Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 10
Proposta do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico - ENGECORPS
1063-SSE-GST-RT-P004
âmbito dos Comitês, fato que cabe recomendar para fins de acompanhamento e vigilância social dos Planos Municipais de Saneamento Básico.
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Assim, sob tais subsídios e conceitos, em relação aos sistemas de abastecimento de água dos municípios da UGRH 10, pode-se concluir que:
há um quadro regional preocupante, em decorrência da baixa disponibilidade de água de boa qualidade, adequada à captação para abastecimento público;
por consequência, ocorre elevada dependência de inúmeros municípios quanto:
à proteção e operação adequada do reservatório de Itupararanga;
à melhoria da qualidade de água do próprio rio Sorocaba; e,
à proteção dos diversos mananciais locais (córregos, rios afluentes e mananciais subterrâneos);
sob as perspectivas do desenvolvimento regional, em decorrência da continuidade do processo de expansão e descentralização da RMSP, as disputas e conflitos pelas disponibilidades hídricas entre os diferentes setores usuários das águas tendem a implicar maiores dificuldades quanto ao abastecimento público.
No que tange aos sistemas de coleta e tratamento de esgotos, as conclusões são as seguintes:
mesmo com diversos municípios da UGRHI 10 estando acima dos padrões nacionais de coleta e tratamento de esgotos, há espaço e demandas para avanços importantes, que terão rebatimentos positivos em termos da oferta de água para abastecimento, notadamente em termos da qualidade dos recursos hídricos, tanto superficiais quanto subterrâneos;
as prioridades desses avanços poderão ser estabelecidas de acordo com as associações de seus resultados em termos de melhoria de qualidade da água e proteção a mananciais de sistemas de abastecimento público.
Em relação aos sistemas de resíduos sólidos, não obstante os elevados percentuais de coleta, por vezes universalizados na maioria das cidades, pode-se concluir que os principais desafios referem-se:
à disposição final adequada, com a implantação de aterros sanitários, com vistas à impedir a contaminação de aquíferos que sirvam como mananciais para abastecimento e, também, para reduzir os impactos negativos que são causados sobre as águas superficiais da região – rios córregos e reservatórios;
a identificação de locais adequados, inclusive para empreendimentos coletivos de aterros sanitários que atendam conjuntos de municípios, considerando a perspectiva regional e o rebatimento de tais empreendimentos sobre o meio ambiente e os recursos hídricos.
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Por fim, em relação aos sistemas de drenagem, conclui-se que os casos mais frequentes dizem respeito:
a inundações em locais específicos de áreas urbanas, o que requer intervenções de cunho mais pontual; e,
a consideração, em termos de macrodrenagem, da operação adequada de barragens, para fins de reservação, regularização de vazões e controle de cheias.
Sob tais conclusões, os PMSBs devem considerar as seguintes diretrizes gerais:
a universalização dos sistemas de abastecimento de água, não somente para atender à questões de saúde pública e direitos de cidadania, como também para que os mananciais presentes e potenciais sejam prontamente aproveitados para fins de abastecimento de água, consolidando o sistema de saneamento, prevendo projeções de demandas futuras e antecipando-se à possíveis disputas com outros setores usuários das águas;
sob tal diretriz, apenas casos isolados de pequenas comunidades da área rural serão admitidos com metas ainda parciais, para chegar à futura universalização dos serviços de abastecimento de água;
mais do que isso, também cabe uma diretriz voltada ao aumento da eficiência na distribuição de água potável, o que significa redução do índice de perdas físicas e financeiras, com melhor aproveitamento dos mananciais utilizados;
a máxima ampliação viável dos índices de coleta de esgotos sanitários, associados a sistemas de tratamento, notadamente nos casos onde possam ser identificados rebatimentos positivos sobre a qualidade de corpos hídricos nos trechos de jusante, com particular destaque à proteção do reservatório de Itupararanga, que apresenta significativos impactos regionais – quantitativos e qualitativos – águas abaixo;
tais resultados advindos da coleta e tratamento de esgotos não devem ser considerados somente na bacia do Médio Tietê e Sorocaba, mas também sobre as UGRHIs que seguem às margens do rio Tietê, por consequência, com esperados resultados positivos já no reservatório de Barra Bonita;
a implantação de todos os aterros sanitários demandados para a disposição adequada de resíduos sólidos – coletivos ou para casos isolados –, a serem construídos em locais identificados sob aspectos de facilidade logística e operacional, assim como de pontos que gerem menores repercussões negativas sobre o meio ambiente e os recursos hídricos (ou seja, verificando acessibilidade, custos de transporte, tipo do solo, relevo e proximidade com corpos hídricos);
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a identificação de frentes para avanços relacionados a indicadores traçados para:
serviço de coleta regular; saturação do tratamento e disposição final dos resíduos sólidos domiciliares; serviço de varrição das vias urbanas; destinação final dos resíduos sólidos industriais; e, manejo e destinação de resíduos sólidos de serviços de saúde; e,
além da execuções de intervenções pontuais e de manutenção e limpeza em sistemas de macro e microdrenagem das cidades, a checagem de regras de operação de barragens, para fins de melhores resultados na reservação, regularização de vazões e controle de cheias, em termos de macrodrenagem.
10.2 O
BJETIVOS EM
ETASEm consonância com as diretrizes gerais, os Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico devem adotar os seguintes objetivos e metas, tal como já disposto, essencialmente quanto ao que se pretende alcançar em cada horizonte de projeto, em relação ao nível de cobertura e/ou aos padrões de atendimento dos serviços de saneamento básico e sua futura universalização, conforme apresentado no Quadro 10.1 a seguir, especificamente para o caso do município de Cesário Lange:
QUADRO 10.1 – OBJETIVOS E METAS RELACIONADOS AO NÍVEL DE COBERTURA E/OU PADRÕES DE ATENDIMENTO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO E SUA FUTURA
UNIVERSALIZAÇÃO
Município Serviços de Saneamento
Discriminação dos
Indicadores Subsistema Situação Atual
Objetivos e Metas (fim de Plano)
CESÁRIO LANGE
Água
Atendimento (%)
Distrito sede 100%
Manter 100% de atendimento da população urbana Distrito Fazenda
Velha 100%
Bairro Torninos 100%
Bairro
Campininha 100%
Perdas (%)
Distrito sede 43% Alcançar um percentual de perdas de 34%
Distrito Fazenda
Velha 35% Manter o baixo índice de perdas atual Bairro Torninos 7% Manter o baixo índice de
perdas atual Bairro
Campininha 56% Alcançar um percentual de perdas de 35%
Esgotos Coleta (%)
Distrito sede 87%
100% de coleta dos esgotos domésticos
urbanos Distrito Fazenda
Velha 83%
Bairro Torninos 0%
Bairro
Campininha 0%
Continua...
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1063-SSE-GST-RT-P004 Continuação.
QUADRO 10.11 – OBJETIVOS E METAS RELACIONADOS AO NÍVEL DE COBERTURA E/OU PADRÕES DE ATENDIMENTO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO E SUA FUTURA
UNIVERSALIZAÇÃO
Município Serviços de Saneamento
Discriminação dos
Indicadores Subsistema Situação Atual
Objetivos e Metas (fim de Plano)
Cobertura de tratamento do coletado (%)
Distrito sede 100%
100% de tratamento do esgoto coletado Distrito Fazenda
Velha 100%
Bairro Torninos 0%
Bairro
Campininha 0%
Resíduos Sólidos
Indicador para Resíduos
Sólidos Irs = 82 Irs = 100, com todos os
subindicadores avaliados
Drenagem
Indicadores de Macro e microdrenagem Urbana
(IDU) IDU = 1,5
IDU = 20, com todos os subindicadores avaliados
Pontos de Inundação 0 pontos
urbanos
Eliminar 01 pontos urbanos