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De acordo com os critérios que delimitaram esta pesquisa, foram selecionados 7 artigos que se enquadradam no objeto de estudo. A revisão da literatura foi realizada em bases de dados eletrônicas (Scielo, PubMed), periódicos nacionais e internacionais, com a busca específica por palavras chave. Dentro os estudos incluídos, o primeiro artigo foi publicado em 2008, e percebemos uma crescente na pesquisa a partir de 2013. Foi percebido que há uma grande concentração de estudos nacional e internacionalmente. A maioria das pesquisas, além do grupo experimental, contou com o grupo controle, para analisar melhor os efeitos da musculação nos pacientes. Graças a esse tipo de estudo, fica mais fácil quantificar os reais resultados que a musculação proporciona em pacientes em reabilidação de LCA.

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2010-2020 OBJ. GERAL METOD_AMOSTRA PRINC. RESULT CONCLUSÃO

FERREIRA, 2008 e uma formação definitiva da compilação destes

Os estudos sobre a fisiologia da contração muscular, o ganho de força, métodos de treinamento, parâmetros ainda é permeada por uma série de dogmas. Este

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CARDOSO, 2013

Evidenciar a importância e os benefícios do trabalho de força na reabilitação das lesões do joelho.

Estudo reflexivo por meio de uma revisão de literatura referente

ao treinamento de força na reabilitação do joelho.

De acordo com os estudos, foi indicado que é possível tanto prevenir, quanto escolhido de acordo o ano de publicação – 2010 a seguro e minimizam o risco de lesões e fraturas. após uma cirurgia de LCA.

Treino realizado 2x por semana, durante 8

semanas, com descanso de 78 horas entre os treinos, realizando exercícios diminuição no nível da dor.

O TR-OFS apresentou maiores aumentos na funcionalidade do joelho (desempenho, equilíbrio e amplitude de movimento).

O treinamento resistido é de suma importância para qualidade de vida para os mesmos.

Beynnon et. al, 2012

Analisar os resultados de um protocolo acelerado na quadro de dores, isso nos

O treinamento resistido,

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pacientes do grupo da articulação do joelho, em um programa de treinamento

Para os pacientes do grupo experimental, os efeitos foram significativamente positivos no aumento da força muscular isométrica, ganho de massa muscular e melhora da capacidade

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4.1 METODO DE TREINAMENTO NA MUSCULAÇÃO: FORÇA, HIPERTROFIA E PROPRIOCEPÇÃO

Pesquisas evidenciam ao longo dos anos, os benefícios do treinamento de força e destacam novas perspectivas em relação à aptidão física e a qualidade de vida (ACSM, 2009 apud CARDOSO, 2013, p.16).

Para Ferreira (2008), a musculação através do treinamento de força, se mostra muito importante, para a manutenção da saúde, quanto para o aprimoramento do desempenho de atletas, para o aumento da massa muscular e a reabilitação, sendo muito discutido por estudiosos de vários países. No entanto ainda existem vários profissionais da área, que ainda não tem seu conhecimento aprofundado, baseando-se em mitos ou em conhecimentos incipientes, baseando-sem babaseando-se cientifica quanto aos aspectos fisiológicos e metodológicos relacionados à musculação.

De acordo com Uchida, et al. (2008, apud CARDOSO, 2013), a força muscular pode ser definida como a superação de uma dada resistência pela contração muscular.

Dentro do treinamento resistido, existem vários métodos de utilização, onde a prescrição tem a finalidade de aumentar e aprimorar a força muscular.

Treinamento contra resistência é um termo geralmente usado para descrever uma grande variedade de métodos e modalidades que aprimoram a força muscular. Apesar de ser utilizado como sinônimo de "treinamento com pesos", o treinamento contra resistência inclui também as resistências impostas através de hidráulica, elásticos, molas e isometria. Tecnicamente, o treinamento com pesos refere-se ao levantamento de pesos (anilhas, lastros ou placas de pesos) existente em alguns aparelhos ou implementos.

(COSSENZA, 2001, p. 10)

Conforme Komi (2006, apud CARDOSO, 2013, p.16), a força muscular é a força ou torque máximo que um músculo ou grupo muscular pode gerar em velocidade especifica ou determinada.

O aumento da força muscular é uma forma de ajuste do organismo à sobrecarga do treinamento no qual ocorrem alterações fisiológicas e estruturais. São dois os determinantes diretos para o aumento da força muscular. (CARDOSO, 2013, p.16)

Santana, Silva e Sampaio (2020) aponta a prática diária de exercícios resistidos como um combate contra lesões, isto porque um dos principais objetivos da musculação é fortalecer a musculatura, tornando a mesma fundamental, pois através de um neurônio motor, é estimulado o recrutamento de uma unidade motora que eleva a força e gera uma maior estabilização articular. Além de fortalecer as articulações,

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melhorando o movimento delas, também proporciona a melhora no tônus muscular, isso previne o quadro de lesões.

Cardoso (2018) traz a prevenção de lesão do LCA como uma prioridade, e aponta o treino resistido, neuromuscular e proprioceptivo, como modificadores dos fatores de risco e diminuidores na incidência de lesões de LCA.

O treino neuromuscular proporciona uma ativação muscular inconsciente, melhorando a capacidade do sistema nervoso, pois cria padrões rápidos e adequados de respostas musculares, diminuindo as forças articulares e recuperando os padrões de movimento e habilidades, além de aumentar a estabilidade articular. Diminuindo a incidência no risco de lesões de LCA (CARDOSO, 2018).

O treino de propriocepção é fundamental, pois ele tem origem nos receptores sensitivos aferentes, fazendo com que o controle muscular concilie a performance das habilidades com a não presença de lesões. Os proprioceptores têm a função de proteção a integridade mecânica, e no caso do LCA, isso ocorre quando ele está sobre grande estresse (CARDOSO, 2018).

4.2 O USO DOS EXERCICICOS RESISTIDOS NA REABILITAÇÃO DE LCA

Hughes et al (2019) realizaram um estudo para comparar os efeito do Treinamento Resistido Tradicional (TRT) versus o Treinamento Resistido com Oclusão de Fluxo Sanguíneo (TR-OFS), analisando os resultados de hipertrofia, força muscular , níveis de dor e aumento na funcionalidade em pacientes após uma cirurgia de LCA. Eram 28 pacientes que treinaram 8 semanas, 2x por semana, com um descanso de 78 horas entre os treinos, realizando exercícios unilaterais para membros inferiores. Estes foram divididos em dois grupos. Os que realizaram o TRT realizaram um protocolo de reabilitação de 10 repetições a 70% de Repetição Máxima (1RM), enquanto o grupo do TR-OFS realizou 10 repetições a 30% 1RM.

Os resultados foram parecidos, ambos demonstraram uma melhora na hipertrofia (5,8 ± 0,2% e 6,7 ± 0,3%), força muscular (104 ± 30% e 106 ± 43%), e diminuição no nível da dor (a dor pré- cirurgia era 0,43 e pós-cirurgia 0,3), contudo, o TR-OFS mostrou maiores aumentos na funcionalidade do joelho em reabilitação função (funcionalidade: 50-218 ± 48% vs. 35-152 ± 56%, desempenho do equilíbrio Y:

18-59 ± 22% vs. 18-33 ± 19%, amplitude de movimento: 78 ± 22% vs. 48 ± 13%). Isso nos mostra a importância na aplicação do treinamento resistido para pacientes pós-cirúrgicos de LCA, pois além de melhorar a força e a hipertrofia do membro a ser

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recuperado, diminui o nível da dor, melhora a funcionalidade, o equilíbrio e aumenta a amplitude de movimento (HUGHES, et al 2019).

Beynnon et. al (2012), fizeram um estudo acerca desta temática. Eles utilizaram o protocolo acelerado, que tinha a duração de 19 semanas. O público da pesquisa foram 36 pacientes, sem discriminação de sexo e idade, que foram divididos em grupo experimental e grupo controle. Estes foram submetidos a exercícios isotônicos, de resistência e de propriocepção, durante todo o período do estudo. Foram encontrados resultados significativamente eficazes. Houve melhora na amplitude de movimento ativa, na propriocepção e na força muscular e na diminuição da dor, comparado ao grupo controle.

Lee et. al (2013), também realizou um estudo de protocolo acelerado, que teve a duração de 12 semanas e foi realizado com 10 pacientes, 5 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, sem discriminação de idade. Os pacientes foram submetidos a mobilização passiva do membro em recuperação, exercícios isométricos, de propriocepção e alongamentos. Ao final da pesquisa, o resultado positivo foi encontrado na diminuição do quadro de dor, juntamente com a diminuição do edema, também houve um aumento na amplitude de movimento.

O mesmo autor, em outro estudo (2016), também analisou os efeitos do treinamento resistido na recuperação de pacientes que fizeram cirurgia de LCA. Esta pesquisa também teve o uso do protocolo acelerado, e duração de 12 semanas, porém foi realizada com apenas 8 pacientes homens, que foram submetidos a mobilização passiva, crioterapia, descarga de peso lateral, exercício isotônicos e proprioceptivos. Houve efeitos significativamente positivos no aumento da força muscular isométrica, ganho de massa muscular e melhora na capacidade proprioceptiva, comparando ao grupo controle.

O protocolo acelerado tem como objetivo recuperar a força dos músculos do quadril, reduzir a dor na articulação do joelho, melhorar a mobilidade ativa e a propriocepção do paciente em recuperação, em um curto prazo (LEE et. al, 2013).

Estes estudos nos mostram a importância dos exercícios resistidos, força, resistência e de propriocepção, em pacientes em recuperação de cirurgia de LCA.

Eles apontam melhoras significativas em ganho de força, resistência, massa muscular, amplitude de movimento, propriocepção e diminuição no quadro de dor, devolvendo uma melhor qualidade de vida para o paciente, e proporcionando uma volta às atividades exercidas antes do quadro da lesão.

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