica tem inicio acima de 0,00001 A, ocorrendo uma queda de corrente, e chegando até o valor do potencial de corrosão ( ) de -0,19736. Nota-se pela região anódica que a amostra sofre passivação (fica estabilizada), houve uma queda de corrente a partir de

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aproximadamente 0,14 V, mas voltou a estabilizar. Todavia a corrente permanece baixa indicando a não corrosão, mostrando assim que este material tem uma boa resistência à corrosão.

Na Figura 22 observa-se o comportamento das curvas de polarização com as regiões catódicas e anódicas da amostra na condição tratada termicamente.

Figura 22 - Curva de polarização da amostra de aço inóxidável austenítico AISI 304, tratada termicamente

Fonte: Autoria Própria, 2018

A curva observada na Figura 22 é formada pela corrente (A) versus o potencial (V). A região catódica tem inicio aproximadamente em 0,00001 A, havendo uma queda de corrente, e chegando até o valor do potencial de corrosão ( ) de -0,16. Verifica-se pela região anódica que a amostra sofre passivação (ficou estabilizada), e em seguida houve uma queda de corrente após o potencial de corrosão. Por fim observa-se que a região anódica depois de atingir o potencial de 0,05 V, a corrente passa a subir discretamente devido a quebra da película passivadora do aço inoxidável austenitico AISI 304, na condição de tratado termicamente.

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Figura 23 - Comparação das amostras de aço inoxidável austenitico AISI 304, na condição de como recebido e tratado termicamente

Fonte: Autoria Própria, 2018

Percebe-se na Figura 23, que há influência de tempo do tratamento térmico na resistência do aço inoxidável austenitico AISI 304, que o tempo e a temperatura ao qual o aço foi submetido fez com que houvesse uma redução na resistência a corrosão do material. Sendo assim, é possível verificar que o aço inoxidável AISI 304, como recebido, apresenta uma resistência à corrosão maior que o aço inoxidável AISI 304, tratado termicamente. Isso pode ser verificado pela quebra da película passivadora do AISI 304 na Figura 21, tratado termicamente.

5.2.2 Aço inoxidável dúplex AISI 2205

Na Figura 24 observa-se o comportamento das curvas de polarização com as regiões catódicas e anódicas da amostra na condição como recebido.

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Figura 24 - Curva de polarização da amostra de aço inóxidável dúplex AISI 2205, como recebido

Fonte: Autoria Própria, 2018

A curva observada é constituída pela corrente (A) versus o potencial (V). A região catódica tem inicio acima de 0,00001 A, ocorrendo uma queda de corrente, e chegando até o valor do potencial de corrosão ( ) de -0,20773. Verifica-se pelo ramo anódico que a amostra sofre passivação (se estabiliza), não havendo queda de corrente após o potencial de corrosão. Todavia a corrente permanece baixa indicando a não corrosão, e mostrando assim que este material apresenta uma boa resistência à corrosão. No caso do aço inoxidável dúplex AISI 2205 a película de passivação não chegou a quebrar visto que o potencial de corrosão aplicado no teste de polarização não atingiu o potencial de corrosão para o dúplex.

Na Figura 25 observa-se o comportamento das curvas de polarização com as regiões catódicas e anódicas da amostra na condição tratada termicamente.

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Figura 25 - Curva de polarização da amostra de aço inóxidável dúplex AISI 2205, tratada termicamente

Fonte: Autoria Própria, 2018

A curva observada na Figura 25 é constituída pela corrente (A) versus o potencial (V). O ramo catódico tem inicio acima de 0,00001 A, ocorrendo uma queda de corrente, e chegando até o valor do potencial de corrosão ( ) de -0,19046. Nota-se pelo ramo anódico que a amostra sofre passivação (estabilizou), não havendo queda de corrente após o potencial de corrosão. Todavia a corrente permanece indicando a não corrosão, e mostrando assim que este material apresenta uma boa resistência à corrosão. No caso do aço inoxidável dúplex AISI 2205 tratado termicamente, a película de passivação não chegou a quebrar visto que o potencial de corrosão aplicado no teste de polarização não atingiu o potencial de corrosão para o dúplex.

Na Figura 26 observa-se as curvas de polarização das amostras 52 e 54, verifica-se que há um aumento da corrente quando comparado essas duas amostras, na qual o AISI 2205 tratado termicamente apresenta uma maior corrente quando comparado com o AISI 2205, como recebido.

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Figura 26 - Comparação das amostras de aço inoxidável dúplex AISI 2205, na condição de como recebido e tratado termicamente

Fonte: Autoria Própria, 2018

Na figura 27 verifica-se as curvas de polarização das 4 amostras: 51, 52, 53 e 54.

Figura 27 - Curvas de polarização de todas as amostras

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Nota-se na Figura 27, que quando comparado o aço inoxidável duplex do aço inoxidável austenítico, o aço inoxidável duplex é um pouco mais resistente à corrosão que o aço inoxidável austenítico. Conforme se pode observar no valor do PRE (Tabela 12), no qual o PRE para o dúplex (35,33) é superior ao PRE para o austenítico (17,25). Em termos de porcentagem chega a ser aproximadamente 49% a mais que o austenítico quase o dobro, o que permite também, a comparação da resistência a corrosão entre esses dois aços.

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