Tendo em conta o objectivo do estudo, ou seja, o conhecimento, opiniªo e as atitudes dos profissionais face aos grupos de ajuda mœtua especficos para pessoas com doena mental, procurou-se atravØs de uma anÆlise quantitativa, verificar a relaªo ou associaªo entre as variÆveis.
Desta forma, utilizou-se um estudo do tipo correlacional, para averiguar as correlaıes que possam levar a barreiras na colaboraªo, entre os profissionais e os grupos de ajuda mœtua, tentando identificar factores que possam influenciar os processos envolvidos na relaªo entre ambos (Stewart et al., 1994).
Isto, porque sabemos que partida os factores (con hecimento/opiniªo/atitudes) dos profissionais influenciam os seus comportamentos, logo se estes grupos forem entendidos como relevantes pelos profissionais, as iniciativas dos grupos irªo aumentar e expandir-se, sendo encarados como um recurso ao servio da saœde menta l contribuindo para o empowerment profissional e consequentemente dos seus membros e abrindo, deste modo, um caminho para o
recovery.
Deste modo, Ø importante medir a fora das atitudes dos profissionais, tendo em conta que, as pessoas normalmente se comportam de acordo com as suas atitudes mais fortes, do que com as suas atitudes mais fracas (Bassili, 1993, 1995; Kraus, 1995).
Inicialmente fez-se a descriªo emprica das variÆv eis independentes, ou seja, observou-se quais as percentagens e medidas de tendŒncia central e dispersªo para caracterizar, da melhor forma, a amostra. Assim sendo, pretendeu-se analisar se as variÆveis divergiam entre os profissionais quanto ao sexo, idade, profissªo , aos contextos profissionais, aos anos de
experiŒncia profissional e anos de experiŒncia profissional no mesmo local, tal como em relaªo
ligaªo pessoal e familiar do profissional com a doena mental e por fim, informaªo pessoal
com o tema do estudo (participaªo , colaboraªo e formaªo ).
Seguidamente, comparei as mØdias da minha amostra, ou seja, verifiquei as mØdias das variÆveis dependentes (V.D.) com as variÆveis independentes (V.I.).
As variÆveis dependentes dizem respeito familiaridade dos profissionais com os GAM; ao julgamento profissional quanto aos benefcios/desvantagens dos GAM; frequŒncia de
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encaminhamento com que os profissionais encaminham membros para os GAM; interferŒncia
dos GAM com o trabalho profissional; ao valor/importncia dos GAM para alØm dos servios profissionais; aos indicies de centrismo profissional face aos GAM e por fim, ao papel dos GAM em relaªo ao processo Recovery.
As variÆveis independentes sªo constitudas pelas caractersticas dos participantes sendo o sexo; a idade; a instituiªo/contexto; a profissªo; os anos de desempenho da profissªo; o tempo
de trabalho no mesmo local; se o prprio ou algum membro da sua famlia foi hospit alizado ou ficou em tratamento; se o profissional participa ou participou; se colabora ou colaborou e por
fim, se tem formaªo com os GAM.
AtravØs da correlaªo, entre as variÆveis independentes e variÆveis dependentes, averiguei se eram estatsticamente significativas e mpregando testes adequados. Contudo antes de realizar cada teste verifiquei se os dados seguiam uma distribuiªo normal para saber que tipo de testes aplicaria, ou seja, se aplicaria testes paramØtricos ou testes nªo paramØtricos.
Deste modo, executei correlaıes entre variÆveis de pendentes quantitativas. A relaªo entre a familiaridade dos profissionais e a frequŒncia de encaminhamento dos mesmos e, tambØm, a correlaªo entre o processo recovery e as restantes variÆveis (familiaridade;
frequŒncia de encaminhamento; julgamento profissional; e valor/importncia dos GAM ).
Por œltimo, tendo em conta os meus resultados, elaborei questıes de investigaªo para aprofundar todos os dados que se apresentaram significativos para o estudo, sendo os resultados essenciais argumentados na discussªo.
Tendo em conta que estamos a utilizar um estudo correlacional, temos que admitir hipteses para o nosso estudo, no que diz respeito natureza (fora e direcªo) das relaıes previstas entre as variÆveis (Fortin e Ducharme, 2003) ou por outro lado, temos que admitir questıes de investigaªo, que tal como as hipteses precisam o objectivo, delimitam as variÆveis de investigaªo e as suas relaıes mœtuas assim com o a populaªo estudada (Fortin e Ducharme, 2003, pp.99).
As questıes de investigaªo sªo premissas em que se apoiam os resultados de uma investigaªo (Talbot, 1995), sªo enunciados interr ogativos, escritos no presente, e que incluem habitualmente uma ou duas variÆveis assim como a populaªo estudadae precisam as variÆveis que serªo descritas e as relaıes que possam existi r entre elas.
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Desta forma, elaborei questıes de investigaªo de a cordo com o objectivo do estudo. A 1“ questªo apresentada pretendia: Examinar os profissionais de saœde mental que
trabalham em contextos pœblicos (meios hospitalares) e os profissionais que trabalham em contextos privados (meios institucionais) sobre a sua familiaridade face aos GAM.
Ainda em relaªo ao contexto profissional referi ou tras duas questıes de elevada pertinŒncia para o estudo.
A 2“ questªo consistia em: Verificar qual a influŒncia do contexto em que os
profissionais trabalham face frequŒncia de encaminhamento dos profissionais de membros para os GAM, tal como em relaªo interferŒncia dos GAM com o s eu trabalho.
A 3“ questªo pretendia: Analisar a influŒncia do contexto no qual os profissionais trabalham, em relaªo ao centrismo profissional.
Tendo em conta outra variÆvel, tambØm ela, pertinente para o estudo elaborei outras questıes de investigaªo tendo em conta a profissªo do profissional.
A 4“ questªo tinha como objectivo: Verificar a influŒncia da profissªo dos profissionais
de saœde mental, sobre a sua familiaridade, julgamento, importncia/valor e encaminhamento face aos grupos de ajuda mœtua.
A 5“ questªo: Analisa a influŒncia da profissªo sobre o crer no processo recovery
atravØs dos GAM.
Em relaªo ao contacto experimental ou terico dos profissionais com os grupos de ajuda mœtua formaram-se algumas questıes de investigaªo relevantes para a investigaªo de acordo com a variÆvel ligaªo pessoal com o tema do estudo e a variÆvel ligaªo pessoal problemÆtica.
A 6“ questªo visava: Avaliar os efeitos da ligaªo pessoal com o tema do estudo (se
participa ou participou, se colabora ou colaborou e por fim, se recebeu formaªo dos GAM) sobre a familiaridade dos profissionais face aos GAM.
A 7“ questªo pretendia: Examinar a influŒncia da ligaªo pessoal com o tema do estudo
(se participa ou participou, se colabora ou colaborou e por fim, se recebeu formaªo dos GAM) sobre o processo recovery atravØs dos grupos de ajuda mœtua.
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A 8“ questªo tinha como objectivo: Analisar os efeitos da colaboraªo dos profissionai s
em grupos de ajuda mœtua, sobre a frequŒncia de encaminhamento de membros para estes
grupos.
A 9“ questªo apresentada consistia em: Determinar a ligaªo pessoal problemÆtica,
(se o prprio ou algum membro da sua famlia foi ho spitalizado ou ficou em tratamento) com a
frequŒncia de encaminhamento dos profissionais de membros sobre os GAM.
No que se refere correlaªo entre algumas das var iÆveis dependentes, tambØm se realizaram questıes essenciais para um melhor enten dimento das opiniıes, conhecimentos e atitudes dos profissionais do estudo.
A 10“ questªo pretendia: Verificar qual a influŒncia da familiaridade dos profissionais
de saœde mental com os GAM, sobre a frequŒncia de encaminhamento dos membros para este
tipo de grupos de ajuda mœtua.
A 11“ questªo baseava-se em: Determinar a influŒncia dos efeitos da familiaridade,
frequŒncia de encaminhamento, julgamento profissional e valor/importncia dos GAM, sobre a
crena no processo recovery.
Com as questıes de investigaªo colocadas aps a an Ælise de algumas relaıes entre as minhas variÆveis independentes (Parte III do questionÆrio) e as variÆveis dependentes (Parte I do questionÆrio) nªo esquecendo a anÆlise do centrismo profissional e a anÆlise do processo
recovery (Parte II do questionÆrio) atravØs dos GAM, senti apenas necessidade de apresentar
alguns dados, mais significativos, de acordo com as estatsticas retiradas, exceptuando alguns casos que mesmo nªo apresentando resultados signifi cativos foram uma mais valia para ir ao encontro apenas das minhas questıes de investigaªo .
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