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DESBUROCRATIZAÇÃO E NORMATIZAÇÃO DE DUPLA MATERNIDADE E PATERNIDADE

No documento AMPLAMENTE: GÊNERO E DIVERSIDADE (páginas 77-81)

Embora a dupla maternidade e dupla paternidade sejam parte da realidade brasileira, ainda há grande burocracia em cartórios e todos os tipos de formulários a serem preenchidos que comumente trazem somente os campos “pai” e “mãe”, o que se traduz, muitas vezes, em uma quebra de autoestima desses casais ou até mesmo de seus filhos em razão de pura e simples burocracia estatal e privada.

Atualmente, há uma campanha online para que a Receita Federal deixe de invisibilizar as famílias LGBTI+ em seu sistema, que vincula os filhos ao CPF da mãe. Quando há duas mães ou dois pais, o sistema escolhe arbitrariamente um dos dois. Tal campanha está sendo encabeçada pelas seguintes instituições e pessoas: Associação Brasileira de Famílias Transhomoafetivas; Aplicativo Somos; Bicha da Justiça; Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB/SP; Cores da Adoção e RENOSP LGBTI+.

CONCLUSÃO

Como demonstrado até então, nas últimas três décadas houve grande avanço na questão dos direitos das pessoas LGBTI+. Entretanto, todos esses direitos foram alcançados por meio do judiciário ou decretos e portarias de órgãos do executivo.

As lutas foram e serão árduas no Judiciário já que sempre há enorme oposição da população reacionária brasileira. Além disso, o Legislativo se mantém propositalmente inerte, o que demanda que a militância se mantenha forte e que tente ao máximo eleger parlamentares com pautas progressistas.

A ausência de leis faz com que haja enorme insegurança jurídica dos direitos já conquistados, uma vez que que podem ser suprimidos a qualquer momento por leis reacionárias (o que geraria uma discussão acerca do princípio da proibição do retrocesso) ou até mesmo uma mudança repentina de Ministros no STF por pessoas com perfil conservador ou reacionário.

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CAPÍTULO VI

REPRESENTATIVIDADE E ESTÉTICA DE PROTESTO NO YOUTUBE: O

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