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Demanda energética na operação de adubação em cobertura

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.4 Valores de teor de água nos grãos

6.5.3 Demanda energética na operação de adubação em cobertura

Os valores operacionais obtidos durante a operação de adubação em cobertura na cultura do milho, são apresentados nas Tabelas 11 e 12.

Tabela 11. Valores médios de velocidade de deslocamento (km h-1), capacidade operacional efetiva - CE (ha h-1), tempo efetivo demandado – Td (h ha-1); consumo horário de combustível - CCh (L h-1) e consumo de combustível por área – CCa (L ha-1) na

operação de adubação em cobertura na cultura do milho.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%)

Velocidade (km h-1) 5,12 0,11 2,14

Capacidade operacional efetiva (ha h-1) 2,21 0,07 3,16 Tempo efetivo demandado (h ha-1) 0,45 0,01 2,22 Consumo horário de combustível (L h-1) 3,74 0,10 2,67 Consumo de combustível por área (L ha-1) 1,70 0,06 3,52

A potência média requerida pelo conjunto trator-equipamento (Tabela 12), em sua maior parte é destinada para o deslocamento do conjunto, visto que o equipamento utilizado para a adubação em cobertura requer uma baixa potência na TDP para o seu acionamento. Segundo Martins (1999), trabalhando com dosadores helicoidais, visando à utilização em equipamentos de aplicação localizada de fertilizantes sólidos, obteve uma necessidade de potência por dosadores de 0,017 kW, para uma vazão mássica média de 25,2 (g s-1).

Tabela 12. Valores médios de força média de tração (kN); tração máxima (kN); torque médio (Nm); torque máximo (Nm); rotação na TDP (rpm); potência média na barra (kW); potência máxima na barra (kW); potência média na TDP (kW); potência máxima na TDP (kW); potência média requerida (kW); potência máxima requerida (kW) e uso específico de energia por área – Uea (kW h ha-1), na operação de adubação em cobertura.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%)

Força média (kN) 1,94 0,06 3,09

Força máxima (kN) 3,25 0,12 3,69 Torque médio (Nm) 3,07 0,10 3,25 Torque máximo (Nm) 10,84 0,36 3,32 Rotação na TDP (rpm) 554,47 5,35 0,96 Potência média na barra de tração (kW) 2,76 0,13 4,71 Potência máxima na barra de tração (kW) 4,63 0,17 3,67 Potência média na TDP (kW) 0,18 0,008 4,44 Potência máxima na TDP (kW) 0,63 0,02 3,17 Potência requerida (kW) 2,94 0,14 4,76 Potência máxima requerida (kW) 5,26 0,28 3,50

6.5.4 Silagem de planta inteira

Os valores operacionais para colheita de plantas de milho para a silagem são apresentados na Tabela 13. Obteve-se baixo consumo horário de combustível e alto consumo de combustível por área, isto devido à baixa capacidade operacional do equipamento. A velocidade de deslocamento do conjunto trator-equipamento é reduzida devido ao grande volume do material a ser processado, visto que, ao aumentar a velocidade de deslocamento, proporciona o aumento das perdas por tombamento de plantas e o tamanho das partículas da forragem processada, dificultando a sua compactação no silo e digestibilidade do material pelos animais e ainda o acumulo de matéria verde no interior da máquina “embuchamento” que por vezes para o motor do trator.

Tabela 13. Valores médios de velocidade de deslocamento (km h-1), capacidade operacional efetiva - CE (ha h-1), tempo efetivo demandado – Td (h ha-1); consumo horário de

combustível - CCh (L h-1) e consumo de combustível por área – CCa (L ha-1) na

operação de colheita de planta inteira de milho.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%)

Velocidade (km h-1) 2,53 0,10 3,95

Capacidade operacional efetiva (ha h-1) 0,21 0,01 4,76 Tempo efetivo demandado (h ha-1) 4,72 0,27 5,72 Consumo horário de combustível (L h-1) 7,40 0,31 4,18 Consumo de combustível por área (L ha-1) 34,25 1,30 3,79

Os gastos energéticos na Tabela 14, referentes a potência média requerida na operação de colheita da silagem de plantas de milho, mostra que a maior parte da potência demandada é requisitada para o acionamento do equipamento da colhedora de forragem, valores estes de 20,49 kW, com picos de potência de 37,60 kW, próximos aos observados por Garcia et al, (1998), na qual avaliando as tensões nas facas de corte de uma

forrageira, em ensaio em laboratório obteve uma potência demandada de 29 kW, para uma taxa de alimentação de 30 ton h-1.

Tabela 14. Valores médios de força média de tração (kN); tração máxima (kN); torque médio (Nm); torque máximo (Nm); rotação na TDP (rpm); potência média na barra (kW); potência máxima na barra (kW); potência média na TDP (kW); potência máxima na TDP (kW); potência média requerida (kW); potência máxima requerida (kW) e uso específico de energia por área – Uea (kW h ha-1), na operação de colheita de

planta inteira de milho.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%)

Força média (kN) 3,81 0,16 4,19

Força máxima (kN) 9,29 0,78 8,39 Torque médio (Nm) 314,80 9,82 3,11 Torque máximo (Nm) 551,17 36,52 6,62 Rotação na TDP (rpm) 539,20 0,02 0,003 Potência média na barra de tração (kW) 2,72 0,13 4,77 Potência máxima na barra de tração (kW) 6,50 0,62 9,53 Potência média na TDP (kW) 17,77 0,55 3,09 Potência máxima na TDP (kW) 31,10 2,06 6,62 Potência requerida (kW) 20,49 1,14 5,56 Potência máxima requerida (kW) 37,60 2,10 5,57

Uso específico de energia por área (kW h ha-1) 96,43 7,57 0,07

A demanda energética e operacional do transporte da silagem de plantas de milho são apresentadas nas Tabelas 15 e 16.

A capacidade operacional efetiva durante a operação de transporte da silagem de plantas inteiras de milho apresentaram valores reduzidos devido a baixa densidade do material transportado, e a alta produtividade da silagem por área produtiva.

Tabela 15. Valores médios da velocidade de deslocamento (km h-1), capacidade operacional

efetiva - CE (ha h-1), tempo efetivo demandado – Td (h ha-1); consumo horário de

combustível - CCh (L h-1); consumo de combustível por área – CCa (L ha-1) e consumo de combustível no transporte – CCt (L km-1) para cada 1 quilômetro percorrido, nas operações de transporte da silagem de planta inteira de milho.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%)

Velocidade (km h-1) 12,54 0,40 3,18

Capacidade operacional efetiva (ha h-1) 1,42 0,05 3,52 Tempo efetivo demandado (h ha-1) 0,70 0,02 2,85 Consumo horário de combustível (L h-1) 10,59 0,07 0,66

Consumo de combustível por área (L ha-1) 7,43 0,28 3,76 Consumo de combustível no transporte (L km-1) 0,85 0,03 3,52

Tabela 16. Valores médios de força média de tração (kN); tração máxima (kN); potência média na barra (kW); potência máxima na barra (kW) e uso específico de energia por área – Uea (kW h ha-1), para cada 1 quilômetro percorrido, nas operações de transporte da silagem de planta inteira de milho.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%)

Força média (kN) 2,49 0,28 7,84

Força máxima (kN) 4,37 0,32 4,31 Potência média (kW) 8,53 0,89 7,53 Potência máxima (kW) 15,23 1,56 6,03

Uso específico de energia por área (kW h ha-1) 6,01 0,62 7,48

Nas Tabelas 17 e 18, os valores médios operacionais e dos gastos energéticos durante a ensilagem de planta inteira de milho no sistema de “silo bag”. As compactações da silagem de planta inteira, no sistema de “silo bag”, apresentaram valores de densidade de 558 kg m-3 estes, próximos aos recomendados na literatura, pois o material

apresentava 37% de matéria seca, desta forma permitiu boa compactação. Segundo Dourado Neto e Fancelli (2000) a densidade ideal para a silagem de planta inteira é na ordem de 500 a 600 kg m-3, para maximizar a retirada do ar contido na massa.

O rendimento operacional (tonelada de matéria seca por hora) durante o processo de ensilagem das plantas de milho apresentou valores baixos, visto que a forma de descarregamento e fornecimento do material vegetal picado para a ensiladora, ocorreu de forma manual, variando o seu rendimento operacional. A granulometria e o teor de água do material ensilado influenciou no rendimento operacional do equipamento.

Tabela 17. Valores médios do rendimento operacional (ton h-1), capacidade operacional

efetiva - CE (ha h-1), tempo efetivo demandado – Td (h ha-1); consumo horário de combustível - CCh (L h-1); consumo de combustível por área – CCa (L ha-1); consumo de combustível por massa processada – CCm (L ton-1) e densidade da silagem (kg m-3) na operação de ensilagem de planta inteira de milho no sistema

“silo bag”.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%)

Rendimento operacional (ton h-1) 4,69 0,14 2,98 Capacidade operacional efetiva (ha h-1) 0,36 0,02 5,55 Tempo efetivo demandado (h ha-1) 2,82 0,24 8,51 Consumo horário de combustível (L h-1) 7,72 0,075 0,97 Consumo de combustível por área (L ha-1) 21,75 1,63 7,49 Consumo de combustível por massa (L ton-1) 1,67 0,10 5,98

Densidade da silagem (kg m-3) 558,02 29,36 5,26

O consumo horário de combustível durante a ensilagem das plantas de milho foi de 7,72 L h-1, valores estes baixos quando comparado ao consumo de combustível

por área 21,75 L ha-1 esta diferença foi devido a baixa capacidade operacional efetiva da ensiladora, principalmente em relação a forma de alimentação da máquina, do material ensilado.

Tabela 18. Valores médios de torque (Nm); torque máximo (Nm); rotação na TDP (rpm); potência na TDP (kW); potência máxima na TDP (kW) e uso específico de energia por área – Uea (kW h ha-1), na operação de ensilagem de planta inteira de milho.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%) Torque médio (Nm) 543,41 6,60 1,21 Torque máximo (Nm) 737,00 18,79 2,54 Rotação na TDP (rpm) 463,34 0,28 0,06 Potência média na TDP (kW) 26,35 0,32 1,21 Potência máxima na TDP (kW) 35,72 0,90 2,51

Uso específico de energia por área (kW h ha-1) 74,31 6,45 8,67

6.5.5 Silagem de grão úmido

Os valores energéticos e operacionais da colheita do grão úmido de milho para a ensilagem são apresentados na Tabela 19. A velocidade de deslocamento da colhedora, apresentou valores baixos, devido a precipitação pluviométrica no dia anterior a colheita, na área experimental, dificultando a operação de colheita dos grãos de milho.

Tabela 19. Valores médios da velocidade de deslocamento (km h-1), capacidade operacional

efetiva - CE (ha h-1), tempo efetivo demandado – Td (h ha-1); consumo horário de

combustível - CCh (L h-1); consumo de combustível por área – CCa (L ha-1); potência efetiva (kW) e uso específico de energia por área – Uea (kW h ha-1), na operação de colheita do grão úmido de milho

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%)

Velocidade (km h-1) 3,27 0,23 7,03

Capacidade operacional efetiva (ha h-1) 1,12 0,08 7,14 Tempo efetivo demandado (h ha-1) 0,89 0,07 7,86 Consumo horário de combustível (L h-1) 15,31 0,80 5,22

Consumo de combustível por área (L ha-1) 13,59 0,47 3,45 Potência efetiva (kW) 52,15 2,73 5,23

Uso específico de energia por área (kW h ha-1) 46,52 1,68 3,61

A demanda energética e operacional do transporte dos grãos de milhos para a ensilagem são apresentados nas Tabelas 20 e 21.

A potência média requisitada para o transporte do grão úmido de milho, apresentou valores superiores aos obtidos no transporte da silagem de planta inteira. Esta diferença é devido a alta densidade e teor de água contida no material transportado e na velocidade de deslocamento do conjunto. Pois nesta operação, o grão úmido de milho foi transportado em velocidades superiores aos da silagem de planta inteira.

Tabela 20. Valores médios da velocidade de deslocamento (km h-1), capacidade operacional

efetiva - CE (ha h-1), tempo efetivo demandado – Td (h ha-1); consumo horário de

combustível - CCh (L h-1); consumo de combustível por área – CCa (L ha-1) e consumo de combustível no transporte – CCt (L km-1) para cada 1 quilômetro percorrido, nas operações de transporte do grão úmido de milho.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%)

Velocidade (km h-1) 14,01 0,37 2,64

Capacidade operacional efetiva (ha h-1) 5,97 0,16 2,68 Tempo efetivo demandado (h ha-1) 0,16 0,004 2,50 Consumo horário de combustível (L h-1) 10,75 0,25 2,32

Consumo de combustível por área (L ha-1) 1,80 0,07 3,88 Consumo de combustível no transporte (L km-1) 0,77 0,03 3,89

Tabela 21. Valores médios de força média de tração (kN); tração máxima (kN); potência média na barra (kW); potência máxima na barra (kW) e uso específico de energia por área – Uea (kW h ha-1), para cada 1 quilômetro percorrido, nas operações de transporte do grão úmido de milho.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%)

Força média (kN) 2,45 0,17 3,95

Força máxima (kN) 4,30 0,55 5,57 Potência média (kW) 9,54 0,85 5,08 Potência máxima (kW) 16,73 1,88 4,89

Uso específico de energia por área (kW h ha-1) 1,60 0,11 3,92

Nas Tabelas 22 e 23, são apresentados os valores médios operacionais e dos gastos energéticos durante a ensilagem de grão úmido de milho no sistema de ”silo bag”. O rendimento operacional na operação de ensilagem dos grãos úmidos de milho, apresentaram 62% superiores aos obtidos na ensilagem de planta inteira. A diferença deve-se basicamente à

forma de fornecimento do material a ser ensilado no sistema “silo bag”, visto que o fornecimento da silagem de grão úmido foi mecânico apresentando um fluxo continuo do material ensilado. A silagem de planta inteira o fornecimento a ensiladora foi de forma manual, apresentando níveis variáveis de fornecimento para máquina durante o processo de ensilagem, havendo ainda a diferença da densidade do grão quando comparada com a ensilagem de planta inteira.

Tabela 22. Valores médios de rendimento operacional (ton h-1), capacidade operacional

efetiva - CE (ha h-1), tempo efetivo demandado – Td (h ha-1); consumo horário de combustível - CCh (L h-1); consumo de combustível por área – CCa (L ha-1); consumo de combustível por massa processada – CCm (L ton-1) e densidade da silagem (kg m-3) na operação de ensilagem do grão úmido de milho.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%)

Rendimento operacional (ton h-1) 12,37 0,79 6,38 Capacidade operacional efetiva (ha h-1) 2,02 0,13 6,43 Tempo efetivo demandado (h ha-1) 0,50 0,03 6,00

Consumo horário de combustível (L h-1) 8,51 0,18 2,11 Consumo de combustível por área (L ha-1) 4,23 0,26 6,14 Consumo de combustível por massa (L ton-1) 0,69 0,04 5,79

Densidade da silagem (kg m-3) 690,77 9,71 1,40

Na Tabela 23, os valores de torque médio na ensilagem do grão úmido, apresentaram-se superiores aos obtido na ensilagem das plantas de milho, como pode ser verificado na Tabela 14, esta diferença pode ser relacionada com o tipo de mecanismo e fluxo de alimentação da ensiladora.

O uso específico de energia por área, na ensilagem de grão úmido foi de 13,93 kWh ha-1, (80%) inferior em relação a ensilagem de plantas inteiras de milho. A produtividade por área do material a ser ensilado, nestas duas distintas formas e épocas de

colheita do milho, leva esta disparidade de resultados referentes ao uso de energia por área produtiva

Tabela 23. Valores médios de torque médio (Nm); torque máximo (Nm); rotação na TDP (rpm); potência média na TDP (kW); potência máxima na TDP (kW) e uso específico de energia por área – Uea (kW h ha-1), na operação de ensilagem do grão úmido de milho.

Variáveis analisadas Valores médios Desvio padrão CV(%) Torque médio (Nm) 572,79 5,64 0,98 Torque máximo (Nm) 780,30 21,18 2,71 Rotação na TDP (rpm) 466,67 9,68 2,07 Potência média na TDP (kW) 27,97 0,51 1,82 Potência máxima na TDP (kW) 38,12 1,48 3,88

Uso específico de energia por área (kW h ha-1) 13,93 1,07 7,68

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