Capítulo III DO SOLO CRIADO
DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO DO AMBIENTE NATURAL
Art. 88 - As Áreas de Proteção do Ambiente Natural terão o uso e a ocupação disciplinados por meio de regime urbanístico próprio, compatibilizados com as características que lhes conferem peculiaridades e admitem um zoneamento interno de uso, nos termos dos arts. 225, 235 e 245 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, compreendendo as seguintes situações: (Redação do “caput” modificada pela L.C. n° 646, de 22 de julho de 2010.)
I. Preservação Permanente; II. Conservação;
III. Corredores Ecológicos. (Inciso III incluído pela L.C. n° 646, de 22 de julho de 2010.)
§ 1º - A Preservação Permanente aplicar-se-á às áreas referidas no art. 245 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre que, pelas suas condições fisiográficas, geológicas, hidrológicas, botânicas, climatológicas e faunísticas, formem um ecossistema de importância no ambiente natural. (Redação do § 1ºmodificada pela L.C. n° 646, de 22 de julho de 2010).
§ 2º - A Conservação aplicar-se-á às áreas naturais que se encontrem parcialmente descaracterizadas em suas condições naturais originais e apresentem maior compatibilidade com as transformações urbanas.
§ 3º - As zonas de Preservação Permanente descritas no art. 245 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre que não estejam prejudicadas em seus atributos e funções essenciais poderão receber apenas o manejo indispensável para a recuperação do equilíbrio e de sua perpetuação. (Redação do § 3° modificada pela L.C. n° 646, de 22 de julho de 2010).
§ 4º - As zonas de Conservação poderão receber atividades destinadas à educação ambiental, ao lazer, à recreação, à habitação e à produção primária, desde que tais atividades não impliquem comprometimento significativo dos elementos naturais e da paisagem, favorecendo sua recuperação.
§ 5º - Os Corredores Ecológicos são áreas remanescentes florestais, Unidades de Conservação, Reservas Particulares, Reservas Legais, Áreas de Preservação Permanente ou quaisquer outras áreas de florestas naturais que possibilitam o livre trânsito de animais e dispersão de sementes das espécies vegetais e o fluxo gênico entre as espécies da fauna e flora e a conservação da biodiversidade e garantia da conservação dos recursos hídricos do solo, do equilíbrio do clima e da paisagem, delimitados e instituídos por lei. (Parágrafo 5º incluído pela L.C. n° 646, de 22 de julho de 2010).
Art. 89 - O Município estabelecerá restrições ou limitações administrativas, assim como criará Unidades de Conservação, tais como Reserva Biológica e Parque Natural.
LC 334/94. Dispõe sobre Unidade de Conservação. (LC 334/1994)
LC 679/11. Institui o Sistema Municipal de Unidades de Conservação da Natureza de Porto Alegre
(SMUC-POA). (LC 679/2011)
Lei Ordinária 8.155/94. Denomina parque natural morro do osso a área funcional de parque natural
criada pela LC 334/94. (LO 8.155/1994)
Lei Ordinária 9.781/05. Altera a denominação da reserva biológica do Lami, que passa a se denominar
Reserva Biológica do Lami José Lutzenberger, e cria o Museu da Reserva Biológica do Lami José Lutzemberger. (LO 9.781/2005)
Lei Ordinária 12.026 define as Unidades de Conservação Municipale obriga o uso de sinalização. (LO 12.026/2016)
Lei Ordinária 12.266/17 – Declara como Área de Preservação Permanente (APP) parcela da propriedade
situada na Estrada Retiro da Ponta Grossa, 4102. (LO 12.266/2017)
Decreto Estadual 34.256/92 cria o Sistema de Unidade de Conservação. (Dec. Estadual 34.256/1992)
Decreto Estadual 38.814/98 regulamenta o Sistema de Unidades de Conservação.(Dec. Estadual 38.814/1998)
Decreto Estadual 39.414/99. Regulamenta o Sistema Estadual de Unidades de Conservação do Solo.
(Dec. Estadual 39.414/1999)
Decreto Estadual 44.516/06. Regulamenta a Lei 12.371/05, que cria área de proteção ambiental – APA
Decreto Federal 6.660/08. Define integrantes do Bioma da Mata Atlântica. (Dec. Federal 6.660/2008)
Decreto Municipal 14.289/03. Enquadra o Parque Saint’ Hilaire no Sistema Nacional de Unidades de
Conservação. (Dec. 14.289/2003)
Decreto Municipal 18.818. Cria o refúgio de vida silvestre São Pedro, localizado na Zona Sul do
Município de Porto Alegre. (Dec. 18.818/2014)
Decreto Municipal 6223/97. Cria no parque Saint`Hilaire área de preservação permanente, destina
recreação e dá outras providências. (Dec. 6223 /1977)
Decreto Municipal 7092/79. Fixa os limites para a Reserva Biológica do LAMI. (Dec. 7092 /1979)
Decreto Municipal 12.026/16 – define e determina instalação de placas nas Unidades de Conservação.
(Dec. 12.026/2016)
Lei Estadual 9.519/92. Institui o Código Florestal do Rio Grande do Sul. (Lei Estadual 9.519/1992)
Lei Estadual 11.520/00. Institui o Código Estadual do Rio Grande do Sul. (Lei Estadual 11.520/2000)
Lei Estadual 12.371/05. Cria Área de Proteção Ambiental- APA- Estadual Delta do Jacuí e Parque
Estadual Delta do Jacuí. (Lei Estadual 12.371/2005)
Lei Federal 9.985/00. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III, e IV da CF, institui o sistema Nacional de Unidades de Conservação da natureza. (Lei Federal 9.985/2000)
Lei Federal 11.428/06. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do bioma mata atlântica.
(Lei Federal 11.428/2006)
Lei Federal 12.651/12 (Código Florestal). Dispõe a proteção da mata nativa e dá outras providências.
(Lei Federal 12.651/2012)
Resolução CONAMA 33/94. Define estágios sucessionais das formações vegetais que ocorrem na Mata
Atlântica, visando viabilizar critérios, normas e procedimentos para manejo, utilização racional e conservação da vegetação da Mata Atlântica do Rio Grande do Sul. (Resolução CONAMA 33/1994)
Instrução Normativa SMAM 03/2016 – revogou a Instrução Normativa 02/2016 que revogou a Inst.
Normativa 04/14 e a Res. COMAM 03/11. (Inst. Norm. SMAM 03/2016)
Parecer 51/2014 PUMA - Procuradoria de Urbanismo e Meio Ambiente. Trata da Área de preservação
permanente (APP) em curso d´água - caso Arroio Dilúvio. (Informação 51/2014 PUMA)
Art. 90 - As Áreas de Proteção do Ambiente Natural têm limites e regime urbanístico constantes no Anexo 1, os quais serão detalhados mediante Estudo de Viabilidade Urbanística - EVU, a ser aprovado.
§ 1º - O EVU compreende o inventário do meio físico e biótico, a delimitação geográfica e o zoneamento interno de usos, compreendendo definições quanto a traçado viário e equipamentos.
§ 2º - A elaboração de EVU será de iniciativa do Poder Público ou do requerente, sendo que para a sua elaboração serão observados o regime urbanístico e os princípios estabelecidos na Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, com alterações posteriores, e no Código Florestal Estadual.
§ 3º - A aplicação dos princípios referidos no § 2º deste artigo será disciplinada por instrumento legal adequado, ouvidos os Conselhos Municipais competentes.
§ 4º - O uso e a ocupação do solo serão autorizados mediante a compatibilização do regime urbanístico estabelecido para o local ou entorno, desde que resguardados os valores naturais intrínsecos que determinaram a instituição da Área de Proteção, observado, ainda, o que segue:
I. Permissão restrita ao uso e ocupação do solo, mediante seleção de atividades passíveis de implantação, dentre as previstas para o local ou entorno;
II. Redução dos padrões urbanísticos relativos aos dispositivos de controle das edificações vigorantes para o local ou entorno.
Art. 91 - Para a identificação e a delimitação de Lugares e Unidades de Proteção do Ambiente Natural, bem como para a elaboração dos respectivos EVUs e de EIVs, aplicam-se os dispositivos referentes às Áreas de Proteção do Ambiente Natural. (Redação do art. 91 modificada pela L.C. n° 646, de 22 de julho de 2010).
Art. 91 A - VETADO.
Subseção II