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Í NDICE DE T ABELAS

3 M ETODOLOGIA A DOTADA

3.6 D EFINIÇÃO DO E DIFÍCIO DE R EFERÊNCIA

Para a determinação da classe de eficiência energética do edifício, torna-se indispensável a comparação entre o edifício previsto e o edifício de referência. Depois da execução do modelo de simulação previsto, utiliza-se uma cópia do mesmo, onde se mantêm todas as demais características e soluções não especificadas em seguida. O modelo de simulação de referência apresentará soluções e parâmetros de referência ao nível da envolvente, do sistema de aquecimento e arrefecimento ambiente, da ventilação, da preparação das águas quentes sanitárias e de piscinas (se aplicável) e do sistema de iluminação [13].

No que diz respeito à envolvente, no modelo de referência devem-se considerar as seguintes soluções:

 Os coeficientes de transmissão térmica superficiais de referência de elementos opacos são obtidos segundo a Tabela 4, recorrendo à “alteração da espessura do isolamento previsto na solução construtiva, sendo que, no caso de não estar

previsto isolamento, a solução de referência deverá considerar a aplicação desse isolamento ou uma outra solução construtiva, desde que em ambos os casos se mantenha a inércia do edifício” [13];

 “Os coeficientes de transmissão térmica superficiais de referência para envidraçados”, obtidos na Tabela 4 [13];

 Quando a área de vão envidraçado no edifício for superior a 30% da área de fachada, deve-se considerar, no modelo de referência, a sua redução para 30% e que as coberturas não têm vãos envidraçados. Nas situações em que o edifício tenha uma área de vãos envidraçados inferior a 30%, no modelo de referência, pode-se manter esta área ou aumentá-la até perfazer os 30% [13];

 Os fatores solares dos vãos envidraçados de referência são obtidos segundo a Tabela 5 [13];

 O coeficiente de absorção da radiação solar da envolvente opaca deve ser α = 0,4 [13].

Tabela 4 – Coeficientes de transmissão térmica de referência de elementos da envolvente no âmbito do RECS [W/(m2.°C)] (adaptado de [13]).

PORTUGAL CONTINENTAL

ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE ZONA CLIMÁTICA

I1 I2 I3

Elementos opacos verticais exteriores ou interiores 0,70 0,60 0,50 Elementos opacos horizontais exteriores ou interiores 0,50 0,45 0,40 Vãos envidraçados exteriores (portas e janelas) 4,30 3,30 3,30

Tabela 5 – Fator solar dos vãos envidraçados de referência no âmbito do RECS (adaptado de [13]).

ZONA CLIMÁTICA

V1 V2 V3

No que diz respeito ao sistema de aquecimento e/ou arrefecimento ambiente, no modelo de referência devem-se considerar as seguintes situações: (1)

 “No caso de produção de aquecimento com recurso a bomba de calor, considerar bomba de calor do tipo chiller de compressão com permuta exterior a ar, com o valor da eficiência igual ao limite inferior da classe correspondente ao requisito mínimo aplicável e definido na Tabela I.17” da portaria n.º 17-A/2016 (outros

sistemas) [13];

 “No caso de produção de aquecimento com recurso a caldeira, considerar o valor de eficiência da(s) unidade(s) de produção igual ao limite inferior da classe correspondente ao requisito mínimo aplicável e definido na Tabela I.19” da portaria n.º 17-A/2016 [13];

 “No caso de produção de arrefecimento, considerar chiller de compressão com permuta exterior a ar, com o valor da eficiência igual ao limite inferior da classe correspondente ao requisito mínimo aplicável e definido na Tabela I.17” da portaria n.º 17-A/2016 (outros sistemas) [13];

 “Nas situações em que se preveja ou disponha de um sistema solar térmico, considerar que as necessidades de energia afetas a esse sistema são supridas pelo equipamento de apoio do mesmo ou, na ausência deste último, conforme previsto no ponto seguinte” [13];

 “Caso não exista ou não esteja previsto instalar uma ou ambas as funções (aquecimento e arrefecimento), considerar que o edifício dispõe de sistema para essa(s) função(ões), aplicando-se” as soluções assinaladas com a expressão (outros sistemas), enunciadas anteriormente, para a função não existente ou não prevista [13];

 “No caso de um edifício híbrido ou passivo, que disponha de sistema(s) de climatização, a temperatura interior deve considerar-se compreendida no intervalo de 20 °C a 25 °C, inclusive” [13];

 Considerar a “ausência de sistemas de arrefecimento gratuito, de recuperação de calor, de caudal variável ou outras soluções de eficiência energética na climatização” [13].

(1) Na situação em que o IEE

Ref serve de comparação ao IEEpr, quando os sistemas técnicos não se

enquadrarem nos tipos de soluções de referência, o cálculo do IEERef deve considerar as soluções aí

No que diz respeito à ventilação, no modelo de referência devem-se considerar as seguintes situações:

 “Considerar os valores de caudal de ar novo por espaço determinados pelo método prescritivo e utilização de um sistema de ventilação exclusivamente mecânico, com uma eficácia de ventilação de 0,8” [13];

 “Caso estejam instalados ou prevista a instalação de ventiladores de extração e de insuflação associados à ventilação das áreas climatizadas ou a unidades de tratamento de ar (UTA e UTAN), considerar valores de eficiência (potência específica, SPF) iguais ao limite inferior da classe correspondente ao requisito mínimo aplicável e definido na Tabela I.21” da portaria n.º 17-A/2016 [13];

 “No caso de espaços com a existência predominante (mais de 75%) de materiais de baixa emissão poluente, o caudal de referência deve ser o correspondente à situação do edifício sem atividades que envolvam a emissão de poluentes específicos” [13];

 Considerar a “ausência de sistemas de arrefecimento gratuito, de recuperação de calor, de caudal de ar variável ou outras soluções de eficiência energética na climatização” [13].

No que diz respeito às águas quentes sanitárias e de piscinas, no modelo de referência devem-se considerar as seguintes situações:

 “No caso de sistemas com recurso a equipamentos de queima de combustível, o valor de eficiência da(s) unidade(s) de produção igual ao limite inferior da classe correspondente ao requisito mínimo aplicável para caldeira(s) e definido na Tabela I.19” da portaria n.º 17-A/2016 (outros sistemas) [13];

 “Nas situações em que se preveja ou disponha de um sistema solar térmico, considerar que as necessidades de energia afetas a esse sistema são supridas pelo equipamento de apoio do mesmo ou, na ausência deste último, conforme previsto no ponto anterior” [13];

 “No caso de sistemas com recurso a bomba(s) de calor, considerar um valor de COP = 2,8 de acordo com a EN 16147” [13];

 “No caso de sistemas com recurso a termoacumulador elétrico, considerar um valor de eficiência igual” a η = 0,95 [13];

 Considerar a “ausência de sistemas de recuperação de calor, de caudal variável ou outras soluções de eficiência energética na AQS” [13].

No que diz respeito à iluminação, no modelo de referência devem-se considerar as seguintes situações:

 “Densidade de potência de iluminação (DPI) correspondente ao requisito mínimo aplicável, sem sistemas de controlo por ocupação ou por disponibilidade de luz natural” apresentados na Tabela 6 [13];

 “Caso estejam previstos (em edifícios novos) níveis de iluminância inferiores aos estabelecidos na Norma EN 12464-1, esses valores deverão ser considerados para o cálculo dos valores de densidade de potência de iluminação de referência” [13];  Considerar a “ausência de sistemas de controlo da iluminação em função da

ocupação, da luz natural ou outras soluções de eficiência energética na iluminação” [13];

Tabela 6 – Valores de referência da densidade de potência de iluminação (DPI) (adaptado de [13]).

TIPO DE ESPAÇO SEGUNDOA FUNÇÃO DPI [(W/m2)/100lux]

Escritório com mais de 6 pessoas, salas de desenho 2,1

Escritório individual 1-6 pessoas 2,4

Show room e salas de exposição, museus 2,4 Salas de aula, salas de leitura, bibliotecas, salas de trabalho de

apoio, salas de reuniões/conferências/auditórios 2,4 Laboratórios, salas de exames/tratamento (2), blocos

operatórios (2) 2,4

Salas de pré e pós-operatório 3,4

Cozinhas, armazéns, arquivos, polidesportivos/ginásios e similares (3), salas técnicas (centros de dados, fotocópias e

similares), parques de estacionamentos interiores

3,4

Plataformas de transportes e similares 3,4

Lojas de comércio e serviços, retalhistas em geral (zona de

público), espaços fabris em geral 3,4

Hall/Entradas, corredores, escadas, salas de espera, instalações sanitárias, enfermarias e quartos individuais de clínicas e hospitais (4), salas de refeições (exceto restaurantes)

3,8

(2) O valor do DPI/100lux pode ser ajustado de acordo com necessidades especiais. (3) Excluem-se recintos desportivos em regime de alta competição.

(4) Inclui a instalação de iluminação interior do quarto/enfermaria e WC, formada por iluminação geral, iluminação de leitura e iluminação para exames.

Por último, no que diz respeito às energias renováveis, no modelo de referência não deve ser considerada a sua existência [13].