Depósitos e bloqueios judiciais e provisão para contingências Continuação

b) Provisão para contingências--Continuação (i) Ações cíveis--Continuação

(b) A Companhia utiliza o valor histórico das condenações para atribuição do valor da contingência, realizando revisões periodicamente, de forma que os valores apurados demonstrem provisionamentos bem próximos da realidade. Nesse contexto, em relação aos objetos de demandas judiciais repetitivas e que envolvem questões fáticas similares, em que a utilização de uma única média para todos os tipos de demandantes (pessoas física, jurídica ou condomínios) se mostrou inadequada, apuraram-se valores distintos por categoria de demandante. (ii) Ações trabalhistas

2016 2015 Incremento salarial 179.958 200.674 Desvio de função 144.342 142.484 Progressão horizontal 147.019 121.255 Retenção salarial 36.076 40.635 Equiparação/diferenças salariais 33.578 34.064 Horas extras 99.038 109.245 Enquadramento e reenquadramento 29.670 31.790 Reintegração/reintegração aposentado 50.297 49.596 Demais ações 83.952 88.897 803.930 818.640 (iii) Ações tributárias

As contingências de natureza tributária referem-se, principalmente, a questões ligadas à cobrança de tributos, questionada em virtude da

divergência de interpretação da legislação por parte dos assessores legais da Companhia.

Tendo como o objeto mais relevante o auto de infração.

Em 4 de dezembro de 2012, a Companhia recebeu auto de infração lavrado pela Secretária da Receita Federal do Brasil - SRFB, questionando a

tomada de créditos de Pasep e COFINS na apuração dos tributos referentes ao período base de 2008 a 2010, no total de R$239.515 com aplicação de multa e juros. Em janeiro de 2013, a Companhia solicitou ao conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF uma revisão do auto de infração com o objetivo de esclarecer a composição do montante autuado e, em dezembro de 2013, a Secretária da Receita Federal do Brasil apresentou composição desse montante em R$199.515 com aplicação de multa e juros.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015

(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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17. Depósitos e bloqueios judiciais e provisão para contingências--

Continuação

b) Provisão para contingências--Continuação (iii) Ações tributárias--Continuação

Consubstanciada na opinião de seus assessores jurídicos, a Companhia constituiu provisão do saldo de R$75.323, acrescido de multa de

aproximadamente R$30.607 e juros de R$65.887 totalizando R$171.817 e concluiu como possíveis perdas cerca de R$30.081, acrescidos de multa de aproximadamente R$11.280 e juros de R$19.033, totalizando R$60.394 (R$56.423 em 2015).

c) Causas possíveis

Em 31 de dezembro de 2016, as causas classificadas como possíveis totalizam R$1.488.780 (R$1.716.312 em 2015), sendo R$551.598 de ações trabalhistas, R$757.742 de ações cíveis e R$179.440 de ações tributárias (R$553.603, R$941.477 e R$221.232, respectivamente, em 2015). As principais causas possíveis estão abaixo elencadas:

2016 2015

Riscos trabalhistas

Desvio de função 169.068 160.866

Enquadramento 9.875 11.516

Isonomia salarial 5.396 5.396

Progressão horizontal por antiguidade 127.047 136.857

Reintegração 29.745 31.558 Retenção salarial 861 862 341.992 347.055 Riscos cíveis Contratos 4.427 13.295 Hidrômetro 12.732 14.756 Cobrança indevida 105.201 160.144 Posse de imóvel 7.670 78.455 Esgoto 242.113 254.366 372.143 521.016 Riscos tributários Pasep e COFINS 168.870 173.440 IRPJ e CSLL 1.605 34.809 170.475 208.249

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015

(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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17. Depósitos e bloqueios judiciais e provisão para contingências--

Continuação

c) Causas possíveis--Continuação

Conforme as decisões do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro em diferentes procedimentos administrativos, a Companhia poderá vir a ser titular de créditos (ativo contingente) que atingem o montante de R$33.721 em 31 de dezembro de 2016 (R$65.271 em 2015), referentes a decisões que

determinaram a devolução de valores pagos em razão de contratos celebrados mediante declaração de dispensa ou inexigibilidade de licitação. Tais valores não estão registrados nas demonstrações financeiras da Companhia, visto que não existem certezas em relação à realização desses montantes, uma vez que o processo não transitou em julgado a favor da Companhia.

c.1) Correção dos passivos trabalhistas pelo IPCA

Em 4 de agosto de 2015, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), afastou o uso da Taxa Referencial Diária (TRD) e determinou a adoção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E). Entendeu-se que

dispositivo da lei da desindexação da economia (Lei 8.177/1991) que determinava a atualização dos valores devidos na Justiça do trabalho pela taxa referencial seria inconstitucional, pois não preservava o real valor dos créditos trabalhistas.

Contudo, no dia 15 de outubro de 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) deferiu liminar para suspender os efeitos de decisão proferida pelo TST que determinou a substituição dos índices de correção monetária aplicada aos débitos trabalhistas de forma automática e erga omnes (para todos). O STF entendeu que o TST extrapolara a sua competência ao determinar a utilização do IPCA abstratamente em toda a Justiça do Trabalho, de forma obrigatória.

Portanto, embora não seja vedado, já que existe o controle de

constitucionalidade difuso, o juízo de primeiro e segundo graus não mais vinculados obrigatoriamente à decisão do TST de utilizarem o IPCA como índice de atualização. Logo, não há como prever qual será o entendimento prevalecente na Justiça do Trabalho: pela inconstitucionalidade, ou não. Assim, a Companhia entende por ser apenas possível, acreditando ser mais consentâneo com a realidade o provisionamento dos passivos

trabalhistas corrigidos pela TR, já que é o índice previsto na Lei 8.177/1991 (com alterações posteriores, que substituíram a TRD pela TR) e, a

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015

(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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18. Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos

2016 2015

Impostos diferidos passivos

Ativo intangível (Nota 12 vii) 2.132.665 2.198.606

Depósitos judiciais 118.107 81.867

2.250.772 2.280.473

Impostos diferidos ativos

Provisões para contingências (716.951) (670.896)

Perda atuarial (618.649) (503.856)

Outras perdas (27.800) (21.182)

(1.363.400) (1.195.934)

Não circulante 887.372 1.084.539

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses tributos são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social.

Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.

A partir dos recolhimentos dos impostos e contribuições sobre o lucro de janeiro de 2014 a Companhia optou pelo regime de apuração anual de IRPJ e CSLL, com antecipações mensais no regime por estimativa.

Movimentação dos impostos diferidos ativos e passivos

(Ganho) perda atuarial Diferenças temporárias Diferença temporária sobre reavaliação Depósitos

judiciais Outras perdas Total

Em 31 de dezembro de 2015 503.856 670.896 (2.198.606) (81.867) 21.182 (1.084.539)

Ganho atuarial 114.793 - - - - 114.793

Provisão para contingências - 46.055 - - - 46.055

Depósitos e bloqueios judiciais - - - (36.240) - (36.240)

Ativo intangível - - 65.941 - - 65.941

Outras perdas - - - - 6.618 6.618

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015

(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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18. Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos--

Continuação

Movimentação dos impostos diferidos ativos e passivos--Continuação

(Ganho) perda atuarial Diferenças temporárias Diferença temporária sobre reavaliação Depósitos

judiciais Outras perdas Total

Em 31 de dezembro de 2014 505.811 657.638 (2.277.133) (50.920) 21.176 (1.143.428)

Perda atuarial (1.955) - - - - (1.955)

Provisão para contingências - 13.258 - - - 13.258

Depósitos e bloqueios judiciais - - - (30.947) - (30.947)

Ativo intangível - - 78.527 - - 78.527

Outras perdas - - - - 6 6

Em 31 de dezembro de 2015 503.856 670.896 (2.198.606) (81.867) 21.182 (1.084.539)

a) Despesas com Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido - CSLL

2016 2015

Imposto de renda e contribuição social correntes (363.498) (296.492)

IRPJ e CSLL diferenças temporárias 46.055 13.258

Perda atuarial 27.521 40.584

IRPJ e CSLL diferidos sobre diferença temporária sobre ativo intangível 65.941 78.527 IRPJ e CSLL - bloqueio judicial/depósito judicial (36.240) (30.947)

IRPJ e CSLL sobre outras perdas 6.618 6

(253.603) (195.064)