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2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG)

2.2.1 Definições

A utilização da tecnologia de informação geográfica permite que surjam diversas definições de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) ou Geographical Information Systema (GIS) das mais baseadas em questões tecnológicas as mais voltadas para os aspectos organizacionais (MAGUIRRE et all, 1991).

Segundo Goodshild (2000) o SIG é definido geralmente como uma tecnologia usada para processamento de uma classe específica de informação – informação geográfica. Por processamento entende-se a criação, aquisição, armazenagem, edição, transformação, análise, visualização, compartilhamento, e quaisquer outras funções passíveis de ser executadas em ambiente digital.

O termo Sistemas de Informação Geográfica (SIG) é aplicado para sistemas que realizam o tratamento computacional de dados geográficos e recuperam informações não apenas com base em suas características alfanuméricas, mas também através de sua localização espacial; oferecem ao administrador (urbanista, planejador, engenheiro) uma visão inédita de seu ambiente de trabalho, em que todas as informações disponíveis sobre um determinado assunto estão ao seu alcance, inter-relacionadas com base no que lhes é fundamentalmente comum – a localização geográfica. Para que isto seja possível, a geometria e os atributos dos dados num SIG devem estar georreferenciados, isto é, localizados na superfície terrestre e representados numa projeção cartográfica. (CÂMARA, DAVIS, MONTEIRO, 2001)

Markova e Kovacheva (2004) consideram um SIG todo sistema computadorizado usado para inserir, armazenar, manipular, visualizar e analisar dados espaciais.

Câmara (2005) considera que a principal diferença de um SIG para um sistema de informação convencional é a sua capacidade de armazenar tanto atributos descritivos como as geometrias dos diferentes tipos de dados geográficos.

Segundo Elmasri e Navathe (2005 apud VEIGA et all, p.02):

“Os sistemas de informação geográfica (GIS) são utilizados para coletar, modelar, armazenar e analisar informações que descrevem propriedades físicas do mundo geográfico. O escopo do GIS abrange amplamente dois tipos de dados: (1) dados espaciais, originados a partir de mapas, imagens digitais, fronteiras administrativas e políticas, estradas redes de transporte; dados físicos, como rios características do solo, regiões climáticas, elevações da Terra e (2) dados que não são espaciais, como dados socioeconômicos (como contagens de censo), dados econômicos e informações de vendas ou de marketing. O GIS é um domínio que está em rápido desenvolvimento e que oferece abordagens altamente inovadoras para satisfazer algumas demandas técnicas desafiadoras.”

Segundo Câmara, Davis e Monteiro (2001) trabalhar com geoinformação significa utilizar computadores como instrumentos de representação de dados espacialmente referenciados. Deste modo, o problema fundamental da Ciência Geoinformação é o estudo e a implementação de diferentes formas de representação computacional do espaço geográfico.

Nesse contexto, o termo Geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional. As ferramentas computacionais para Geoprocessamento permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados. Também tornam possível automatizar a produção de documentos cartográficos.

Câmara, et al. (2005) afirma que do ponto de vista da tecnologia, desenvolver um SIG significa oferecer um conjunto mais amplo de estruturas de dados e algoritmos capazes de representar a grande diversidade de concepções do espaço.

Segundo Xavier (2004.p.34):

“SIG é um sistema de software computacional com o qual a informação pode ser captada, armazenada e analisada, combinando dados espaciais de diversas fontes em uma base unificada, empregando estruturas digitais variadas, representado fenômenos espaciais também

variados, através de uma série de planos de informação que se sobrepõe corretamente em qualquer localização. Como os Sistemas de informação Geográfica permitem modificações rápidas, incluindo-se a adição de novos dados, e investigar as inter-relações complexas entre diversos planos de informação são, sem dúvida, atraentes para o geoplanejamento e a gestão do território. Os SIGs, por serem ferramentas, interativas, podem ser sempre reajustados à medida que novos dados se tornem disponíveis e que haja necessidade de mudanças flexibilizando muito as análises espaciais e ambientais.”

Para Máximo (2004) todo Sistema de Informações Geográficas deve ser capaz de inserir e integrar, em uma base de dados, informações espaciais provenientes de dados cartográficos, dados censitários e cadastros urbanos, imagens de satélites, redes e modelos numéricos de terrenos, mecanismos de combinação destas informações, bem como consultas que podem recuperar, visualizar e plotar o conteúdo da base de dados georreferenciados.”

Segundo Silva (2006) a necessidade de integrar vários formatos de dados em um mesmo ambiente, unindo propriedades espaciais e não espaciais, utilizando o conceito de camadas de informação, foi suprida a partir da conceituação de poderosas ferramentas computacionais. Tais ferramentas, que visam à coleta, ao armazenamento, à recuperação, à transformação, à análise e à apresentação de dados e informações, espacialmente referenciados, foram sumarizadas no que se convencionou denominar Sistema de Informações Geográficas.

Todo Sistema de Informações Geográficas, segundo Ferreira (2000) permite a análise de um espaço geográfico e acompanhar o seu dinamismo, através de suas tecnologias, permitindo que se faça comparações de diferentes tempos históricos e projeções futuras e, também possibilitam modelagem e simulação de cenários de forma a facilitar o processo de tomada de decisão e assim garantir a harmonia entre setores do Poder Público, incluindo a Segurança Pública, e todos os segmentos da sociedade procurando atingir uma qualidade de vida desejada por toda a população.

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