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5.3 Cálculo para fins de projeto e avaliação de custos

5.3.8 Custo com tratamento atual

Como os demais produtos químicos continuariam a ser utilizado na alternativa com POA, o cálculo dos custos atuais se baseará somente no item a ser substituído que será o CAP. Segundo a empresa geradora de efluente, o consumo mensal de carvão é de 3.000 kg/ mês. Chegando a custo mensal de R$ 9.750,00 com o valor do frete já incluso, pois o material vem de São Paulo.

Estimando um volume total de efluente mensal em torno de 120 m3, chega-se, considerando apenas o CAP, um custo de R$ 81,25 m3. Se compararmos o POA em substituição ao CAP tem-se um custo de R$ 44,94/m3.

6 CONCLUSÃO

Em todos os ensaios realizados da primeira fase conseguiu-se a remoção completa da cor. Percebeu-se que os ensaios que receberam maior dosagem de H2O2 obtiveram uma remoção mais rápida, foi o caso dos ensaios com 1,0 % de peróxido, onde após 02 ou 03 horas é notório o efeito de remoção de cor.

Quanto ao pH percebeu-se que há uma diminuição do mesmo ao longo do tempo e que o mesmo independeu da dosagem do peróxido e da vazão utilizada, pois ao final das oito horas de testes todos estavam com valores próximos. Tal acidificação da amostra se deve provavelmente devido a formação de ácidos orgânicos a partir da oxidação dos compostos existentes no efluente e a estabil;ização do mesmo se deve ao tamponamento sofrido pela amostra.

Os resultados de amônia se mostraram confusos, pois na verdade obteve- se um valor final de amônia maior que o valor inicial. Provavelmente algum composto nitrogenado após sofrer ataque dos radicais hidroxila possa ter suas ligações quebradas e havendo formação de amônia.

A turbidez apresentou um acréscimo nos ensaios de maior vazão e com maior concentração de peróxido (1,0%). Os demais ensaios apresentaram redução, porém pouco significativas.

Os ensaios que apresentaram maior dosagem de peróxido também apresentaram ao final de oito horas de processo a maior remoção de DQO. Nestes foram obtidos resultados superiores a 94% de remoção de DQO e que o valor encontrado esta abaixo do valor máximo permitido para lançamento de efluentes conforme artigo 4º da Portaria 154/02 da SEMACE.

A 2ª fase que incluiu a otimização com a coluna de carvão ativado granulado propiciou uma redução no tempo de operação em torno de quatro horas, visto que foi necessário apenas quatro horas de tratamento para termos uma plena remoção de cor, menor valor de amônia se comparado ao ensaio original ( 08 horas sem a presença do carvão ativado) e remoção de DQO superior a 95%.

Dessa forma conclui-se que o processo oxidativo avançado (H2O2/UV) conseguiu ser eficiente paras a remoção de cor visual e na remoção de DQO, principalmente quando combinado com o processo de adsorção com carvão ativado granulado. Entretanto precisa-se estudar melhor o fenômeno de oxidação da amônia se quiser alcançar os limites de lançamento do exigidos pelo órgão ambiental.

Nota-se também que apesar do custo do efluente tratado ser menor com o POA do que utilizando o CAP, o custo de implantação do primeiro é muito elevado em especial devido aos custos das lâmpadas, o que parece ser o ponto de maior dificuldade para a disseminação dessa tecnologia.

7 SUGESTÃO PARA PRÓXIMOS TRABALHOS

- Procurar estudar o efeito da quantidade de lâmpadas afim de encontrar uma possibilidade de um menor numero de lâmpadas que acarretaria em menor custos de implantação e menor consumo de energia elétrica;

- Estudar o uso de luz solar como fonte de UV; - Estudar a remoção de coliformes;

- Substituição do coagulante a base de alumínio por um coagulante a base de sais de ferro (sulfato ferroso, cloreto férrico) para que se tenha ferro solúvel no efluente a fim de se trabalhar com o processo Fe2+/H2O2/UV;

- Avaliar o comportamento da remoção de amônia de forma isolada com uma solução sintética.

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