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um data center para a computação em nuvem é muito parecida. O data

center tradicional se destaca por atender aplicações que têm uma ampla

variedade de cargas de trabalho, aplicações utilizados apenas por um número relativamente pequeno de usuários (porém importantes para o negócio) e aplicações que são executados em sistemas mais antigos que ainda são necessários para o negócio. Devido à natureza destas aplica- ções, é provável que não seja rentável mover para a nuvem (VAZQUEZ; KRISHNAN; JOHN, 2014).

Diferente do data center tradicional, na nuvem computacional os recursos físicos são colocados em agrupamentos lógicos, como pools de recursos e geralmente separados por domínios. Esses agrupamentos lógicos são mapeados para uma infraestrutura física e isso auxilia na to- mada de decisões de gerenciamento e no provisionamento que pode ser aplicada pelo usuário, de preferência sob demanda (MELL; GRANCE, 2011).

Outra diferença são os modelos de custo utilizados: os data

centers estão mais caracterizados pelo uso do pay-as-you-go e compu-

tação em nuvem pelo uso do modelo de custo pay-as-you-use (BEGUM; KHAN, 2011). Por Ąm, os serviços de computação em nuvem possuem um diferencial porque o custo é provavelmente inferior do que o mesmo serviço fornecido a partir de um data center tradicional. (ARMBRUST et al., 2010). Isso acontece porque paga-se somente pelo o quê utiliza na nuvem, enquanto no data center tradicional paga-se pelo recurso independentemente de o mesmo ser utilizado ou não.

2.4

Considerações parciais

Dentre as variáveis que compõe o custo, a energia elétrica con- sumida pelos equipamentos de TI é responsável por mais de 52% dos custos variáveis do data center. Estes custos são repassados ao cliente, aĄnal, são custos operacionais que compõe o TCO. O fato é que o con- sumo de energia varia conforme a utilização de recursos, quanto maior o percentual de utilização do recurso de hardware, maior o consumo elétrico da máquina física.

A taxa de utilização de processador, não interfere no valor pago pelo cliente nos modelos de custo identiĄcados neste trabalho. Contudo, interfere substancialmente no consumo de energia do data center. Neste contexto, aplicar a divisão igualitária do custo variável de energia elé-

trica entre clientes com utilização distinta e diferenciada dos recursos de hardware não é adequado.

A evolução do ambiente de data centers teve como foco a uni- Ącação da computação, armazenamento, rede, virtualização e gerencia- mento em uma plataforma centralizada. O resultado desta evolução são a simpliĄcação operacional e agilidade, essenciais para a computação em nuvem e a implantação de TI como serviço um terceirizado.

Esta uniĄcação possibilitou a utilização do IaaS para forne- cimento de recursos virtualizados (tipicamente através de VMs) por permitir que em um mesmo computador sejam executados simultanea- mente dois ou mais serviços do cliente de modo distinto e com o devido isolamento. Mais do que isso, permite a alocação dos recursos do IDC para cliente em unidades bem deĄnidas e que geralmente são: quanti- dade de vCPUs, memória e armazenamento.

Os provedores IaaS (Amazon EC2, Microsoft, Google, Racks- pace e Dualtec) utilizam o pay-as-you-use como principal modelo de custo para a tarifação. Esta forma de tarifação é baseada no uso, ou seja, o valor a ser pago é proporcional à quantidade de recursos uti- lizados. O custo é deĄnido pela alocação do tipo de instância e pela quantidade de dados trafegados. Nesta condição não foram encontrados provedores que consideram na sua tarifação a utilização do processador, que possui impacto direto no consumo de energia elétrica de um data

center.

A energia elétrica é um dos principais custos variáveis da ope- ração de um data center, porém os modelos de custos encontrados não distribuem os custos com o consumo elétrico conforme o uso do proces- sador. Neste sentido é evidente a necessidade de um modelo de custo que considere o uso dos processadores (vCPUs) alocados em uma VM na composição do custo do serviço.

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Modelo de custo Virtual Power

A energia elétrica é um dos principais custos variáveis da ope- ração de um data center, porém os modelos de custos encontrados não distribuem os custos com o consumo elétrico conforme o uso do pro- cessador. Modelos de custos tradicionais, tanto pay-as-you-go quanto

pay-as-you-use, consideram a alocação dos recursos na composição do

custo diferenciando-se entre si, simplesmente, pelo fato do recurso estar ou não ativo no momento.

Este capítulo apresenta um modelo de custo que leva em con- sideração a utilização do processador e respectivo consumo de energia elétrica: Modelo Virtual Power. Este modelo considera o consumo de energia elétrica do processador para ambientes virtualizados não com- partilhados em sistemas de computação na nuvem do tipo IaaS. Para o seu desenvolvimento foi realizado um levantamento de quais componen- tes da máquina virtual são relevantes em relação ao consumo elétrico.

O Virtual Power é um modelo de custo para o TCO, neste mo- delo o custo com o uso de energia elétrica pelo processador do hospe- deiro será repassado a instância. Os custos com consumo elétrico relaci- onados a manutenção do ambiente de virtualização devem ser divididos entre as instâncias alocadas em um computador hospedeiro através de um critério de rateio.

Outros modelos de custo são comparados com Virtual Power, sendo seus aspectos relevantes avaliados. Esta comparação busca iden- tiĄcar se o modelo de custo comparado leva em consideração recursos do ambiente virtualizado vinculando a carga ou uso do recurso virtual ao modelo de custo.

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