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3. Apresentação e Analise dos Resultados

3.3. Dados relativos à opinião dos utentes

Após a colheita dos dados qualitativos torna-se necessário analisa-los, isto é, codifica-los. Neste sentido, Holsti (cit. in Bardin, 2004), afirma que a codificação dos dados é o processo através do qual os dados brutos são transformados e agregados em unidades, as quais possibilitam uma descrição precisa das características pertinentes do conteúdo. Para esta codificação foi necessário empregar os pilares que assentam neste processo, especificamente, o recorte, a enumeração e a classificação das categorias. Assim sendo, após as duas primeira fases, procedeu-se à classificação das categorias, ou seja, à categorização que, segundo Bardin (2004, p. 111) consiste numa

“ (…) operação de classificação de elementos constitutivos de um conjunto, por diferenciação e, seguidamente por reagrupamento segundo o género (analogia), com os critérios previamente definidos. As categorias são rubricas ou classes, que reúnem um grupo de elementos (unidades de registo, no caso da análise de conteúdo) (…)”

Deste modo, procedeu-se à seguinte categorização:

Unidades de Registo Unidades de Contexto Score

Explicações sobre procedimentos

efectuados

Q2: “Explicou-me o que tinha que fazer, utilizou alguns

termos técnicos e traduzia o que queria dizer”;

Q4: “ (…) não me explicou nada”;

Q6: “Utilizou termos técnicos e não percebi nada”; Q10: “Por vezes a explicação é muito vaga ou nenhuma”; Q20: “ (…) julgo que o enfermeiro foi claro e explicou de

forma a eu entender”;

Q21: “O enfermeiro explicou-me de forma sintética o que

havia de mais importante a ser transmitido”;

Q39: “Porque nos explica os sintomas e os passos seguintes 3

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ao que iria fazer fora da triagem”.

Explicações sobre a utilidade da pulseira

Q2: “ (…) diz respeito à gravidade do caso de cada pessoa,

para que os casos mais graves sejam tratados primeiro”;

Q3: “ (…) para saber de que urgência se trata” Q11: “Caso grave vermelha, menos grave verde”; Q18: “Qual a prioridade a que correspondia”;

Q37: “Disse que a cor é equivalente à prioridade nos

tratamentos e atendimento por parte do médico”.

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Explicações sobre o significado das cores

Q18: “Grau de prioridade e urgência no atendimento”; Q21: “Explicou-me que consoante a cor atribuída estava

definido quer o tempo de espera, quer a urgência no atendimento”;

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Explicações sobre tempo de espera para

atendimento médico

Q2: “Que tinha que esperar cerca de 30 minutos”;

Q13: “Que aguardasse na sala de espera (…) que logo que

fosse possível iria ser atendida”;

Q18: “A cor da prioridade correspondia mais ou menos ao

tempo de espera”;

Q20: “Que iria ser atendido em função da cor da pulseira e

o numero de doentes que estavam a ser atendidos”;

2 2 Vantagens no atendimento realizado por enfermeiros Q1: “Têm formação”;

Q2: “Têm uma melhor percepção daquilo que os doentes

sofrem”;

Q4: “A classe médica não é tão prestável, carinhosa,

preocupada, atenciosa como são os enfermeiros”;

Q7: “Diminui a lista de espera, o que pode ser útil”;

Q8: “ (…) são poucas, porque só fazem a triagem e

abandonam-nos”;

Q9: “Porque assim justifica se deve ser atendido com mais 2

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104 Vantagens no atendimento realizado por enfermeiros (cont.) ou menos urgência”;

Q13: “Sim, porque se fica elucidado com o que se passara

depois”;

Q14: “Nenhumas, porque não resolve nada”;

Q17: “Sim, pois assim encaminha o doente de imediato à

especialidade”;

Q25: “ (…) pois possuem conhecimentos para isso e

também experiência para melhor interpretar as queixas e sinais que os utentes apresentam”;

Q28: “Têm mais eficácia”;

Q30: “Têm competência (…), no entanto, deviam também

ser acompanhados pela equipe médica”;

Q35: “Não, porque os enfermeiros não têm os

conhecimentos necessários e pode enganar-se a fazer a triagem”;

Q39: “Conversa connosco, mostra disponibilidade, mostra

interesse em ajudar”;

Q42: “Pois assim os médicos ficam mais disponíveis para

as situações urgentes”. 4 2 3 2 2 Sugestões e/ou Críticas

Q1: “Deviam ter um pouco mais de paciência (…)”;

Q4: “Explicar sempre os procedimentos aos utentes de

forma adequada a qualquer pessoa, utilizarem um tom de voz adequado, receber o doente com um sorriso, atenção, meiguice, simpatia. Explicar o porquê da atribuição da cor e quanto tempo vai esperar”;

Q5: “Mais enfermeiros nas urgência, porque por falta

destes, nem têm tempo de dar atendimento aos doentes”;

Q7: “As pulseiras que põem nos doentes não são

adequadas”;

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105 Sugestões e/ou

Críticas (cont.)

Q8: “O enfermeiro apenas faz a triagem, no final vira

costas, por vezes vai para a companhia de outros colegas conversar ou até criticar”;

Q9: “Penso que os enfermeiros devem continuar a fazer a

triagem, porque assim os doentes são melhor atendidos”;

Q10: “Explicar melhor as situações dos doentes”;

Q13: “ (…) quando são os enfermeiros a fazer a triagem é

muito bom. Espero que continuem sempre assim para que haja um bom atendimento”;

Q14: “A triagem não resolve nada, em vez de ser atendido

pelo enfermeiro porque não directamente com o médico?”;

Q16: “Um pouco mais de humanismo não faria mal a

ninguém! E se pensarmos que hoje são eles e que amanha somos nós! Talvez tudo fosse diferente! (…)”;

Q17: “ (…) na triagem o enfermeiro devia estar apoiado

por um médico, dado este nem sempre estar capacitado para fazer um diagnóstico (…)”;

Q19: “Não comento pois seria demasiado negativo”;

Q21: “Dar mais informação, como por exemplo, através de

cartazes e panfletos simples e objectivos”;

Q28: “Não esperar muito tempo no corredor à espera de

exames”;

Q30: “Apesar do tempo para a triagem ser escasso, penso

que a informação dada é escassa. Se dessem essa informação evitar-se-iam muitos conflitos e insatisfação por parte dos utentes”;

Q31: “Serviço bem efectuado com eficácia e clareza”; Q35: “Deveriam dar mais informação, mas penso que a

culpa do mal atendimento não é dos enfermeiros mas sim de

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106 Sugestões e/ou

Críticas (cont.)

todo um sistema (…)”;

Q36: “ (…) mais enfermeiros e mais salas (…). Deviam

informar o porquê de outra pessoa passar à nossa frente”;

Q37: “Não deviam sobrecarregar tanto os enfermeiros que

são tão importantes e imprescindíveis. O bom atendimento passa pelo tempo que estes têm para dispensar aos utentes”;

Q38: “Demorar pouco tempo”;

Q42: “Pouco ou nada há a dizer (…) o enfermeiro faz a

triagem, determina o grau de urgência e encaminha o doente, não havendo mais contacto com ele”.

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Tabela1: Categorização

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