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Da Destituição da Tutela

No documento Estatuto da Criança e do Adolescente (páginas 78-91)

Art. 164. Na destituição da tutela, observar-se-á o procedimento para a remoção de tutor previsto na lei processual civil e, no que couber, o disposto na seção anterior.

Seção IV

Da Colocação em Família Substituta

Art. 165. São requisitos para a concessão de pedidos de colocação em família substituta:

I - qualificação completa do requerente e de seu eventual cônju- ge, ou companheiro, com expressa anuência deste;

II - indicação de eventual parentesco do requerente e de seu cônjuge, ou companheiro, com a criança ou adolescente, especi- ficando se tem ou não parente vivo;

III - qualificação completa da criança ou adolescente e de seus pais, se conhecidos;

IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento, anexan- do, se possível, uma cópia da respectiva certidão;

V - declaração sobre a existência de bens, direitos ou rendimen- tos relativos à criança ou ao adolescente.

Parágrafo único. Em se tratando de adoção, observar-se-ão tam- bém os requisitos específicos.

Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou sus- pensos do poder familiar, ou houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em família substituta, este poderá ser formu- lado diretamente em cartório, em petição assinada pelos próprios requerentes, dispensada a assistência de advogado. Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009

§ 1o Na hipótese de concordância dos pais, esses serão ouvidos

pela autoridade judiciária e pelo representante do Ministério Público, tomando-se por termo as declarações. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

§ 2o O consentimento dos titulares do poder familiar será pre-

cedido de orientações e esclarecimentos prestados pela equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude, em es- pecial, no caso de adoção, sobre a irrevogabilidade da medida. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

§ 3o O consentimento dos titulares do poder familiar será co-

lhido pela autoridade judiciária competente em audiência, pre- sente o Ministério Público, garantida a livre manifestação de vontade e esgotados os esforços para manutenção da criança ou do adolescente na família natural ou extensa. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

§ 4o O consentimento prestado por escrito não terá validade se

não for ratificado na audiência a que se refere o § 3o deste artigo.

Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

§ 5o O consentimento é retratável até a data da publicação da

sentença constitutiva da adoção. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009 § 6o O consentimento somente terá valor se for dado após o nas-

cimento da criança. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

§ 7o A família substituta receberá a devida orientação por in-

termédio de equipe técnica interprofissional a serviço do Poder Judiciário, preferencialmente com apoio dos técnicos responsá- veis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento das partes ou do Ministério Público, determinará a realização de es- tudo social ou, se possível, perícia por equipe interprofissional, decidindo sobre a concessão de guarda provisória, bem como, no caso de adoção, sobre o estágio de convivência.

Parágrafo único. Deferida a concessão da guarda provisória ou do estágio de convivência, a criança ou o adolescente será entre- gue ao interessado, mediante termo de responsabilidade. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

Art. 168. Apresentado o relatório social ou o laudo pericial, e ouvi- da, sempre que possível, a criança ou o adolescente, dar-se-á vista dos autos ao Ministério Público, pelo prazo de cinco dias, decidin- do a autoridade judiciária em igual prazo.

Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da tutela, a perda ou a suspensão do poder familiar constituir pressuposto lógico da me- dida principal de colocação em família substituta, será observado o procedimento contraditório previsto nas Seções II e III deste Ca- pítulo. Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009

Parágrafo único. A perda ou a modificação da guarda poderá ser decretada nos mesmos autos do procedimento, observado o disposto no art. 35.

Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á o disposto no art. 32, e, quanto à adoção, o contido no art. 47.

Parágrafo único. A colocação de criança ou adolescente sob a guarda de pessoa inscrita em programa de acolhimento familiar será comunicada pela autoridade judiciária à entidade por este responsável no prazo máximo de 5 (cinco) dias. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

Seção V

Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade judiciária.

Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade policial competente.

Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada para atendimento de adolescente e em se tratando de ato infracional pra- ticado em co-autoria com maior, prevalecerá a atribuição da repar- tição especializada, que, após as providências necessárias e con- forme o caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria.

Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo único, e 107, deverá:

I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o ado- lescente;

II - apreender o produto e os instrumentos da infração;

III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da materialidade e autoria da infração.

Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de ocorrência cir- cunstanciada.

Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o ado- lescente será prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério Público, no mesmo dia ou, sendo im- possível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gra- vidade do ato infracional e sua repercussão social, deva o adoles- cente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção da ordem pública.

Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial encami- nhará, desde logo, o adolescente ao representante do Ministério Público, juntamente com cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência.

§ 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a autoridade policial encaminhará o adolescente à entidade de atendimento, que fará a apresentação ao representante do Ministério Público no prazo de vinte e quatro horas.

§ 2º Nas localidades onde não houver entidade de atendimento, a apresentação far-se-á pela autoridade policial. À falta de repartição policial especializada, o adolescente aguardará a apresentação em dependência separada da destinada a maiores, não podendo, em qualquer hipótese, exceder o prazo referido no parágrafo anterior.

Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade policial enca- minhará imediatamente ao representante do Ministério Público cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência.

Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios de participação de adolescente na prática de ato infracional, a autori- dade policial encaminhará ao representante do Ministério Público relatório das investigações e demais documentos.

Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracio- nal não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento

fechado de veículo policial, em condições atentatórias à sua digni- dade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade.

Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto de apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial, devidamente autuados pelo cartó- rio judicial e com informação sobre os antecedentes do adolescen- te, procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de seus pais ou responsável, vítima e testemunhas.

Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o representan- te do Ministério Público notificará os pais ou responsável para apresentação do adolescente, podendo requisitar o concurso das polícias civil e militar.

Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo anterior, o representante do Ministério Público poderá:

I - promover o arquivamento dos autos; II - conceder a remissão;

III - representar à autoridade judiciária para aplicação de medida sócio-educativa.

Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou concedida a re- missão pelo representante do Ministério Público, mediante termo fundamentado, que conterá o resumo dos fatos, os autos serão conclusos à autoridade judiciária para homologação.

§ 1º Homologado o arquivamento ou a remissão, a autoridade judiciária determinará, conforme o caso, o cumprimento da medida. § 2º Discordando, a autoridade judiciária fará remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiça, mediante despacho fundamentado, e este oferecerá representação, designará outro membro do Ministério Público para apresentá-la, ou ratificará o arquivamento ou a remissão, que só então estará a autoridade judiciária obrigada a homologar.

Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do Ministério Pú- blico não promover o arquivamento ou conceder a remissão, ofere- cerá representação à autoridade judiciária, propondo a instauração de procedimento para aplicação da medida sócio-educativa que se afigurar a mais adequada.

§ 1º A representação será oferecida por petição, que conterá o breve resumo dos fatos e a classificação do ato infracional e, quando necessário, o rol de testemunhas, podendo ser deduzida oralmente, em sessão diária instalada pela autoridade judiciária. § 2º A representação independe de prova pré-constituída da autoria e materialidade.

Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do pro- cedimento, estando o adolescente internado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.

Art. 184. Oferecida a representação, a autoridade judiciária desig- nará audiência de apresentação do adolescente, decidindo, desde logo, sobre a decretação ou manutenção da internação, observado o disposto no art. 108 e parágrafo.

§ 1º O adolescente e seus pais ou responsável serão cientificados do teor da representação, e notificados a comparecer à audiência, acompanhados de advogado.

§ 2º Se os pais ou responsável não forem localizados, a autoridade judiciária dará curador especial ao adolescente.

§ 3º Não sendo localizado o adolescente, a autoridade judiciária expedirá mandado de busca e apreensão, determinando o sobrestamento do feito, até a efetiva apresentação.

§ 4º Estando o adolescente internado, será requisitada a sua apresentação, sem prejuízo da notificação dos pais ou responsável.

Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela autoridade ju- diciária, não poderá ser cumprida em estabelecimento prisional.

§ 1º Inexistindo na comarca entidade com as características definidas no art. 123, o adolescente deverá ser imediatamente transferido para a localidade mais próxima.

§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente aguardará sua remoção em repartição policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena de responsabilidade.

Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais ou responsável, a autoridade judiciária procederá à oitiva dos mesmos, podendo solicitar opinião de profissional qualificado.

§ 1º Se a autoridade judiciária entender adequada a remissão, ouvirá o representante do Ministério Público, proferindo decisão. § 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de medida de internação ou colocação em regime de semi-liberdade, a auto- ridade judiciária, verificando que o adolescente não possui ad- vogado constituído, nomeará defensor, designando, desde logo, audiência em continuação, podendo determinar a realização de diligências e estudo do caso.

§ 3º O advogado constituído ou o defensor nomeado, no prazo de três dias contado da audiência de apresentação, oferecerá defesa prévia e rol de testemunhas.

§ 4º Na audiência em continuação, ouvidas as testemunhas arroladas na representação e na defesa prévia, cumpridas as diligências e juntado o relatório da equipe interprofissional, será dada a palavra ao representante do Ministério Público e ao defensor, sucessivamente, pelo tempo de vinte minutos para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da autoridade judiciária, que em seguida proferirá decisão.

Art. 187. Se o adolescente, devidamente notificado, não comparecer, injustificadamente à audiência de apresentação, a autoridade judi- ciária designará nova data, determinando sua condução coercitiva.

Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, poderá ser aplicada em qualquer fase do procedimento, antes da sentença.

Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer medida, des- de que reconheça na sentença:

I - estar provada a inexistência do fato; II - não haver prova da existência do fato; III - não constituir o fato ato infracional;

IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido para o ato infracional.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando o adoles- cente internado, será imediatamente colocado em liberdade.

Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida de internação ou regime de semi-liberdade será feita:

I - ao adolescente e ao seu defensor;

II - quando não for encontrado o adolescente, a seus pais ou responsável, sem prejuízo do defensor.

§ 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação far-se-á unicamente na pessoa do defensor.

§ 2º Recaindo a intimação na pessoa do adolescente, deverá este manifestar se deseja ou não recorrer da sentença.

Seção VI

Da Apuração de Irregularidades em Entidade de Atendimento Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades em entidade governamental e não-governamental terá início mediante portaria da autoridade judiciária ou representação do Ministério Público ou do Conselho Tutelar, onde conste, necessariamente, resumo dos fatos.

Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a autoridade ju- diciária, ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente o afastamento provisório do dirigente da entidade, mediante deci- são fundamentada.

Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar documentos e indi- car as provas a produzir.

Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário, a au- toridade judiciária designará audiência de instrução e julgamento, intimando as partes.

§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público terão cinco dias para oferecer alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.

§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de dirigente de entidade governamental, a autoridade judiciária oficiará à autoridade administrativa imediatamente superior ao afastado, marcando prazo para a substituição.

§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciária poderá fixar prazo para a remoção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o processo será extinto, sem julgamento de mérito.

§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da entidade ou programa de atendimento.

Seção VII

Da Apuração de Infração Administrativa às Normas de Proteção à Criança e ao Adolescente

Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade adminis- trativa por infração às normas de proteção à criança e ao adoles- cente terá início por representação do Ministério Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração elaborado por servidor efe-

tivo ou voluntário credenciado, e assinado por duas testemunhas, se possível.

§ 1º No procedimento iniciado com o auto de infração, poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a natureza e as circunstâncias da infração.

§ 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a lavratura do auto, certificando-se, em caso contrário, dos motivos do retardamento.

Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para apresentação de defesa, contado da data da intimação, que será feita:

I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado na presença do requerido;

II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente habilitado, que entregará cópia do auto ou da representação ao requerido, ou a seu representante legal, lavrando certidão;

III - por via postal, com aviso de recebimento, se não for encon- trado o requerido ou seu representante legal;

IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou não sabido o paradeiro do requerido ou de seu representante legal.

Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo legal, a autorida- de judiciária dará vista dos autos do Ministério Público, por cinco dias, decidindo em igual prazo.

Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciária procederá na conformidade do artigo anterior, ou, sendo necessário, designará audiência de instrução e julgamento. Vide Lei nº 12.010, de 2009

Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar-se-ão suces- sivamente o Ministério Público e o procurador do requerido, pelo tempo de vinte minutos para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da autoridade judiciária, que em seguida proferirá sentença.

Seção VIII

Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009

Da Habilitação de Pretendentes à Adoção

Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no Brasil, apre- sentarão petição inicial na qual conste: Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

I - qualificação completa; Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009 II - dados familiares; Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou casamen- to, ou declaração relativa ao período de união estável; Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas; Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

V - comprovante de renda e domicílio; Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009 VI - atestados de sanidade física e mental; Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009 VII - certidão de antecedentes criminais; Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009 VIII - certidão negativa de distribuição cível. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, dará vista dos autos ao Ministério Público, que no prazo de 5 (cinco) dias poderá: Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

I - apresentar quesitos a serem respondidos pela equipe inter- profissional encarregada de elaborar o estudo técnico a que se refere o art. 197-C desta Lei; Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009 II - requerer a designação de audiência para oitiva dos postulan- tes em juízo e testemunhas; Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009 III - requerer a juntada de documentos complementares e a re- alização de outras diligências que entender necessárias. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, equipe interprofis- sional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, que deverá elaborar estudo psicossocial, que conterá subsídios que permitam aferir a capacidade e o preparo dos postulantes para o exercício de uma paternidade ou maternidade responsável, à luz dos requisitos e princípios desta Lei. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

§ 1o É obrigatória a participação dos postulantes em programa

oferecido pela Justiça da Infância e da Juventude preferencial- mente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar, que inclua preparação psicológica, orientação e estímulo à ado- ção inter-racial, de crianças maiores ou de adolescentes, com ne- cessidades específicas de saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

§ 2o Sempre que possível e recomendável, a etapa obrigatória da

preparação referida no § 1o deste artigo incluirá o contato com

crianças e adolescentes em regime de acolhimento familiar ou institucional em condições de serem adotados, a ser realizado sob a orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude, com o apoio dos técnicos responsáveis pelo programa de acolhimento familiar ou insti- tucional e pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009 Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da participação no programa referido no art. 197-C desta Lei, a autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, decidirá acerca das diligên- cias requeridas pelo Ministério Público e determinará a juntada do estudo psicossocial, designando, conforme o caso, audiência de instrução e julgamento. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

Parágrafo único. Caso não sejam requeridas diligências, ou sen- do essas indeferidas, a autoridade judiciária determinará a jun- tada do estudo psicossocial, abrindo a seguir vista dos autos ao art. 197c

Ministério Público, por 5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será inscrito nos ca- dastros referidos no art. 50 desta Lei, sendo a sua convocação para a adoção feita de acordo com ordem cronológica de habilitação e conforme a disponibilidade de crianças ou adolescentes adotáveis. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

§ 1o A ordem cronológica das habilitações somente poderá dei-

xar de ser observada pela autoridade judiciária nas hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quando comprovado ser essa a melhor solução no interesse do adotando. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

§ 2o A recusa sistemática na adoção das crianças ou adolescen-

tes indicados importará na reavaliação da habilitação concedi- da. Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009

Capítulo IV

No documento Estatuto da Criança e do Adolescente (páginas 78-91)