• Nenhum resultado encontrado

Definição e Ligação das zonas verdes de Esmoriz e Cortegaça

Fonte: Gabinete SIG, tratamento próprio

Com a criação deste corredor ecológico, pretende-se que este estruture os espaços com potencial para constituir uma possível estrutura ecológica para as freguesias de Esmoriz e Cortegaça, para tal deseja-se que este corredor ecológico promova a mobilidade de modos suaves, contribuindo para uma melhoria na qualidade do ambiente urbano. A criação deste corredor oferece ainda uma estratégia promissora para gerar uma infraestrutura ecológica criando sinergias com fatores sociais e culturais e integrando usos e práticas de gestão apropriadas. Pretende-se ainda com este corredor verde gerar oportunidades de negócios e incentivos a atividades que promovam a conservação ambiental e o seu uso sustentável. Os espaços verdes urbanos, quer públicos quer privados, assumem uma crescente importância nas políticas regionais e municipais, procurando-se uma lógica de contínuo que dê vida ao tecido urbano e de ligação ao espaço rural envolvente.

Um outro objetivo a que o Plano de Urbanização de Esmoriz e Cortegaça irá procurar dar resposta, passará pela definição da Interface Ambiental da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de

SÍLVIO LOUCEIRO 73 territorial estabelecido no PDM de Ovar e o projeto de execução para requalificação e valorização do “sítio” da barrinha de Esmoriz. A Barrinha de Esmoriz faz parte do património natural do Concelho, representando uma área de grande interesse ecológico. A Barrinha de Esmoriz, além de outras funções geralmente associadas a este tipo de zona húmida, constitui um excelente local de invernada para muitas aves aquáticas e de nidificação para muitas outras. O projeto de execução para requalificação e valorização do “sítio” da Barrinha de Esmoriz propõe a realização de percursos e zonas de estadia e lazer. Ao se analisar o modelo territorial e o projeto, verifica-se que não existe qualquer tipo de conflito entre os percursos propostos na área da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos e o espaço classificado como urbano. No que diz respeito, à Planta de Condicionantes, verifica-se que toda a área que circunda a Barrinha de Esmoriz se encontra abrangida pela REN, existindo também uma parte que se encontra integrada na RAN. Aquando da formulação de propostas para esta área, dever-se-á ter estas condicionantes em consideração, como é o caso de uma zona de estacionamento proposta no projeto para requalificação e valorização do “sítio” da barrinha de Esmoriz junto ao final da Rua Cais da Barrinha. Nos termos do nº1 do artigo 21º da Lei nº58/2005, de 29 de Dezembro, o âmbito territorial do Programa de Orla Costeira Ovar- Marinha Grande, inclui a totalidade da área da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos, devendo-se ter esta área em consideração na formulação do PU, visto que é um lugar que se assume como um Sítio de Interesse Comunitário, apresentando uma grande riqueza ambiental e paisagística, assim como uma elevada biodiversidade. Embora o POC-OMG esteja já aprovado, este ainda não entrou em vigor; no entanto, deve-se ter em conta as normas propostas por este Programa para a área da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos, que poderão comprometer a realização de construções ao seu redor. O setor do turismo, atualmente, assume-se como um dos principais potenciadores do desenvolvimento económico das freguesias de Esmoriz e Cortegaça, tornando-se a praia de Cortegaça e a Praia de Esmoriz um destino de eleição, devido às infraestruturas disponíveis e às condições favoráveis à prática de atividade náuticas.

Neste setor ambiental, o ultimo objetivo pretendido passa pela definição da estratégia para

as frentes de mar dos aglomerados costeiros de Esmoriz e Cortegaça, salvaguardando e articulando o ambiente com a atividade balnear, a Arte Xávega, a pesca desportiva, o surf e demais desportos e atividades económicas náuticas valorizando a vocação atlântica deste território. Para tal existe já um projeto de Intervenção no Espaço Público, o qual se pretende que

seja concretizado. No entanto, para a prossecução deste projeto dever-se-á ter em conta que toda esta zona em causa se encontra sujeita a um elevado número de condicionantes de ordem superior, o que implicará a consulta a entidades exteriores ao Município. Grande parte das intervenções idealizadas localizam-se em áreas condicionadas por ordem superior, aplicando-se os regimes legais inerentes a cada uma das condicionantes em presença, sendo necessária a consulta à APA-ARH, ao ICNF e à CCDRC, na medida em que a Câmara Municipal não tem autonomia para dispor sobre as áreas abrangidas pelas condicionantes presentes.

3.4.3.2. Sistema Viário

A rede viária é elemento integrante da mobilidade e, por isso, fator determinante da ocupação urbana. Há que construir as vias necessárias, mas apenas essas, evitando um multiplicar da rede contrário ao modelo de ordenamento que for adotado. Há que recusar o projeto viário autónomo,

SÍLVIO LOUCEIRO 74 articulando-o sempre com a demais ocupação envolvente, prevendo a circulação de peões, resolvendo ou atenuando impactos negativos da circulação rodoviária na demais vivência urbana. Desta forma, revela-se, assim, necessário: um planeamento urbanístico que se articule com um planeamento da mobilidade (ou, melhor ainda, que o integre)(Carvalho, 2000).

No que diz respeito ao Sistema Viário, existem 6 objetivos a cumprir através da concretização do PUEC. Um dos grandes objetivos pretendidos passa pela criação de um anel de

circulação externo (ver mapa 12) prevendo um atravessamento a nascente que ligue os três nós da

A29 e favorecendo as acessibilidades às diversas zonas de atividade económica, ao caminho-de- ferro, praias e floresta. Para a criação deste anel, irá ser necessário abrir novas ruas. No entanto, algumas das soluções propostas já foram desenhadas no PDM de Ovar de 1995, nomeadamente, a Circular Norte de Esmoriz e a Circular Sul de Cortegaça.