• Nenhum resultado encontrado

De quantas maneiras ele pode combinar suas camisas e

bermudas de forma que forme conjuntos diferentes?

Fonte: SILVA; PESSOA, 2013

→ Quais são as roupas utilizadas nesse problema? → De quem é a roupa?

No problema comparativo, como mostra o Quadro 20, foram realizados outros questionamentos específicos para a situação.

Quadro 20. Produção a partir da pergunta envolvendo ideia comparativa

___________________________________________________________________ __________________. Diante dessa quantidade entre João e Mateus, quantas bolas Mateus ganhou?

Fonte: SILVA; PESSOA, 2013

→ Qual é a informação que vamos colocar primeiro: número de bolas de João ou de Mateus?

→ Mateus ganhou ou tem essas bolas? Vejam na pergunta como está colocado.

→ Lembram-se das palavras comparativas que representam números? Podemos usar nesse problema.

E, por fim, para o problema de proporcionalidade, como vemos no Quadro 21, houve também a formulação de perguntas que devolviam as dúvidas que os alunos apresentavam durante a produção.

Quadro 21. Produção a partir da pergunta envolvendo proporcionalidade

___________________________________________________________________ _________________________________________________. Quanto Mariana vai pagar pelos livros?

Fonte: SILVA; PESSOA, 2013

→ Se ela vai pagar quer dizer que ela está fazendo o quê? → Esse valor é para todos os livros ou para cada um deles?

Salientamos que esses questionamentos estavam relacionados às leituras que as duplas e trios faziam em suas produções, ou seja, as dúvidas surgiam e a pesquisadora fazia eles retomarem ao que estavam escrevendo e ao que já havia na atividade (as perguntas dos problemas) para que os mesmos pensassem. Nessa proposta de produção de problema, houve a troca de atividades para serem resolvidas, assim os alunos tiveram mais uma oportunidade de avaliar produções que não eram suas.

No momento da conversa coletiva foi relembrado o que foi realizado no encontro, a relação entre enunciado e pergunta coerentes para a formulação de problema, mas ainda quando se questionou sobre as produções dos colegas apareceram algumas duplas ou trios relatando incompreensão na produção, então a pesquisadora pediu que o problema fosse lido e ao lê-lo numa conversa buscando um consenso, os alunos observaram que o problema trazia a ideia correta, o que faltava era uma ou outra palavra que a complementasse e deixando o problema com uma construção melhorada.

Sobre dificuldades em realizar essa atividade, uma turma afirmou não ter sido difícil já a outra relatou que o problema envolvendo configuração retangular não foi fácil (a ideia de fileiras). Esse espaço de discussão a pesquisadora aproveitou para conversar sobre a resolução de cálculos multiplicativos que apresentam reservas, não se pode dizer que foi aula de resolução porque foi um momento rápido apenas colocando o que ela percebia de dificuldade em algumas duplas ou trios.

4.2.3.4 Quarta sessão

E na quarta e última sessão os questionamentos planejados foram os seguintes:

→ Leiam para mim o que escreveram. O que acham? A escrita está legal ou tem alguma coisa que não está dando para entender?

→ Essas informações fazem parte do que queremos saber nesse problema? → Você concorda com a ideia do seu colega (dupla/trio)?

→ Vamos pensar juntos? Por que iniciaram o problema assim? Essa pergunta está boa? Podemos retirar alguma palavra que está sobrando nesse problema? → De qual outra forma podemos escrever essa parte da história/ da situação do problema?

→ Vocês estão usando os números da conta?

→ O problema está compreensível? (outra pessoa lendo vai entendê-lo?) → Falta que pontuação no final do texto?

→ Qual seria um resultado possível para esse problema?

Nessa sessão os pares e trios tiveram a liberdade de formular questões com características dos tipos de problemas multiplicativos que mais se apropriaram. Para isso, no início da explicação da atividade a pesquisadora relembrou que em outros momentos eles produziram diferentes problemas envolvendo diferentes contextos.

Durante as produções a pesquisadora caminhava entre as duplas e trios incentivando-os a lerem o que estavam escrevendo e pensarem se estava faltando algo. Essa última atividade não houve trocas para resolução, assim os alunos tiveram outro momento de rever suas produções enquanto leitor para resolução. Na conversa coletiva os alunos consideraram essa proposta como a mais fácil de todos os encontros e a mais difícil a produção a partir dos desenhos. Tendo em vista que houve uma frequência maior em determinados tipos de problemas multiplicativos, a pesquisadora leu em voz alta alguns problemas de cada tipo escritos pelos alunos e relembrou os diferentes contextos que foram trabalhados nesses encontros, revendo coletivamente mais uma vez as dúvidas de resolução mais frequentes e também reforçando a discussão de que eles vão encontrar vários problemas que não precisamente terá a palavra vezes para indicar que se trata de uma situação envolvendo multiplicação e confirmando com os mesmos que nesses encontros puderam trabalhar problemas multiplicativos sem utilizar, necessariamente, essa palavra.

Ressaltamos ainda que nas duas sessões que houve trocas de produções para resolução, os alunos que tinham mais autonomia na leitura e escrita apontaram algumas escritas de outros colegas com ausências de letras, necessidade de melhorar a segmentação entre as palavras como erros, mas a pesquisadora informava que isso não era uma produção errada, mas uma construção escrita diferente da deles e os ajudava a entender a escrita. A finalidade das sessões de intervenção era incentivá-los para produzirem problemas e não queríamos correr o risco de alguns alunos que não demonstravam habilidades tão desenvolvidas (leitura e escrita) como os outros se constrangerem ou se sentirem inferior aos demais.

E ainda nas produções que a grandeza numérica não foi controlada, a pesquisadora discutiu com os pares e trios sobre o contexto real (preços e objetos ou alimentos, por exemplo, no preço que compramos diariamente para que as situações não ficassem com contextos estranhos).

Finalizado as ações com os alunos, passamos para o processo de análise dos dados, como veremos no próximo capítulo.

CAPÍTULO 5