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4.1. FASE I – ANÁLISE EXPLORATÓRIA

4.1.2. DELINEAMENTO E SELEÇÃO DE VARIÁVEIS

Para a finalidade dos objetivos propostos desta pesquisa, somente o Módulo VI da avaliação externa do PMAQ foi selecionado como objeto de estudo, por ser referente à entrevista com os profissionais da saúde bucal da Atenção Básica (AB). Dentre as diversas dimensões e subdimensões avaliadas no Módulo VI, foram selecionadas três variáveis da subdimensão relacionada ao Planejamento das Ações da Equipe de Saúde Bucal, a saber: 1- A

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ESB realiza planejamento e programação de suas ações mensalmente?; 2- A ESB realiza monitoramento e análise dos indicadores e informações de SB?; 3- A ESB recebe apoio para o planejamento e organização do processo de trabalho?

Como o objetivo principal deste trabalho centrava-se na análise da prática do Planejamento das ações das ESB aderidas ao PMAQ-AB, considerou-se pertinente também explorar outros indicadores de saúde bucal. Foram especificamente selecionados os indicadores avaliados pelo programa como parte da certificação das ESB, além de indicadores municipais pactuados nacionalmente para aquele período. Os indicadores (quadro 1) são relacionados ao acesso e oferta de serviços de saúde bucal, estando disponíveis no Sistema de Informação da Atenção Básica- SIAB e Sistema de Informação Ambulatorial do SUS- SIA-SUS, do Banco de dados do Ministério da Saúde – DATASUS, para o mesmo ano (2013) da avaliação do segundo ciclo do PMAQ-AB.

A técnica de Análise Fatorial Exploratória, concebida como análise multivariada para variáveis interdependentes e que comporta um grande número de variáveis, permitiu unir, explorar e correlacionar os indicadores de saúde bucal com variáveis socioeconômicas e demográficas pré-selecionadas (quadro 2) do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD, 2010) e do Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde- SIOPS (SIOPS).

Quadro1: Variáveis, conceituação e fontes de dados sobre os Indicadores de Saúde Bucal, 2013.

Variável Conceituação Fonte de

dados

Média de ação coletiva de escovação dental supervisionada

Escovação dental, com ou sem evidenciação de placas bacterianas, realizada com grupos populacionais sob orientação e supervisão de um ou mais profissionais de saúde.

SIAB

Cobertura de primeira consulta odontológica programática

Avaliação das condições gerais de saúde e realização de exame clínico odontológico com finalidade de diagnóstico e, necessariamente, elaboração de um plano preventivo- terapêutico. Implica registro das informações em prontuário.

SIAB

Cobertura de primeira consulta de atendimento odontológico às gestantes

Consiste no registro da primeira consulta odontológica realizada em gestantes, visando proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde.

SIAB

Razão de tratamentos concluídos sobre primeiras consultas odontológicas programáticas

Mede a relação entre os tratamentos concluídos e as primeiras consultas odontológicas programáticas. Permite avaliar se a equipe mantém boa relação entre acesso e resolutividade, ou seja, em que medida ela está concluindo os tratamentos iniciados.

SIAB

Tratamento Concluído Consulta que encerra um período de tratamento previsto no plano preventivo-terapêutico. São consideradas consultas com alta e correspondem ao denominado “Tratamento

Planejamento em saúde nas equipes de saúde bucal... 39 Completado”, ou seja, realizou todas as ações que se propôs

a realizar no plano preventivo-terapêutico. Proporção de exodontia em

relação aos demais procedimentos

Razão entre número de exodontias e número de demais procedimentos classificados como conservadores.

SIA-SUS

Cobertura populacional estimada pelas equipes de Saúde Bucal

Proporção populacional que estar coberta por Equipes de Saúde Bucal.

SIA-SUS

Quadro 2: Variáveis, conceituação e fontes de dados sobre as variáveis socioeconômicas e demográficas pré-selecionadas.

Variável Conceituação Fonte de dados

Mortalidade infantil Número de crianças que não deverão sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianças nascidas vivas.

Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil – PNUD

Esperança de vida ao nascer

Número médio de anos que as pessoas deverão viver a partir do nascimento, se permanecerem constantes ao longo da vida o nível e o padrão de mortalidade por idade prevalecentes no ano do Censo.

Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil – PNUD

Taxa de

analfabetismo da população de 15 anos ou mais de idade

Razão entre a população de 15 anos ou mais de idade que não sabe ler nem escrever um bilhete simples e o total de pessoas nesta faixa etária multiplicado por 100.

Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil – PNUD

Renda per capita Razão entre o somatório da renda de todos os indivíduos residentes em domicílios particulares permanentes e o número total desses indivíduos. Valores em reais de 01/agosto de 2010.

Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil – PNUD

Índice de

Desenvolvimento Humano Municipal

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Média geométrica dos índices das dimensões Renda, Educação e Longevidade, com pesos iguais.

Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil – PNUD

Proporção de

vulneráveis à pobreza

Proporção dos indivíduos com renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 255,00 mensais, em reais de agosto de 2010, equivalente a 1/2 salário mínimo nessa data.

Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil – PNUD

Proporção de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados

Razão entre as pessoas que vivem em domicílios cujo abastecimento de água não provem de rede geral e cujo esgotamento sanitário não é realizado por rede coletora de esgoto ou fossa séptica e a população total residente em domicílios particulares permanentes multiplicado por 100.

Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil – PNUD

Proporção de mães chefes de família sem fundamental

completo e com filhos < 15 anos

Razão entre o número de mulheres que são responsáveis pelo domicílio, não têm o ensino fundamental completo e têm pelo menos 1 filho de idade inferior a 15 anos morando no domicílio e o número total de mulheres chefes de família com filho menor de 15 anos de idade, multiplicado por 100.

Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil – PNUD

Proporção de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza

Razão entre as pessoas de 15 a 24 anos que não estudam, não trabalham e são vulneráveis à pobreza e a população vulnerável à pobreza nessa mesma faixa etária (15 a 24 anos), multiplicado por 100. Define-se como vulnerável à pobreza a pessoa que mora em domicílio com renda per capita inferior a 1/2 salário mínimo de agosto de 2010.

Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil – PNUD

Planejamento em saúde nas equipes de saúde bucal... 40 Proporção de pobres Proporção dos indivíduos com renda domiciliar per

capita igual ou inferior a R$ 140,00 mensais, em reais de agosto de 2010. O universo de indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes.

Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil – PNUD

População Total População residente em domicílios particulares permanentes. Exclui os residentes em domicílios coletivos, como pensões, hotéis, prisões, quartéis, hospitais.

Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil – PNUD

Recursos da Atenção Básica por habitante

Total de recursos alocados na Atenção Básica, dividido pela população no mesmo período

Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (SIOPS)

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