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- Análise espacial: “Espacial” significa que os dados analisados têm referências geográficas, de forma que seja possível identificar geograficamente em um mapa, onde os eventos ocorrem. “Análise espacial” tem suas raízes na geografia e é um termo mais largamente utilizado nas literaturas referentes a Sistemas de Informações Geográficas (GIS, na sigla em inglês) e a Ciência de Informação Geográfica (GISc, na sigla em inglês). Resumidamente, a análise espacial possui três elementos: (i) modelagem cartográfica, onde os dados observados são representados em mapas; (ii) modelagem matemática, onde os resultados do modelo dependem da forma de interação espacial entre os objetos modelados e suas posições e relacionamentos geográficos; e (iii) técnicas estatísticas que permitam realizar análises e inferências sobre o comportamento espacial dos dados em análise. (HAINING,2003;p. 4-6)

- Bioma: “Conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria.”(IBGE, p.49). Segundo o IBAMA, são os biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal. (IBAMA)

- Capacidade de carga da Terra: Traduz a capacidade de recuperação do ambiente natural vis-

à-vis o impacto (população x afluência x tecnologia), taxa de depleção de recursos renováveis

e não-renováveis e acúmulo de resíduos perigosos no ambiente. O ponto de equilíbrio é rompido quando o crescimento da população, a depleção dos recursos ou acúmulo de resíduos causam o rompimento de qualquer uma das funções de sustentação da vida na Terra (FURTADO,2005).

- Common-Pool Resource (CPR): O termo Common-Pool Resources (CPRs) trata de recursos naturais ou construídos pelo homem que têm dois atributos: (i) é difícil excluir indivíduos dos benefícios gerados pelo recurso; e (ii) o consumo do recurso por um indivíduo diminui a oferta para outros. Estes dois atributos criam potenciais dilemas em que pessoas buscando seus interesses de curto-prazo produzem resultados de longo prazo insatisfatórios para todos (OSTROM,GARDNER,WALKER, 1994; CORNES,SANDLER,1996).

- Desenvolvimento sustentável: Desenvolvimento sustentável é o processo pelo qual nos movemos no sentido da sustentabilidade (PORRIT, 2007). Os aspectos essenciais para o

desenvolvimento sustentável são: (i) econômico – um sistema economicamente sustentável deve ser capaz de produzir produtos e serviços continuamente, manter níveis de dívidas governamental e externa gerenciáveis, evitar desequilíbrios setoriais que prejudiquem a produção industrial e agrícola; (ii) ambiental – um sistema ambientalmente sustentável mantém uma base estável de recursos, evitando a super exploração de recursos renováveis ou a degeneração ambiental e o uso de recursos não renováveis somente na extensão em que investimentos forem feitos em substitutos adequados; inclui manutenção da biodiversidade, estabilidade da atmosfera e outras funções ecossistêmicas não comumente classificadas como recursos econômicos; (iii) social – um sistema socialmente sustentável obtém justiça na distribuição de renda e oportunidades, provisão adequada de serviços sociais, incluindo saúde e educação, tratamento igualitário dos gêneros e participação e assunção de responsabilidades por parte do governo (HARRIS et al, 2001).

- Ecoeficiência: O conceito de ecoeficiência une economia e meio-ambiente: a “ecoeficiência é atingida quando há entrega de produtos e serviços competitivos em termos de preço que satisfaçam as necessidades humanas e contribuam para a melhor qualidade de vida, ao mesmo tempo em que progressivamente reduzem os impactos ecológicos e a intensidade de consumo de recursos ao longo do ciclo de vida a um nível, pelo menos, alinhado com a capacidade de carga da Terra” (WBCSD).

- Externalidade: “Uma economia externa (ou deseconomia) é um evento que confere benefícios apreciáveis ou impõe danos apreciáveis em alguma pessoa ou pessoas que não foram partes que consentiram no processo decisório que resultou, direta ou indiretamente, no evento em questão” (MEADE, 1973, p.15)

- Fatores Críticos de Sucesso (FCS): São aqueles aspectos que devem ir bem para assegurar o sucesso para um gestor ou uma organização, e, portanto, representam aquelas áreas da gestão ou da organização que precisam receber atenção especial e contínua para que possam gerar alto desempenho (BOYTON,ZMUD, 1984).

- Instituições: Instituições são as regras escritas e não escritas, normas, restrições que os seres humanos criam para reduzir a incerteza e controlar o ambiente em que vivem. Nestas, estão

incluídos (i) as regras e acordos escritos que regulam relações contratuais e governança corporativa; (ii) constituições, leis e regras que governam políticas, governo, finanças e sociedade em um senso mais amplo; e (iii) códigos de conduta, normas de comportamento e crenças não escritos (NORTH 1991; WILLIAMSON, 2000, apud MÉNARD, 2005).

- Materialidade: Uma informação em um relatório deve cobrir tópicos e indicadores que reflitam os impactos significativos econômicos, sociais e ambientais ou que possam influenciar substancialmente as avaliações e decisões de stakeholders (GRI,G3.1 2011). - Serviços Ecossistêmicos: Serviços ecossistêmicos são as condições e os processos pelos quais os ecossistemas naturais e as espécies que os compõem sustentam a vida humana (DAILY, 1997).

- Stakeholders: São quaisquer grupos que podem afetar e serem afetados pela realização dos propósitos de uma organização (FREEMAN et al,2010).

- Sustentabilidade: (i) Sustentabilidade é a capacidade de continuidade no futuro de longo- prazo. Sustentabilidade é o objetivo último, o destino desejado para a espécie humana e para qualquer outra espécie. (PORRIT, 2007). O termo sustentabilidade será expresso, ao longo

deste estudo, como o fim último do processo de desenvolvimento sustentável. Portanto, envolve as questões de cunho econômico, social e ambiental apresentadas no conceito de desenvolvimento sustentável. (ii) Também, o termo “sustentabilidade” é expresso ao longo deste trabalho como a aplicação para o mundo corporativo dos conceitos de “desenvolvimento sustentável”.

- Tragédia dos Comuns: A “tragédia dos comuns” trata de um tipo particular de externalidade: o caso de recursos de uso comum, onde a racionalidade da escolha individual resulta em colapso coletivo ou irracionalidade coletiva (HARDIN, 1968).

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