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DEDUÇÕES DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO

A pessoa jurídica optante pelo lucro real trimestral poderá deduzir do imposto devido:

a) os seguintes incentivos fiscais: Caráter Cultural e Artístico, Programa de Alimentação do Trabalhador, Desenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário, aprovados até 31 de dezembro de 2005, Atividade Audiovisual, Fundos do Direito da Criança e do Adolescente, Regionais de Redução e/ou Isenção do Imposto, Isenção/Prouni, e de Redução por Reinvestimento, Atividades de Caráter Desportivo, Fundos Nacional, Estaduais ou Municipais do Idoso e Remuneração da Prorrogação da Licença-Maternidade, em conformidade com a legislação pertinente;

b) o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que integram a base de cálculo do imposto devido;

c) imposto pago no exterior sobre lucros disponibilizados, rendimentos e ganhos de capital; Notas:

1) A compensação dos tributos pagos no país de domicílio da filial, sucursal, controlada ou coligada da pessoa jurídica e o pago relativamente a rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior está limitada:

a) ao imposto pago no exterior, correspondente aos lucros de cada filial, sucursal, controlada ou coligada e aos rendimentos e ganhos de capital que houverem sido computados na determinação do lucro real; e

b) à diferença positiva entre os valores calculados sobre o lucro real com e sem a inclusão dos referidos lucros, rendimentos e ganhos de capital provenientes do exterior.

2) O imposto pago no exterior não pode ser compensado nos recolhimentos mensais referentes aos meses de janeiro a novembro e no caso de pagamento do imposto no mês de dezembro com base na receita bruta e acréscimos.

3) Conversão para Reais - o tributo pago no exterior, a ser compensado, é convertido em Reais tomando-se por base a taxa de câmbio da moeda do país de origem, fixada para venda, pelo Banco Central do Brasil, correspondente à data de seu efetivo pagamento. Caso a moeda do país de origem não tenha cotação no Brasil, o seu valor é convertido em Dólares dos Estados Unidos da América e, em seguida, em Reais.

d) o imposto retido na fonte sobre rendimentos pagos ou creditados a filial, sucursal, controlada ou coligada de pessoa jurídica domiciliada no Brasil, não compensado em virtude de a beneficiária ser domiciliada em país enquadrado nas disposições do art. 24 da Lei nº 9.430, de 1996, quando os resultados da filial, sucursal, controlada ou coligada, que contenham os referidos rendimentos, forem computados na determinação do lucro real da pessoa jurídica no Brasil (MP nº 1.858-6, de 1999, e reedições);

e) o imposto de renda retido na fonte por órgãos públicos, conforme art. 64 da Lei nº 9.430, de 1996;

f) o imposto de renda retido na fonte por Entidades da Administração Pública Federal (Lei nº 10.833/2003, art. 34). 9. COMPENSAÇÕES DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO

A pessoa jurídica optante pelo lucro real trimestral pode efetuar as seguintes compensações: a) pagamentos indevidos ou a maior de imposto de renda;

b) saldo negativo de imposto de renda de períodos anteriores;

c) outras compensações efetuadas mediante Declaração de Compensação (PER/DComp) ou processo administrativo.

As compensações efetuadas devem ser demonstradas na DCTF. 10. Opção para Aplicação em Investimentos Regionais

A pessoa jurídica ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991, alterado pela Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, que, isolada ou conjuntamente, detenha(m), pelo menos, cinquenta e um por cento do capital votante de sociedade titular de projetos nas áreas de atuação da Sudam e da Sudene ou do Grupo Executivo para Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo (Geres), aprovados, no órgão competente, até o dia 2 de maio de 2001, enquadrado em setores da economia considerados, pelo Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional, que sejam beneficiários das aplicações no Finor, Finam e Funres, podem manifestar a opção pela aplicação de parte do imposto de renda em investimentos regionais na declaração ou no curso do ano-calendário, nas datas de pagamento do imposto com base no lucro real, apurado trimestralmente (MP nº 2.199-14, de 2001, art. 4º, e MP nº 2.145, de 2 de maio de 2001, art. 50, XX, atuais MP nº 2.156-5, de 2001, art. 32, XVIII, e nº 2.157-5, de 2001, art. 32, IV).

O disposto neste item (exceto em relação ao tratamento do PIN e Proterra) se aplica às pessoas jurídicas domiciliadas no Estado do Espírito Santo, as quais poderão optar pela aplicação no Funres, no percentual de 9% (nove por cento) do imposto devido, relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Notas:

1) As aplicações somente podem ser efetuadas até o final do prazo previsto para a implantação dos respectivos projetos.

2) A opção para aplicação em Investimentos Regionais ficou extinta a partir de 2 de maio de 2001 para as pessoas jurídicas que não se enquadrem no art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991. (MP nº 2.199-14, de 2001, art. 4º, e MP nº 2.145, de 2001, art. 50, XX, atuais MP nº 2.156-5, de 2001, art. 32, XVIII, e nº 2.157-5, de 2001, art. 32, IV). 3) Os incentivos de que trata este item também se aplicam às SCP tributadas com base no lucro real, das quais a declarante seja sócia ostensiva. A opção somente poderá ser efetuada em relação à parte do imposto devido, exclusive o adicional, pertencente à sócia ostensiva, ou seja, não se aplica à parte do imposto que cabe aos demais sócios.

10.1 – Limite Conjunto

Sem prejuízo do limite específico para cada incentivo, o conjunto das aplicações em favor do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) e do Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam) não pode exceder, em cada período de apuração, a 10% (dez por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013, incluídas as deduções compulsórias, no montante de doze por cento, em favor do Programa de Integração Nacional (PIN), de que trata o art. 5º do Decreto-lei nº 1.106, de 16 de junho de 1970, e do Programa de Redistribuição de Terras e de Estímulo à Agroindústria do Norte e do Nordeste (Proterra), de que cuida o art. 6º do Decreto-lei nº 1.179, de 6 de julho de 1971).

10.2 – Códigos de DARF

A pessoa jurídica que efetuar pagamentos mensais deve recolher o valor correspondente à aplicação em investimentos regionais em Darf específico, com os códigos:

a) 9004 IRPJ Finor Balanço Trimestral; b) 9017 IRPJ Finor - Estimativa;

c) 9020 IRPJ Finam Balanço Trimestral; d) 9032 IRPJ Finam Estimativa;

e) 9045 IRPJ Funres Balanço Trimestral; f) 9058 IRPJ Funres Estimativa;

g) 9344 IRPJ Finor Ajuste; h) 9360 IRPJ Finam Ajuste;

i) 9372 IRPJ Funres Ajuste.

10.3 – Tratamento da Parcela Excedente

A parcela excedente destinada aos fundos, verificada no ajuste anual pelas pessoas jurídicas, deve ser considerada como recurso próprio aplicado no respectivo projeto, quando o recolhimento for efetuado pelas pessoas jurídicas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991.

10.4 - Valor Mínimo das Aplicações

Não devem ser consideradas aplicações inferiores a R$ 8,28. 11. EXEMPLO

Admitindo-se que uma pessoa jurídica, tributada pelo lucro real trimestral, tenha apresentado os seguintes dados em determinado trimestre:

a) Resultado do período... R$ 1.500.000,00 b) Provisões não dedutíveis ...R$ 250.000,00 c) Lucros derivados de investimentos avaliados pelo

custo de aquisição contabilizados como receitas... R$ 55.000,00 d) Resultados positivos em participações societárias...R$ 330.000,00

e) Resultado negativo da avaliação de investimentos pela equivalência patrimonial... R$ 160.000,00 f) Prejuízo fiscal apurado em períodos anteriores ...R$ 500.000,00

g) Contribuição Social Sobre o Lucro... R$ 23.000,00 h) IRRF sobre aplicações financeiras...R$ 13.500,00 i) Incentivo fiscal ao PAT... R$ 5.500,00

j) IRRF sobre juros remuneratórios do capital próprio recebidos de coligada... R$ 30.000,00 I - Apuração da base de cálculo:

Resultado antes do IR... R$ 1.500.000,00 (+) Resultado negativo da avaliação de investimentos pela equivalência patrimonial... R$ 160.000,00 (+) Contribuição Social Sobre o Lucro... R$ 23.000,00 (+) Provisões não dedutíveis... R$ 250.000,00

(-) Resultados positivos em participações societárias... R$ 330.000,00

(-) Lucros derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição contabilizados como receita... R$ 55.000,00

(=) Lucro real antes da compensação de prejuízos... R$ 1.548.000,00

(-) Compensação de prejuízos fiscais períodos anteriores (valor do limite de compensação: 30% de R$ 1.548.000,00) ...R$ 464.400,00

II - Determinação do Imposto de Renda devido: Lucro real... R$ 1.083.600,00 (X) Alíquota do imposto normal ...15%

(=) Valor do Imposto normal... R$ 162.540,00

III - Apuração do valor do adicional do Imposto de Renda:

Lucro real excedente a R$ 60.000,00 no trimestre (R$ 1.083.600,00 - R$ 60.000,00)... R$ 1.023.600,00 (X) Alíquota do adicional... 10%

(=) Valor do adicional... R$ 102.360,00 (+) Valor do imposto normal... R$ 162.540,00

(=) Total do imposto e do adicional devidos... R$ 264.900,00 IV - Compensações do imposto e adicional devidos:

Imposto e adicional devidos... R$ 264.900,00 (-) IRRF sobre aplicações financeiras... R$ 13.500,00 (-) Incentivo fiscal ao PAT... R$ 5.500,00 (-) IRRF sobre juros remuneratórios... R$ 30.000,00 (=) Imposto e adicional a recolher... R$ 215.900,00 12. PAGAMENTO DO IMPOSTO APURADO

12.1 - Pagamento em Quota Única

O Imposto de Renda, apurado ao final de cada trimestre, será pago em quota única até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração (Art. 6º da Lei nº 9.430/1996).

12.2 - Pagamento Parcelado

À opção da pessoa jurídica, o Imposto de Renda devido poderá ser pago em até 3 (três) quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos 3 (três) meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que corresponder, observado o seguinte:

a) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais);

b) o Imposto de Renda de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração;

c) as quotas do Imposto de Renda serão acrescidas de juros equivalentes à taxa SELIC, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento; d) a primeira quota ou quota única, quando paga até o vencimento, não sofrerá acréscimos.

12.3 – Imposto de Renda a Pagar de Sociedade em Conta de Participação – SCP

Os resultados das Sociedades em Conta de Participação - SCP deverão ser apurados em cada período, com observância das normas aplicáveis às pessoas jurídicas em geral (Art. 149 do RIR/1999), de acordo com as normas específicas previstas na Instrução Normativa SRF nº 179/1987.

Compete ao sócio ostensivo a responsabilidade pela apuração dos resultados, apresentação da declaração de rendimentos e recolhimento do imposto devido, observado o seguinte:

a) o lucro real da Sociedade em Conta de Participação será informado e tributado na mesma declaração de rendimentos do sócio ostensivo;

b) o prejuízo fiscal somente poderá ser compensado com o lucro real decorrente da mesma SCP;

c) não é permitida a compensação de prejuízos entre duas ou mais SCP, nem entre estas e o sócio ostensivo; d) a opção para aplicação do imposto em investimentos regionais e setoriais incentivados, correspondentes à SCP, será efetuada pelo sócio ostensivo em sua própria declaração de rendimentos.

O valor correspondente à soma do imposto de renda a pagar por SCP, das quais a pessoa jurídica seja sócia ostensiva, inclusive adicional, deduzidos dos valores correspondentes ao imposto de renda retido na fonte e do retido na fonte por órgão público serão recolhidos no CNPJ do sócio ostensivo.

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