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Art. 139 São penalidades disciplinares:

I - advertência; II - suspensão; III - demissão;

IV - extinção de aposentadoria ou disponibilidade;

V - destituição de cargo em comissão ou função de confiança.

Art. 140 Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da

infração cometida, os danos que possam causar ao serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

Art. 141 A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante

do artigo 129, incisos I ao IX, e de inobservância de dever funcional previsto no artigo 128 e em legislação específica ou regulamento que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Art. 142 A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com

advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias, ficando o servidor sem prestar o serviço, não percebendo a remuneração e vantagens temporárias do cargo.

§1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade, uma vez cumprida a determinação.

§2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia da remuneração, permanecendo o servidor em serviço.

Art. 143 As penalidades de advertência e de suspensão terão registros cancelados após o

decurso de 3 (três) anos de efetivo exercício, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Art. 144 A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - crime contra a Administração Pública ou a Fé Pública. (incluído pela Lei nº 1.902, de 28 de maio de 2013)

II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa;

V - incontinência pública ou conduta escandalosa na repartição; VI - insubordinação grave em serviço;

VII - ofensa física em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa ou de outrem.

VIII - aplicação irregular de dinheiro público;

IX - revelação de segredo apropriado em razão do cargo;

X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal; XI - corrupção;

XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão do artigo 129, incisos XI ao XVIII.

Art. 145 Verificada, em processo disciplinar, acumulação proibida e provada boa-fé, o

servidor optará por um dos cargos, empregos ou funções.

§1º Provada a má-fé perderá também o cargo que exercia há mais tempo e restituirá o que tiver percebido indevidamente.

§2º Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos, emprego ou função, exercido em outro órgão ou entidade a demissão lhe será comunicada.

Art. 146 A exoneração de cargo em comissão ou a dispensa da função de confiança é

prerrogativa do Chefe do Poder Executivo, salvo se for proveniente de infração disciplinar, sendo servidor efetivo ou não, aplicável a destituição do cargo em comissão ou da função de confiança, e as demais penalidades administrativas, civis e penais, nos termos da lei.

Art. 147 A demissão ou a destituição de cargo em comissão ou função de confiança, nos

casos dos incisos I, IV, VIII, X e XI do artigo 144, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo de ação penal cabível.

Art. 148 A demissão ou a destituição de cargo em comissão ou função de confiança por

infringência do artigo 129, incisos XII e XIV incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público municipal, o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão ou função de confiança, por infringência do artigo 144, incisos I, IV, VIII, X e XI.

Art. 149 Configura abandono de cargo a ausência do servidor ao serviço por mais de 30

(trinta) dias consecutivos, sem justificativa legal.

Art. 150 Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem justificativa legal, por

30 (trinta) dias, interpoladamente, durante o período de 06 (seis) meses.

Art. 151 O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa

da sanção disciplinar.

Art. 152 As penalidades disciplinares serão aplicadas:

I - pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara Municipal, dirigente superior de autarquia e fundação, quando se tratar de demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor, vinculado ao respectivo Poder, órgão ou entidade.

II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso I, quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;

III - pelo chefe da repartição e outra autoridade imediatamente inferior a mencionada no inciso II, na forma dos regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;

IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão, de não ocupante de cargo efetivo, ou a destituição da função de confiança.

I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, extinção de aposentadoria ou disponibilidade, e destituição de cargo em comissão ou função de confiança;

II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; e

III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

§1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornar conhecido, oficialmente, pela Administração Pública Municipal.

§2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.

§3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

§4º Interrompido o curso da prescrição, esse começará a correr pelo prazo restante, a partir do dia em que cessar a interrupção.

SEÇÃO VI

DO TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTE DE CONDUTA

Art. 154 É facultada à Administração Pública a elaboração de termo de compromisso de

ajuste de conduta, quando a infração administrativa disciplinar, no seu conjunto, apontar ausência de efetiva lesividade ao erário, ao serviço ou a princípios que regem a Administração Pública.

Parágrafo único. Para fins do que dispõe o caput deste artigo, considera-se como essencial: I – inexistir dolo ou má-fé na conduta do servidor infrator;

II – que o histórico funcional do servidor e a manifestação da chefia imediata lhe abonem a conduta.

Art. 155 Como medida disciplinar alternativa de procedimento disciplinar e de punição, o

ajustamento de conduta visa à reeducação do servidor, e este, ao firmar o termo de compromisso de ajuste de conduta, espontaneamente, deve estar ciente dos deveres e das proibições, comprometendo-se, doravante, em observá-los no seu exercício funcional.

Art. 156 O ajustamento de conduta pode ser formalizado antes ou durante o procedimento

disciplinar, quando presentes, objetivamente, os indicativos apontados no artigo 154, e pode ser recomendado, caso esteja concluída a fase instrutória, antes da elaboração da tipificação da infração.

Art. 157 O compromisso firmado pelo servidor perante a Comissão Disciplinar Permanente

ou Especial deve ser assinado pelo servidor indiciado e todos os membros da Comissão, sendo ainda, para sua efetiva validade, homologado pelo Procurador Geral do Município e o Secretário de Administração.

Parágrafo único. Caso ainda não tenha Comissão Disciplinar designada, o compromisso será firmado pelo servidor, o seu chefe imediato, e homologado pelo Procurador Geral do Município e o Secretário de Administração.

CAPÍTULO II

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

(alterado pela Lei nº 1.902, de 28 de maio de 2013)

Art. 158 A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a

promover a sua imediata apuração, mediante sindicância ou processo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

§1º As denúncias de irregularidades serão objeto de apuração desde que contenham a

identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a sua autenticidade.

§2º Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a

denúncia pode ser arquivada, por falta de objeto.

Art. 159 A apuração da irregularidade poderá ser efetuada por meio de:

I – sindicância, como condição preliminar à instauração de processo administrativo, se for o caso;

II – processo administrativo sob o rito sumário, se o caso configurado for passível de aplicação de advertência ou suspensão disciplinar até 30 (trinta) dias, quando a falta for confessada, documentalmente provada ou manifestamente comprovada, e ainda para as situações de abandono de cargo ou inassiduidade habitual e rescisão de contratação temporária, por infração disciplinar cometida;

III – processo administrativo sob o rito ordinário, quando houver elementos de autoria e materialidade do fato, desde que não se configure as situações previstas nos incisos I e II deste artigo.

SEÇÃO II

DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 160 A autoridade instauradora do processo administrativo disciplinar, de ofício ou

mediante solicitação do presidente da comissão processante, poderá ordenar, por escrito, o afastamento do servidor acusado pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, da unidade ou setor administrativo, até conclusão do processo administrativo, sem prejuízo de sua remuneração, a fim de que o mesmo não venha influir na apuração dos fatos.

Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão

SEÇÃO III

No documento MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA/BA (páginas 32-37)

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