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Da Anulação da Partilha

No documento Mesa da Câmara dos Deputados (páginas 156-160)

145Art. 2.027. A partilha, uma vez feita e julgada, só é

anulável pelos vícios e defeitos que invalidam, em geral, os negócios jurídicos.

Parágrafo único. Extingue-se em um ano o direito de anular a partilha.

LIVRO COMPLEMENTAR –

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

E TRANSITÓRIAS

Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando

reduzidos por este código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada.

Art. 2.029. Até 2 (dois) anos após a entrada em vigor

deste código, os prazos estabelecidos no parágrafo único do art. 1.238 e no parágrafo único do art. 1.242 serão acrescidos de 2 (dois) anos, qualquer que seja o tempo transcorrido na vigência do anterior, Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916.

Art. 2.030. O acréscimo de que trata o artigo

ante-cedente, será feito nos casos a que se refere o § 4º do art. 1.228.

146Art. 2.031. As associações, sociedades e fundações,

constituídas na forma das leis anteriores, bem como os empresários, deverão se adaptar às disposições deste código até 11 de janeiro de 2007.

147Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às organizações religiosas nem aos partidos políticos.

Art. 2.032. As fundações, instituídas segundo a

legisla-ção anterior, inclusive as de fins diversos dos previstos no parágrafo único do art. 62, subordinam-se, quanto ao seu funcionamento, ao disposto neste código.

Art. 2.033. Salvo o disposto em lei especial, as

modi-ficações dos atos constitutivos das pessoas jurídicas referidas no art. 44, bem como a sua transformação, incorporação, cisão ou fusão, regem-se desde logo por este código.

Art. 2.034. A dissolução e a liquidação das pessoas

jurídicas referidas no artigo antecedente, quando ini-ciadas antes da vigência deste código, obedecerão ao disposto nas leis anteriores.

Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos

ju-rídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução.

Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.

Art. 2.036. A locação de prédio urbano, que esteja

sujeita à lei especial, por esta continua a ser regida.

Art. 2.037. Salvo disposição em contrário, aplicam-se

aos empresários e sociedades empresárias as disposi-ções de lei não revogadas por este código, referentes a comerciantes, ou a sociedades comerciais, bem como a atividades mercantis.

Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses

e subenfiteuses, subordinando-se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916, e leis posteriores. § 1º Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso:

146. Caput com redação dada pela Lei nº 11.127, de 28-6-2005. 147. Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.825, de 22-12-2003.

I – cobrar laudêmio ou prestação análoga nas trans-missões de bem aforado, sobre o valor das construções ou plantações;

II – constituir subenfiteuse.

§ 2º A enfiteuse dos terrenos de marinha e acrescidos regula-se por lei especial.

Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos celebrados

na vigência do Código Civil anterior, Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916, é o por ele estabelecido.

Art. 2.040. A hipoteca legal dos bens do tutor ou curador,

inscrita em conformidade com o inciso IV do art. 827 do Código Civil anterior, Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916, poderá ser cancelada, obedecido o disposto no parágrafo único do art. 1.745 deste código.

Art. 2.041. As disposições deste código relativas à

or-dem da vocação hereditária (arts. 1.829 a 1.844) não se aplicam à sucessão aberta antes de sua vigência, pre-valecendo o disposto na lei anterior (Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916).

Art. 2.042. Aplica-se o disposto no caput do art. 1.848, quando aberta a sucessão no prazo de um ano após a entrada em vigor deste código, ainda que o testamento tenha sido feito na vigência do anterior, Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916; se, no prazo, o testador não aditar o testamento para declarar a justa causa de cláusula aposta à legítima, não subsistirá a restrição.

Art. 2.043. Até que por outra forma se disciplinem,

continuam em vigor as disposições de natureza proces-sual, administrativa ou penal, constantes de leis cujos preceitos de natureza civil hajam sido incorporados a este código.

Art. 2.044. Este código entrará em vigor um ano após

a sua publicação.

Art. 2.045. Revogam-se a Lei nº 3.071, de 1º de janeiro

de 1916 (Código Civil) e a Parte Primeira do Código Comercial, Lei nº 556, de 25 de junho de 1850.

Art. 2.046. Todas as remissões, em diplomas

legis-lativos, aos códigos referidos no artigo antecedente, consideram-se feitas às disposições correspondentes deste código.

Brasília, 10 de janeiro de 2002, 181º da Independência e 114º da República FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Aloysio Nunes Ferreira Filho.

LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015

148

Código de Processo Civil. [...]

Art. 1.045. Este código entra em vigor após decorrido

1 (um) ano da data de sua publicação oficial. [...]

Art. 1.068. O art. 274 e o caput do art. 2.027 da Lei nº

10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles.”

“Art. 2.027. A partilha é anulável pelos vícios e defeitos que invalidam, em geral, os negócios jurídicos. [...]”

[...] Art. 1.072. Revogam-se: [...] II – os arts. 227, caput, 229, 230, 456, 1.482, 1.483 e 1.768 a 1.773 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

Brasília, 16 de março de 2015; 194º da Independência e 127º da República. DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo Jaques Wagner Joaquim Vieira Ferreira Levy Luís Inácio Lucena Adams

148. Publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, de 17 de março de

LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015

149

Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). [...]

Art. 114. A Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002

(Có-digo Civil), passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

I – (revogado); II – (revogado); III – (revogado).”

“Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

[...]

II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III – aqueles que, por causa transitória ou perma-nente, não puderem exprimir sua vontade;

[...]

Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será

regulada por legislação especial.” “Art. 228. [...]

II – (revogado); III – (revogado); [...]

§ 2º A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados todos os recursos de tecno-logia assistiva.”

“Art. 1.518. Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização.”

“Art. 1.548. [...] I – (revogado); [...]”

“Art. 1.550. [...]

§ 2º A pessoa com deficiência mental ou intelec-tual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.”

“Art. 1.557. [...]

III – a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;

IV – (revogado).” “Art. 1.767. [...]

I – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

II – (revogado);

III – os ébrios habituais e os viciados em tóxico; IV – (revogado);

[...]”

“Art. 1.768. O processo que define os termos da curatela deve ser promovido:

[...]

IV – pela própria pessoa.”

“Art. 1.769. O Ministério Público somente promo-verá o processo que define os termos da curatela: I – nos casos de deficiência mental ou intelectual; [...]

III – se, existindo, forem menores ou incapazes as pessoas mencionadas no inciso II.”

“Art. 1.771. Antes de se pronunciar acerca dos ter-mos da curatela, o juiz, que deverá ser assistido por equipe multidisciplinar, entrevistará pessoalmente o interditando.”

“Art. 1.772. O juiz determinará, segundo as po-tencialidades da pessoa, os limites da curatela, cir-cunscritos às restrições constantes do art. 1.782, e indicará curador.

Parágrafo único. Para a escolha do curador, o juiz

levará em conta a vontade e as preferências do in-terditando, a ausência de conflito de interesses e de influência indevida, a proporcionalidade e a ade-quação às circunstâncias da pessoa.”

“Art. 1.775-A. Na nomeação de curador para a pessoa com deficiência, o juiz poderá estabelecer curatela compartilhada a mais de uma pessoa.”

“Art. 1.777. As pessoas referidas no inciso I do art. 1.767 receberão todo o apoio necessário para ter preservado o direito à convivência familiar e co-munitária, sendo evitado o seu recolhimento em estabelecimento que os afaste desse convívio.”

Art. 115. O Título IV do Livro IV da Parte Especial da

Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a vigorar com a seguinte redação:

“Título IV – Da Tutela, da Curatela e da Tomada de Decisão Apoiada”

Art. 116. O Título IV do Livro IV da Parte Especial da

Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a vigorar acrescido do seguinte Capítulo III:

“Capítulo III – Da Tomada de Decisão Apoiada Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade.

§ 1º Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os apoiadores devem apresentar termo em que constem os limi-tes do apoio a ser oferecido e os compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeito à vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que devem apoiar.

§ 2º O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada, com indicação expressa das pessoas aptas a prestarem o apoio pre-visto no caput deste artigo.

§ 3º Antes de se pronunciar sobre o pedido de toma-da de decisão apoiatoma-da, o juiz, assistido por equipe multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio.

§ 4º A decisão tomada por pessoa apoiada terá vali-dade e efeitos sobre terceiros, sem restrições, desde que esteja inserida nos limites do apoio acordado. § 5º Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação negocial pode solicitar que os apoiadores contra-assinem o contrato ou acordo, especificando, por escrito, sua função em relação ao apoiado. § 6º Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou prejuízo relevante, havendo divergência de opiniões entre a pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o Ministério Público, decidir sobre a questão.

§ 7º Se o apoiador agir com negligência, exercer pressão indevida ou não adimplir as obrigações assumidas, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresentar denúncia ao Ministério Público ou ao juiz.

§ 8º Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o apoiador e nomeará, ouvida a pessoa apoiada e se for de seu interesse, outra pessoa para prestação de apoio.

§ 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, soli-citar o término de acordo firmado em processo de tomada de decisão apoiada.

§ 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua participação do processo de tomada de decisão apoiada, sendo seu desligamento condicionado à manifestação do juiz sobre a matéria.

§ 11. Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que couber, as disposições referentes à prestação de contas na curatela.”

Art. 123. Revogam-se os seguintes dispositivos:

[...]

II – os incisos I, II e III do art. 3º da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

III – os incisos II e III do art. 228 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

IV – o inciso I do art. 1.548 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

V – o inciso IV do art. 1.557 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

VI – os incisos II e IV do art. 1.767 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

VII – os arts. 1.776 e 1.780 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).

Art. 127. Esta lei entra em vigor após decorridos 180

(cento e oitenta) dias de sua publicação oficial. Brasília, 6 de julho de 2015; 194º da Independência e

127º da República. DILMA ROUSSEF Marivaldo de Castro Pereira Joaquim Vieira Ferreira Levy Renato Janine Ribeiro Armando Monteiro Nelson Barbosa Gilberto Kassab Luis Inácio Lucena Adams Gilberto José Spier Vargas Guilherme Afif Domingos

No documento Mesa da Câmara dos Deputados (páginas 156-160)

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