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III. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

3.3. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA DE OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

4.2.5. Definição das Restrições

As restrições são limitações que restringem as alternativas para os tomadores de decisão (STEVENSON, 2001). As três espécies de restrições são do tipo menor ou igual (≤), maior ou igual (≥), e simplesmente igual a (=). Uma restrição de ≤ implica existir um limite superior para a quantidade de algum recurso disponível para utilização (p.ex. mão-de-obra). Uma restrição do tipo ≥ especifica um valor mínimo que deve ser alcançado na solução final (p.ex. quantidade mínima a ser produzida). A restrição do tipo = é a mais restritiva, por especificar exatamente qual deveria ser o valor de uma variável de decisão (p.ex. quantidade mínima igual à máxima a ser produzida).

Um modelo de programação linear pode conter uma ou mais restrições. As restrições de determinado problema definem o conjunto de todas as combinações viáveis para as variáveis de decisão (STEVENSON, 2001).

Para o modelo adotado, foram definidos seis tipos de restrições, conforme descrito abaixo:

a) Restrições de Mão-de-Obra: a maioria das operações no chão de fábrica é realizada manualmente, o que transforma a mão-de-obra em uma das principais restrições do sistema. Na solução proposta, as restrições de mão-de-obra estão caracterizadas em todos os Nós do tipo Processamento que têm suas operações realizadas por funcionários. Isso é feito na determinação da capacidade de

processamento do nó, da seguinte forma: existe um ritmo padrão para todas as operações, em kg/hora/homem e determinado através de cronoanálise. Assim, o fluxo (em kg) que passa pelo nó deve ser menor ou igual que o número de pessoas na célula multiplicado pelo ritmo padrão (hora/homem x kg/hora/homem = kg). Além disso, ao final da alocação de todas as pessoas nos NP, o número total de funcionários alocados deve ser menor ou igual que o número total de funcionários disponíveis na data.

∈ ∈ ∀ ≤ j ec i J ij CAPMDO j NP x Pr ; (3) Onde:

Xij = fluxo de um nó i para um Nó de Processamento j;

Precj = conjunto de nós que precedem a j;

NP = Conjunto de Nós de Processamento;

CAPMDOj = Capacidade de mão-de-obra do nó j.

b) Restrições de Equipamentos: de maneira semelhante às restrições de mão-de-obra, as restrições de equipamentos se aplicam aos Nós do tipo Processamento que tem suas operações realizadas por máquinas. Assim, o fluxo (em kg) que passa pelo nó deve ser menor ou igual que a capacidade de processamento da máquina multiplicada pelo número de horas de trabalho da mesma (kg/hora x horas = kg).

∈ ∈ ∀ ≤ j ec i J ij CAPMAQ j NP x Pr ; (4) Onde:

Xij = fluxo de um nó i para um Nó de Processamento j;

NP = Conjunto de Nós de Processamento; CAPMAQj = Capacidade da máquina do nó j.

c) Restrições de capacidade dos grupos: estas restrições referem-se a um grupo de nós que possuem suas atividades executadas em uma mesma máquina. Assim, são definidos quais os nós pertencem ao grupo e qual a capacidade total de operação do grupo. Ou seja, o somatório dos fluxos que passam por todos os nós do grupo deve ser menor ou igual à capacidade de processamento do mesmo;

∑ ∑

∈ ∈ ∈ ∀ ≤ K j i ec k ij CAPGRUPO k G x j ; Pr (5) Onde:

Xij = fluxo de um nó i para um Nó de Processamento j;

Precj = conjunto de nós que precedem a j;

G = Conjunto de Grupos;

CAPGRUPOk = Capacidade de processamento do Grupo k;

K = Conjunto de nós pertencentes ao k-ésimo Grupo de Processamento; d) Restrições de conservação de fluxo: estas restrições têm como objetivo a garantia de continuidade do sistema. Todos os fluxos de um nó para outro devem seguir a proporcionalidade especificada na matriz de adjacência dos arcos. Estas restrições são mais evidentes nos Nós do tipo Fracionamento e Decisão. Nesses casos, os fluxos que entram nos ND e NF devem ser iguais à soma dos fluxos que saem dos mesmos. Nos demais tipos de nós a relação é direta, ou seja, o fluxo que entra no nó deve ser igual ao fluxo que sai.

∈ ∈

=

j j ec i l Subs jl ij ij

a

x

j

x

Pr

;

(6)

Onde:

Xij = fluxo de um nó i para um nó j;

Xjl = fluxo de um nó j para um nó l;

Precj = conjunto de nós que precedem a j;

Subsj = conjunto de nós subseqüentes a j;

a = multiplicador encontrado na matriz de adjacência, sendo normalmente 01 (um). No entanto pode ser menor do que um em casos onde ocorrem perdas no processo (0,79 na desossa da coxa e sobrecoxa) ou maior do que um quando há acréscimo da quantidade à matéria-prima durante a operação (1,32 no acréscimo de tempero no filé de peito). Os casos onde o multiplicador é diferente de um são melhores ilustrados na pág. 60.

e) Restrições de Quantidades a serem Produzidas: estas restrições podem ser de dois tipos, quantidade mínima e quantidade máxima a serem produzidas, e aplicam-se aos Nós Item. No caso de atendimento à quantidade mínima, a quantidade do fluxo que sai do NI deve ser maior ou igual à quantidade mínima a ser produzida para o respectivo produto acabado, estimada através de pedidos em carteira ou necessidade de reposição de estoque. Para o caso de quantidade máxima, o fluxo que sai do NI deve ser menor ou igual que a quantidade máxima a ser produzida do respectivo produto acabado, determinado normalmente pela aceitação do mercado e pela quantidade já disponível em estoque.

P

j

QMAX

x

QMIN

j

ij

j

;∀

(7) Onde:

Xij = fluxo de um nó i para um Nó Item j;

QMAXj = quantidade máxima a ser produzida do Nó Item j;

P = Conjunto de Nós Item que representam produtos acabados, conforme ilustrado na figura 4.1.

f) Restrições de não-negatividade: estas restrições definem que as variáveis de decisão não podem assumir valores menores que zero. Ou seja, todos os fluxos da rede devem ser maiores ou iguais a zero.

j

ec

i

x

ij

0;∀

∈Pr

j

;∀

(8) Onde: Xij = fluxo de um nó i para um nó j;

Precj = conjunto de nós que precedem a j;

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