7. As Estatinas
7.6. Farmacogenética das Estatinas
7.6.1. Família ABC
7.6.2.3. CYP3A4
O gene CYP3A4 é responsável pela codificação da enzima CYP3A4, que é quantitativamente a enzima do citocromo p450 mais importante no organismo adulto. É expressa na sua maioria no fígado, cerca de 95%, mas também no intestino delgado, contribuindo assim para o metabolismo sistémico e pré-sistémico de aproximadamente 30% de todos os fármacos (Werk & Cascorbi, 2014). A enzima CYP3A4 atua, usando oxigénio molecular, inserindo um átomo de oxigénio no substrato, e reduzindo o outro átomo para uma molécula de agua, com dois eletrões provenientes do NADPH via citocromo P450 redutase (UniProt, 2019a).
Medicina personalizada no tratamento com Estatinas
7.6.2.3.1. rs4986910
Num estudo em que foi abordado o polimorfismo 99358524A>G, rs4986910, demonstrou-se que o genótipo A/G está associado com um aumento da resposta á Fluvastatina em comparação com o genótipo A/A, esta resposta foi medida por melhores níveis de colesterol nos indivíduos portadores do alelo G. Na população em que este estudo foi realizado não estavam presentes indivíduos com genótipo G/G (Thompson et al., 2016).
7.6.2.3.2. rs2740574
Num estudo em que foi analisado o polimorfismo CYP3A4*1B, -392A>G, rs2740574, foi mostrado eu o alelo variante *1B está associado a um menor risco para diminuição da dose ou para mudar para outro fármaco para baixar o colesterol em indivíduos a fazer terapêutica com Atorvastatina e Sinvastatina (Matthijs L. Becker et al., 2010).
7.6.2.3.3. CYP3A4*1 e CYP3A4*1G
Um estudo realizado numa população asiática, incidindo no polimorfismo CYP3A4*1G, 99361466C>T, rs2242480, mostrou haver uma associação entre o alelo variante *1G e a resposta á Atorvastatina, na medida em que a ordem de resposta é *1G/*1G>*1/*1G>*1/*1 (Gao, Zhang, & Fu, 2008).
7.6.2.3.4. CYP3A4*1 e CYP3A4*4
Foi demonstrado num estudo realizado ao polimorfismo CYP3A4*4, Ile118Val, rs55951658, que o genótipo *1/*4 está associado com um aumento da resposta é Sinvastatina em indivíduos com hipercolesterolemia em comparação com o genótipo *1/*1. Esta resposta foi medida por maiores alterações percentuais nos níveis de colesterol total e de triglicéridos (A. Wang et al., 2005).
As Estatinas
55
7.6.2.3.5. CYP3A4*1 e CYP3A4*22
Estudos realizados ao polimorfismo CYP3A4*22, 99367825T>C, rs35599367, mostraram que os genótipos *1/*22 e *22/*22, quando comparados com o genótipo *1/*1, estão associados a um aumento da concentração da Sinvastatina na sua forma de metabolito ativo e pró-fármaco, 14% e 20% respetivamente, numa população europeia, o mesmo estudo mostrou também que numa população afro-americana e afro-caribenha este polimorfismo apenas tem efeito na concentração da Sinvastatina na sua forma ativa, sofrendo esta aumentos na ordem dos 170% (Joseph P. Kitzmiller, Luzum, Baldassarre, Krauss, & Medina, 2014).
Um outro estudo mostrou também que a biodisponibilidade da Sinvastatina é mais alta nos portadores do genótipo *1/*22 que nos portadores do genótipo homozigótico
wild-type (Tsamandouras et al., 2014).
No entanto apesar do aumento da concentração da Sinvastatina, um estudo demonstrou que o alelo variante *22 não está associado a um aumento da resposta á Sinvastatina (J. P. Kitzmiller, Luzum, Dauki, Krauss, & Medina, 2017).
7.6.2.4.CYP3A5
O gene CYP3A5 é responsável pela codificação da enzima CYP3A5, que atua, usando oxigénio molecular, inserindo um átomo de oxigénio no substrato, e reduzindo o outro átomo para uma molécula de agua, com dois eletrões provenientes do NADPH via citocromo P450 redutase (UniProt, 2019c).
O gene CYP3A5 está localizado no cromossoma 7q22.1 (HGNC, n.d.).
7.6.2.4.1. Rs776746
Num estudo que analisou, numa população europeia, o efeito do polimorfismo 99270539C>T, rs776746, também conhecido como CYP3A5*3, demonstrou que o genótipo *3/*3 esta associado com um aumento da resposta á Atorvastatina, á Lovastatina e á Sinvastatina, em indivíduos com arteriosclerose quando comparado com indivíduos com o genótipo *1/*3. estes resultados foram concluídos com ase nos níveis de colesterol
Medicina personalizada no tratamento com Estatinas
total em doentes com o genótipo *3/*3 em comparação com os doentes portadores do genótipo *1/*3 após o tratamento (Kivistö et al., 2004).
No entanto um outro estudo, este realizado numa população asiática mostrou não haver associação entre o genótipo *3/*3 e a resposta á Sinvastatina em comparação com o genótipo *1/*1(Hu, Mak, Xiao, & Tomlinson, 2013).
Um outro estudo realizado numa população de doentes latinos com hipercolesterolemia, mostrou que o alelo *3 está associado com uma diminuição da resposta á Atorvastatina, as diferenças percentuais de triglicéridos, colesterol LDL e colesterol LDL, foram significativamente mais baixas nos portadores do genótipo*3/*3 em comparação com os genótipos *1/*1 e *1/*3 (Willrich et al., 2008).
Num outro estudo, foi demonstrado que os genótipos *3/*3 e *1/*3 estão associados com uma diminuição da clearance da Sinvastatina em comparação com o genótipo *1/*1 (Tsamandouras et al., 2014).
Outro estudo mostrou também que o genótipo *3/*3 está associado com uma diminuição do metabolismo da Sinvastatina em comparação com o genótipo *1/*1 (Kim, Park, Lee, Kang, & Park, 2007).
Quanto aos efeitos adversos, estudos realizados em populações de doentes com hipercolesterolemia, foi mostrado não haver associações entre o alelo *3 e o risco do desenvolvimento de mialgias após o tratamento com Sinvastatina, quando em compara com portadores do alelo *1 (Fiegenbaum et al., 2005).
7.6.3. Outros genes
7.6.3.1.UGT1A3
O gene UGT1A3 é responsável pela codificação da UDP-glucoronosiltransferase, uma enzima de metabolização de fármacos de fase II, expressa no retículo endoplasmático e na membrana nuclear. Esta enzima tem a função de catalisador na conversão de xenobióticos e de compostos hidrofóbicos endógenos, em glucuronídeos hidrofílicos,
As Estatinas
57
O gene UGT1A3 é codificado pelo gene singular UGT1 no cromossoma 2q37. Quatro do cinco exões que constituem o mRNA do UGT1A3 codificam a metade C-terminal da molécula e são partilhados por todas as oito isoformas funcionais do UGT expressas a partir do lócus UGT1A (Caillier et al., 2007).
7.6.3.1.1. UGT1A3*1 e UGT1A3*2
Num estudo realizado numa população no sudoeste asiático em que foram analisados os haplótipos UGT1A3*1 e UGT1A3*2, tendo estes três SNPs envolvidos, -758A>G, rs2008584, -751T>C, rs1983023 e 808A>G, rs45449995. Sendo que o haplótipo UGT1A3*1 é o haplótipo de referência e corresponde ao genótipo (-758A/-751T/808A), e o genótipo UGT1A3*2 corresponde ao genótipo (-758G/-751C/808A). Este estudo revelou que o haplótipo UGT1A3*2 está associado com uma diminuição nas percentagens máximas de descida dos níveis de colesterol total e de colesterol LDL em indivíduos saudáveis expostos á Atorvastatina, quando comparados com o haplótipo UGT1A3*1. As percentagens de descida dos níveis de colesterol total e de colesterol LDL em portadores do haplótipo *2 eram 29% e 18%, respetivamente, mais baixas que em indivíduos não portadores do haplótipo *2 (Cho, Oh, Park, Park, & Chung, 2012).
Conclusão
59
8. Conclusão
Com o desenvolvimento desta revisão bibliográfica conclui-se que as dislipidemias são um problema de saúde importante a nível mundial, uma vez que são um fator de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular, uma das principais causas de morte a nível mundial.
As Estatinas são um dos principais fármacos utilizados na terapêutica das dislipidemias pela sua boa eficácia e por serem também fármacos bem tolerados, no entanto podem levar a efeitos adversos graves, podendo mesmo resultar na morte, deste modo a medicina personalizada pode ter um papel importante na prevenção destes efeitos adversos na medida em que através de testes genómicos é possível estudar a predisposição de um individuo para o risco de desenvolvimento destes efeitos adversos apos o tratamento com Estatinas.
Até á data vários polimorfismos em vários genes foram associados com alterações na eficácia e segurança da terapêutica com Estatinas. No entanto, em algumas das Estatinas mais recentes anda não foram realizados muitos estudos relativos ao efeito que os polimorfismos genéticos têm no seu efeito e segurança.
Esta revisão bibliográfica apresenta também algumas limitações, uma dessas limitações é o facto do muitos dos estudos disponíveis serem muito específicos em termos de grupos étnico-raciais, o que por vezes pode representar um entrave na generalização para toda a população. Outra dificuldade deste trabalho foi interpretar diferenças entre os sexos, pois embora alguns dos estudos referenciados apresentassem diferenças farmacogenética entre homens e mulheres, a maioria dos estudos não o fazia.
No futuro este trabalho pode ter continuidade, nomeadamente pode ser aplicado em termos práticos.
Podem ser realizados testes genéticos de modo a perceber quais os polimorfismos mais comuns na população portuguesa, e posteriormente avaliar qual o seu efeito na terapêutica com as Estatinas.
Referências Bibliográficas
61
9. Referências Bibliográficas
Alphonse, P. A. S., & Jones, P. J. H. (2016). Revisiting Human Cholesterol Synthesis and Absorption : The Reciprocity Paradigm and its Key Regulators. Lipids, 51(5), 519– 536. https://doi.org/10.1007/s11745-015-4096-7
Becker, M. L., Elens, L. L. F. S., Visser, L. E., Hofman, A., Uitterlinden, A. G., van Schaik, R. H. N., & Stricker, B. H. (2013). Genetic variation in the ABCC2 gene is associated with dose decreases or switches to other cholesterol-lowering drugs during simvastatin and atorvastatin therapy. The Pharmacogenomics
JournalPharmacogenomics Journal, 13(3), 251–256.
https://doi.org/10.1038/tpj.2011.59
Becker, Matthijs L., Visser, L. E., van Schaik, R. H. N., Hofman, A., Uitterlinden, A. G., & Stricker, B. H. C. (2010). Influence of genetic variation in CYP3A4 and ABCB on dose decrease or switching during simvastatin and atorvastatin therapy.
Pharmacoepidemiology and Drug Safety, 19(1), 75–81.
https://doi.org/10.1002/pds.1866
Bezerra, L. S., Santos-Veloso, M. A. O., Bezerra Junior, N. D. S., Fonseca, L. C. Da, & Sales, W. L. A. (2018). Impacts of Cytochrome P450 2D6 (CYP2D6) Genetic Polymorphism in Tamoxifen Therapy for Breast Cancer. Revista Brasileira de
Ginecologia e Obstetricia, 40(12), 794–799. https://doi.org/10.1055/s-0038-
1676303
Birmingham, B. K., Bujac, S. R., Elsby, R., Azumaya, C. T., Zalikowski, J., Chen, Y., … Ambrose, H. J. (2015). Rosuvastatin pharmacokinetics and pharmacogenetics in Caucasian and Asian subjects residing in the United States. European Journal of
Clinical Pharmacology, 71(3), 329–340. https://doi.org/10.1007/s00228-014-1800-
0
Bruhn, O., & Cascorbi, I. (2014). Polymorphisms of the drug transporters ABCB1, ABCG2, ABCC2 and ABCC3 and their impact on drug bioavailability and clinical relevance. Expert Opinion on Drug Metabolism and Toxicology, 10(10), 1337–1354. https://doi.org/10.1517/17425255.2014.952630
Caillier, B., Lépine, J., Tojcic, J., Ménard, V., Perusse, L., Bélanger, A., … Guillemette, C. (2007). A pharmacogenomics study of the human estrogen
Medicina personalizada no tratamento com Estatinas
glucuronosyltransferase UGT1A3. Pharmacogenetics and Genomics, 17(7), 481– 495. https://doi.org/10.1097/FPC.0b013e32806d87a4
Causevic-Ramosevac, A., & Semiz, S. (2013). Drug interactions with statins. Acta
Pharmaceutica, 63(3), 277–293. https://doi.org/10.2478/acph-2013-0022
Chasman, D. I., Giulianini, F., MacFadyen, J., Barratt, B. J., Nyberg, F., & Ridker, P. M. (2012). Genetic determinants of statin-induced low-density lipoprotein cholesterol reduction: The justification for the use of statins in prevention: An intervention trial evaluating rosuvastatin (JUPITER) trial. Circulation: Cardiovascular Genetics,
5(2), 257–264. https://doi.org/10.1161/CIRCGENETICS.111.961144
Chatelin, J., Stathopoulou, M. G., Arguinano, A. A., Xie, T., & Visvikis-Siest, S. (2017). Pharmacogenomic Chalenges in Cardiovascular Diseases: Examples of Drugs and Considerations for Future Integration in Clinical Practice. Current Pharmaceutical
Biotechnology, 18(3), 231–241.
https://doi.org/10.2174/1389201018666170123153626
Chen, Y., Chen, S., Li, X., Wang, X., & Zeng, S. (2006). Genetic variants of human UGT1A3: Functional characterization and frequency distribution in a Chinese Han population. Drug Metabolism and Disposition, 34(9), 1462–1467. https://doi.org/10.1124/dmd.106.009761
Cho, S. K., Oh, E. S., Park, K., Park, M. S., & Chung, J. Y. (2012). The UGT1A3*2 polymorphism affects atorvastatin lactonization and lipid-lowering effect in healthy volunteers. Pharmacogenetics and Genomics, 22(8), 598–605. https://doi.org/10.1097/FPC.0b013e3283544085
Delaney, S. K., Hultner, M. L., Jacob, H. J., Ledbetter, D. H., McCarthy, J. J., Ball, M., … Green, R. C. (2016). Toward clinical genomics in everyday medicine: Perspectives and recommendations. Expert Review of Molecular Diagnostics, 16(5), 521–532. https://doi.org/10.1586/14737159.2016.1146593
Di Sanzo, M., Cipolloni, L., Borro, M., Russa, R. La, Santurro, A., Scopetti, M., … Frati, P. (2017). Clinical Aplications of Personalized Medicine: A New Paradigm and Chalenge. Current Pharmaceutical Biotechnology, 18(3), 194–203.
Referências Bibliográficas
63
(2013). Mecanismos básicos : estructura, función y metabolismo de las lipoproteínas plasm. Clínica e Investigación En Arteriosclerosis, 25(2), 98–103. https://doi.org/10.1016/j.arteri.2013.05.003
Feingold, K. R., & Grunfeld, C. (2018). Introduction to Lipids and Lipoproteins. In E. Feingold KR, Anawalt B, Boyce A, et al. (Ed.), Endotext [Internet]. South
Dartmouth (MA): MDText.com, Inc. Retrieved from
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK305896/
Fernandes, V., Santos, M. J., & Pérez, A. (2016). Statin-related myotoxicity.
Endocrinología y Nutrición, 63(5), 239–249.
https://doi.org/10.1016/j.endonu.2016.01.001
Fiegenbaum, M., da Silveira, F. R., Van der Sand, C. R., Van der Sand, L. C., Ferreira, M. E. W., Pires, R. C., & Hutz, M. H. (2005). The role of common variants of ABCB1, CYP3A4, and CYP3A5 genes in lipid-lowering efficacy and safety of simvastatin treatment. Clinical Pharmacology and Therapeutics, 78(5), 551–558. https://doi.org/10.1016/j.clpt.2005.08.003
Fundação Portuguesa de Cardiologia. (n.d.). Dislipidemia. Retrieved from http://www.fpcardiologia.pt/saude-do-coracao/factores-de-risco/dislipidemia/ Gao, Y., Zhang, L., & Fu, Q. (2008). CYP3A4*1G polymorphism is associated with lipid-
lowering efficacy of atorvastatin but not of simvastatin. European Journal of
Clinical Pharmacology, 64(9), 877–882. https://doi.org/10.1007/s00228-008-0502-
x
Gencer, B., Kronenberg, F., Stroes, E. S., & Mach, F. (2017). Lipoprotein(a): The revenant. European Heart Journal, 38(20), 1553–1560. https://doi.org/10.1093/eurheartj/ehx033
Gershkovich, P., Fanous, J., Qadri, B., Yacovan, A., Amselem, S., & Hoffman, A. (2009). The role of molecular physicochemical properties and apolipoproteins in association of drugs with triglyceride-rich lipoproteins: in-silico prediction of uptake by chylomicrons. Journal of Pharmacy and Pharmacology, 61(1), 31–39. https://doi.org/10.1211/jpp.61.01.0005
Goldberg, A. C. (2018a). Dislipidemia. Retrieved from https://www.msdmanuals.com/pt- pt/profissional/distúrbios-endócrinos-e-metabólicos/distúrbios-
Medicina personalizada no tratamento com Estatinas
lipídicos/dislipidemia
Goldberg, A. C. (2018b). Overview of Lipid Metabolism. Retrieved from https://www.msdmanuals.com/professional/endocrine-and-metabolic-
disorders/lipid-disorders/overview-of-lipid-metabolism
Goldberg, I. J., Eckel, R. H., & McPherson, R. (2011). Triglycerides and heart disease: still a hypothesis? Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology, 31(8), 1716– 1725. https://doi.org/10.1161/atvbaha.111.226100
Guan, Z.-W., Wu, K.-R., Li, R., Yin, Y., Li, X.-L., Zhang, S.-F., & Li, Y. (2019). Pharmacogenetics of statins treatment: Efficacy and safety. Journal of Clinical
Pharmacy and Therapeutics, 44(6), 858–867. https://doi.org/10.1111/jcpt.13025
HGNC. (n.d.). Symbol report for CYP3A5. Retrieved from https://www.genenames.org/data/gene-symbol-report/#!/hgnc_id/2638
Hood, L., & Friend, S. H. (2011). Predictive, personalized, preventive, participatory (P4) cancer medicine. Nature Reviews Clinical Oncology, 8(3), 184–187. https://doi.org/10.1038/nrclinonc.2010.227
Hoy, S. M. (2017). Pitavastatin: A Review in Hypercholesterolemia. American Journal
of Cardiovascular Drugs, 17(2), 157–168. https://doi.org/10.1007/s40256-017-
0213-8
Hu, M., Mak, V. W. L., Xiao, Y., & Tomlinson, B. (2013). Associations between the genotypes and phenotype of CYP3A and the lipid response to simvastatin in Chinese patients with hypercholesterolemia. Pharmacogenomics, 14(1), 25–34. https://doi.org/10.2217/pgs.12.181
Hussain, M. M., Kedees, M. H., Singh, K., Athar, H., & Jamali, N. Z. (2001). [Frontiers in Bioscience 6, d320-331, March 1, 2001] SIGNPOSTS IN THE ASSEMBLY OF CHYLOMICRONS M. Mahmood Hussain, Mamdouh H. Kedees, Karnail Singh, Humra Athar, Nassir Z. Jamali. Frontiers in Bioscience, 6, 320–331. https://doi.org/10.2741/hussain
Inoue, K., Inazawa, J., Nakagawa, H., Shimada, T., Yamazaki, H., Guengerich, F. P., & Abe, T. (1992). Assignment of the human cytochrome P-450 nifedipine oxidase gene
Referências Bibliográficas
65
Japanese Journal of Human Genetics, 37(2), 133–138.
https://doi.org/10.1007/BF01899734
Jain, K. K. (2017). Personalized Management of Cardiovascular Disorders. Medical
Principles and Practice, 26(5), 399–414. https://doi.org/10.1159/000481403
Jemnitz, K., Heredi-Szabo, K., Janossy, J., Ioja, E., Vereczkey, L., & Krajcsi, P. (2010). ABCC2/Abcc2: a multispecific transporter with dominant excretory functions. Drug
Metabolism Reviews, 42(3), 402–436. https://doi.org/10.3109/03602530903491741
Julve, J., Martín-Campos, J. M., Escolà-Gil, J. C., & Blanco-Vaca, F. (2016). Chylomicrons: Advances in biology, pathology, laboratory testing, and therapeutics.
Clinica Chimica Acta, 455, 134–148. https://doi.org/10.1016/j.cca.2016.02.004
Kashihara, Y., Ieiri, I., Yoshikado, T., Maeda, K., Fukae, M., Kimura, M., … Sugiyama, Y. (2017). Small-Dosing Clinical Study: Pharmacokinetic, Pharmacogenomic (SLCO2B1 and ABCG2), and Interaction (Atorvastatin and Grapefruit Juice) Profiles of 5 Probes for OATP2B1 and BCRP. Journal of Pharmaceutical Sciences,
106(9), 2688–2694. https://doi.org/10.1016/j.xphs.2017.03.010
Keskitalo, J. E., Zolk, O., Fromm, M. F., Kurkinen, K. J., Neuvonen, P. J., & Niemi, M. (2009). ABCG2 Polymorphism Markedly Affects the Pharmacokinetics of Atorvastatin and Rosuvastatin. Clinical Pharmacology & Therapeutics, 86(2), 197– 203. https://doi.org/10.1038/clpt.2009.79
Keskitalo, Jenni E., Pasanen, M. K., Neuvonen, P. J., & Niemi, M. (2009). Different effects of the ABCG2 c.421C>A SNP on the pharmacokinetics of fluvastatin, pravastatin and simvastatin. Pharmacogenomics, 10(10), 1617–1624. https://doi.org/10.2217/pgs.09.85
Kim, K.-A., Park, P., Lee, O.-J., Kang, D.-K., & Park, J.-Y. (2007). Effect of polymorphic CYP3A5 genotype on the single-dose simvastatin pharmacokinetics in healthy subjects. Journal of Clinical Pharmacology, 47(1), 87–93. https://doi.org/10.1177/0091270006295063
Kirchheiner, J., Kudlicz, D., Meisel, C., Bauer, S., Meineke, I., Roots, I., & Brockmöller, J. (2003). Influence of CYP2C9 polymorphisms on the pharmacokinetics and cholesterol-lowering activity of (-)-3S, 5R-fluvastatin and (+)-3R, 5S-fluvastatin in healthy volunteers. Clinical Pharmacology and Therapeutics, 74(2), 186–194.
Medicina personalizada no tratamento com Estatinas
https://doi.org/10.1016/S0009-9236(03)00121-8
Kitzmiller, J. P., Luzum, J. A., Dauki, A., Krauss, R. M., & Medina, M. W. (2017). Candidate-Gene Study of Functional Polymorphisms in SLCO1B1 and CYP3A4/5 and the Cholesterol-Lowering Response to Simvastatin. Clinical and Translational
Science, 10(3), 172–177. https://doi.org/10.1111/cts.12432
Kitzmiller, Joseph P., Luzum, J. A., Baldassarre, D., Krauss, R. M., & Medina, M. W. (2014). CYP3A4*22 and CYP3A5*3 are associated with increased levels of plasma Simvastatin concentrations in the Cholesterol and Pharmacogenetics study cohort.
Pharmacogenetics and Genomics, 24(10), 486–491.
https://doi.org/10.1097/FPC.0000000000000079
Kitzmiller, Joseph P., Mikulik, E. B., Dauki, A. M., Murkherjee, C., & Luzum, J. A. (2016). Pharmacogenomics of statins: Understanding susceptibility to adverse effects. Pharmacogenomics and Personalized Medicine, 9, 97–106. https://doi.org/10.2147/PGPM.S86013
Kivistö, K. T., Niemi, M., Schaeffeler, E., Pitkälä, K., Tilvis, R., Fromm, M. F., … Strandberg, T. (2004). Lipid-lowering response to statins is affected by CYP3A5
polymorphism. Pharmacogenetics, 14(8), 523–525.
https://doi.org/10.1097/01.fpc.0000114762.78957.a5
Lee, C. R., Goldstein, J. A., & Pieper, J. A. (2002). Cytochrome P450 2C9 polymorphisms: A comprehensive review of the in-vitro and human data.
Pharmacogenetics, 12(3), 251–263. https://doi.org/10.1097/00008571-200204000-
00010
Levy, A., & Berinstein, E. (2017). Recent developments and future directions for the use of pharmacogenomics in cardiovascular disease treatments. Expert Opinion on Drug
Metabolism & Toxicology, 13(9), 973–983.
https://doi.org/10.1080/17425255.2017.1363887
Li, A., & Meyre, D. (2014). Jumping on the Train of Personalized Medicine: A Primer for Non-Geneticist Clinicians: Part 3. Clinical Applications in the Personalized Medicine Area. Current Psychiatry Reviews, 10(2), 118–132.
Referências Bibliográficas
67
pharmacogenomics of statin treatment. The Pharmacogenomics Journal, 6, 360– 374. https://doi.org/10.1038/sj.tpj.6500384
Mangravite, Lara M., Thorn, C. F., & Krauss., R. M. (2006). Statin Pathway -
Generalized, Pharmacokinetics. Retrieved from
https://www.pharmgkb.org/pathway/PA145011108/overview
Mariano, C., Antunes, M., Rato, Q., & Bourbon, M. (2015). _ e _ LIPID : caraterização
do perfil lipídico da população portuguesa.
Marques, F. B. (2001). Fármacos inibidores da redutase da HMGCoA. Revista
Portuguesa de Clínica Geral, 17(2), 141–148.
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v17i2.9831
Maxwell, W. D., Ramsey, L. B., Johnson, S. G., Moore, K. G., Shtutman, M., Schoonover, J. H., & Kawaguchi-Suzuki, M. (2017). Impact of Pharmacogenetics on Efficacy and Safety of Statin Therapy for Dyslipidemia. Pharmacotherapy,
37(9), 1172–1190. https://doi.org/10.1002/phar.1981
National Cancer Institute. (n.d.). Defenition of personalized medicine. Retrieved from https://www.cancer.gov/publications/dictionaries/cancer-terms/def/personalized- medicine
National Center for Biotechnology Information. (n.d.-a). Atorvastatin, CID=60823. Retrieved from https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Atorvastatin
National Center for Biotechnology Information. (n.d.-b). Cerivastatin, CID=446156. Retrieved from https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Cerivastatin
National Center for Biotechnology Information. (n.d.-c). Cholesterol, CID=5997. Retrieved from https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Cholesterol
National Center for Biotechnology Information. (n.d.-d). Fluvastatin, CID=446155. Retrieved from https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Fluvastatin
National Center for Biotechnology Information. (n.d.-e). HMG-CoA, CID=445127. Retrieved from https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/HMG-CoA
National Center for Biotechnology Information. (n.d.-f). Lovastatin, CID=53232. Retrieved from https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Lovastatin
Medicina personalizada no tratamento com Estatinas
National Center for Biotechnology Information. (n.d.-g). Pitavastatin, CID=5282452. Retrieved from https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Pitavastatin
National Center for Biotechnology Information. (n.d.-h). Pravastatin, CID=54687. Retrieved from https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Pravastatin
National Center for Biotechnology Information. (n.d.-i). Rosuvastatin, CID=446157. Retrieved from https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Rosuvastatin
National Center for Biotechnology Information. (n.d.-j). Simvastatin, CID=54454. Retrieved from https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Simvastatin
NCIt. (n.d.). Cholesterol (Code C369). Retrieved from https://ncit.nci.nih.gov/ncitbrowser/ConceptReport.jsp?dictionary=NCI_Thesaurus &ns=NCI_Thesaurus&code=C369
Nefic, H. (2018). The Genetic Variation of CYP2D6 Gene in the Bosnian Population.
Medical Archives, 72(6), 396–400. https://doi.org/10.5455/medarh.2018.72.396-
400
Niemi, M., Arnold, K. A., Backman, J. T., Pasanen, M. K., Gödtel-Armbrust, U., Wojnowski, L., … Lang, T. (2006). Association of genetic polymorphism in ABCC2 with hepatic multidrug resistance-associated protein 2 expression and pravastatin pharmacokinetics. Pharmacogenetics and Genomics, 16(11), 801–808. https://doi.org/10.1097/01.fpc.0000230422.50962.91
Oh, E. S., Ok Kim, C., Cho, S. K., Park, M. S., & Chung, J.-Y. (2013). Impact of ABCC2, ABCG2 and SLCO1B1 polymorphisms on the pharmacokinetics of pitavastatin in humans. Drug Metabolism and Pharmacokinetics, 28(3), 196–202. https://doi.org/10.2133/dmpk.DMPK-12-RG-068
Prado, Y., Arancibia, A., Zambrano, T., & Salazar, L. A. (2018). Gender-specific Association between ABCC2 -24C>T SNP and Reduction in Triglycerides in Chilean Patients treated with Atorvastatin. Basic & Clinical Pharmacology &
Toxicology, 122(5), 517–522. https://doi.org/10.1111/bcpt.12943
Pundir, C. S., & Narang, J. (2013). Determination of triglycerides with special emphasis on biosensors: A review. International Journal of Biological Macromolecules, 61,
Referências Bibliográficas
69
Redekop, W. K., & Mladsi, D. (2013). The Faces of Personalized Medicine : A Framework for Understanding Its Meaning and Scope. Value Health, 16(6), S4–S9. https://doi.org/10.1016/j.jval.2013.06.005
Santiago, M. A. M. da C. (2011). Estatinas – efeitos tóxicos e novas aplicações. Universidade Fernando Pessoa. Retrieved from http://hdl.handle.net/10284/2278 Scholz, N. (2015). Personalised medicine: The right treatment for the right person at the
right time. Retrieved from
http://www.europarl.europa.eu/RegData/etudes/BRIE/2015/569009/EPRS_BRI(20 15)569009_EN.pdf
Shobab, L. A., Hsiung, G.-Y. R., & Feldman, H. H. (2005). Cholesterol in Alzheimer ’ s disease. The Lancet Neurology, 4(12), 841–852. https://doi.org/10.1016/S1474- 4422(05)70248-9
Sirtori, C. R. (2014). The pharmacology of statins. Pharmacological Research, 88, 3–11. https://doi.org/10.1016/j.phrs.2014.03.002
Sirvent, P., Mercier, J., & Lacampagne, A. (2008). New insights into mechanisms of statin-associated myotoxicity. Current Opinion in Pharmacology, 8(3), 333–338. https://doi.org/10.1016/j.coph.2007.12.010
Stancu, C., & Sima, A. (2001). Statins: Mechanism of action and effects. Journal of
Cellular and Molecular Medicine, 5(4), 378–387. https://doi.org/10.1111/j.1582-
4934.2001.tb00172.x
Tayo, B. O., Teil, M., Tong, L., Qin, H., Khitrov, G., Zhang, W., … Bottinger, E. P. (2011). Genetic Background of Patients from a University Medical Center in Manhattan : Implications for Personalized Medicine. PLoS One, 6(5). https://doi.org/10.1371/journal.pone.0019166
Thanassoulis, G., & Afshar, M. (2017). Aterosclerose. Retrieved from https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doenças-
cardiovasculares/arterioesclerose/aterosclerose